Astral Project #04

Astral Project #04 marginal...



Resenhas - Astral Project #4


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Angélica 23/03/2012

Astral Project (Série Completa)
Masahiko é um jovem que vive uma vida pacata em Tóquio, apesar do emprego pouco usual – motorista de prostitutas. Ao receber a notícia da morte de sua irmã, o rapaz volta à sua antiga casa, e decide levar como lembrança da falecida o último CD que ela havia escutado em vida. Ao chegar em casa, Masahiko começa a escutá-lo... para logo em seguida passar por uma experiência de projeção astral. A partir deste momento, ele passa a questionar as circunstâncias da morte de sua irmã, e fará de tudo para descobrir sua possível relação com as misteriosas projeções astrais. Com arte de Syuji Takeya e história de Marginal (mais conhecido como Garon Tsuchiya, autor do famoso mangá seinen “Oldboy”), “Astral Project” é uma história de mistério interessante, que leva o leitor a refletir muitas questões que permeiam a sociedade atual.
A história começa com um ritmo lento, porém instigante, e vai gradativamente aprofundando os mistérios e questionamentos levantados pela trama, ao mesmo tempo em que nos apresenta novas personagens e visões de mundo. Um dos pontos fortes do mangá são as ideias por ele propostas – o que consequentemente significa que esta é uma obra com mais texto e reflexões do que ação propriamente dita. Eu gosto muito desse tipo de história, mas talvez ela não consiga agradar aos leitores que preferem séries de ação. Minha única reclamação neste quesito é em relação ao ritmo que a história adquire perto do seu final, um pouco corrido demais.
Marginal projeta através de seu texto uma visão de mundo bastante negativa, mas diferencia-se de outras séries do gênero ao mostrar que, mesmo em um mundo mesquinho e sem valores, ainda há lugar para bons sentimentos e atitudes. Porém, como se trata de uma trama mais realista, não há uma divisão clara entre pessoas boas e más, justas ou trapaceiras; todas as personagens de “Astral Project” são extremamente humanas, e cometem erros e acertos como qualquer um.
Ao longo da obra somos levados a refletir sobre diversas questões referentes ao mundo atual. Destacam-se o modo como o autor trata o sentimento de solidão nas grandes cidades, mostrando como o modo de vida contemporâneo favorece o isolamento (mesmo quando estamos cercados de pessoas), e também a forte crítica feita aos otakus e à maneira infantilizada e pouco realista pela qual eles encaram o mundo, ou fogem dele. As opiniões do autor são ácidas e imparciais, e provavelmente deverão incomodar aqueles que não concordam com sua linha de raciocínio.
As personagens de “Astral Project” são muito carismáticas e, como dito acima, bastante humanas, possuindo igual quantidade de qualidades e defeitos. O que destaca os protagonistas da trama dos outros habitantes deste mundo corrupto é a vontade demostrada por eles de corrigir seus erros, e tornarem-se assim pessoas melhores. Há também um bom desenvolvimento psicológico no elenco principal, o que, somado às outras características já citadas, cria um grupo simpático e difícil de esquecer.
O mangá tem um atrativo a mais para quem gosta de música, já que desde o começo da trama há várias referências ao mundo do Jazz – ritmo que combina perfeitamente com a leve melancolia que transpassa toda a narrativa. Conceitos de psicologia e psicanálise também são bastante utilizados.
O traço belo e realista de Takeya combinou muito bem com o clima da história; destaque para as ilustrações das capas, que formam composições complexas e muito bonitas.
Por fim, o único ponto que de fato me incomodou em “Astral Project” é o seu final, que além do já citado problema de ritmo, também deixa algumas pontas soltas. A conclusão não chega a ser ruim, encerrando a obra de maneira satisfatória, mas certamente poderia ter sido mais bem desenvolvida. Para quem procura uma leitura interessante e madura, que além de entreter o leitor também o leve a refletir, este mangá é mais do que recomendado.
lsbelini 12/03/2013minha estante
Eu adorei a série, mas me decepsionou muito o final. Achei que o autor criou uma imensa "mitologia" em cima do tema e que de repende acabou...




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