Os últimos soldados da Guerra Fria

Os últimos soldados da Guerra Fria Fernando Morais




Resenhas - Os últimos soldados da Guerra Fria


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Andre.28 27/01/2022

A luta de Cuba contra o terrorismo: contraespionagem e a crise dos anos 90
Neste exímio trabalho de investigação jornalista e histórica publicado em 2011, o jornalista Fernando Morais nos mostra como se organizavam os grupos de contraespionagem de Cuba ante as ameaças de terroristas de dissidentes da Revolução Cubana e grupos anticastristas em território estadunidense, em especial forças que conspiravam contra o regime cubano em Miami e na América Central.

A partir da década de 1990, quando Cuba enfrentava uma crise econômica por conta do fim da União Soviética, em 1991, e pelo bloqueio econômico internacional imposto pelos Estados Unidos, o governo passou a explorar o potencial turístico da ilha para transformar o setor em um dos pilares de sua economia. Para oposicionistas do regime, realizar atentados terroristas com repercussão na imprensa internacional poderia provocar pânico nos turistas, sendo, portanto, um modo de prejudicar o regime.

Dentre os principais financiadores dos atentados a hotéis e pontos turístico de Cuba estava o ex-agente da CIA (agência de inteligência norte-americana) e um dos mais antigos e conhecidos oposicionistas do regime cubano, Luís Posada Carriles, procurado pela Justiça de Cuba pela formação de uma rede de terroristas para atacar instalações turísticas da ilha e de participar de um atentado contra um avião cubano que matou 73 pessoas em 1976. Posada faleceu em 2017 sem ser punido por seus crimes. Outra história contada no livro fala do salvadorenho Francisco Antônio Chávez Abarca, um dos organizadores de uma série de atentados terroristas a bomba realizada em centros turísticos de Havana e de Varadero desde a década de 1990.

O incidente intensificou as buscas e as operações do grupo de contra espionagem em solo estadunidense após um infiltrado terrorista, Ernesto Cruz León, treinado por Chávez Abarca e Posada Carriles, que cumpre pena de 30 anos de prisão por terrorismo e assassinato, plantar um artefato explosivo em um hall de um dos hotéis turísticos mais famosos da Ilha. Uma das explosões das quais participou, em 4 de setembro de 1997, no Hotel Copacabana, em Havana, matou o turista italiano Fabio Di Celmo.

Fernando Morais nos mostra como funcionava o escritório paralelo dos espiões cubanos, suas vidas e carreiras. Ele se atenta muito a curiosa e intrigante história do ex-combatente do exército cubano René González, que atuou como contra espião e dissidente disfarçado dentro das fileiras de grupos anticastristas, sua relação com a esposa e filha e como ele se articulava com os diversos elos desse misterioso e intrigante caso de contraespionagem. O livro em si é rápido de ler, e bem didático, até para quem não tem a contextualização histórica. O Fernando Morais sabe bem trazer aquele toque peculiar de escrita dele, meio sóbrio, meio sarcástico e um tanto perspicaz, sem deixar de demonstrar o trabalho de pesquisa documental que lhe é peculiar em seus trabalhos também. Um bom livro pra quem gosta de espionagem e História.
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Zorro_do_cerrado 24/01/2024

Soy loco por ti, América
A história da Miami dos cubanos vs a Cuba dos socialistas (estes os cubanos de verdade) :0

Até que ponto da América ela ainda é latina?!

Vale a reflexão e o conhecimento sobre a cultura e o comportamento do povo cubano em Miami e em Cuba!

Agentes secretos são maneiros.

Livro muito bom e rápido de ler!!!!!

