susimbd 22/06/2013
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Esse livro é uma boa pedida para quem quer se descontrair e se divertir. Conta a história de Lucía, uma argentina de 30 anos, com peso um pouco acima, que mora sozinha, vive uma vida normal, sem graça, ela é uma personagem que podemos nos bater na rua, nos identificar ou simplesmente ter como vizinha ou alguém de nossa família.
O livro gira em torno do fato de que a irmã de Lucía, a Irina, mais nova que ela, está prestes a se casar, e Lucía descobre da aposta entre sua irmã e mãe, como a sinopse já esclarece. Para provar que a mãe está errada ela decidir se arriscar em alguns encontros às cegas, que eu penso ser algo muito recorrente fora do nosso país, para achar o namorado ideal para apresentar à família e não se mostrar um fracasso amoroso à sua "traíra" mãe.
A diversão da narrativa está toda aí. Nessa relação de amor/ódio entre Lucía e sua mãe, nos pites que a irmã dá diante dos arranjos para o casamento e de sua relação atrapalhada com o noivo, e obviamente, com os homens sem noção que acabam adentrando na vida da personagem principal. Lucía, de fato, não é muito sortuda para o lado de homens, ora eles são egocêntricos, ou cafajestes, ou casquinhas, ou metódicos demais. Entretanto, um deles acaba despertando nossa atenção (até que fim!), o Marcelo. Digamos que de início ele não é nada daquele príncipe, nem aqueeeele homem admirável e desejável à primeira vista, mas aos poucos, ele cativa no seu modo de tratar a Lucía (ao menos me cativou he he). E gente, ela é tão cega e tão obcecada nesse lance de arranjar um namorado fajuto e 'perfeito', e que apenas mantenha sua relação até o casamento, que ela não consegue ver nem dar valor ao que nos é bem nítido como um bom par ao longo da narrativa. Só o que adianto é que Marcelo acaba me impressionando de certa forma.
Eu gostei muito desse livro. Ri bastante. Os personagens são tão reais, tão comuns, apresentam defeitos tão plausíveis e similares ao que alguns de nós apresentamos, que fica impossível você não se afeiçoar a essa obra por conta de alguns desses traços de identificação. Fora que os capítulos do livro são curtos, relatados numa espécie de diário, datados, e diante da objetividade com que a história segue você acaba devorando cada página, e a ânsia aumenta diante do humor sagaz e irônico da personagem.
Como eu disse antes, esse livro é para quem está cansado de dramas, de romances que provoquem choros, ou até de outros estilos de títulos, e não é recomendado para quem NÃO curte o gênero comédia.
Minha única crítica a ele é quanto ao final. Juro que amaria se a autora o estendesse para muito mais páginas. Ficou um final tão rápido e bateu uma curiosidade acerca do depois sobre a personagem e sua recente companhia. Fora que não curto muito finais abertos, em que você não tem noção do que pode ocorrer no futuro, onde o autor apenas dá a entender que a vida segue seu rumo... É nessa hora que eu imploro por um epílogo...
Mas, eliminando essa crítica negativa, não há razão alguma para não lê-lo.