O Cavaleiro inexistente

O Cavaleiro inexistente Italo Calvino




Resenhas - O Cavaleiro Inexistente


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E. Dantas 23/01/2013

A MELHOR FABULA (NEM TANTO) CONTEMPORANEA (PARADOXALMENTE) DE TODOS OS TEMPOS
Se o título da resenha lhe soa confuso, você precisa conhecer Calvino. Se conhece Calvino, entenderá muito bem o título da resenha.
Acabo de ler esse pequeno livreto, porém grandissíssima obra, ha pouco mais de dez minutos e já me sinto seguro de dizer que, sim, é a melhor fábula que já li.
Já era fã do excelente e velho Calvino e toda sua maneira fisica-chanchada-fantasia-macarrônica maneira de escrever mas confesso que a estória de Agilulfo e todos as deliciosas personagens que o rodeiam arrebataram minha mente gerando vez ou outra uma careta infantil seguida de um "caramba! Que genial!" ( na verdade eu dizia "caralho" mas achei que pegaria mal usar um palavrão e o termo "infantil" juntos).
Calvino é genial. Isso é um fato. E não gostaria, não posso e não devo dizer nada mais que a sinopse descreve para aqueles que desejam le-la. Por que o segredo de Calvino é aquela grata surpresa ser pego por algo que parece simples e prazeiroso e que no fim de tudo, realmente é.
Ta legal, vou deixar de ser prolixo e resumir: Calvino e sua obra ( aqui falo de O Cavaleiro Inexistente em particular ) é o melhor perfume no pequeno frasco.

Sem mais!
Vale muito!
Beijos e inté!
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Sobrinho 18/04/2013

um pequeno romace de cavalaria
Comico, simples, direto. Protagonista da história, um cavaleiro nas fileiras de Carlos Magno que vai em busca da virgindade de uma princesa há mais de quinze anos com um fiel escudeiro e um admirador. Na realidade, uma sátira, ao meu sentir, ao grande romance de Cervantes, Dom Quixote. Vale a pena conferir. Faz parte de uma trilogia do escritor Italo Calvino.
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Eliane 03/03/2013

A loucura de não existir existindo.
Junto ao "grandioso" exército de Carlos Magno segue o determinado e comprometido soldado cujo problema, ou solução, é não existir. Sua armadura reluzente e vazia e seus hábitos de exímio combatente provocam uma reflexão sobre a existência e a loucura. Interessante!
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Leonardo1083 18/04/2024

A questão da existência
Existimos?
Existimos!
Onde existimos? Quando existimos? Para que existimos? Porque existimos?

?Até ele aprenderá? Nem nós sabíamos que estávamos no mundo? Também a existir se aprende??
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Marcos Faria 02/10/2012

Ítalo Calvino propõe uma série de jogos em "O cavaleiro inexistente" (Companhia das Letras, 1998). Para começar, é Calvino escrevendo um livro sobre uma monja que escreve uma história de uma armadura que não tem ninguém dentro. À primeira vista, é uma crítica da própria literatura, e em especial a do século XX, que de tanto elaborar discursos sobre si mesma acaba se perdendo no vazio. Enquanto isso, do outro lado, o de fora da armadura, as pessoas reais vivem, amam, sofrem, traem, se acovardam. Esse outro lado, porém, é também impotente sem a forma estruturante que a armadura proporciona. Sem ela, acaba ficando como o louco que acha que é pato quando está no meio dos patos, porco quando está no meio dos porcos e rei quando está diante de Carlos Magno. O final feliz depende da síntese bem sucedida, que depende de as duas partes abrirem mão do que são para se tornarem algo maior.

Publicado também no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2012/10/02/meninos-eu-li-27/
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Rafa 20/11/2011

Cavaleiro
Uma historia incrivel. É mais um desses livros pedidos na escola, onde a obrigação se torna prazer. Um dos livros que ja li mais de uma vez. Enredo excelente e uma trama impagável.
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Hugo R 16/10/2011

Errar para ser
“A existência precede a essência”. Com a máxima, Sartre deu o pontapé inicial no movimento filosófico denominado existencialismo. Para o pensador francês, a existência mortal do homem precede a sua formação como persona, por intermédio das experiências modeladoras que, em vida, delinearão o ser humano. Por isso, entre os seres racionais, nada que não é, ou mesmo, que não exista, não pode, de forma alguma, ser. Retrato anterior à tese humanista de Jean-Paul Sartre tem-se com a publicação de O Cavaleiro Inexistente, em 1959, por Italo Calvino.

