E se Obama fosse africano?

E se Obama fosse africano? Mia Couto




Resenhas - E se Obama fosse africano?


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seuposfacil 10/03/2024

Os sete sapatos sujos.
Confesso que não li esse livro até o fim. minha leitura foi até mais ou menos 30% do livro. mas decidi dar como lido pois li a parte que me interessava, ?os sete sapatos sujos?. foi uma recomendação da minha professora de comunicação na faculdade. e posso dizer com autonomia que se obama fosse africano, ele não teria se tornado o presidente dos estados unidos.

quotes:
- ?todos somos analfabetos em algum tipo de comunicação. alguns são analfabetos pelos livros. outros de como ler o mundo, é assim por diante.?

- o pessimismo é um luxo para os ricos.
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Icaro 24/07/2023

Excelente
Livro indicado pela Babi, faz parte do desafio que ela criou para mim!

Autor moçambicano, Mia Couto é uma das grandes vozes africanas da literatura mundial.

Particularmente, tudo o que li dele é incrivelmente bem feito, poético e envolvente. Nessa série de ensaios publicados pela Companhia das Letras, o autor fala muito sobre a relação da língua portuguesa e o povo de Moçambique, a influência de Jorge Amado para a construção da literatura da África lusófona e, especialmente, da realidade e mazelas africanas.

Ainda dá várias dicas e insights valiosos para quem quer se aventurar pela escrita, sendo a mais importante, na minha visão, de como traduzir a oralidade das histórias, dos mitos, dos fantasmas, das epopéias, em texto.

Tradução que ele e Jorge Amado sabem fazer como ninguém!
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Icythvv 11/06/2023

A
O livro é interessante para aqueles que querem descobrir/conhecer as diferenças sociais, este livro é uma total critica á humaninade
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Flavio.Vinicius 17/05/2023

E se Obama fosse africano?
O livro é uma reunião de vários textos e ensaios do escritor africano Mia Couto. Traz algumas reflexões interessantes, misturando os conhecimentos adquiridos pelo autor nas suas andanças pelo interior de Moçambique, durante o exercício da profissão de biólogo.

Alguns textos são belíssimos, como o ensaio sobre Jorge Amado. O ensaio é uma verdadeira homenagem ao escritor baiano, destacando a importância da literatura e da linguagem de Jorge Amado para os escritores africanos de língua portuguesa, fornecendo-lhes ferramentas para fundar uma literatura nova, uma literatura com as cores e as palavras da África, diferente da literatura do colonizador português.
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Emi 13/03/2023

É um compilado de palestras, então pode ser meio chato... tá bom que ele divaga em histórias no meio deixando mais leve... mas aí vai dá preferência do autor. O nome do livro faz referência ao último texto, então paciência. Esse livro me trouxe algumas reflexões, então achei válido.. mas tb achei algumas coisas meio esquisitas que não curti muito. Pode ter sido causada por algumas questões linguísticas ou interpretação minha... mas em alguns momentos fiquei incomodada. Até então li esse livro que achei mais ou menos é outro que achei ótimo dele, então vou continuar dando chance ao Mia Couto.
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Afonso.Bolzan 15/01/2023

E se Obama fosse africano de Mia couto.
No parágrafo inicial do texto, o autor aborda assuntos de sua realidade moçambicana analisando a não violência no contexto de progresso social criticando a falta de esforços para a produção de pensamentos críticos que é substituído pela isenção de culpa, apenas apontando consequências da responsabilidade em terceiros, colocando a sociedade moçambicana contra a parede.
Por meio desta linha de pensamento Mia Couto problematiza os moçambicanos a sempre julgarem a responsabilidade de acontecimentos desagradáveis no passado como sendo o principal responsável pelos problemas do presente quando de fato o real motivo é a vitimização genérica de que a culpa é do próximo e não de si, mostrando também que há alternativa para a resolução desses problemas interiores causados dentro de cada cidadão e como prova disso o escritor oferece fatos que colaboram para o entendimento da informação que quer passar, relatando que o governo de Zimbábue iniciou uma acusação de que países próximos incluindo Moçambique dizendo que estavam exigindo que professores qualificados saiam de seu pais, realmente houve uma fuga generalizada de habitantes onde três milhões saíram com medo da irresponsabilidade do governo.
No livro o autor destaca uma fala reflexiva sobre a violência relatando que a mesma só é vista dependendo de sua popularidade, pois existem formas de agressividades que não são vistas ou imagináveis onde não se sabe a emergência que ela necessita ser vista, fazendo com que estas e outras mais violências sejam invisíveis:

