O Sincronicídio

O Sincronicídio Shiva




Resenhas - O Sincronicídio


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Renata CCS 04/11/2013

“O homem superior é aquele que penetra o portal das coincidências e devassa em sua própria consciência a cambiante Mão do Destino em ação.” (p.15)

A connecting principle / Linked to the invisible / Almost imperceptible / Something inexpressible / Science insusceptible / Logic so inflexible / Causally connectable / Yet nothing is invincible (Synchronicity – The Police)

A sincronicidade, termo cunhado por Carl Gustav Jung, é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Para Jung, tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, ou seja, as duas coisas (o evento físico e o psíquico) ocorrem ao mesmo tempo e a ligação entre eles não é causal.

Se no mundo da psicologia, a grande “sacada” de Jung foi colocar a sincronicidade como algo abrangente do todo, e não de um mero evento, a do mundo da música foi a banda The Police inspirar-se nesta teoria e produzir o excelente álbum Synchronicity, e a do mundo da literatura o talentoso escritor Fábio Shiva nos presentear com o ótimo livro O SINCRONICÍDIO. Coincidência? Não! É sincronicidade.

O SINCRONICÍDIO (assassinatos em sincronia) é um livro criativo e inovador, tanto no desenvolvimento da trama como na inusitada forma de numeração dos capítulos, pois são apresentados fora da ordem (começa no 51 e termina no 24) porque cada um representa um dos 64 hexagramas do I Ching.

Tecnicamente, a obra é um romance policial de suspense investigativo, com uma história originalíssima, narrada em primeira pessoa por um personagem inicialmente não identificado, centrada no protagonista, o inspetor de polícia Alberto Teixeira, em uma história que mistura o jogo de xadrez, I Ching e crimes aparentemente sem conexão entre si, mas desencadeados com um único propósito. O que decorre daí por diante, nas 524 páginas do livro, é um verdadeiro caleidoscópio de intuição e instinto policial que o protagonista destila como nenhum outro, em um emaranhado de eventos não convencionais e cheio de reviravoltas que faz o leitor não querer largar o livro, até o desfecho surpreendente!

Fábio Shiva captura a nossa atenção com uma narrativa simples, enxuta, precisa, instigante, carregada de um suspense crescente e contínuo. Nada de palavreados rebuscados, clichês ou divagações fora de contexto. Gostei muito de seu estilo e ficarei imensamente feliz se Shiva não parar por aí.

Recomendado a todos os que procuram algo a mais no gênero policial. Ótimo ritmo, ótimos personagens e um desenrolar que vai deixar você preso até o final. Leiam e se surpreendam!
Fabio Shiva 18/11/2013minha estante
Oi Renata! Que alegria imensa ler sua linda resenha!Sou muito grato!


Renata CCS 06/12/2013minha estante
Parabéns pelo bebê Fábio! Espero que ele ganhe irmãozinhos (rs). Grande abraço!


Helder 02/06/2017minha estante
Oi Renata. O que seria do verde se todos gostassem do amarelo, né? Desta vez acho que lemos livros diferentes. Foi difícil chegar ao final.




Fabio Shiva 18/11/2013

auto resenha
Que não seja motivo de estranheza eu aqui fazendo a resenha de meu próprio livro! É que já vão uns anos adquiri o feliz hábito de resenhar cada livro que leio, e não vou resolver parar agora, justamente nesse, tão especial para mim. Não é todo dia que se lê o seu primeiro livro, finalmente pronto!

A terceira melhor surpresa foi chegar em casa e me deparar com as pilhas de caixas do Sincronicídio, pois só esperava o livro para dali a uma semana, no mínimo. Meu sobrinho Luan foi quem viu que no mesmo dia recebemos a visita de uma borboleta branca, cinza e preta, que minha imaginação e memória só evocam como a borboleta no logo da Caligo Editora. Viva a sincronicidade!

E como o livro ficou bonito! Como é natural, logo caí de amores pelo bebê, com suas páginas estalando e exalando aquele cheirinho bom de livro novo. E como nasceu parrudo, o moleque! Mais de 600 g, um tijolo! Eu já esperava ficar babando, mas a realidade concreta do livro superou todas as minhas expectativas. Uma edição primorosa, com uma capa instigante e muito bonita, bem o tipo de livro que atrairia a minha curiosidade em uma estante de livraria.

Nesse momento tomei consciência de que estava ali realizando um grande sonho. E então deslizei por um tobogã da memória até meus 11 anos, eu contemplando minha modesta mas tão amada coleção de livros: Agatha Christie, José de Alencar, as aventuras de Sherlock Holmes, a série Vaga-lume, a coleção Perry Rhodan. Creio que foi exatamente nesse momento de solene contemplação, que eu agora relembrava de forma tão vívida, que nasceu em mim o sonho de ser escritor. E agora o círculo se completava. Jai Guru!

Ofereci o primeiro exemplar, com gratidão comovida, no altar de minha devoção. Fui feliz em poder presentear algumas pessoas com exemplares do livro, e a mim mesmo dentre elas. E comecei a ler, com uma fome!

A segunda melhor surpresa foi descobrir como é mesmo muito mais fácil ler no papel que no computador! Tomei um susto ao perceber que eu já havia chegado a um ponto da história que, nas incontáveis revisões feitas no computador, eu havia associado ao início do fim: o capítulo 36 Obscurecimento.

E essa foi a melhor surpresa de todas! Pois não é que me vi capturado pelo texto, fiquei entretido pela história, ri das piadas, fiquei angustiado em algumas cenas, me irritei em outras, e também me encantei, e afinal chegou a última página, deixando uma sensação estranha, mas de modo algum desagradável. Sou muito grato por essa linda experiência, de ter viajado tanto na história que eu mesmo escrevi!

E é claro que também encontrei erros, todos meus, alguns realmente incríveis, mas felizmente nada grave. Apenas lembretes para eu procure me aprimorar sempre, sempre com humildade! Sou grato por ter esses detalhes a melhorar. Estranho e inquietante teria sido não encontrar erro algum a corrigir.

