O Cavaleiro Inexistente

O Cavaleiro Inexistente Italo Calvino




Resenhas - O Cavaleiro Inexistente


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Marcella.Spelta 25/04/2024

Ok
A obra é uma sátira de um romance de cavalaria. Critica as dicotomias da época (como capitalismo X comunismo), instiga a reflexão sobre estereótipos e sobre os limites do ser e do existir. A forma da escrita e o tema não me pegaram muito, não.
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Fernanda 23/04/2024

Ótima leitura!
Livro interessante, várias histórias em uma só. Só Calvino para dar vida a um cavaleiro inexistente! Muito bom!
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Leonardo1083 18/04/2024

A questão da existência
Existimos?
Existimos!
Onde existimos? Quando existimos? Para que existimos? Porque existimos?

?Até ele aprenderá? Nem nós sabíamos que estávamos no mundo? Também a existir se aprende??
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Silvia279 14/04/2024

É uma paródia de romance de cavalaria que se passa na corte de Carlos Magno. Cercado por um exército quixotesco, o cavaleiro Agilulfo (e todos seus demais nomes) luta pela causa da cristandade, defende avidamente sua reputação e faz questão de manter a armadura sempre limpa. É um texto muito humano e divertido.
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myhtuck 12/04/2024

?Uma freira confinada num convento cumpre a penitência de narrar a bizarra história de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro que se distingue pela impecável armadura branca ? e pelo fato de não existir. Por defender a virgindade de uma donzela, Agilulfo se tornou paladino de Carlos Magno, posição que exerce com seriedade extrema. Mas aquele feito heroico é posto em dúvida.
Para comprová-lo, Agilulfo sai em busca de "uma virgindade perdida quinze anos atrás", e no caminho viverá aventuras engraçadíssimas, dignas de um ótimo romance de cavalaria às avessas.?

Confesso que essa leitura não seria minha primeira escolha, mas graças a curadoria do Clube de Leitura Anormal fui apresentada à leitura. Não fiquei tão entusiasmada, mas a experiência foi válida.

Nota: 4/5
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Pilar 09/04/2024

Fuja de ?spoilers? deste livro! ;)
Leitura brevíssima, agradável sem ser simplista, com imenso poder de síntese, bom humor, astúcia e surpreendentes reviravoltas.
Entre as reflexões filosóficas deste livro estão: os limites entre consciência e existência; e a honra (ou não) em cumprir com seu lugar no mundo ou superá-lo.
Foi meu primeiro Italo Calvino e sugiro a quem for ler que fuja de spoilers pra não perder a diversão.
Eduardo Vainer 15/04/2024minha estante
Dos 3 da trilogia este foi o que mais gostei.


Pilar 18/04/2024minha estante
Foi o primeiro dele que li, Eduardo. Vc sugere alguma ordem de quais próximos dele pra continuar?


Eduardo Vainer 18/04/2024minha estante
Eu li o Cavaleiro inexistente na edição de "Os Nossos Antepassados" da Companhia de Bolso que contém também o O Visconde Partido ao meio e O Barão nas Árvores. Lembro de ter gostado mais do Visonde. Em relação aos outros livros recomendo Marcovaldo e Se um Viajante em uma noite de inverno. Ainda tenho muito Calvino pra ler: Todas as Cosmicômicas, Os Amores Difíceis, os livros de não ficção...