OSSSSSS
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Felipe 15/04/2023

Interessante e imersivo
Conheci o livro na Amazon, quando estava procurando algo para ler que não fosse ficção, para dar uma mudada nas leituras e ler mais coisas históricas e de política, assuntos que prezo muito.
Toda a leitura é muito fluída e interessante que até quem não gosta de livros de história ou livros jornalísticos, conseguiria ler fácil, pois é repleto de casos de espionagens dignos de bons romances, porém é tudo real.
O autor fez o trabalho de casa certinho, ao longo do livro vemos imagens referentes ao que está sendo contado nas páginas, documentos mencionados, fonte e bibliografia no fim do livro, etc, tudo muito bem embasado, nada inventado.
Sobre o tema, por assim dizer, polêmico, por se tratar de espiões cubanos infiltrados em grupos extremistas em Miami, o autor deixa de lado sua opinião pessoal e qualquer tipo de viés, adotando uma postura que todo jornalista de fato deveria ter: de apenas narrar os fatos.
Aos que se interessam pela Ilha, ou por política ou até mesmo por espionagens este livro é um prato cheio. Fernando Morais foi brilhante e a Cia das Letras que publicou estão de parabéns.
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Bruno T. 08/10/2011

Apesar da ideologia, um bom livro
Não é nenhuma novidade que Fernando Morais é um ótimo escritor, principalmente para quem já leu "Chatô" e "Corações sujos".
Jornalista experiente, com passagem pela política, Fernando é "um mestre das biografias", que escreve após extensas pesquisas, no estilo típico das grandes reportagens.
Também não é segredo a admiração que o autor nutre, de longa data, por Fidel Castro e seu regime (vide o primeiro sucesso de Morais, "A Ilha", de 1976, justamente sobre Cuba).
Por isso, não constitui nenhuma surpresa o fato de que, no livro, os cubanos são sempre mostrados como os mocinhos idealistas enquanto os grupos anticastristas, que eles espionavam, são os vilões desalmados, devida e injustamente protegidos pelo imperialismo ianque. Não à toa, grande parte do material de pesquisa utilizado para escrever o livro foi fornecido pelo regime castrista, que também permitiu ao autor entrevistar várias pessoas, inclusive presos políticos.
Ao mesmo tempo que procura humanizar Castro e seus agentes, impecáveis em suas "posturas éticas", o autor esforça-se para mostrar a insaciável sede de vingança dos "inimigos de Cuba", que não se importam em matar pessoas apenas para tentar desestabilizar o regime do Comandante Fidel.
Questões políticas e ideológicas à parte, trata-se de um bom livro, de fácil leitura, pois o autor consegue, a partir de um tema a meu ver não tão eletrizante, criar uma história bastante interessante.

Marct 14/11/2011minha estante
Sua resenha é muito mais tendenciosa que o livro de Fernando Morais.


Bruno T. 15/11/2011minha estante
Você tem razão: eu já tinha uma opinião formada sobre o autor, plenamente confirmada pela leitura do livro.


Pato Donald 29/08/2012minha estante
Na verdade é exatamente o contrário, o autor é neutro, apenas relata fatos construidos em 13 anos de pesquisas, nós é que crescemos com opinião moldada pela mídia e pelo ensino escolar, onde Cuba e qqr regime comunista/socialista é visto como o vilão e por termos essa imagem tão enraizada é difícil aceitarmos que as coisas não são como acreditávamos ser e que o bicho papão na verdade é aqle que nos venderam como sendo o mocinho...


Marta 05/03/2015minha estante
Esse livro relata fatos verdadeiros e mostra a ignorância de muitos sobre o tema. Os cinco estão em sua Pátria, com interferência até do Papa Francisco. São heróis, sim, mas antes de tudo patriotas e de uma dignidade ímpar.


Carlos.Santos 26/03/2018minha estante
Sua resenha que é tendenciosa. Castro quase nem é citado no livro. Cuba estava somente se tentando se defender dos ataques dos grupos anti-castro. Nada mais justo.


Bruno T. 04/08/2018minha estante
Carlos: sugiro-lhe a leitura dos livros de Leonardo Padura, para que você possa conhecer melhor o paraíso castrista.


EF 25/10/2018minha estante
É, Bruno, as pessoas não podem ter visões diferentes e muito menos conhecimento! Gostei da ua resenha e já comprei o livro. A predileção do autor eu já sabia. Com certeza deve ser um bom livro mas sabemos das paixões e paixões distorcem realidades...Grande abraço!