Como muitos de meus alunos adolescentes manifestaram interesse pelo livro, preciso dizer que não recomendo a leitura para menores de 16 anos, pois contém muitas cenas fortes.

Agradeço à vida por esse momento, que compartilho com os amigos junto com essa sublime certeza: nunca desista de seus sonhos. Se você acredita, o universo inteiro conspira para que aconteça. O simples fato de ver o livro impresso fez fazer cada segundo dos quatro anos que passei escrevendo, mais dois procurando editora. Sou muito grato!

E junto com essa imensa gratidão, experimento também um grande senso de responsabilidade. Desejo de coração que esse livro possa somar algo na vida de cada um de seus leitores!

***
Conheça O SINCRONICÍDIO:
http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA
http://www.caligoeditora.com.br/osincronicidio/


LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
http://www.mensageirosdovento.com.br/Manifesto.html


Venha conhecer também a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
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http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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site: http://www.caligoeditora.com.br/osincronicidio/
Renata CCS 19/11/2013minha estante
Parabéns pelo bebê Fábio! Com certeza, este garotão vai crescer lindo e saudável.
Grande abraço e sucesso!


Fabio Shiva 02/02/2014minha estante
Valeu por esse carinho lindo e pela maravilhosa resenha, Renata!!! Muito muito grato!!!
beijos e muita música!!!




Fê Gaia 18/02/2012

O Transcendental e o Carnal juntos num ótimo policial
Excelente obra de estreia de um escritor talentoso e criativo. Se vc quer se prender totalmente a uma história, este é o livro certo. Se, além disso, vc deseja conhecer e refletir sobre temas e conceitos pouco conhecidos (ao menos pelo mundo ocidental), este livro torna-se ainda mais indicado. Trata-se de um romance policial cheio de reviravoltas, o que é típico da literatura do gênero. Por outro lado, a complexidade e o grande número de temas interessantes/não-convencionais que são abordados têm o poder de retirar a obra do clichê.

A escrita é simples e extremamente envolvente, sendo cada capítulo uma pequena peça necessária a montagem do quebra-cabeça. Admirável o empenho e a atenção que o autor dedicou a cada detalhe. A relação que o escritor faz entre o jogo de xadrez e o I Ching, criando uma numeração de capítulos inusitada, dão um charme a mais à obra. O livro está repleto de cenas de sexo, mas estas não são gratuitas, estando presentes para ilustrar o quanto uma busca puramente hedonista pode acabar corrompendo o espírito (ou o caráter, para quem prefere o termo).

Não há pontas soltas na história, apenas lacunas propositais criadas para serem preenchidas pela imaginação do leitor. E, acredite, esse livro realmente dá asas à imaginação! rsrs Recomendo e muito a obra, acho quase impossível que alguém saia indiferente da leitura da mesma.
Renata CCS 22/05/2013minha estante
Gostei de sua resenha! Instigante!




Léia Viana 23/08/2011

Xeque-mate no leitor!

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Eu sou aquele tipo de leitora que adora a criatividade e a inteligência de um escritor ao desenvolver uma história. Independente do estilo narrado. Acredito que um bom livro tem como missão entreter e enriquecer o mundo literário de quem o lê, e, foi exatamente isso que senti com esse romance policial incrível e surpreendente. A começar pela maneira como os capítulos são apresentados, com cartas do jogo do I Ching e o jogo do xadrez, o que aguça ainda mais a curiosidade do leitor, sem deixá-lo perdido ou confuso por não ser um conhecedor desses jogos, tornando assim a obra tão original e única que me arrisco a afirmar que nunca, nenhum escritor, foi tão inventivo e sagaz ao pensar no jogo do xadrez e nas cartas de I Ching, juntas ou separadas, como um bom chamariz para uma história inteligente como está.

“O Sincronicídio” é um romance policial diferente e inovador, não somente pela maneira incomum de iniciar os capítulos, mas pelo desenvolvimento da história em si. No começo da leitura, acreditei que o autor fosse conduzi-la pela filosofia e até me fez lembrar um dos livros de Josein Gaarder: “O Mundo de Sofia”, no entanto, à medida que a leitura avançava descobri que a trama que se tecia a cada linha lida tinha um toque de ficção cientifica: pelo submundo do sexo e do poder quase que se é criada uma sociedade a parte.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

O inspetor Alberto Teixeira, começa a investigar uma série de crimes, que acaba levando-o a conhecer “os gêmeos”, exatamente quando os dois resolvem colocar em pratica o Sincronicídio. Um dos únicos sobrevivente dos jovens universitários que formavam o grupo “Os Olimpianos” é quem é o inventor da Fábrica, do qual, é um dos grandes responsáveis pela distribuição das moedas implantadas no final da coluna das pessoas selecionadas por ele e pelos gêmeos. Essas moedas, que podem ser de cobre, prata ou ouro, são capazes de alterar todo um comportamento humano.

Neste universo, giram o poder e o sexo como prazeres absolutos de uma vida.

O que é possível nesta leitura, e, que em minha opinião tornou-se uma grande sacada do autor, é as múltiplas interpretações que se pode dar à narrativa, pois, se nas primeiras linhas acreditei ser conduzida pela filosofia, descobri que além de ser de fato uma trama policial recheada de suspense, com doses de ficção cientifica, o tempo todo o autor me levava a decifrar de várias maneiras o enredo da história, sem, contudo conseguir chegar ao desfecho final correto. Acabei sendo surpreendida diversas vezes.

Fiquei muito orgulhosa por ser um escritor brasileiro o responsável por construir uma obra magnífica como esta. Creio, que está mais do que na hora das editoras abrirem as portas para os novos escritores nacionais nos brindarem com suas obras.