Jubis1910 05/04/2024

O Cavaleiro Inexistente
O Cavaleiro Inexistente é um livro deveras interessante. Li pela escola, então talvez minha leitura tenha sido pouco mais cansativa.
A história é uma novela de cavalaria burlesca, ironizando elementos tradicionais. Ela nos faz refletir sobre o que faz alguém existir na sociedade, já que, ter um corpo não é suficiente, como vemos no personagem Gurdulu, que tem corpo e não uma identidade e motivação. Ter apenas motivação também não, observado em Agilulfo, que se dá uma identidade e ela se limita à como as pessoas o enxergam. Para existir é necessário uma identidade bem definida, um corpo e uma motivação, além disso, o reconhecimento das pessoas sobre sua existência.
Agilulfo é um exemplo da crítica as novelas de cavalaria. Ele seria a representação do cavaleiro idealizado, com uma forte motivação, simpatia às leis e um caráter elevados. Entretanto, ele é muito perfeito para o mundo imperfeito, e nesse mundo ele se torna imperfeito. Inveja os corpos, mas não poderia ter um, pois assim se tornaria sujeito aos erros.
Classifiquei como ?????? pois não é um gênero e nem um livros que eu leria normalmente ou releria por entretenimento. Mesmo assim, recomendo pelo estudo sobre literatura trovadoresca!
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Paulo Sousa 11/03/2024

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O cavaleiro inexistente [1959]
Orig. Il cavaliere inesistente
Italo Calvino (??1932-1985)
Cia das Letras, 2005, 120p.
Trad. Nilson Moulin
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?A armadura está vazia, não vazia como antes, esvaziada também daquele algo que se chamava o cavaleiro Agilulfo e que agora se dissolveu com uma gota no mar? (Posição Kindle 1709/91%).
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Italo Calvino escreveu o belíssimo ?Se um viajante numa noite de inverno?, a saga de um leitor que descobre que o livro instigante que está lendo veio com defeito, faltando páginas. É um livro excelente, mágico, inteligente, necessário.
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Dele, ainda li o ?A trilha dos ninhos de aranha?, uma leitura assim mais ou menos.
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Aqui entre os volumes intocados de minha biblioteca encaixotada - ai de mim! - também está o ?As cidades invisíveis?, talvez o livro mais famoso do escritor italiano, um projeto de leitura ainda relegado a algum dia no incerto futuro?
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Cá n?O cavaleiro inexistente, Calvino opera uma obra de cavalaria, a meu ver, às avessas, já que temos um herói que na verdade não existe, que de certa forma habita uma imaculada armadura branca. Seu nome é bem pitoresco: Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, Cavaeiro de Selimpia Citerione. Possui um escudeiro, com alguma dificuldade mental, cujo nome depende do lugar onde a dupla se encontra, mas na maior parte da trama, o chamam Gurdulu.
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A estória, contada por uma monja, mais de uma vez se entranha por batalhas e desmandos nos tempos do imperador Carlos Magno. Como todo livro desta espécie, vagueia por virgens oprimidas, embates entre exércitos rivais, fala do dia a dia da tropa em seus longos bivaques. Sendo bem curta (são só 120 páginas), eu me deixei levar pela preguiça e acabei não buscando cousas que me dessem alguma ideia do momento em que Calvino escrevera sua epopeia. Logo, não sei exatamente qual sentido de tão peculiar existência, a do Agilulfo, mas cá comigo fiquei a pensar sobre a impessoalidade e suas ramificações. Nada digno de ganhar mais que uma ou duas frases, mas o abrupto desaparecimento de Agilulfo, como num passe de mágica, enraizou somente esta impressão em meu espírito, sobre como a gente existe muitas vezes enquanto esta existência satisfaz algum interesse de outrem.
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Quem sabe eu volte ao livro, numa possível releitura e tome coragem de adentrar mais sobre esta ideia. Agora, nesse instante, ficará somente esta intelecção, pequena semente extraída de um livro que, com pureza d?alma, não me impressionou muito. Paciência.
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Kianne 04/03/2024

Intrigante
Em "O Cavaleiro Inexistente", Ítalo Calvino nos conduz por uma narrativa que desvenda os caminhos intrigantes de um cavaleiro e todas as suas peculiaridades. Apesar de sua brevidade, com pouco mais de 100 páginas, o início da leitura demorou um pouco para conquistar meu interesse. Contudo, ao final, o desfecho revelou-se surpreendentemente engraçado, tornando a persistência na leitura totalmente recompensadora.
A construção gradual da narrativa revela-se um exercício de paciência que culmina em um desfecho que, para mim, foi digno de quatro estrelas.
Recomendo "O Cavaleiro Inexistente" para leitoras que apreciam uma abordagem única e reflexiva. A obra é uma jornada curta, mas intensa, que, ao final, deixa uma marca duradoura, convidando a uma reflexão mais profunda sobre a natureza da existência e das escolhas que fazemos.
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Lucas.Silva 25/02/2024

Este livro de Ítalo Calvino é sensacional. Através de uma narrativa muito fluida, carregada de interações criativas e engraçadas, é apresentada uma história interessantíssima, a qual tem como cerne um cavaleiro que não existe. Essa história fala, sobretudo, acerca dos desejos (ou objetivos), principalmente sobre como isso é essencial para o ser humano.