Nascido numa viagem dos pais cientistas a Cuba, Italo Giovanni Calvino Mameli (1923-1985) destacou-se logo como um dos grandes escritores italianos da geração do séc. XX. Tendo iniciado os estudos na Faculdade de Agronomia de Turim, em 1941, logo os abandona em prol do engajamento político, que o levara a se juntar a Resistência Italiana contra os nazistas. Mais tarde, foram tais acontecimentos que delinearam a vasta produção ficcional do autor, com livros como As Cidades Invisíveis, publicado originalmente em 1972, Se um Viajante numa Noite de Inverno, de 1979, e O Cavaleiro Inexistente, de 1959, caricato e irônico retrato de um romance de cavalaria.

Nesta publicação, Italo Calvino alia uma prosa lírica com um sarcasmo zombeteiro para dar voz às peripécias emaranhadas nos enredos macroscópico e outros microscópicos do romance de apenas 136 páginas. Dando nome à narrativa, exemplarmente fardado com uma límpida armadura branca, metódico, disciplinado, perfeito, Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez apresenta-se junto às tropas de Carlos Magno, como era de praxe a todo soldado. Ao contrário dos outros cavaleiros, porém, a bênção e a maldição do perfeccionismo de Agilulfo são justificadas por sua inexistência. Tais atributos que tanto angustiam o cavaleiro, no entanto, são os mesmos que o fazem cobiçado pela guerreira Bradamante, e invejado pelo jovem Rambaldo.

À procura da honra, Agilulfo se engaja numa jornada defendendo os títulos e a posição conquistados de uma acusação feita por Torresmundo, seguido por Bradamante, ansiosa pelo amor de um “não-ser”, e Rambaldo, batalhando pelo coração da guerreira. É assim que, na “cavalgante” narrativa, os personagens, confrontam o futuro com suas incessantes buscas, seus desejos e incertezas.

Essa carroça metafórica que rende um passeio pelo avesso do universo medieval é conduzida pela irmã Teodora, narradora e monja a quem foi designada a incumbência de escrever, como forma de penitência. Logo mais, porém, o ingênuo leitor descobrirá que ela não escreve por consideração ao amor cristão, custeando com o labor de sua pena a vida eterna. Pelo contrário, o intuito de Teodora, ou antes, Bradamente, é a penitência paga pela paixão ao inexistente em desacato ao amor tátil de Rambaldo. A narradora, por fim, agora paga o tempo da espera para alcançar seu salvador, o jovem cujos desejos foram outrora renegados, ansiosa e com a crença de que “se bem que, quando se chega ao ponto [o início do fim, o ponto final] aparece o salvador, sempre ele”.

Nesse tufão de identidades múltiplas, característica principal da flexibilidade e da intensa conexão de Gurdulu – escudeiro de Agilulfo – com o meio em que vive, assalta o cavaleiro inexistente, o que ocorre quando Agilulfo tem a armadura metaforicamente suja por um suposto erro, de modo que, assim, sucede a metamorfose do cavaleiro, que se esvai, liberto de prisão de sua armadura. Consequentemente, descobre no provérbio “errar é humano”, o aprendizado que anula sua condição inexistente, isto é, parafraseando Sartre, aquilo que passa a temperá-lo com as qualidades, defeitos e virtudes, característicos próprios daquele que existe e, por isso, simplesmente é.
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Tito 19/05/2011

As aventuras de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez, paladino que se distingue pelo zelo extremado, pela honra imaculada e, claro, pelo fato de não existir, exceto como manifestação concreta, alva e surreal de sua própria vontade.
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Ricardo 23/08/2010

