Cinara 02/07/2010
Estilo
Gertrude era quase um personagem de si mesma. Alguns já disseram que sua vida é mais interessante que sua obra. De qualquer forma, o que ela descortina neste livro, bem pequeno, são suas impressões pessoais sobre a alma francesa, em particular o parisiense e sua forma de encarar o mundo, que ela conhece bem, pois, americana, viveu décadas na capital francesa, e nunca perdeu seu olhar curioso de forasteira. Em seu estilo inconfundível, mistura memórias pessoais com relatos de histórias que assistiu ou ouviu, todas tendo como argumento central a maneira francesa de pensar e viver. Não é uma leitura fácil, mas é muito interessante. O tempo todo, a sensação é de estar ouvindo a autora contar suas histórias, em uma varanda fresca, ao final de uma tarde do verão francês.