Tendo sempre objetivos a serem perseguidos, mantemos viva a nossa determinação para existir. Sejam nossos desejos frustrados ou até mesmo atendidos, ficaremos decepcionados, sem rumo. Mas temos um corpo, uma maneira de existir fisicamente no mundo. E a partir dele podemos recalcular nossa rota, criar novos caminhos e dar sentido à vida.
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Matheus.Correa 09/01/2024

A busca por quem somos é longa e empática
"Das fileiras de lúpulo e das sebes pulavam aldeões armados com forcados, foices e podadeiras, tentando cortar-lhes a passagem. Mas pouco puderam contra as lanças inexoráveis dos cavaleiros. Superadas as linhas desfeitas dos defensores, eles se lançaram com os pesados cavalos de guerra contra as cabanas de pedra, palha e barro, destruindo-as sob os cascos, surdos aos gritos das mulheres, dos vitelos e das crianças. Outros cavaleiros seguravam tochas acesas e ateavam fogo nos tetos, nos depósitos de feno, nas estrebarias, nos celeiros miseráveis, até que as aldeias ficassem reduzidas a fogueiras que eram só gritos e prantos. Torrismundo, arrastado pela corrida dos cavaleiros, estava transtornado. ? Alguém me diga, por quê? ? gritava para o ancião, indo atrás dele, como se fosse o único que podia ouvi-lo. ? Então não é verdade que estejam cheios de amor pelo todo! Ei! atenção, estão atacando aquela velha! Como têm coragem de investir sobre restos humanos? Socorro, as chamas atingem aquele berço! Mas o que estão fazendo? ? Não queira interferir nos desígnios do Graal, noviço! ? advertiu o ancião. ? Não somos nós quem faz isso; é o Graal, que está em nós, que nos move! Entregue-se ao seu amor furioso! Mas Torrismundo descera da sela, preparava-se para socorrer uma mãe, devolver-lhe aos braços uma criança caída." - Essa cena, envolvendo Torrismundo, um dos personagens desse livro, admite um mundo de pessoas pobres que são usurpadas por homens que se dizem a serviço de algo maior que eles, me pergunto, por que o prato da insensibilidade é sempre vinculada a uma verdade? As pessoas se corrompem por crenças que nem ao menos elas se dão conta. E o livro é sobre isso, sobre uma armadura vazia que salva mulheres, sobre um cavaleiro inexistente que é modesto e corajoso, que ninguém consegue enxergar seus olhos e ao se deparar com a sua face, apenas presencia a armadura branca gelada. Torrismundo, por sua vez é o personagem que busca substância em seu interior, busca a si em uma jornada longa e empática. Ao saber sobre seu pai, que fazia parte dos cavaleiros do santo graal, ele decide se juntar, mas ao se deparar com aquele homens cruéis, ele não se encontra. O vazio está ali, sua jornada não havia chegado ao ponto em que gostaria, porque a narrativa nos conduz em uma vida tipicamente humana. Italo Calvino, em sua realidade fantástica, induz à reflexões sobre o eu e a aventura de sempre se estar vazio, os outros percebendo ou não.
Pilar 11/04/2024minha estante
Essa página é bem marcante. ?e divertida. Me impressiona um livro tão levinho e engraçado trazer reflexões tão sinceras e importantes.