Leitura recomendada!
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bardo 15/10/2011

O Sincronícidio
Talvez o ponto que mais surpreenda no "O Sincronícidio" seja sua aparente simplicidade, sim porque a história começa enganadoramente simples, o narrador nos apresenta nosso herói nas primeiras horas da manhã, a semelhança de um herói grego clássico, nu em pelo, descansando após o embate com sua já esperada donzela. E já aqui o autor brinca com sentidos secretos, com lendas intrincadas onde um evento num lugar se faz sentir muito longe. É tal a quantidade de pistas "escondidas" que numa releitura percebe-se que muita coisa já havia sido contada já no inicio da história, ou pelo menos insinuada. Apresenta-se a dicotomia que permeara toda a obra, dia e noite, braço e preto, e subentende-se também, luz e trevas isso transposto a um imenso tabuleiro, onde cada personagem é uma peça. Ideia original de estilo? De início isso mais intriga-nos, capricho do autor, ledo engano. Voltemos ao nosso herói, o narrador nos apresenta o inspetor Teixeira, e de pronto já nos diz que aquele será o relato de um dia de sua vida, o último. Inicia-se o dia de forma dramática: “E o dia começou com um trovão.”
Segue-se uma reflexão e uma série de fatos que nos parecem sem sentido... De novo, a semelhança da teoria do caos, a borboletinha que muito longe trouxe tempestade e morte. Voltamos a Teixeira, seu dia segue até que normal, a rotina normal de um inspetor, só esperamos o crime, o mistério. Um moço morre fulminado por um raio, mas e daí?Estranho mas possível, mas sabemos nós... Uma pequena piadinha sobre os gostos musicais doidos da “molecada” de hoje. É envolvente, mas ainda não nos espanta, nem quando sabemos que o inspetor tem uma consulta com a sensual e misteriosa Dra Varlene, um misterioso tratamento psicológico. Um pouco antes, entretanto nosso narrador se apresenta, afinal ele é de suma importância, sabemos que Teixeira esta caminhando para a morte, mas não sabemos como nem porque, quem é afinal esse narrador onipresente e onisciente? Nada menos que o assassino do inspetor Teixeira. Voltamos à misteriosa Varlene, diabolicamente sensual, nosso herói como já foi demonstrado apreciador e um amante do “belo sexo”. Temos a sessão e apesar de algumas estranhezas, bem nos parece que vamos embarcar num romance policial futurista, bem original não?
Após a sessão Teixeira e enviado a um motel resolver um caso de assassinato, típico, advirto, entretanto que o autor se superou na descrição de uma cena macabra e que um leitor mais sensível e imaginativo talvez tenha pesadelos com ela. Para apimentar a coisa um exemplar de Romeu e Julieta, bem como um cartão, que Teixeira misteriosamente esconde.
Precisamente aqui, bem voltamos no tempo, conhecemos os dois personagens mais terríveis e diabólicos da trama, os gêmeos. Pergunto-me como alguém criou dois personagens tão complexos, é impossível não admirá-los e ao mesmo tempo se escandalizar com eles.
Não poderia deixar de comentar a habilidade com que o autor brinca com os opostos, luz e trevas, branco e preto, Yin e Yang; isso é marcante no caso dos gêmeos, macho e fêmea, ativo e reativo, e aqui o autor é tremendamente irônico, as polaridades estão trocadas, é patente que Julia é o masculino, o Yang, o ativo e Kim é o feminino, o Yin, o receptivo. Numa cartada genial ainda Kim é o incompleto, a irmã o supera em tudo, ele artificialmente tenta se igualar a ela, porém sem sucesso. A única marca de sua masculinidade que saiu, digamos “mais que perfeita” ele a usa para destruir a “masculinidade” nos outros, é patente o sadismo nele. O ódio a tudo o que ele não é. Uma mensagem velada ao preconceito? Odiamos o que não temos? A ideia fica no ar.
Daqui pra frente à história vai se voltando dentro de si mesma,Quando você pensa que entendeu, não entendeu nada. Em certo ponto, e aqui quando pensamos que já tinha se esgotado as surpresas damos uma pausa para o vilão contar sua história; embarcamos de cabeça no esoterismo, na profundidade do jogo de xadrez e do I Ching, começamos a entender os ideogramas a direita de cada página, e fato cada um deles tem relação com o capitulo, tudo dentro de um simbolismo que somente um leitor atento vai notar. Aqui se explica sobre as misteriosas “moedas”, uma para cada elemento alias certo que a última o elemento não poderia Sr usado por um humano... (sic) extraterrestres? Fica no ar, só muito mais para frente vamos ter uma ideia de quem seriam os misteriosos portadores da moeda corresponde ao fogo.
Segue-se o dramático encontro de Teixeira com seu algoz, pelo menos é o que pensamos, mas nada é o que parece, e a trama é tão complexa que ficamos pasmados. Aqui superabundam a referências e a complexidade da trama, não se engane quem pensar que somente está sendo citados mitos, percebe-se que existe uma intencionalidade uma história dentro da história e um grave alerta. A despeito dos pontos mais escatológicos o Sincronícidio em si é perfeitamente possível, se é que não ocorre com certa freqüência. A forma como o autor vai desenvolvendo o conceito até sua definição final, bem dá o que pensar, dá muito que pensar.
Enfim chegamos ao final, surpreendente e tão estranho, que podemos dizer que o autor não poupou esforços para surpreender o leitor.
Como comentei a “simplicidade” e a fluidez da história enganam O Sincronícidio é uma história extremamente complexa, e emersa nela existe um ou vários alertas contra a degradação da alma humana. Não chega a ser moralista, até porque não é essa intenção aqui, porém fica evidente que ninguém está alheio ao seu papel nesse grande jogo que jogamos e que nossas escolhas podem ser fatais num nível muito maior que o físico. Talvez a qualidade mais admirável no inspetor Teixeira seja sua integridade o único motivo que no fundo o salvou. Mas ele morre... Existem coisas piores que a morte fica implícito na trama.

