Fernanda631 31/07/2023
Assassin's Creed: Irmandade
Assassin's Creed: Irmandade (Assassins Creed #2) foi escrito por Anton Gill com pseudônimo de Oliver Bowden e publicado em 25 de novembro de 2010.
Assassins’s Creed Irmandade é o segundo livro adaptado do jogo de mesmo nome Assassin’s Creed Brotherhood, da franquia de sucesso dos videogames. Lançado depois de Renascença e antes de Cruzada Secreta.
Irmandade começa na cena final de Renascença – uma cena que é retomada, por algum motivo, com alterações (que notei porque tinha acabado de ler o outro livro!). Enfim, a história continua logo depois que Ezio – e o leitor – recebem várias revelações de Minerva. Eu estava me preparando para um livro parecido com o anterior, mas tive uma boa surpresa.
Alguns dos problemas do livro anterior sumiram, ou pelo menos foram amenizados: a história se passa em bem menos tempo (quatro anos, mas a maior parte se desenvolve em dois), os diálogos soam mais naturais e a narrativa cortou bastante aqueles momentos de explicações desnecessárias.
Por concentrar a ação num período menor, o livro não dá mais aquela sensação de ser “episódico”: as cenas são mais detalhadas e ficamos conhecendo melhor as estratégias dos Assassinos, podemos vê-los interagir com mais calma, e a tensão, inclusive, aumenta, pois há uma sensação maior de imediatismo.
Os capítulos são bem menores que os de Renascença, então, apesar de este ser maior, a leitura vai rápido.
Desta vez, o cenário é principalmente Roma, mas uma Roma em decadência, dominada pela família Bórgia. O grande antagonista do livro não é mais Rodrigo, e sim seu filho, Cesare, ainda mais implacável que o pai. Às vezes a família toda, incluindo a irmã Lucrécia, chega a ser quase caricaturalmente vilanesca, mas relevando alguns exageros, são personagens que realmente parecem poder derrotar os Assassinos, vez ou outra.
A relação de Rodrigo, Cesare e Lucrécia e o modo como os Assassinos usam as brechas entre eles para derrotá-los são bem instigantes.
Também é bem legal ver os Assassinos trabalhando juntos: Bartolomeo, La Volpe, Ezio, Maquiavel, Mario, entre outros, que não mencionarei pra não dar spoilers. Era exatamente disso que senti falta no primeiro livro.
A melhor parte da história, pra mim, foi a relação entre Ezio e Nicolau “Eu não me faço de burro com ninguém” Maquiavel. Aparentemente existia uma rivalidade entre eles, e os dois batem de frente durante boa parte da trama. Maquiavel é um grande estrategista, mas Ezio não é nenhum idiota, e por trás da suposta inimizade há um respeito mútuo. Eu poderia ter lido umas 200 páginas deles irritando, questionando e contrariando um ao outro.
E quanto Maquiavel estava anotando num caderninho as coisas que Ezio diz, pra depois transformar em O príncipe: fe-no-me-nal.
Enfim, Irmandade é bem melhor que seu predecessor, e me deixou animada para os próximos livros da série!