Artur Pedro 20/03/2022

Excelente livro, mostrando com a maestria de Fernando Morais as ações da extrama direita americana em cuba e o brilhante trabalho da inteligência de Cubana.
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Iris Figueiredo 17/10/2011

Mais resenhas em: www.literalmentefalando.com.br
Conhecido por "Olga" e "Chatô: O Rei Do Brasil", Fernando Morais lançou recentemente pela Companhia das Letras "Os últimos soldados da Guerra Fria". Em seu novo livro reportagem, Fernando Morais nos leva de volta ao início dos anos 90 para conhecer um pouco do movimento anticastrista e a rede que Cuba montou visando espionar os líderes do movimento.
Formada por doze homens e duas mulheres, a Rede Vespa se instalou na Flórida e se infiltrou dentro dos movimentos anticastristas, buscando evitar ataques terroristas ao território cubano. E os ataques eram dos mais variados tipos, desde incursões "inofensivas" ao território cubano, onde aviões sobrevoavam a ilha e jogavam panfletos das organizações anticastristas até atentados terroristas a hotéis e praias turísticas.
Quando o texto da quarta-capa falou que a história parecia ficção e enredo de 007 (exceto pelo "glamour"), não imaginei que seria tão parecido. A narrativa de Fernando Morais consegue dar ares ficcionais a uma história cem por cento verídica, e ele usa alguns recursos de narrativa que faz o leitor descobrir os fatos reais aos poucos.
A história dos agentes secretos cubanos não tem luxo, muito pelo contrário. Em meio as dificuldades que os quatorze agentes encontram, Fernando Morais nos contextualiza no cenário político cubano no início da década de 90. Muitas medidas foram adotadas pelo vizinho Estados Unidos para receber fugitivos do país socialista governado por Fidel, dando abrigo político e apoiando as organizações que "lutavam" contra o governo cubano.
Repleto de dados a respeito da vida pessoal dos agentes infiltrados, isso torna a narrativa mais verossímil e próxima do leitor. Apesar disso, é cansativa em alguns momentos pelo excesso de informações e nomes dos envolvidos na história, pois os "personagens" somem e reaparecem capítulos depois, por vezes com o nome real e por vezes com seus pseudônimos adotados na nova vida criada na Flórida. Para quem não está acostumado com esse gênero, isso pode incomodar, já que o autor as vezes está em um ano, cita outro... E cita muitos envolvidos e muitas organizações ao mesmo tempo em alguns momentos, atrapalhando a memorização de alguns dados.
Eu adorei o livro, adorei conhecer mais do cenário e da política cubana e essa parte da história mundial praticamente desconhecida. O livro é rico em dados e informações e a narrativa de Fernando Morais acrescenta um ar mais acessível e interessante ao livro.
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Gerônimo 26/12/2021

Melhor que o filme
Esse livro é escrito de uma forma que me agradou muito, bem "direto ao ponto", sem muitos rodeios e metáforas. A história sobre os agentes cubanos é interessantíssima e serve como base para conhecermos um pouco sobre a história de Cuba e da Revolução Cubana.
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Ronaldo.Barbosa 12/01/2019

Acho o Fernando Morais um escritor excepcional, ele consegue apresentar fatos históricos com uma grande riqueza de detalhes e de uma forma muito agradável ao leitor. Esse, em especial, trata de uma história incrível, agentes secretos cubanos infiltrados nos EUA em um período não tão distante de nossa época atual. Adorei!
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T. Ururahy 23/04/2012

Uma obra ímpar para um público específico
Olá senhores(as)(itas), faz tempo que eu não falo com vocês, hein? Maaaaaaaaaas, voltei em grande estilo para resenhar um livro nacional que ganhou bastante atenção da mídia (considerando o padrão brasileiro no que diz respeito a livros, claro). Estamos falando de “Os últimos soldados da Guerra Fria – A história dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita nos EUA” (396 páginas, Companhia das Letras, 2011). O livro foi escritor pelo autor (e, principalmente, jornalista) Fernando Morais. Não conhece? Conhece sim. Fernando é o autor dos ótimos “Olga” e “Chatô: O Rei do Brasil”, ambos os livros que foram muito bem recebidos pela mídia e que seguem o mesmo caráter investigativo (não confundir com livros policiais, tratam-se de romances com cara de jornalismo mesmo, da época em que o Pedro Bial era correspondente na Guerra do Golfo) de “Os Últimos Soldados da Guerra Fria.”