Uma última palavra é que espero que o autor consiga logo uma editora, porque O Sincronícidio é um romance bom demais para ficar “na gaveta”, além de original sua mensagem é surpreendentemente atual e necessária. Mais do que nunca é hora de repensarmos nossos atos e a forma que interferimos no desenrolar dos acontecimentos.
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Euflauzino 18/11/2013

Um mergulho no lago negro do ser humano
Tenho comigo o livro de Fabio Shiva há séculos, porém como sou fotofóbico, tinha dificuldades em lê-lo no computador, mas conhecendo o autor como conheço (parece ser há séculos também, tamanha identificação) sabia que ali havia coisa boa, muito boa. Eu queria sentar com Fabio e conversar por horas sobre o livro, sobre a vida, sobre “noir” e religião, sobre filosofia e sociologia, porém temo que minha capacidade intelectual seja limitada para um bate-papo dessa envergadura.

Agora em minhas mãos tenho também a versão impressa, o rebento de Fabio, com capa e diagramação belíssima. O sincronicídio (Caligo, 520 páginas), conta a história do último dia do inspetor Alberto Teixeira, e quem seria ele?

“Era o corpo desnudo que dava o testemunho do homem de ação. Enfiado em algum dos ternos baratos aos quais estava acostumado, sempre um número acima, não deixava notar os músculos rijos, bem delineados, habituados à fadiga e ao esforço, cultivados por exercícios. Era o corpo sem roupas que revelava também suas histórias de batalha, crivadas em cada cicatriz.”

Pronto, fomos apresentados assim de forma crua, sem delongas ao personagem principal. Um cara altamente sexy, bem ao estilo feminino e tremendamente bruto, além de ter como uma de suas características um falo avantajado. Dessa forma, Fabio já abre o jogo e cabe-nos procurar o assassino e qual sua motivação, um clássico “whodunit” saborosíssimo.
Alberto é enviado a um motel em busca de evidências de um duplo homicídio ali cometido. O autor é detalhista e extremamente descritivo, gosto demais:

“... parou diante do Le Barde. Durante o dia, com o letreiro em neon apagado, a fachada mostrava bem a espelunca que era o motel. À noite, a sujeira incrustada na fachada era menos visível, e os amantes afoitos não reparavam ou não se importavam com baratas passeando pelos corredores ou com lençóis que eram trocados somente na lua cheia.”

O casal encontra-se na banheira e é aí que o autor nos brinda com frases fortes, além de um grande apelo para o “gore”:

“Teixeira patinou pelo chão viscoso, banhado em vômito. Afinal chegou perto da banheira o suficiente para empurrar o interruptor na parede. O ronco do motor da hidromassagem parou de imediato, com um estalo seco. O borbulhar na banheira também cessou, levando a ilusão de que os corpos se mexiam. A morte pareceu mais definitiva, agora que o som e o movimento, atributos dos vivos, não mais acrescentavam seu grotesco toque de zombaria à cena.”

Coincidentemente ele se depara com características semelhantes a um outro crime não elucidado e rememora o dia em que conheceu um falecido figurão, homem envolto em mistérios e que alterou o curso de sua história para sempre. Perceba a sutileza (loucura) da teoria escrita no livro “La coincidenza” do tal figurão:

“Uma mistura de filosofia quântica, matemática aplicada, misticismo oriental e autoajuda nazifascista... suas ideias eram malucas e potencialmente perigosas."

Nesse ínterim, Alberto Teixeira se envolve com várias mulheres, todas elas loucas para provar um pouco da masculinidade do inspetor. O sexo está presente e se faz extremamente necessário na obra, intrinsecamente ligado à trama, sem subterfúgios:

“O beijo havia chegado àquele ponto em que se transforma em uma dança de línguas... Todas as contradições haviam sido revogadas, ainda que só pelo momento. O imperativo categórico do sexo vencia mais uma vez.”

“Varlene passou a língua provocante pelos lábios. Seu comportamento tornava-se cada vez menos o de uma psicóloga cara, e mais o de uma prostituta barata. ‘Eu prometo que não vai doer nadinha.’”

Enquanto o sexo flui, Alberto relembra passagens que seria melhor que fossem bloqueadas no porão de sua memória. Mas aí já não quero estragar a surpresa. Não esperem pela obra de um autor estreante, “O sincronicídio” é livro de um autor maduro e seguro de seu ofício, caminha fácil pelo “noir”, alguém que cozinhou sua obra por anos, sem apelos, para que pudéssemos saborear o melhor. Bia Machado (ela também escritora e agora editora) enlaça as mãos do autor e a seu lado, corajosamente, embarca na aventura, certa de sua qualidade. Não há como não obter sucesso.

site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/11/resenha-o-sincronicidio-um-mergulho-no.html
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Susy Ramone 03/02/2014

O Sincronicídio é o livro mais doido e original que li nos últimos tempos. É narrado pelo vilão da história, que começa contando desde o início daquele dia da vida do inspetor Teixeira; o dia do Sincronicídio. Entretanto ele não se apresenta de imediato. Conta em detalhes sobre o dia do inspetor, que foi designado a investigar um crime ocorrido em um quarto de hotel. Através de uma pista encontrada na cena do crime, Teixeira lembra-se que há dois anos investigara um assassinato semelhante, também minuciosamente narrado pelo vilão em questão, o que deixa o leitor com a pulga atrás da orelha para descobrir como aquela terceira pessoa sabia tanto a respeito do inspetor.
Uma surpresa atrás da outra é o que o leitor encontrará neste livro. E quando pensamos que seria apenas uma história interessantíssima ao que se refere à resolução dos assassinatos é que vem o inesperado. Fatos totalmente inusitados e fantásticos vão se enredando na trama, caindo como bomba no leitor, que antes, apenas boquiaberto, começa a arregalar os olhos, incrédulo, mediante a originalidade do escritor Fabio Shiva.
Nada do que eu diga, poderia expressar exatamente o que senti ao ler a última página do Sincronicídio. É com muito orgulho que dou as boas-vindas a este escritor talentoso em nosso humilde grupo de autores nacionais e recomendo, sem ressalvas, a obra em questão.
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Sergio Carmach 10/02/2014

Certos livros, quando terminados, deixam o leitor em um estranho estado de euforia, como se ele precisasse alardear aos quatro ventos o quanto gostou da história. Senti isso algumas vezes, em especial após ler Cem Anos de Solidão, livro com uma trama fantástica e um final incrível. O Sincronicídio fez brotar mais uma vez essa impressão em meu espírito de leitor; e me fez refletir: o que, afinal, têm em comum os autores capazes de despertar uma forte sensação com seus textos?