Juliane4 02/12/2023

O romance aborda temas como identidade, busca de sentido e a natureza ilusória da realidade. Calvino explora a condição de Agilulfo para discutir questões mais amplas sobre a natureza da existência e a construção da identidade.
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Izabella.Edite 16/11/2023

O cavaleiro inexistente
Esse eu achei engraçadinho uma novelinha de cavaleiro, achei bem legal e eu gostei bastante da escrita do ítalo
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Deghety 09/11/2023

O Cavaleiro Inexistente
O Cavaleiro Inexistente conta a história de alguns soldados do imperador Carlos Magno no início da Idade Média.
O personagem que dá nome ao livro é só um dos protagonistas que dão sentido à obra. O cavaleiro Inexistente, Agilulfo, é um soldado que é formado só pela sua armadura , mas com ideais e valores como os que possuem um corpo.
Todos os principais personagens são movidos por ideais próprios, cada qual a sua maneira e com objetivos ligados às suas posições, dando ideia que não existem como pessoas e somente como uma armadura e/ou um título, como de fato ocorre com o Cavaleiro Inexistente.
A leitura é muito agradável, divertida e com interessantes aventuras e enredo bem desenvolvido.
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Andre.Pithon 30/08/2023

2.5

Percebo que nunca escrevi sobre Dom Quixote. Li Quixote no meio da pandemia de 2020, quase completamente, para uma matéria optativa sobre o livro. Na época, ainda não era viciado em Goodreads, e não me expressei aqui. Hora de retificar isso. Hora de retificar isso na resenha de um livro completamente diferente. (Mas deixei a uma estrela que Dom Quixote merece na página dele)

Dom Quixote é repetitivo, você tem a história clássica do "Hurr Durr quero matar moinhos" no primeiro punhado de capítulo, e depois as mesmas piadas e cenários se repetem ad infintum. O humor é ruim, grotesco e escatológico, "haha, olha ele com medo se cagando, haha". A crítica aos épicos de cavalaria é tão diluída que perde quase qualquer potência, homeopática. Beleza, importância histórica, justo, mas se observado por uma ótica de 2023, é praticamente ilegível, e gosto de não dar estrelas extras aqui no Goodreads pelo mérito de algo ser velho.

O Cavaleiro Inexistente, de Italo Calvino, é quase a mesma história. É muito melhor, infinitamente melhor, incomparável. Ainda é meio ruim, obviamente, mas "meio ruim" está eras de distância de Dom Quixote.

Agilulfo não existe. Ele é um conjunto vazio de armadura, parte do exército de Carlos Magno, que existe por pura força de vontade, por sua forte e inquebrável adoração aos valores de cavalaria. E toda a obra se dá desconstruindo esses valores, apontando o absurdo nas tradições tão bem estabelecidas, no mais tradicional estilo de paródia. É uma paródia melhor que Dom Quixote, consegue passar sua mensagem muito mais rápido (Cervantes 🤬 #$%!& escrevendo dois livros por nenhum motivo só pra ganhar mais dinheiro), em alguns raros momentos consegue arrancar algum sorrisinho, mesmo que nunca uma risada.

Mas nunca mais que isso. Alguns episódios são irrelevantes, filler. Alguns personagens não realmente possuem motivo para existir, e tiram o foco no núcleo principal. Qualquer mensagem existencialista se encontra escondida abaixo de uma montanha de lixo, e eu não vou sujar minhas mãos escavando. Mas ainda assim, em alguns momentos, um flash da genialidade de Calvino que tanto me fascinou em Cidades Invisíveis resplandece, e algumas cenas são boas. Há uma parte em que a narradora começa a descrever que teria que descrever toda a jornada longa e detalhada de Agliufo, suas aventuras e peripécias, mas bate a preguiça e ela só rabisca umas linhas num mapa. 10/10 achei engraçado, me lembrou de Dom Quixote, se tivesse uma página rabiscadona sem nada no meio eu ia achar a melhor parte do livro.

Dom Quixote e O Cavaleiro Inexistente são dois livros muito parecidos, cuja aproximação ao tema parte de um ponto muito similar, e cujo objetivo é ironizar os clássicos de cavalaria. Ambos são ruins. Um é muito melhor que o outro.
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