LissBella 20/06/2010"Certos momentos tem gosto de eternidade"Gostei ainda mais que o "E se fosse verdade"... uma deliciosa leitura, cativante, doce e bem humorada.
Artur é um sonho... Um homem que sabe amar, esperar, respeitar o tempo, o vento e as suas direções. Espera, crê, suporta, ama com respeito e delicadeza. Sente medo de perder, de magoar... Quem ama muito é assim, não tem medo de sofrer, e sim de não fazer o outro feliz...
"Tive medo de não saber inventar o riso a dois... a solidão é um jardim onde nada cresce. Mesmo que agora eu viva sem ela, nunca estou sozinho, pois sei que ela existe em algum lugar".
Marc Levy nos apresenta um amor cuidadoso, zeloso, mas além disso, nos trás grandes ensinamentos em meio a todo esse romance. Como o que levamos da vida, ou o que deixamos dela quando partimos...
"A eternidade da vida do homem só permanece nos sentimentos que ele compartilha."
Nos fala sobre as dores do amor... "Há amarguras do amor que o tempo não apaga e que deixam cicatrizes imperfeitas".
Marc consegue nos fazer repensar a infância, sobre como e em que momento nos damos conta que somos adultos... "chega o dia em que no lugar onde crescemos, não nos sentimos mais em casa".
É, acho que é esse o exato momento que nos damos conta que precisamos de mais... E esse mais, nem sempre é algo estupendo... às vezes um simples: fazer diferente. "Nunca tive medo da rotina. O hábito não é uma fatalidade. Todos os dias podemos reinventar o requinte e o banal, o exagero e o comum".
Ao ler, em alguns momentos parei e refleti sobre a humildade de Arthur e a beleza de saber que precisa estar pronto para a pessoa amada . "Ainda tenho muitos defeitos para encontrar a mulher da minha vida, mas quero mudar".
Adorei... Mas antes de recomendar, ainda vou deixar dois grandes pequenos pensamentos do querido autor... O primeiro sobre nunca desistir... "Se o amor vive de esperança, ele morre com ela".
E, por último... mais uma vez eu concordo com Marc Levy... "Certos momentos tem gosto de eternidade".