Ao autor não basta conhecimento para estruturar uma boa história (alguns simplesmente esparramam sua bagagem cultural pelo texto em nome de um egocentrismo vazio). Ele precisa saber integrá-lo à trama de forma sutil, relevante e sagaz, o que não é nada fácil. A tarefa se torna ainda mais difícil quando o escritor se aventura a misturar matérias aparentemente díspares entre si. Shiva não só consegue promover essa química improvável, mas também nos presentear com um texto cuja melodia se faz linda e evidente, uma verdadeira sinfonia de palavras. Ele mescla fatos reais (alguns desconhecidos do público em geral), verdades esotéricas, cultura geral (incluindo cultura alternativa), filosofia, tecnologia, conceitos trazidos por outros autores (como a psico-história, uma ciência fictícia para prever o futuro apresentada por Isaac Asimov e arguciosamente usada por Shiva), sexo (não se engane: toda a desbragada luxúria em O Sincronicídio tem real relevância para a trama; não há apelação), xadrez, I Ching etc., criando um universo absolutamente original e – por mais incrível que pareça – absurdo e crível ao mesmo tempo. É preciso certa dose de brilhantismo para bolar, sem furos, uma trama como essa; e ainda uma dose extra para contá-la de forma tão coerente e palatável. É de dar inveja... Respondendo enfim à pergunta no primeiro parágrafo: autores são capazes de causar êxtase quando criam histórias que unem conhecimento, originalidade e inteligência; e nisso Shiva mostrou ser mestre.

Mas... É possível escrever uma história tão rica e complexa sem parecer soberbo aos olhos do leitor? Sim, caso o autor conheça a melhor acepção da palavra simplicidade e saiba aplicá-la em sua escrita. Fabio, pela forma de redigir, demonstrou saber. Simplicidade não significa arremessar palavras a esmo no papel, como alguns parecem acreditar. A simplicidade – para ser qualidade, e não defeito – precisa ser moldada pelo talento. Simplicidade é ter elegância sem ser arrogante; é ser arrojado sem ser empolado; é ser claro e direto sem prejudicar a densidade do conteúdo; é despir-se de dogmas gramaticais sem, no entanto, agredir o idioma... Em suma – como bem nos ensina Shiva – simplicidade não é simploriedade.

Talvez seja falho classificar O Sincronicídio puramente como um romance policial, pois o texto vai além desse estilo; talvez também seja temerário apresentar uma sinopse muito abrangente da obra, pois resumir uma trama com tantas complexidades pode entediar o leitor. Eu, então, sintetizaria assim o livro de Fabio: “um romance que narra o último dia na vida do inspetor Teixeira, quando ele precisa desvendar assassinatos misteriosos que escondem uma realidade inacreditável, sui generis.” O book trailer oficial da obra optou por outra abordagem (infelizmente, na minha opinião) e começa afirmando: “Uma horrenda série de assassinatos revela um plano secreto para dominar o mundo.” A meu ver, o espírito da obra passa longe dessa frase, que limita o leitor a um aspecto menor do livro. Eu diria que o book trailer, a despeito de seu incrível visual, não faz jus ao texto de Shiva (o vídeo pode ser conferido mais abaixo).

O Sincronicídio é um livro primoroso em todos os aspectos: a qualidade gráfica é impecável, o conteúdo une intelectualidade e entretenimento, a forma é inteligentemente simples... Como eu já havia dito anteriormente, muitas passagens dessa inebriante obra são como um murro no estômago do leitor e, ao mesmo tempo, um bálsamo para a mente. E é com essa ideia que finalizo a resenha, utilizando uma frase encontrada no próprio livro: “a melhor maneira de transcender é transgredir” (p. 364).

http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-sincronicidio.html
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Stark or Snow 08/04/2014

http://vendedorderins.blogspot.com.br/2014/04/resenha-o-sincronicidio.html
O ultimo dia de um homem, essa é a proposta do livro O Sincronício de Fábio Shiva, um romance policial que desafia o leitor, logo de cara nas primeiras linhas você conhece o inspetor Alberto Teixeira que se apresenta em seu primeiro ato assim:

“Era um corpo desnudo que dava testemunho do homem em ação. Enfiado em um algum terno barato aos quais estava acostumado, sempre um numero acima, não deixava notar os músculos rijos, bem delineados, habituados a fadiga e ao esforço, cultivados por exercícios. Era o corpo sem roupas que revelava também as suas histórias de batalha, crivada em cada cicatriz” (pag 11)

De acordo seu dia vai se desenrolando, Alberto começa a ter insight de momentos passados e entra de cabeça no meio de um furação, misturando sexo, assassinato, psicologia, filosofia, teorias diversas e cultura antiga e popular.

Um livro instigante, acho que passei uma semana fazendo propaganda, de como o livro era bom, dando spoilers (o que não era legal), mas fiquei apaixonado pela história, pelo seu realismo na descrição dos personagens, nos seus mistérios, cada capítulo termina com uma pista, algo a desvendar, deixa o leitor cada vez mais instigado a buscar a verdade e saber o que acontece…

São 518 paginas de puro prazer, é um prato cheio pra quem gosta de um mistério bem realista, sem pudor, um livro no melhor estilo existencial, que te faz pensar e sorrir imaginando: “nossa eu faço isso todo dia de manhã’...