Bom, já deixamos claro então que o romance é, na realidade, um livro-reportagem. Bem escrito? Muito. Tem qualidade? Muita. Mas, o leitor tem que estar atento que não verá aprofundamento psicológico, cenas de tirar o fôlego, personagens complexos, etc. Claro que o autor conseguiu dar uma cara de ficção para os fatos. Uma leitura mais desatenta até poderia fazer o leitor achar que se trata de um enredo (muito bem) inventado para uma série estilo 007 do Caribe, mas não se engane. Esperar por isso é um erro. Vamos à sinopse para nos ambientarmos.

No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo Objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões a torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas e metralhadoras contra navios e passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.

Um pouquinho da história envolvida em um parágrafo curto: Cubanos defensores do regime de Castro contra cubanos exilados nos EUA e tentando sabotar o regime de Castro. Esses últimos atuavam de forma terrorista com o intuito de minar qualquer tentativa do ditador de desenvolver um estilo de vida de qualidade em Cuba pautado nas ideias anti-americanas. Assim, para contra atacar, o serviço secreto cubano designou 14 agentes para espionar essas organizações situadas na Flórida, roubando informações e evitando que esses atentados fossem bem sucedidos.

O ponto mais interessante do livro são os fatos. Ponto final. Acontecimentos, até então desconhecidos por mim, vão se descortinando com o passar dos capítulos, e saber que aquilo tudo é real mais do que compensa toda a falta que sentimos ao não nos ligarmos emocionalmente a nenhum dos personagens. Livro-reportagem, lembra? Conteúdo jornalístico de primeira qualidade, com um detalhamento que nos deixa claro até onde o autor foi em suas pesquisas para nos mostrar um pedaço da história cubana (e americana, e brasileira) que, até pelo fechamento característico do país, talvez nunca nos fosse totalmente revelada.

E ainda vem mais qualidade, dessa vez na escolha do tema pelo autor. Convenhamos, espionagem, conspirações e guerras são coisas MUITO legais, ainda mais quando o ritmo é bem estabelecido e os fatos vão sendo mostrados em uma ordem inteligente, forçando o leitor a ir virando as páginas. Claro, se você não gosta de detalhamentos históricos (datas, lugares, nomes, etc) vai se frustrar (muito) e talvez até abandonar a leitura, mas todos que pertencem ao nicho de leitores para o qual o livro foi escrito serão agraciados com uma obra ímpar.
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CooltureNews 02/11/2011

Publicada no www.CooltureNews.com.br
Por: Thiago Ururahy


Olá senhores(as)(itas), faz tempo que eu não falo com vocês, hein? Maaaaaaaaaas, voltei em grande estilo para resenhar um livro nacional que ganhou bastante atenção da mídia (considerando o padrão brasileiro no que diz respeito a livros, claro). Estamos falando de “Os últimos soldados da Guerra Fria – A história dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita nos EUA” (396 páginas, Companhia das Letras, 2011). O livro foi escritor pelo autor (e, principalmente, jornalista) Fernando Morais. Não conhece? Conhece sim. Fernando é o autor dos ótimos “Olga” e “Chatô: O Rei do Brasil”, ambos os livros que foram muito bem recebidos pela mídia e que seguem o mesmo caráter investigativo (não confundir com livros policiais, tratam-se de romances com cara de jornalismo mesmo, da época em que o Pedro Bial era correspondente na Guerra do Golfo) de “Os Últimos Soldados da Guerra Fria.”

Bom, já deixamos claro então que o romance é, na realidade, um livro-reportagem. Bem escrito? Muito. Tem qualidade? Muita. Mas, o leitor tem que estar atento que não verá aprofundamento psicológico, cenas de tirar o fôlego, personagens complexos, etc. Claro que o autor conseguiu dar uma cara de ficção para os fatos. Uma leitura mais desatenta até poderia fazer o leitor achar que se trata de um enredo (muito bem) inventado para uma série estilo 007 do Caribe, mas não se engane. Esperar por isso é um erro. Vamos à sinopse para nos ambientarmos.

