Juliana3239 12/07/2021
Até cansado o Arthur entrega!
Nesse livro o Arthur se viu obrigado a trazer de volta o detetive mais famoso do mundo. Não se sabe se por pressão do público, ou por questões financeiras (ou ambos) mas Arthur Conan Doyle ressuscita o Sherlock depois de tentar assassina-lo nas memórias de Sherlock Holmes.
É notalvel a vontade do autor de dar um fim ao Holmes, seja tentando mata-lo ou insinuando aposentadorias. A questão é que o Sherlock ficou tão grande que chega a quase ter uma vida própria longe do controle do Arthur. É difícil explicar, as as vezes eu sinto que ele saía das páginas de tão imponente que é a sua presença e personalidade (Watson que o diga), nesse livro ele também se mostra cada vez menos paciente com pessoas com raciocínio mais lento que o seu (ou seja, todo mundo) o que acaba sobrando várias e várias vezes pro coitado do Watson. Eu tava quase entrando no livro e pedindo pra ele pegar leve com o melhor amigo e companheiro.
Talvez pela falta de paciência o autor se descuida de alguns detalhes como alguns erros de continuidade (como simplesmente sumir com um personagem, por mais que ele não tenha participação na história, sem a menor explicação, simplesmente por que não era mais conveniente), e algumas das histórias continham elementos bem parecidos, quase como se ele estivesse ficando um pouco sem idéia.
Falando assim parece que o livro foi ruim mas longe disso. Mesmo não querendo mais escrever sobre Sherlock, Arthur não consegue evitar ser um gênio nas suas histórias e fazer o que nasceu pra fazer que é dar vida pra esse personagem tão icônico e inesquecível.
Só não favorito esse livro por conta dos pequenos detalhes que me incomodaram, mas com toda certeza eu recomendo essa leitura!
Destaque para os contos:
- A casa vazia;
- Os Dançarinos;
- O ciclista solitário;