O verão do Chibo

O verão do Chibo Vanessa Barbara




Resenhas - O verão do Chibo


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Lima Neto 27/03/2009

o livro é muito fraco, na minha opinião.
não é pelo fato dele ter recebido alguns prêmios, por ter sido elogiado por esse ou aquele crítico, por ter sido recomendado por alguns colunistas e sugerido por revistas, que o livro é sinônimo de boa leitura.
a idéia do livro é muitíssimo interessante, sem dúvida. é algo pelo qual todos nós, que temos um irmão mais velho ou algum amigo, passa. mas a narrativa é tão dispersa, é tão pouco cativante que até a bela temática proposta no livro, muito mal explorada, torna-se confusa e pouco atrativa e reflexiva.
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Isa 26/04/2011

Gostei!
Gostei de O verão do Chibo. Talvez pela sutileza e leveza na linguagem, talvez pela inocência de uma criança tão bem retratada.

O livro nos abre uma imaginação infantil, que inventa, cria e recria. Junto com os seus coleguinhas, o protagonista vive intensamente os seus verões. Até que, um dia, seu irmão mais velho some, assim como seu amigo. A forma sutil com que os autores nos mostram que eles se foram porque cresceram, e já não querem mais participar das "brincadeiras infantis", me deixou encantada.

Parabéns à Vanessa e ao Emílio!
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Renata 28/08/2014

O luto do irmão de Chibo
Livro escrito em parceria por Vanessa Barbara e Emilio Fraia. Essa coisa de dois autores me chamou atenção, curiosidade de saber o resultado. Bom, não sou tão expert em literatura por isso não senti diferença, não identifiquei desarmonias.

O verão do Chibo poderia ser "O verão do irmão mais novo do Chibo", ou "Meu primeiro verão sem Chibo". Isso porque a narrativa é construída por um menino (que segundo a contra capa não teria mais que sete anos) que vem a ser o irmão do Chibo, este de doze anos, e tudo se passa na "casa de verão", lugar rural nas proximidades de um milharal.

Verão, crianças, tinha tudo para ser um livro leve, de aventuras e coisa que o valha, mas não se engane, a história aqui contada é a de um luto.

O luto é coisa sentida pelos que perdem algo muito querido e este é o caso. O irmão do Chibo se vê perdido durante os dias daquele verão tentando entender o que se passava com seu irmão mais velho que tinha sumido de sua vida de repente, deixando para trás brincadeiras e amizades.

Chibo por assim dizer não existe no livro, pelo menos não como os demais personagens, sua existência está apenas na linguagem, expressa pelas memórias e angústias de seu irmão mais novo.
Na linguagem Chibo era um irmão herói, que cuidava do irmão mais novo, o mais desenvolto dos meninos. Mas naquele verão ele se tornara outra coisa, outra pessoa, irreconhecível ao seu irmão.

O irmão de Chibo (que a essa altura eu adoraria que tivesse um nome) tenta manter a rotina, continuar os jogos, a brincadeira pautada em uma fantasiosa história que envolvia a rainha da Bélgica ou Bulgária, espiões, um cara morto e um andar sem fim pelo meio do milharal. Mas a brincadeira já não era a mesma sem Chibo, e quando o Bruno, um dos meninos mais velhos, também desaparece é como se um ciclo se fechasse. Da pequena trupe só resta o irmão do Chibo e Cabelo, e estes dois encenam um ato de morte, a destruição da casa da árvore, palco principal dos muitos verões passados, lugar cheio de recordações.

"E aposto três tampinhas de garrafa pet, das coloridas, que essa decisão de ir embora é como ser empalhado: o tipo de coisa que não se faz" (p.80)
Ser empalhado representa aqui a perda de sentido, de função no mundo, então, antes a destruição do que a perda de sentido, tal era o mote dos dois meninos.
E ai está o ponto que me incomodou no livro, esse tipo de reflexão não cabe em uma criança de menos de sete anos, e nada indica que eram reminiscências de um adulto.

Esse tipo de reflexão, misturado às descrições fantasiosas que combinavam o roteiro da brincadeira à vida real, as idas e vindas, as repetições que deveriam tipificar a fala de uma criança, tudo isso junto, não colou muito bem.

Na verdade os primeiro capítulos são um pouquinho torturantes, trata-se justamente das descrições sobre os roteiros das brincadeiras, acabei ficando um pouco inquieta, desejando passar logo por aquela parte. E olhe que por experiência pessoal tenho muita familiaridade com a fala nonsense de crianças pequenas, que geralmente são muito divertidas. Este não foi o caso das brincadeiras do irmão de Chibo (como gostaria que esse moleque tivesse um nome), o discurso ali era da ordem da angústia.

Eu fui uma irmã caçula com boa diferença de idade. Fiquei me perguntando se essa passagem teria sido tão traumática e cheguei a conclusão que não. Talvez a relação de Chibo com seu irmão fosse mais forte, talvez eu não tivesse a imagem idealizada de um irmão mais velho, tanto melhor, pelo menos eu não senti que crescer era um fardo tão dolorido.
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