Aventuras na História Nº 71 (Junho de 2009)

Aventuras na História Nº 71 (Junho de 2009) Abril



Resenhas - AVENTURAS NA HISTÓRIA nº 71


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z..... 03/04/2020

Junho de 2009
"Césares russos"
Reportagem de capa, destacando o reino de opulência e tirania dos czares russos, que se estendeu por séculos, até o violento assassinato da Família Romanov em 1918 por bolcheviques.
Entre os aspectos abordados estão: a origem no século 9 (a partir de dinastia viking); a conversão ao catolicismo ortodoxo; a opressão pelos tártaros (que teria levado ao estabelecimento e expansão a partir de Moscou); e czares de renome na história, com algumas de suas peculiaridades.
Estão lá 'Ivã, o Grande' (projetou o Império Russo, aproveitando-se do fim do Império Bizantino); 'Ivã, o Terrível' (governou com tirania e loucura); 'Pedro, o Grande' (trouxe modernização e costumes de ocidentalização europeia, com extrema opulência); 'Catarina, a Grande' (era ninfomaníaca e teve muitos amantes); e 'Nicolau Romanov' (o último czar, fuzilado com a família e alguns empregados em 1918, com golpes finais de baioneta nos moribundos).
A dinastia de autocracia e opulência já não poderia coexistir com a miséria e opressão do povo, um barril de pólvoras que deu no que deu...

Falando em dinastia, a revista trouxe também reportagem sobre os Kennedys, de título 'Realeza Americana'.
Como era de supor, falaram do glamour que os envolve, o presidente Kennedy como maior expoente e a tal maldição que os cerca. Coisa de praxe...
Vou deixar em registro a origem da família, mencionada a partir de um irlandês no final do século 19 que, mesmo sendo pobretão para os padrões do contexto e dado a bebida, teve jogo de cintura para negócios com bares, crescendo nesse segmento.
Aspecto nada glamouroso foi a projeção de seus negócios no período da Lei Seca, década de 1920. What? Só poderia ser em negociatas inescrupulosas, como de fato ocorreu...
Segundo o texto, usou de prestígio que tinha entre políticos para importar bebidas na condição de medicamentos. Uma parte vendeu ilegalmente para os cachaceiros e a outra foi estocando até se tornar um dos maiores empresários no ramo ao fim da lei. Daí para frente, expansão em outros negócios, glamour crescente com a riqueza e projeção no meio político.
Glamour... glamour... só ilusão...
Cadê o glamour na horrível história de Rosemary Kennedy (irmã do presidente) que, por ter leve dificuldade mental, tiveram coragem de submete-la a lobotomia na juventude, o que a tornou catatônica pelo resto da vida (a esconderam para sempre).
Glamour... Glamour.... Glamour.... Muitas vezes esconde vida nojenta... Que o diga a Jacqueline Kennedy... Primeiro escandalosamente traída pelo presidente, depois por seu segundo marido (o magnata grego dos navios), que diante das insatisfações da esposa, segundo os informes, planejou escândalo para detonar sua reputação, patrocinando flagra em que foi clicada nua na década de 1970... Coisa para anarquizar com o outro.
Eita! Tô que nem um fofoqueiro... Ok! Ok! Ok!
Falava da famosa família e de pragas em seu entono.... Mas praga mesmo (vou amarrar a resenha só no gancho)...