Com uma capa belíssima, rubro-negro, a estética do livro traz um xadrez, para que você possa fazer suas intervenções e interpretações das jogadas e dos capítulos, outro ponto que achei genial, é a numeração nos capítulos que faz um jogo bem legal com o que esta sendo lido, o xadrez e sua perspicácia.

Não sei bem como terminar essa resenha tenho muito para falar desse livro magnifico, mas ao mesmo tempo não quero estragar a surpresa do leitor, o que tenho a dizer é que não vai se arrepender de ler, que foi muito bem escrito, editado e publicado, que é impossível não se identificar com os personagens até com aqueles que vão deixar nauseados e ao mesmo tempo desnorteado, e vão se encantar com algumas passagens que são verdadeiros ensinamentos.

Quero agradecer a Fábio Shiva que com muito carinho autografou o meu livro e enviou junto com um CD contendo a sua historia, o primeiro capitulo em .pdf e a trilha sonora, o que torna o livro ainda mais interessante, ele já tem uma trilha sonora, com músicas muito boas, o que flui ainda mais a leitura, é isso ai pessoal vou colocar aqui o bookthriller pra você se viciar e querer ler o livro o quanto antes. Abraços!!
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Ben Oliveira 10/04/2014

Prazer e Qualidade Literária
Acabei de ler O Sincronicídio, do escritor Fabio Shiva. Me arrepiei na última página, só mais uma das doses de catarse que o leitor recebe ao longo do livro. A obra de 540 páginas foi publicada em 2013, pela Caligo Editora, de Campo Grande (MS). Com uma capa vermelha e preta e a imagem de uma peça de xadrez que por si só já são instigantes, a frase “Sexo, Morte e Revelações Transcendentais” são mais um convite para o leitor ter noção do que vem pela frente.

Desde o primeiro parágrafo do livro, o leitor já tem uma informação fundamental, o protagonista, o inspetor Alberto Teixeira irá morrer. “Ele dormia inteiramente nu, sem saber que era o seu último sono. Observando só o semblante adormecido, não seria fácil adivinhar a profissão de policial...”, só neste trecho inicial fui fisgado pelo autor e movido pela curiosidade: Quem é o policial? Por que ele vai morrer? Como ele vai morrer? Quando ele vai morrer?. Antes que o leitor da resenha se estresse, tenha calma, não é nenhum spoiler, a informação também é dada em sua sinopse e no texto da contracapa. Além das palavras iniciais, o primeiro capítulo de O Sincronicídio traz o número 51, “Trovão”, um trecho do I Ching, O Livro das Mutações, e a ilustração de um movimento das peças de Xadrez. Não se assuste se não entender, não é mera coincidência. Afinal, qual é a graça de descobrir tudo logo na primeira página?

Ainda na contracapa do livro, o leitor descobre que o livro se trata sobre uma série de assassinatos que acontecem na cidade de Rio Santo, localizada no Brasil. O protagonista, Alberto Teixeira é o herói, o único policial que poderá desvendar o mistério do Sincronicídio, e por isto ele está marcado para morrer. Para quem gosta dos livros da Agatha Christie, Edgar Allan Poe, Isaac Asimov, entre tantos outros autores, a obra do brasileiro Fabio Shiva impressiona com a criatividade.

Definir O Sincronicídio não é tarefa fácil. Ao longo das páginas do romance policial o leitor encontra suspense, erotismo e filosofia. Fabio Shiva dá um show no livro, mostrando como a boa literatura pode aliar o prazer sem ser superficial e sem se tornar maçante. A densidade da obra fez com que eu lutasse com dois sentimentos dentro de mim: a vontade de descobrir logo o que aconteceria e o alívio de saber que ainda faltavam muitas páginas para a revelação final. O escritor consegue, literalmente, introduzir o leitor no universo de O Sincronicídio e envolvê-lo com as cenas de ação, sexo, conflitos dramáticos, questões filosóficas, entretendo e promovendo a reflexão, em uma tentativa de fazê-lo encontrar uma lógica, do início ao fim do livro, surpreendendo a cada minuto de leitura. Me peguei pensando na história até mesmo no momento em que ia dormir. Minha mente hesitava em parar de funcionar, desesperada por qualquer pista, qualquer conexão.

Através da intertextualidade e da metalinguagem, o leitor, principalmente se for um amante da literatura, fica fissurado com a maneira que Fabio Shiva escreveu O Sincronicídio. Logo no primeiro capítulo do livro, o narrador já alerta que ele é o observador onisciente, ou seja, é ele quem está contando a história e ainda informa que é o antagonista, o vilão, a força igual e contrária à do protagonista. Narrativa dentro de narrativa, o leitor viaja e desvenda gradativamente alguns dos mistérios, para descobrir qual é a relação entre os assassinatos, o protagonista e o antagonista-narrador.

O Sincronicídio é uma boa aula de escrita literária para autores iniciantes. Fabio Shiva utiliza tantos recursos literários de maneira tão natural, que o leitor nem se dá conta dos artifícios e a leitura flui deliciosamente. Durante as 24 horas de vida do protagonista, o leitor viaja pelo tempo, descobrindo mais sobre os personagens principais, suas motivações, dramas e problemas. Quando o leitor menos espera, as frases, títulos e ilustrações ao longo do livro passam a fazer sentido, as sombras da ignorância dão lugar à luz do conhecimento. E a fome do conhecimento, assim como a fome de livros, é inesgotável e só aumenta com o desenvolvimento.

