Wilson

Wilson Daniel Clowes




Resenhas - Wilson


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Sérgio 20/04/2013

Porta-voz contra a bunda-molice
Ficha Técnica

Título original: Wilson
Gênero: Quadrinhos / Crônicas
Ano de lançamento: 2010
Ano desta edição: 2012
Editora: Companhia das Letras / Quadrinhos na Cia
Páginas: 82
Idioma: Português (tradução de Érico Assis)


"Wilson" é uma HQ genial! Contada em mini crônicas de uma página, que unidas contam a história de um cara pouco sociável (não por falta de tentativas dele). Na verdade, Wilson é simplesmente sincero demais. Sincero de uma maneira que as pessoas à sua volta não gostam. Ele puxa assunto com pessoas no bar, no aeroporto e não se faz de rogado quando tem que emitir sua opinião sobre o assunto (ou, se ignorado, não pensa duas vezes antes de falar "estou falando com você, seu cuzão).


A arte de Clowes vai de algo que se aproxima do realismo até algo totalmente caricato, fofinho até; o que é um tremendo contraste com o personagem principal, com seus comentários ácidos que não perdoam absolutamente ninguém que não pense como ele.


Após a morte de seu pai, Wilson começa a refletir sobre sua vida e vai tentar amarrar algumas pontas soltas do seu passado, como o relacionamento com sua ex-mulher. Com sua delicadeza de um elefante numa loja de cristais ele consegue de tudo, e critica todos os aspectos de uma sociedade doente (mas da qual ele não se exclue): internet, religião, materialismo, relações familiares, nada escapa a Wilson. E, se for preciso mandar uma caixa cheia de bosta de cachorro pelos correios para enviar uma mensagem, pode ter certeza de que ele o fará.

De leitura rápida, "Wilson" vai fazer você dar algumas boas risadas, algumas delas de si próprio, pois você com certeza se enxergará no lugar de uma (ou umas) das pessoas abordadas e criticadas por Wilson. Ele é o porta-voz do homem-médio que se sente incapaz de mudar tudo o que está errado, mesmo nele próprio, mas não deixa de se manifestar.

A odisseia de Wilson termina de maneira poética e subjetiva, aberta à interpretação de cada um. Talvez a interpretação de cada um, em momentos diferentes de suas vidas, possa ser diferente. Sacada de mestre de Clowes, que fechou com chave de ouro a história.

Vale a pena também ler a coluna de Érico Assis no blog da Cia das Letras, onde ele explica o método de que se utilizou para traduzir "Wilson". É outra diversão à parte, e demonstra também o cuidado na tradução e preparação da obra pela editora.

No final da leitura, acho que só fica uma certeza: você certamente terá uma opção de nome a menos caso você tenha um filho homem.

Originalmente publicada em: http://catharsistogo.blogspot.com.br/2013/01/wilson-daniel-clowes.html
comentários(0)comente



Thiago 01/04/2013

Ignorante, Wilson? Que isso...
Essa é a Primeira resenha abordando quadrinhos que eu faço, e resolvi começar com esta fodástica graphic novel, de um dos mais importantes autores americanos de quadrinhos alternativos, Daniel Clowes. Essa foi uma leitura visceral pra mim, me rachei muito com a forma com que Wilson lidava de forma ¨ TÃO EDUCADA COM AS PESSOAS ¨. Algumas coisas me chamaram muito a atenção na obra, a forma como Clowes consegue implementar tanta densidade na trama do jeito mais simples possível, transformando situações tristes em epifanias hilariantes, sempre com muito humor ácido e inteligente. A critica levantada em cima do homem moderno, da sua forma egoísta de enxergar a vida, banalizando coisas que realmente são importantes, trocando tudo que possa ser relevante em prol de uma maior conectivade com o mundo, que acaba sempre de uma forma ou de outra, tornando as pessoas ainda mais sozinhas e perdidas. Quanto a estrutura da historia, cada pagina equivale a uma vinnheta, e assim as situações vão sendo narradas de forma linear, alternando os traços em cada pagina, indo desde o realista até o mais cartunesco. Enfim, indicação maxima mesmo pra quem não curti quadrinhos, porque definitivamente além de ser extremamente divertido, traz consigo uma carga pesada de critica a sociedade moderna, o que mantém a obra sempre relevante.
comentários(0)comente



Bruno.Fonseca 11/01/2021

HQ do Dia | Wilson - Daniel Clowes
Daniel Clowes (Paciência e Ghost World) é um dos maiores quadrinistas e roteiristas da última década. Suas histórias são ácidas, assim como sua visão de vida e a forma crua como retrata o ser humano em páginas de graphic novels e quadrinhos.

Em “Wilson”, publicada pelo selo "Quadrinhos na Cia", da Companhia das Letras, e traduzido por Erico Assis, conta a história de um solitário, idiota e sem escrúpulos, que odeia pessoas e fala o que dá na telha sem filtro, sem dor e sem qualquer envolvimento emocional. Ele mora em Oakland, Califórnia, nunca trabalhou, chegou a ter uma filha com sua ex, mas nunca tinha visto a menina até ela ter seus 20 e poucos anos quando decide ir atrás dela, não gosta muito do pai, do cunhado e de qualquer pessoa.