Praga é isso aqui: "Influenza mortalis".
A reportagem foi feita às pressas antes do fechamento da edição (conforme o editorial), por conta da Gripe Suína, que em 2009 deu as caras e deixou o mundo em alerta diante de possível pandemia.
O surto espalhou-se parcialmente em alguns continentes, entre 2009-2010, milhares de casos positivos foram registrados e cerca de 7 mil mortes.
A reportagem destacou cinco epidemias, recentes, relacionadas ao vírus Influenza;
- Gripe Russa: entre 1889-1890, com saldo de 1,5 milhão de mortos.
- Gripe Espanhola: 1918-1919, com mais de 50 milhões de mortes;
- Gripe Asiática: 1957-1958 e 2 milhões de mortes;
- Gripe de Hong-Kong: 1968-1969 e 1 milhão de mortes;
- Gripe Aviária: 1997-2004 e 300 mortes.
Dá para perceber que os surtos se estenderam em ciclos de cerca de dois anos. Se for assim, então... Mas não podemos ignorar que cada contexto tem sua realidade e na atual tem uma turma aí não esmorecendo na busca de vacina e medicação, com mais recursos...
O texto levanta também aspectos curiosos. Em séculos passados combateram epidemias com sangrias, na Idade Média relacionaram ao sexo desenfreado, no século 19 recomendaram banho quente e bebida forte, e quando ocorreu a Gripe Espanhola, no Brasil receitaram Quinino e purgativos.
Então essa questão do quinino contra a gripe não é descoberta da atualidade, mas resgate, agora com devido estudo científico, de uso anterior. O povo só não resgatou o uso dos laxantes, né!
Ressalte-se que o uso medicamentoso não pode ocorrer indiscriminadamente. As medicações com quinino devem ser apenas para pessoas com doenças em que precisam, como malária e lúpus. Sobre a Covid-19, não existe parecer científico e deve ser evitado o uso nessa finalidade. A medicação já está em falta para quem realmente precisa.
Nos cuidados de agora a ênfase é para o que as autoridades em saúde tem recomendado, que no momento enfatizam o isolamento social e higiene cuidadosa principalmente com as mãos, sem esquecer, obviamente, a fé em Deus!
Fico preocupado também com espiritualização sem vigilância (não estou generalizando), em que vemos condutas (tal qual fizeram e fazem certas autoridades) em postura de menosprezo e desdem aos cuidados recomendados, numa fé em Deus, mas sem vigilância.
Devaneio à toa: queria ter roupa que nem aquela dos doutores medievais na pandemia da peste negra... O que ia fazer não conto...
Interessante são as coisas que a revista conta sobre vírus...

"Origens de uma doença mortal" é nota histórica na mesma linha...
O texto faz uma reconstituição, muito provável, de como a AIDS começou a infectar o homem.
Vemos o contexto de uma selva africana (que nem no Congo), no início do século 20, em que caçadores, por costumes ancestrais, buscam o chipanzé para o abate. O animal tem em seu organismo o vírus da AIDS, que entra em contato com o homem ao fim da caça, quando o caçador, ferido pelo embate e pela selva, joga o também ferido e ensanguentado animal abatido às costas. Estabeleceu-se dinâmica que sensibilizou o vírus para mudanças que propiciassem seu desenvolvimento no organismo humano, através da prática rotineira.... Seguem-se histórias de prostituição e estupros nas guerras africanas, a transmissão sexual e difusão para o mundo... Hipotética origem da transmissão da AIDS para a humanidade...
Bem possível. Já tinha lido algo assim... E falando em leitura (dãããã!)....

Vou encerrar com dicas legais da edição:
- "Rosa de Stalingrado", de Valerie Benaim e Claude Halle - conta a história da russa Liliana Litvak, pilota de 19 anos que derrubou 12 aviões alemães na Segunda Guerra Mundial. Dão uma romanceada, mas a obra parece muito paidégua! Acredito que a jovem deveria ser lembrada como lenda no mesmo patamar do Barão Vermelho. Tinha avião reconhecível com identidade própria (com desenhos de rosas), era extremamente arrojada na guerra e também morreu em combate, tendo admiração dos inimigos;
- "A cada da Mãe Joana", de Reinaldo Pimenta - na linha etimológica, com curiosidades legais sobre expressões e palavras diversas em nossa cultura. Me amarro nisso! Nessas leituras...

E essa foi mais uma no isolamento social nos dias de mundo Walking Dead!

Eita! O governador de meu estado acabou de entrar ao vivo e anunciou decreto que estende o confinamento social total para mais 15 dias. Ontem já tinha sido anunciado que os estudantes permaneceriam por mais 30 dias e esperavam flexibilidade para alguns setores no anúncio do momento. Que nada! Mais 15 dias total e 30 para a rede estudantil... Estou preocupado! Deus seja louvado! Nosso socorro e nosso escudo!
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