Kel Costa 05/10/2011O leitor parece ser arrastado junto com Susan para dentro da história de TonyEu tive uma relação de “frio x quente” com Tony & Susan. Primeiramente, devo dizer que gostei da história como um todo, mas não gostei do formato da narrativa. Até a metade do livro, antes que eu me acostumasse de vez com a narração, mais me parecia que os personagens principais eram loucos.
Mas então, conforme as páginas iam passando e eu me forcei a entrar de verdade na história, já não achei mais nada assim tão diferente. A verdade é que o que para alguns (como eu), a narrativa possa vir a incomodar, para outros provavelmente ela irá parecer brilhante. Eu apenas não estou acostumada.
Tony & Susan é intenso e envolvente. Duas histórias, duas vidas completamente diferentes narradas em 334 páginas. De um lado, temos Tony. Ele é o personagem principal dentro da história lida por Susan. Foi por Tony que meus sentimentos mais oscilaram. Ora eu queria enforcá-lo por ser tão burro, ora eu queria abraçá-lo e amenizar sua dor.
Do outro lado, temos Susan, a que está lendo. Provavelmente será com Susan que o leitor se identificará. Ela entra na história que Edward escreveu e nos leva junto. Nos faz parar quando para e nos faz esperar pela lida do próximo capítulo. Susan é a marionete que Austin Wright usa e é por seus olhos que o leitor enxerga Tony.
Acho que esse livro deva ter o leitor certo para ele. Creio que nem todo mundo que conheço irá gostar da história. O livro começa eletrizante, mas confesso que lá pela metade eu empaquei, pois achei que a história de Tony estava muito parada, na mesmice. Só mais para o final que as coisas voltaram a empolgar. Agora, um ponto super a favor, que não poderia deixar de citar, é que o autor faz a Susan parar a leitura justamente em partes cruciais e com isso, o leitor também fica naquela expectativa, esperando Susan voltar a ler. Brilhante!
A capa do livro é super diferente, assim como a própria história. Meu entendimento dela é que as folhas separadas demonstram as próprias histórias dos dois, totalmente distintas. Não sei, imagino que seja isso. Diagramação básica e revisão perfeita, ponto mais que positivo para a Intrínseca, pois ultimamente as editoras estão pecado na revisão.
Para quem gosta de livros mais adultos, intensos, com histórias que fazem parar para pensar, eu recomendo!
## Veja a resenha completa em:
http://www.itcultura.com/2011/10/resenha-tony-susan-austin-wright/