Leia a resenha completa no link.

site: https://www.proibidoler.com/quadrinhos/critica-resenha-review-wilson-daniel-clowes/
comentários(0)comente



Kainã Lacerda 02/09/2011

Obra prima do Daniel Clowes. Tão bom ou, até mesmo, melhor que Ghost World.
comentários(0)comente



Fran 11/03/2012

Dotado de um personagem que reflete o nosso tempo a HQ Wilson é sem dúvida um dos melhores trabalhos de Daniel Clowes.
Em um primeiro momento podemos pensar que esta HQ é composta por curtas passagens da vida de um homem, mas logo percebemos que se trata do relato continuo da vida de Wilson, um cara solitário, mal humorado, ranzinza, que só vê mágoas e frustrações em sua vida, provavelmente resultado de quem optar pela solidão e acaba desenvolvendo um certo ódio pela humanidade a qual ele mesmo ajuda a construir. Mas não se engane, esta obra não é tão deprimente quanto parece, em muitos momentos é possível dar gargalhadas, talvez por se pegar em situações que já ocorreram contigo ou até mesmo por perceber quão patética pode ser a vida. Temas cotidianos em uma história simples ao estilo de Clowes narrando a vida de um mero humano.


comentários(0)comente



MENINALY 11/03/2013

Wilson é o cara!
Reverente e divertido, Wilson é antisocial, arrogante e preguiçoso!!! Mas apesar de tudo isso vc se acaba tendo um enorme carinho por ele! Super recomendo.

comentários(0)comente



Dose Literária 30/10/2013

Wilson, o "egoísta moderno"
Wilson é o anti herói moderno, o cara comum, o tio nosso que nunca casou e - porque não - um bocado a gente mesmo. Sua vida seria apenas cômica se não fosse rodeada por fatos trágicos que, ainda assim, são deveras engraçados.
Wilson ama seu cachorro, como eu amo os meus (tenho 3) e as meninas do Dose amam seus gatos (a maioria aqui é "gateira" rs)...então Wilson é um cara generoso. Só que não.
Wilson ama apenas seu cachorro. O resto dos seres humanos, em sua maioria, irritam Wilson.
Continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2012/10/wilson-o-egoista-moderno.html
comentários(0)comente



Cilmara Lopes 10/12/2016

Todos somos Wilson!
Wilson: Solitário? Sociopata? Antissocial? Idiota? Triste? Sincero?
Daniel Clowes assim como outros grandes nomes dos quadrinhos (Eisner, Chris Ware entre outros) reinventou a forma de escrever e ilustrar grafic novels.
Wilson foi sua primeira obra, trata-se de pequenas fase de suas vida contadas em terceira pessoa.
Enquanto eu lia, meu irmão ficou curioso e mostrando algumas páginas ou só alguns quadros ele já deu risada e entendeu do que se tratava.
No início temos só alguns episódios aleatórios do cotidiano do personagem, em seguida tudo vai se ordenando e entramos numa história, de um homem a procura da ex-mulher e de sua "possível filha", eles terminaram de uma forma bem estranha...
Enfim, no ínterim de tudo o que ele procura mesmo é um sentido para vida, um entendimento para a realidade fria ou até mesmo uma epifania emocional.
Um bom quadrinho! Ótima aquisição via skoob ?
Agora vou atrás de sua próxima obra, "Ghost World"
comentários(0)comente



Gláucia 02/06/2017

Wilson - Daniel Clowes
Wilson, que pessoinha! Não queira encontrar esse tipo. Detestável, solitário, sem o mínimo traquejo social, solitário, egoísta...
Cada página traz uma situação que ele vive no seu dia-a-dia e no início achei que eram episódios soltos mas depois vai havendo uma narrativa coesa. Após a morte de seu pai Wilson passa a pensar na solidão de sua vida (ele só tem uma cachorrinha que adora) e a partir daí parte em busca da ex-mulher e de uma suposta filha que teriam tido e que ele nem chegou a conhecer.
Amei do início ao fim, o cara é tão insuportável, tão sem noção que chega a ser divertido. E no final dá até pra sentir pena...
Excelente indicação da amiga Marcia Cogitare.
Marcia Cogitare 07/06/2017minha estante
Que maravilha, acertei essa hein


Gláucia 08/06/2017minha estante
Total! Que figura esse Wilson!


Marcia Cogitare 08/06/2017minha estante
E o autor fez este quadrinho na sala de espera do hospital, onde de fato o seu pai estava internado.


Gláucia 08/06/2017minha estante
Caramba! Não sabia


Marcia Cogitare 09/06/2017minha estante
É meio auto biografico, pelo menos a parte da internação do pai




Afamachado 16/07/2018

Misógino e escroto
Essa é daquelas que não entendo porque é tão famosinha. O autor traz um humor escroto, com misoginia e gordofobia a rodo, que poderia ter sido por um desses tipos como o Danilo Gentili. Triste. Se existia alguma questão por trás disso, foi ofuscada pela escrotisse.
comentários(0)comente



Crischarles 10/02/2020

Mediano.
Livro conta a história de uma pessoa solitária, que busca trazer alguns sentidos em sua vida depois de algumas tragédias. Seus quadros de histórias também podem ser lidos separadamente para por aqueles que buscam algum conteúdo sarcástico. Na versão em inglês, a prática pode demandar um conhecimento maior de vocabulário já que o personagem utiliza de muitos palavrões.
No geral, o livro acaba sendo mediano, apenas pelo fato de não trazer nada de instigante e ao mesmo tempo por não finalizar de forma agradável algumas histórias.
comentários(0)comente



12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR