O Porto das Brumas

O Porto das Brumas Georges Simenon




Resenhas - O Porto das Brumas


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Fabio Shiva 21/05/2011

Que clima absurdo!!!
Uma pequena obra-prima do romance policial!!!

O porto de Ouistreham durante o inverno bem poderia ser chamado de Hades: uma espessa bruma envolve todas as coisas, transformando as pessoas em meros vultos na neblina, vozes no vazio. A paisagem é inexistente: só é possível perceber algum indício de civilização ao se adentrar na taberna mal iluminada e impregnada de odores. Beba uma caneca fervente de grogue, para espantar o frio dos ossos, e compartilhe com os marinheiros o silêncio repleto de uma expectativa angustiosa.

É nesse cenário que Maigret precisa mergulhar para desvendar o mistério por detrás da bizarra cadeia de acontecimentos que culminam no assassinato de um homem. Ele precisa se embrenhar na atmosfera, sentir as pessoas, capturar a essência do local, se ambiciona um dia chegar à verdade. Que não espere encontrar muita ajuda: uma conspiração de silêncio sela a boca de todos que poderiam trazer alguma luz ao caso.

Sorte que Maigret está em sua melhor forma, “no vigor de seus anos”. Ele está mais intuitivo do que nunca, tirando um coelho atrás do outro da cartola, capturando no ar espesso fragmentos de pistas que o fazem pouco a pouco ir tecendo uma teia complexa e repleta de paixões humanas.

Não leia esperando uma Agatha Christie, que a decepção será certa. A viagem de Simenon é bem diferente. Seu romance policial é menos “policial” e mais “romance”. No sentido de que o jogo de detecção existe, sim. Mas é apenas o pretexto para um mergulho profundo na natureza humana.

Viva Maigret!!!

(20.05.11)

Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias no Orkut, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:

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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717


Adamastor Portucaldo 29/05/2023minha estante
Orkut! Que pérola!!


Fabio Shiva 31/05/2023minha estante
Verdade!!! Valeu pelo comentário e por essa energia boa!




Rodrigo 12/06/2021

Surpreendente
Impressionante a escrita desse autor que nos surpreende do início ao fim. Em meio a uma trama policial temos romance e suspense.
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Kirla 03/02/2021

Simenon sempre consegue criar aquela atmosfera perfeita para o suspense. Agora imagina um crime em uma cidade que vive praticamente dentro de uma bruma. É aquele tipo de leitura deliciosa para um dia de descanso na rede. Sério, se lê em um dia.
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aelinana 29/08/2021

Um livro envolto pela névoa...
Mais um livro de suspense que pego para ler sem pretensão alguma e que viro a última página totalmente surpresa!
Foi um livro curto, no entanto, sua finura e mistério me surpreenderam. Até porque, como seria possível tamanho suspense ser resolvido em tão poucas páginas?
Mas o mistério foi sim resolvido. No caminho, me vi presa em suas páginas e não queria parar de ler até descobrir o que teria sido feito ao Capitão Joris.
O desenrolar foi lento em alguns pontos, mas nada que me fez querer largar o livro.
No entanto, o mistério teve um pano de fundo familiar que não gostei tanto, me chateei bastante inclusive.
Mas no fim, foi um ótimo passatempo para roer as unhas e se embrenhar em um porto coberto pela névoa do mistério...
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Adamastor Portucaldo 20/05/2023

Detetive dos bons!
Excelente caso resolvido por Maigret. Outros tempos, tecnologias old fashion, barcos a vapor, telégrafo e trens - tudo funcionando. Interessante é o empenho do inspetor para solucionar um crime. Por melhor que seja a estória, como nós vivemos nestes dias em que a vida tem pouco valor, pois crimes de morte passam batido - aquele afã de resolver o crime nos deixa claro que é mesmo obra de ficção!
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Maltenri 23/07/2011

O Porto das Brumas - Georges Simenon
“O Porto das Brumas” é um pequeno romance policial escrito por Georges Simenon em 1932. Conta a investigação acerca da morte do capitão Joris, modesto capitão de um porto no noroeste francês. Ele é encontrado vagando em Paris, com uma soma considerável no bolso, amalucado e trepanado. O comissário Maigret se encarrega de sua escolta até sua residência no porto de Ouistreham. No decorrer da primeira noite de volta, Joris é assassinado.

Como de costume, Maigret, apesar de seu raciocínio lógico excepcional, prefere avançar vagarosamente nas suas investigações, se impregnando do estilo de vida do meio onde aconteceu o crime. Prefere também confiar desmedidamente em seus instintos, atirando acusações e deduções para forçar confissões.
No entanto, nesta obra, ele é tirado de seu procedimento habitual, forçado pelo silêncio de todos os envolvidos na trama. Desta forma, vemos um Maigret mais irritadiço, mais nervoso do que o habitual, tentando forçar por diversas vezes situações, o que é contrário ao seu modus operandi. Temos aqui uma característica interessante do interior francês: a cumplicidade entre os habitantes de um lugarejo, aversos a estranhos.

Este livro é um dos primeiros da carreira de Simenon. Percebe-se um estilo pouco definido, alternando bons momentos, perspectivas e ritmos. Por vezes, o autor parece conversar com o leitor. Outras, tem-se a impressão que o autor está escrevendo um roteiro de algum filme, ou posicionando o cenário de uma peça de teatro.
Apesar disso, ele consegue estabelecer um clima denso, pesado e misterioso. Utiliza-se das brumas do título para criar um lugar pouco definido e pouco povoado, onde se vê vultos e escutam-se vozes, sem ter certeza de nada. Tudo é indefinido, do trabalho principal das pessoas até seu ritmo de vida, ditado pelas travessuras de mãe natureza; tudo é boato e meia-verdade.

A trama aparece complicada, com vários elementos que parecem não se encaixar. Porém, a medida que acompanhamos Maigret, este nos apresenta com simplicidade as conexões entre cada peça do quebra-cabeça.
O final é inesperado, muito diferente do que poderia supor o resto da trama, com culpados não tão culpados e inocentes sem inocência.

Tudo levado em conta, a obra é interessante. Prende a atenção do inicio ao fim, com diversas reviravoltas. A leitura é rápida, afinal a trama é relativamente curta. Um bom livro para divertir-se, garantia de bons momentos.
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Inlectus 02/03/2011

Leitura muito boa.
Livro pequeno, de um enredo simples, mas muito agradável, leitura recomendável.
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Sara 11/08/2018

Melhor descrição de espaço
Investigando o desaparecimento do capitão Joris e a forma misteriosa como o homem apareceu em Paris sem conseguir se comunicar, Maigret segue até a casa do capitão e mergulha na atmosfera sombria do porto que fica mergulhado em neblina.
Pendendo mais para romance que para a investigação, a trama descreve o porto da melhor forma, deixando bem clara as sensações que o local provoca nos personagens a cada cena.
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Sara 11/08/2018

Melhor descrição de espaço
Investigando o desaparecimento do capitão Joris e a forma misteriosa como o homem apareceu em Paris sem conseguir se comunicar, Maigret segue até a casa do capitão e mergulha na atmosfera sombria do porto que fica mergulhado em neblina.
Pendendo mais para romance que para a investigação, a trama descreve o porto da melhor forma, deixando bem clara as sensações que o local provoca nos personagens a cada cena.
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David 17/07/2023

Legalzinho, porém morno
História legal até, porém às vezes fica meio confuso. Não da empolgação, morno. No final dá uma melhorada
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Rafa 26/03/2024

Mais um bom livro de mistério e investigação do Georges Simenon. A trama é curta, mas boa o suficiente para querer ler tudo de uma vez. Recomendo aos amantes de histórias de detetives.
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