Resenhas - Pobreza Urbana

Marcelo Marques 16/04/2024

Multidisciplinar!
Apesar de não ser minha área de estudo, é incrível como o Milton Santos consegue ser acessível a todos. De fato, parece que estamos em uma sala de aula assistindo suas apresentações.

É meu primeiro livro do autor, mas sem dúvida nenhuma, já entra para a lista dos favoritos.

Ricardo.Sodre 12/04/2024

Milton discute os pontos principais sobre a pobreza urbana, com enfoque para países subdesenvolvidos (quiçá de Terceiro Mundo). Alguns conceitos que ele trás são de fato interessantes para leitores que, como eu, tiveram pouco contato com assuntos correlatos.

A divisão do sistema econômico em circuitos superior e inferior é uma forma didática e fantástica de descrever a realidade, e, apesar de o livro ter sido publicado pela primeira vez em 1978, ainda se mostra extremamente atual 46 anos depois.

Rech_ 11/02/2024

Apesar de ser um compilado de materiais apresentados pelo Milton Santos, ao meu ver, o livro serve principalmente para trazer uma visão introdutória a questão da pobreza urbana. O que não o faz ser um livro ruim, pelo contrário, acredito que seja muito pertinente para gerar maiores questionamentos e levar o leitor a buscar aprofundamento acerca da temática.

Marcus Martins 25/10/2022

Uma Pobreza Sistemática
Neste livro Milton Santos se debruça sobre um problema que ele conviveu e estudou a vida toda, a pobreza.

Principalmente a partir da análise da doutrina relacionada ao tema, o autor desenvolve a sua teoria rebatendo os pressupostos que considera errados e reforça os ideais de que a pobreza deve ser olhada desde os maiores envolvidos, os pobres.

Ogaiht 02/03/2022

Urbanização x Pobreza
Para Milton Santos, a pobreza e a urbanização estão intrinsicamente ligados. A partir disso, o autor discute o modelo de urbanização dos países subdesenvolvidos, mostrando como essa urbanização acaba por gerar mais pobreza e como isso afeta a economia.
Amparado por uma vasta bibliografia, o livro aborda a pobreza urbana de forma bem clara e didática contrastando o processando urbanização dos países com desenvolvidos com o dos países subdesenvolvidos e propondo solução para que urbanização destes possa ser menos excludente e mais justa.

Elis133 31/12/2021

Minha primeira leitura de Milton. Santos
O autor analisa as várias explicações para o que é pobreza. Compara os conceitos e oferece uma bibliografia enriquecedora. Didático e direto e cuidadoso com os leitores.

Ratinha de Biblioteca 21/07/2021

Artigos sobre a Pobreza
Milton Santos era um renomado geógrafo brasileiro, mais famoso no exterior do que aqui. Nestes artigos reunidos em livro sobre o tema da pobreza, o autor discute termos como: marginalidade, informal, economia inferior e superior. Os textos são das décadas de '60 e '70, mas incrivelmente atuais.

TalesVR 01/09/2019

Pobreza de quê e como?
Esse livro pra mim define a importância da leitura de Milton Santos para todos que militam no Direito, no Serviço Social, nas Ciências Sociais, Direitos Humanos ou qualquer outro ramo que atue diretamente com pessoas e para elas também. Muito se fala sobre o ''pobre', mas o que é a pobreza em primeiro lugar?

Contrariando uma visão puramente econômica, Santos afirma que pobreza não é somente em sentido de poder aquisitivo, mas uma falta de garantia à direitos fundamentais. Pensando rapidamente podemos constatar: o pobre não tem acesso a educação. O pobre tem sua liberdade de ir e vir restringida. A opinião expressa pelo pobre não tem valor. As organizações dos pobres são mal vistas. O artigo 5° da CF/88 erra ao dizer que somos todos iguais, claramente a figura do pobre não é igual aos outros. Igualdade apenas formal nos moldes liberais oitocentistas não basta, é preciso igualdade material, cidadania, participação política, GARANTIA EFETIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. A pobreza é muito mais que puramente sobre dinheiro, é sobre direitos.

Outro ponto interessante da obra é sobre as digressões sobre o consumismo e igualitarismo. O ex-presidente uruguaio José Mujica disse que o erro do PT foi ter criado consumidores, e não cidadãos. E conteúdo do texto de Santos concorda 100% com essa afirmação. O jogo do capitalismo é criar consumidores, e nunca cidadãos. Cidadão não deveria ser aquele que poder comprar, e sim aquele que pode participar, em condições iguais, da democracia deliberativa (comunicativa) como proposto por Habermas. Essa inserção do ''pobre'' nas relações de consumo afeta pouca coisa nas relações mentais e sociais, infelizmente.

Ponto marcante foi a frase, de um autor que não me lembro agora mas está referenciado no livro: ''pior que ser explorado pelo capitalista é não ser explorado de forma alguma por ninguém'' Esse livro diz muito sobre O QUE FAZER. É um tipo de conteúdo que PRECISA ser lido por muita gente..