Fábula
O livro se assemelha a uma fábula,o comeco é um pouco filosófico, mas sem ser chato.O final é um pouco forçado, mas não chega a estragar o livro.Leitura muito agradavel.
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Li 03/06/2010

Estando inexistente, existe!
Um cavaleiro que não existe traz algumas reflexões sobre a nossa própria existência e (in) significâncias. Seria ele mais real do que cada um de nós jamais fora? A verdade é que O Cavaleiro Inexistente não é um livro sisudo ou tão profundo a ponto de nos fazer refletir com tamanha veemência, antes é uma história divertida, onde o improvável se faz presente e situações inacreditáveis acontecem.
O que falar de Gurdulu, o fiel escudeiro de Agilulfo, o bravo cavaleiro que inexiste? Um simples trapalhão ou a alusão real de como muitas pessoas podem viver sem se dar conta de sua própria existência? Como se fossem levadas por qualquer vento que muda de rota, ora sendo pereiras, ora sendo peras, numa mudança drástica de posições, sem tomar partido de nada. E Rambaldo que empenhado em sua vingança se vê tão perdido quando a mesma se conclui, como muitos de nós que não nos saciamos em nossas próprias conclusões, vivendo os quase com a vã esperança de haver mais vida nos pós das coisas. Também há a jovem Bradamante, que atrai e assusta, mas que no fundo é apenas uma mulher indefesa num corpo moldado para os confrontos, insaciável como todas nós somos, buscando cavaleiros tão perfeitos que inexistem. O jovem Torrismundo também aparece, surgido do nada, na última parte do livro, para reclamar posições e se desfazer de outras, se enfiando numa busca improvável e, se não fosse estranhamente engraçada, seria profundamente triste.
Um livro divertido, cuja segunda parte começa a galopar numa corrida desenfreada e curiosa, mas que se revela oportuna. Todos os personagens são inacreditavelmente reais e têm suas histórias costuradas de forma meticulosa e o cavaleiro inexistente é o centro de todas elas.
Ao final, fiquei com aquela sensação gostosa, que não sentia há muito tempo, aquele vazio de quando se imerge profundamente em algo que logo acaba, como o vácuo que fica o ventre, depois dos nove meses de espera.
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Estêvão 07/01/2010

As palavras "cavaleiro" e "cavalheiro" possuem algo em comum além da sonoridade aproximada: ambas passam a ideia de formalismo e um certo equilíbrio emocional. Levando essas características ao extremo, o escritor cubano, radicado na Itália, Italo Calvino, em seu romance O Cavaleiro Inexistente (1959), obra que integra à série Os nossos antepassados, cria um personagem que se configura como uma metáfora a ética nas relações humanas.

Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez. É com essa frase que nosso cavaleiro inexistente se apresenta a Carlos Magno na primeira página do romance. Agilulfo integra o exército comandado por Carlos Magno e, possui uma excentricidade em relação a todos os outros cavaleiros desse bando: não existe. Talvez por esse motivo características como lealdade inquestionável, destreza e habilidades no manejo de armas, além de uma gana de competências e um caráter inquestionável são atribuídas a ele. Em algumas passagens Italo refere-se à Agilulfo como irretocável, por dentro e por fora – uma referência a sua moral e a sua armadura sempre muito limpa -, “sem uma mancha que a suje”, igual a sua honra.

A aventura de nosso cavaleiro inexistente é narrada por uma freira em um convento que é obrigada a contar uma história para pagar uma penitência. Portanto, o narrador é onipresente e onisciente em sua terceira pessoa. E, tal qual um Dom Quixote, Agilulfo tem uma missão: defender sua honra perante uma acusação de não merecer o título de cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez, além das obrigações típicas de um cavaleiro, defender donzelas em perigo. Para provar sua honra ele, parte em companhia de seu escudeiro, um idiota da vila (Sancho Pança?) em busca da virgem que salvou anos atrás e que, por tê-la protegido, conquistou o título que ostenta em seu nome.