Além das inúmeras possibilidades de interpretação de O Sincronicídio, o livro de Fabio Shiva vem a contribuir para chamar a atenção para a literatura nacional e a necessidade de valorizarmos mais os autores brasileiros, já que podemos encontrar obras de tanta qualidade literária quanto às de literatura internacional que ainda são vistas como prioridades tanto para as editoras quanto para as livrarias e muitos leitores. Tiro o meu chapéu para a Caligo Editora que decidiu apostar em O Sincronicídio para ser o seu primeiro romance publicado. Uma estreia maravilhosa! Também não posso deixar de agradecer a editora Bia Machado pela cortesia enviada de O Sincronicídio e pela oportunidade de parceria com o Blog do Ben Oliveira – lembrando que os blogs parceiros não são obrigados a resenhar de forma positiva os livros e este texto reflete a minha opinião.

É difícil falar sobre um livro que você gostou sem contar informações que podem estragar a surpresa do leitor. Sabe quando sabemos um segredo e estamos tão inebriados que precisamos compartilhar com alguém ou vamos explodir? Pois é, fiz o possível para não fazer nenhum spoiler nesta resenha. Ficção científica, fantasia, romance policial, suspense, erotismo, filosofia, I Ching, Xadrez, misticismo, religião, ideologia, luxúria, prazer, sexo, tudo isso e muito mais em O Sincronicídio. Espero que gostem!

Para quem já leu o livro e ficou com vontade de mais, Fabio Shiva avisa nos agradecimentos que O Sincronicídio foi concebido como o primeiro volume de uma trilogia e a segunda parte deve se chamar A Mais Tocada de Todos os Tempos. Mal posso esperar pelo segundo livro.

Sobre o autor – Fabio Shiva nasceu em Salvador, Bahia. Desde a adolescência entrou em contato com a escrita de contos e poemas. Já trabalhou como ghost-writer em livros de astrologia, revisor, além de ter exercido diversas profissões. É co-autor do livro de literatura / filosofia MANIFESTO – Mensageiros do Vento. Publicou o romance policial O Sincronicídio: Sexo, Morte e Revelações Transcendentais, em 2013, pela Caligo Editora.

Sobre a editora – A Caligo Editora foi criada em 2013, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Atualmente o catálogo da editora conta com o romance “O Sincronicídio” (Fabio Shiva) e a antologia de contos fantásticos “!” (Organizado por Rubem Cabral e participação de vários autores). Até Agosto de 2014 serão lançados o livro RedRum: Contos de Crime e Morte, A Forma da Sombra e uma obra da escritora Bia Machado.


site: http://www.benoliveira.com/2014/04/resenha-o-sincronicidio-fabio-shiva.html
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Fernanda 22/04/2014

[Resenha] O Sincronicídio – Fabio Shiva.
Este livro é maluco e super diferente de tudo que já li, o autor têm uma imaginação incrível.

O livro é recheado de sexo, morte e outras tantas maluquices. A história gira em torno de uma moeda que é fixada na base da coluna e proporciona ao seu usuário o melhor sexo de sua vida, mas este imenso prazer tem suas consequências. Assim, que utilizam da moeda sentem um prazer misturado com dor e drogas e isso faz com que seus usuários tenham orgasmo que nunca sonharam na vida. Um orgasmo intenso e imensamente prazeroso. É narrado pelo olhar do vilão e você fica de boquiaberta e olhos arregalados em certos momentos. É verdade, muitas vezes fiz cara de nojo rs. É tem umas coisas no estilo.

O Inspetor Teixeira entra na trama para investigar alguns assassinatos e acaba descobrindo mais do que ele imaginava. Uma das coisas que descobre é quem é o seu pai e o que esteve fazendo todos os anos de sua vida. Meio louco isso, não? Descobrir que seu pai não é quem diz ser!

O diferencial do livro é que em cada capítulo uma frase sobre I Ching e jogos de xadrez. Por esta razão devemos ler o livro com atenção para entender o porquê do nome. #Ficaadica!

Lendo os agradecimentos descobri que este é o primeiro livro de uma trilogia, e o segundo livro é intitulado A Mais Tocada de Todos os Tempos. Vem mais livro bom por aí.
Recomendo muito esta leitura!.

Fê :*

site: http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
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Simeia Silva 08/06/2014

Esse foi o livro mais diferente que li e que tenho na minha estante, achei ele tão original, que quando acabei, fiquei meio: haaaaa!
Hahahaha, sério, ainda não tinha lido nada desse tipo, já li e amo o gênero policial\investigativo, mas dessa forma tão up, nunca tinha lido não, esse é um dos que vou reler mais pra frente com certeza.

O livro tem a narração feita pelo vilão, coisa que me encantou, e no comecinho você já conhece o inspetor Teixeira, o momento em que você começa a saber sobre a investigação de um crime que ocorreu em um quarto de hotel. Por um momento, o inspetor percebe que a pista que ele encontrou na cena do crime, ele se toca que aquele crime é bem semelhante ao que ocorrera antes.E ele sabe que só ele poderá desvendar tudo, só ele sabe enxergar a relação entre eles. Em meio a isso tudo, ele descobre a história verdadeira sobre seu pai. que história será essa?

A narração desse crime, que é feita a todo momento pelo vilão, me deixou hiper, super, mega ansiosa para saber, como raios ele sabia tanto sobre o inspetor e sobre tudo que ocorria por ali.

Achei em cada capítulo, cada linha, surpresas intrigantes que me deixavam estarrecida, ansiosa ( gente, ansiedade é o meu nome do meio,hahaha).Quando você pensa que a história irá seguir o padrão policial\investigativo,uma história comum, você fica boquiaberto, gente, quem ler esse livro ficará estupefato,hahaha, sério, fatos inesperados, resoluções diferentes de cada assassinato, o inesperado,pode-se dizer assim.

Achei uma graça, as ilustrações de cada capítulo e em algumas páginas, com peças de xadrez, deu um certo charme misterioso.

Achei o texto bem interessante e nada cansativo, você quer saber mais e mais a todo momento.

O livro não tem nada de clichês, desses que vemos nos romances policiais, muito pelo contrário, nele você vê um pouco de tudo, sexo, morte e revelações, e outras tantas maluquices que vocês nem imaginam... o autor teve um jeito todo especial na hora de escrever esse livro.