"Existe violência quando os camponeses são expulsos sumariamente das suas terras por gente poderosa e não possuem meios para defender os seus direitos. Existe uma violência contida quando, perante o agente corrupto da autoridade, não nos surge outra saída senão o suborno. Existe, enfim, a violência terrível que é o vivermos com medo". (COUTO, 2011, p.75).

Acrescentando em sua obra, Mia Couto pontua a capacidade do que podemos fazer quando estamos com medo e analisando até que ponto podemos enxergar a violência como ?normal?, pois se cria estereótipos sobre qualquer assunto porem ele destaca os povos africanos havendo suposição de que todo e qualquer ser humano que seja africano possa ser um povo pacífico e vítima onde na verdade é uma mentira, pois existem várias vivências, onde a coletividade não justifica uma nação ?Os povos não são um produto genético, imutável. São produto da História. E a História pode facilmente converter os desejos de Paz? (COUTO, 2011,p.76).
Levando em conta os pensamentos de Mia Couto ele propõe uma ideia de que a população africana pare e reveja os conceitos sobre a culpa e exibe uma forma mais clara do que deve ser analisado em questões de mudança criticando que seja fácil apontar o dedo para o governo causando um comodismo comunitário onde as exigências são governamentais e não populacionais, trazendo essa intervenção ele mostra que a falta de cidadãos ativos é um dos problemas mostrando que a principal responsabilidade do pais é da população, obviamente não se isenta culpa de certos ponto da governança do pais, o silêncio também é uma forma de violência pode ser igualado como a aceitação de tudo que é imposto.
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Clara Vellozo 12/10/2022

Mia crítico da realidade não se afasta da sua verve poética
Depois de me apaixonar pelo Mia romancista suspeitava que como ensaísta não seria diferente.

Nessa coletânea de textos entramos em contato com o Mia crítico da realidade mas que não se afasta da sua verve poética, falando de temas que são caros à nossa existência sem deixar de encantar e seduzir com seu modo de narrar.

Textos ora engraçados, ora tocantes e sensíveis. Mia transita entre política, artes e literatura sem cansar ou frustrar o leitor. Até como biógrafo eles está aqui presente. Uma percepção de mundo e do lugar do outro que revela sua sensibilidade e inteligência em cada frase.

Impossível classificar qual texto se destaca mais diante de uma seleção tão minuciosa. Mas os que mais me agradaram foram os que apresentavam ideias em meio às narrativas de memórias de infância, das comunidades africanas, costumes e cultura de Moçambique. Mia é uma daquelas pessoas que podem falar sobre qualquer assunto com muita erudição, suavidade e profundidade. Suave e profundo.
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Krystal 15/06/2022

A parte que mais chamou minha atenção nesse livro foram os ensaios onde Mia Couto relata a importância dos autores brasileiros para a literatura de Moçambique. Por vezes me peguei pensando porque as pessoas não valorizam mais os autores nacionais. No meu caso, eu odiava aquela leitura forçada na época do colégio onde tínhamos que ler os clássicos nacionais. Os professores eram chatos e não conseguiam demonstrar o quanto poderia ser fantástico aquele aprendizado. Mia despertou em mim a vontade de fazer uma releitura desses clássicos sem um professor me enchendo a paciência.
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Gabriela 24/02/2022