Por ser uma estória contada por uma freira, temos dois planos narrativos: o da freira que conta como se processa o livro em sua cabeça e a trama de Agilulfo que ela cria. Portanto, podemos dizer que o plano da freira se situa no plano real e o de Agilulfo o plano mágico, metafórico ou alegórico e é aí que reside o ponto máximo do romance. Mas para isso é necessário mais informações sobre o seu enredo.

Além do cavaleiro inexistente, no acampamento dos cavaleiros carolíngios existia uma amazona chamada Bradamante e que era cobiçada por todos os outros cavaleiros e dentre eles o jovem Rambaldo, cavaleiro que se junta ao grupo de Carlos Magno com o intuito de vingar a morte do pai, que foi morto por um dos inimigos dos cavaleiros. Rambaldo escolhe Agilulfo como mestre, sem saber que ele era pretendido por Bramante e sua paixão por homens sérios, sóbrios e equilibrados emocionalmente, características que Agilulfo tinha e que era realçada por várias outras. Formado o triângulo amoroso e após a partida do cavaleiro inexistente em defesa de sua, até então, irretocável honra, Bradamante parte atrás dele e é seguida por Rambaldo.

O interessante nesse amor que Bradamente declara é a ironia que a narradora deixa no ar, gerando uma reflexão sobre o sentido de amar. O conceito de amor defendido pela amazona se aproxima muito da ideia platônica de amor, a personagem se encanta por valores e moral firmes e consolidadas, algo que só consegue encontrar em Agilulfo, cavaleiro que, não existe. Portanto uma pergunta fica no ar: o que é o amor?

Após um imbróglio que envolve parentes, sexo, incesto e a honra de um cavaleiro, Agilulfo resolve se desfazer da armadura e sumir para sempre, sem saber que era inocente. A simbologia remete ao valor da honra e da ética dos cavaleiros é como se quisesse afirmar que uma única insinuação jogasse toda ética por água abaixo e que tudo aquilo que existia único em sua imponência moral não valesse de nada diante de uma suspeita.

Vendo o seu amado cavaleiro “morrer” Bradamante resolve se isolar num convento (!). Sim, a mesma que nos conta a história de Agilulfo! Essa informação dá um reverso em toda a obra e, de forma magnífica, realiza as misturas entre os dois planos até então isolados – o real e o mágico. A junção deles é a tônica da narrativa que, além quebrar toda a lógica até então conduzida põe ambas no mesmo tempo e espaço culminando com a reflexão: o que é mágico e real nessa narrativa? Pessoas como Agilulfo só existem na ficção? E o amor? A ética é éter nas relações humanas?

A comparação com Dom Quixote é inevitável não só pela temática que tem como personagens cavaleiros, mas também pela mistura de magia e realidade, lucidez e loucura que, aplicadas em nossas vidas nos instigam a ver certos conceitos aos quais estamos submetidos e o quão platônico eles se tornam quando submetidos à realidade.
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Joice (Jojo) 12/05/2011

Comédia, sátira e aventura!
"O cavaleiro inexistente" foi uma grata surpresa. Na trama, Agilulfo, o tal cavaleiro inexistente, tenta provar que é digno do seu título e sai em busca da jovem a quem salvou a virgindade quinze anos antes. Com ele, partem seu escudeiro, Gurdulu (que, ao contrário do patrão, não sabe que existe), Bradamante - a guerreira apaixonada por Agilulfo - e Rambaldo, o aspirante a cavaleiro apaixonado por Bradamante.

A história é narrada de uma forma cômica - e abertamente irônica - pela freira Teodora, que muitas vezes não sabe se narra a história ou se se perde em devaneios nada próprios para uma religiosa.

Italo Calvino possui uma escrita maravilhosa e confere aos seus personagens traços únicos, que os tornam inesquecíveis. E todos são vítimas de bravatas, mesmo o perfeccionista Agilulfo que, por não existir, talvez seja o que mais exorte seus sentimentos. As cenas dele com a lasciva viúva Priscila são de tirar o chapéu.

Enfim, recomendo!

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F . 28/05/2009

Uma "fofureza" de livro, isso resume tudo!
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Monse 31/10/2009

maravilhoso, poesia pura em prosa.
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