aaburrsir 17/04/2017Como fã da Agatha Christie, é inevitável não comparar. E, comparando com a Agatha.. Me decepcionou. Talvez a culpa seja mais minha, porque eu de fato esperava algo no estilo da Agatha, que é o que estou acostumada.
É óbvio que os estilos seriam diferentes, até porque Agatha veio depois e reinventou a forma de contar histórias policiais (eu ri com a parte do veneno tirado das flechas de índios da America do Sul, coisa que a Agatha já debochou tantas vezes). Mas, como eu disse, já esperava algo parecido com os outros +30 livros que li. E esse esquema de dividir em dois livros, e contar a história do vilão e dos assassinados depois... Não gostei nem um pouco. Pra mim, quebrou totalmente o ritmo. Eu que li a primeira parte muito rápido, e estava muito ansiosa pra saber como seria a explicação, fui surpreendida (e achei que quebrou totalmente o clima de empolgação) por mais umas 60/70 páginas de uma história que, a princípio, não tinha nada a ver com o crime cometido. Uma coisa nisso tudo me faz dar um crédito a mais pro Sir Arthur: o motivo foi bem explicado. Digo isso porque, como fã da Agatha (quantas vezes vou repetir essa frase? rs), sei que num livro dela, toda aquela segunda parte seria resumida nos dois últimos capítulos.
E, o que mais me frustrou, foi a falta daquele PLOT TWIST do final. Como a gente já termina a primeira parte do livro sabendo "quem matou", não havia mais nada pra esperar até o fim do livro. Simplesmente uma longa explicação do porquê as coisas aconteceram como aconteceram, e um último capítulo para o Sherlock explicar como descobriu tudo.
Bem, apesar de eu não ter gostado de muitas coisas, devo deixar claro que eu, obviamente, ADOREI o senhor Sherlock. Tinha como não gostar? Logo eu, que adoro um detetive convencido hahaha.
Pretendo ler toda a obra do Arthur Conan Doyle, então vamos ver se me empolgo mais com as próximas histórias.