Leitura necessária
No meio de escritores sou biólogo, no meio de biólogos sou escritor. Adorei conhecer melhor Mia Couto!
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Ramon Diego 31/01/2022

Gostei mais do Mia couto ensaísta do que do ficcionista, até aqui. Nesse livro, não só o posicionamento sociopolítico do autor me chamou bastante atenção, como a maneira mais fluida e direta dele desenvolver seus argumentos, sem querer a todo momento criar frases de efeito. Grande livro. Gostei de quase todos os ensaios-conferência, destaco, entre os que gostei o que dá nome ao título! Recomendo!
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Camila.Costa 31/07/2021

Mia Couto nunca decepciona
Q saudade q eu estava de ler Mia Couto. Apesar desse não ser um romance do autor e sim uma coletânea de ?interinvenções? (neologismo do autor) feita por ele tanto na África, quanto no Brasil, a prosa poética se mantém. Que lindo a admiração do autor por escritores brasileiros, tem um ensaio feito sobre o Jorge Amado e outro sobre Guimarães Rosa, deu pra sentir daqui a importância deles pro Mia Couto. E o ensaio ?Os sete sapatos sujos? foi uns dos meus favoritos pois apesar de o Mia Couto proferi-lo pra Moçambique ele serviu perfeitamente para o Brasil e para os brasileiros. Os outros dois que eu amei foram ?Dar tempo ao futuro? e ?O futuro por metade?.
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Sofi 23/05/2021

Perfeição
Não imaginei que um livro pudesse me levar a cantos tão mal-iluminados de minha mente.Ele desafiou tudo que eu pensava e me mostrou como um livro NÃO pode ser julgado pela capa.
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Jessica1248 02/01/2021

Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Mia Couto. Pra falar a verdade, eu simplesmente amei! Adorei a forma como ele critica certas instancias da sociedade, como fala sobre jovens, adultos, línguas, cultura, política, ciência... De tudo um pouco. Gostei também da forma que ele insere a cultura africana para o leitor, para que se faça uma verdadeira imersão.
Ansiosa para novas leituras desse autor.
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Lucio 27/09/2020

Um tapa na nossa cara em todos os sentidos
E se Obama fosse africano? reúne o que Mia Couto chama de "interinvenções", neologismo que expressa bem o sentido destes artigos, quase todos transcrições de palestras proferidas pelo autor em eventos na África, na Europa e no Brasil. Neles, o autor aborda de modo corajoso e criativo os principais impasses da África contemporânea. Temas como a corrupção, o autoritarismo, a ignorância, os ódios raciais e religiosos, mas também a riqueza da tradição oral e das culturas locais, o vigor artístico, as relações complexas entre o português e as línguas nativas, a influência de Jorge Amado e Guimarães Rosa sobre a literatura luso-africana, tudo isso é tratado com rigor intelectual, imaginação poética e humor por um dos maiores escritores de nossa época. Longe do discurso árido dos acadêmicos e da retórica demagógica dos políticos, o autor, que é também biólogo, passeia pelos assuntos com habilidade de ficcionista, entremeando os dados objetivos de sua análise a lembranças pessoais e referências literárias, numa prosa calorosa e envolvente. Nesses exercícios de militância intelectual, o autor mostra que a inteligência crítica e a fantasia poética são fortes aliadas para a compreensão e a transformação do mundo.
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Thiago Soares 02/09/2020

Uma África que se parece com o Brasil
Este livro não tive como fazer histórico dia-a-dia pois estava anotando váaaaarias partes importantes, cheias de reflexões que podem ser facilmente direcionadas ao Brasil, na verdade talvez até seja um espelho do que pode se tornar o Brasil. Eu me encantei com as reflexões do Mia Couto. Muito bom! Fiquei refletindo em praticamente cada parágrafo.
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