Dark Champion

Dark Champion Mary Josephine Beverley, Jo Berveley




Resenhas - Dark Champion - A flor do oeste


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Mari 16/02/2013

Imogen foi criada com todo o luxo e conforto, protegida de todas as durezas da vida pelo seu rico pai, até que ele morre por causa de uma flecha durante uma caçada. A agora órfã e mais rica herdeira da Inglaterra tem seu castelo invadido por um cruel e nobre vilão, que está atrás da fortuna ali escondida, além de querer a bela mocinha para ele. Imogen então consegue fugir do castelo, não sem antes presenciar um estupro e um assassinato, e vai atrás de ajuda, disfarçada como uma mendiga. Quem lhe socorre é Tyron Fitzroger, que retoma a posse do castelo, mas que de certa forma força Imogen a casar-se com ele, já que o vilão, Warbrick, tinha escapado e ainda representava perigo para a mocinha. O enredo é basicamente esse, incluindo alguns fatos históricos, como a disputa entre o rei Henrique I e seu irmão Robert pelo reino da Inglaterra, além de algumas intrigas que irão esclarecer como o castelo foi invadido. Tirando isso, o livro não tem muita história, já que depois que eles se casam, o livro gira em torno das lamentações de Imogen, das brigas do casal, com ela humilhando ele e ele tentando levar a mocinha para a cama.

Bom, primeiro quero dizer que não lembro de algum livro que a mocinha tivesse um nome tão estranho e feio: Imogen. Sim, o par dela também não tinha um nome muito melhor -Fitzroger - mas Imogen é muito feio mesmo. Talvez a autora tenha escolhido esse nome estranho para fazer contraste com toda a perfeição da menina, já que ela era a mais bela, a mais rica, a mais graciosa, a mais perfeita das mulheres, a mais tudo, conhecida como a flor do Oeste - da Inglaterra, não da América rsrs. Só que a dona de toda essa belezura, a Imogen, é chatinha, infantil, mimada, fútil, vaidosa, tola, entre outras "qualidades". Ela se lamenta porque está malvestida e suja e que seu belo cabelo está cheio de cinzas; chora porque não tem jóias para se enfeitar no dia do seu casamento; e passa mais da metade do livro choramingando e se lamentando pelas tapeçarias perdidas, pelas jóias roubadas, pelos enfeites quebrados, pelos vestidos rasgados. E na outra metade afirmando que ela é a flor do oeste, a mais bela, a mais rica, etc, etc, etc.

Aliás, achei estranho que ela lamentasse muito mais as perdas materiais do que a morte de sua tia e de dezenas de pessoas que foram assassinadas durante a invasão, e isso fez com que eu não sentisse a menor simpatia pela mocinha. E não bastasse isso, ela ainda é arrogante e se acha melhor que todo mundo, aliás, passa jogando na cara do Fitzroger que ele não é ninguém, é um bastardo e que é mais rica do que ele. Quanto ao mocinho, tirando o nome feio, achei ele uma graça, e sinceramente, acho que não merecia ter carregado essa cruz de aguentar Imogen. Talvez parte do comportamento estúpido da Imogen se deva ao fato de sempre ter sido tão protegida e de ter só 16 anos, mas na maior parte do livro ela age como uma criança mimada, o que achei muito irritante. O comportamento dela só melhora um pouco lá pelo fim do livro mas ainda assim não gostei dela.

A leitura só valeu a pena mesmo pelo mocinho - moreno, de olhos verdes e cabelos negros - Fitzroger, ou Ty, como é chamado pelos amigos, teve uma vida difícil e foi rejeitado pelo próprio pai, que o atirou em um calabouço para que morresse de fome quando tinha apenas 13 anos. Sobreviveu, mas ficou com traumas de lugares escuros e fechados. E Ty ainda tem uma paciência infinita para aguentar as criancices de Imogen, que seguidas vezes o humilha e o provoca. Pela presença de Ty o livro até merecia 3 estrelinhas, mas Imogen aparece tanto e incomoda tanto, que vai levar 2 apenas, afinal, ninguém merece ler um livro que dá vontade de estapear a mocinha o tempo todo né.
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1