A tentação do cristianismo

A tentação do cristianismo Luc Ferry




Resenhas - A tentação do cristianismo


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Ricardo 28/01/2017

Um breve estudo sobre o cristianismo
O livro, na verdade, é baseado em um debate em Sorbonne entre os autores do livro. Em resumo, o livro é curto, porém bastante profundo, com bastante informações históricas e filosóficas. Quanto a questão cristã, tenho que admitir estar surpreso (de forma positiva) pois a discussão é bem cientifica, deixando um pouco de lado as opiniões pessoais dos autores. Os demais pontos relato a seguir:

O primeiro tópico, de autoria do Lucien Jerphagnon, traz o contexto histórico do tema e também das outras religiões da época (principalmente, as pagãs). O texto é repleto de referências e informações históricas, o que pode dificultar um pouco a vida dos leitores que não conhecem com profundidade o império romano. Contudo, o texto é bem construído e delineia o impacto que o cristianismo causou em seus primeiros séculos. A seita que ousava afirmar ser a única religião, aderiu muitos simpatizantes e inimigos até a conversão de Constantino, transformando o cristianismo como religião oficial do império.

O filósofo Luc Ferry fica responsável pelos aspectos filosóficos da religião cristã, delimitando um comparativo com a mitologia e filosofia grega. A discussão perpassa pelas premissas cristãs que conseguiram "vencer" a filosofia e as religiões pagãs da época, mas o que mais chama atenção são os aspectos intimistas da religião cristã e sua filosofia do amor. Tal filosofia mostra um Deus que compreende todas as nossas mazelas, perdoa nossos pecados e nos promete a reencarnação e segundo Luc Ferry, é mal interpretada até mesmo por críticos como Marx ou Nietzsche. A filosofia do amor é a principal ferramenta da religião cristã, que mantem tantos adeptos até hoje.

O desfecho do livro é um debate entre os filósofos e o público. Nesse ponto, os autores expõem suas opiniões sobre o cristianismo, na qual afirmam ser um importante acontecimento histórico e cultural, porém, com ressalvas, por não acreditarem tanto nas promessas cristãs.

Ilusão ou não, cabe a nós, reles mortais, decidirem .
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