No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo Objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões a torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas e metralhadoras contra navios e passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.

Um pouquinho da história envolvida em um parágrafo curto: Cubanos defensores do regime de Castro contra cubanos exilados nos EUA e tentando sabotar o regime de Castro. Esses últimos atuavam de forma terrorista com o intuito de minar qualquer tentativa do ditador de desenvolver um estilo de vida de qualidade em Cuba pautado nas ideias anti-americanas. Assim, para contra atacar, o serviço secreto cubano designou 14 agentes para espionar essas organizações situadas na Flórida, roubando informações e evitando que esses atentados fossem bem sucedidos.

O ponto mais interessante do livro são os fatos. Ponto final. Acontecimentos, até então desconhecidos por mim, vão se descortinando com o passar dos capítulos, e saber que aquilo tudo é real mais do que compensa toda a falta que sentimos ao não nos ligarmos emocionalmente a nenhum dos personagens. Livro-reportagem, lembra? Conteúdo jornalístico de primeira qualidade, com um detalhamento que nos deixa claro até onde o autor foi em suas pesquisas para nos mostrar um pedaço da história cubana (e americana, e brasileira) que, até pelo fechamento característico do país, talvez nunca nos fosse totalmente revelada.

E ainda vem mais qualidade, dessa vez na escolha do tema pelo autor. Convenhamos, espionagem, conspirações e guerras são coisas MUITO legais, ainda mais quando o ritmo é bem estabelecido e os fatos vão sendo mostrados em uma ordem inteligente, forçando o leitor a ir virando as páginas. Claro, se você não gosta de detalhamentos históricos (datas, lugares, nomes, etc) vai se frustrar (muito) e talvez até abandonar a leitura, mas todos que pertencem ao nicho de leitores par ao qual o livro foi escrito serão agraciados com uma obra ímpar.
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Daniel432 23/12/2012

História em Forma de Romance
O autor, famoso pela biografia de Assis Chateaubriand, escreveu um livro muito bom!! O assunto é bastante interessante pois revela uma guerra silenciosa e pouco conhecida.

E o melhor é a forma como o autor escreveu este livro. Mais parece um romance pois a leitura é leve, flui e prende o leitor, levando-o a querer descobrir o desfecho desta história real.

Leia este livro, você vai gostar mesmo se gostar somente de romances.
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Guilherme 28/08/2012

Heróis sem nomes e sem rostos
Como já disse anteriormente, tenho o maior respeito por agentes de inteligência, também conhecidos como espiões. Este é um ramo extremamente arriscado, que quase sempre cobra um alto preço em troca dos resultados obtidos, resultados estes que quase sempre significam a diferença entre a vida e a morte de dezenas ou centenas de civis inocentes. Neste caso novamente, venho provar que minha opinião tão positiva a favor dos agentes da inteligência militar se mostra correta: o livro da vez é o livro-reportagem Os Últimos Soldados da Guerra Fria, escrito pelo renomado jornalista Fernando Morais.

Embasado por 38 entrevistas feitas entre Cuba, Estados Unidos e México entre os anos de 2008 e 2011, o romance de não-ficção conta a história real, e recente, de uma rede de espiões cubanos agindo em... Para continuar a leitura, acesse: http://cinefilosetc.blogspot.com.br/2012/08/herois-sem-nomes-e-sem-rostos.html
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Manfredo 14/08/2012

Bom livro, como quase todos do Fernando Morais. Como sempre ele romantiza as ações cubanas, mesmo quando sabemos das arbitrariedades do Fidel. Qualquer ditadura é tirania. Liberdade não é negociável. Nunca! O livro é verdadeiro e por isso nos faz sentir raiva do "sistema". Os EUA não sao diferente do Brasil do Lula... Tudo é sempre relativo. Uma droga isso !
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