Imagina só se através de uma moeda fixada na base de uma coluna você conseguisse o melhor sexo da sua vida?Mas não se iluda, pois esse imenso prazer poderá sim, lhe trazer uma terrível consequência.

Os sentimentos de prazer, orgasmo, assassinatos, são narrados pelo olhar perspicaz do vilão, do narrador de toda história, e me deixou boquiaberta, hahaha, sério, fiquei assim, estupefata em algumas cenas narradas.

Não sei se será ou é um gênero que muitos irão gostar, mas achei bem interessante, como eu disse no começo da resenha, achei bem diferente de tudo que havia lido até hoje.

Eu poderia ficar aqui falando e falando sobre o livro, mas nada do que eu citar aqui, cada um que se interessou terá que ler a obra para ver e sentir as próprias emoções e tirar sua próprias conclusões.

Um quote:

"Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer."


Mas leia o livro com atenção, porque se não prestar atenção, ficará perdido em meio as páginas.

O livro é o primeiro de uma trilogia ( não sabia e fiquei encantada para saber mais ), o segundo livro se chama: A Mais Tocada de Todos os Tempos.

Então é isso por hoje galera, espero que tenham ficado curiosos,hahahaha.

Há!Não poderia deixar de dizer que esse livro é para MAIORES de 18 anos, hahahaha, não me matem por isso.


Beijokas


site: ateliedoslivros.blogspot.com.br
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@paty_bookaholic 16/08/2014

O Sincronicídio, Resenha
Através do livro O sincronicidio, conhecemos Alberto Lino Teixeira, Investigador de policia em Rio Santo. Mas a parte mais interessante do inicio deste livro não é o inspetor, na verdade o mais instigante é o narrador, que se autoproclama o vilão.

“Para que o enredo funcione, contudo, resta ainda que alguém se apresente. Esse alguém deve representar, necessariamente, a força igual e contrária à força do herói. É preciso que exista, em resumo, o antagonista. Somente ao enfrentar seu adversário é que o herói se justifica.
Pois muito bem, para cortar caminho: esse alguém sou eu. Eu, o narrador. Eu, o observador onisciente. Eu, o adversário. Eu. Eu. Eu.
E é por isso que me propus a contar essa historia, a história do ultimo dia de Alberto Teixeira. Porque essa também é a minha história.”

Desde o inicio da narrativa uma coisa está clara, e apesar de ser o “mocinho” o fato é que Alberto Teixeira irá morrer. Ele vai tentar desvendar uma série de assassinatos, que ele crê estarem envolvidos com outro assassinato, ocorrido dois anos antes, que tem um assassino confesso, mas que o Inspetor Teixeira sabe que não é o culpado, na realidade ele sabe quem são os culpados, mas por motivos alheios a sua vontade ele não pode acusar ou prender.
Temos toda uma visão incrível dos acontecimentos e apesar de o narrador não ser o próprio inspetor, algumas cenas são descritas como vistas pelo próprio Alberto Teixeira, com uma incrível precisão de detalhes que chega a ser bizarra. Muitas coisas são explicadas no decorrer da narrativa, algumas no presente outras no passado. Algumas coisas são feitas para confundir o leitor, e pode acreditar você vai ficar confuso.

“Quer dizer então que eu estou dentro de um livro. Que não passo de um personagem em uma história policial. É nisso que você espera que eu acredite?”

Então chegamos ao ponto importante, o quê realmente está acontecendo? Qual o objetivo dos assassinos e porque tudo parece voltar a se ligar ao inspetor Teixeira? Não se engane achando que vai desvendar esse mistério, é impossível “prever o futuro”, neste caso, tudo indica que há uma grande conspiração, mas o quem e o porque tudo isto está acontecendo é difícil de desvendar.

“E assim descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder…”

Um thriller emocionante se desenrola através das 520 páginas do livro, e todas essas páginas contam um só dia da vida do Inspetor Teixeira, o dia do Sincronicídio. Dentro deste fatídico dia temos muito sexo e morte, tudo envolto por um grande mistério.

“Um autêntico sincronicídio é um homicídio que extrapola seu potencial de repercussão exponencialmente, de forma a gerar ondas no tecido da realidade. O sincronicídio está para o homicídio assim como o cubo está para o quadrado. O sincronicída é aquele que mata 2 coelhos com uma só cajadada.”

Agora eu preciso confessar, quando peguei este livro para ler esperava só um romance policial como outro qualquer, bom de qualquer modo, mas simples. Mas quando mergulhei no livro, e eu mergulhei de cabeça nele, me vi totalmente encantada com a precisão e clareza , e apesar de não conseguir entender alguns termos não consegui parar de ler, li o livro em dois dias, não conseguia parar e quando parava ficava tentando imaginar qual seria o desfecho da história.

Eu como admiradora do xadrez adorei todas as menções do livro ao jogo,em cada inicio de “cena” aparece um movimento, em vários momentos se percebe que o livro foi concebido, a meu ver, como uma grande partida, onde os jogadores estão ocultos e tem jogadas que serão reveladas somente nos momentos mais propícios.

Em vários momentos fiquei realmente perplexa, tantos fatos e detalhes que podiam passar despercebidos são retomados e ligados a outros formando uma trama tão precisa que poderia ser real. Realmente a capa do livro não mente as revelações são transcendentais, agora aguardo muito ansiosamente o segundo volume da trilogia. Além de todo o esmero do autor com o livro propriamente dito ele se preocupou com a trilha sonora, que você pode conferir AQUI.
Enfim acho que devaneei um pouquinho demais desta vez, mas o mais importante é: leiam esse livro, vai mudar todas as concepções de romance policial que você possa ter.

Beijinhos da Paty ;)

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/o-sincronicidio-resenha-caligoeditora-2
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Challis 31/12/2014

Uma série de assassinatos brutais intriga a polícia de Rio Santo. E meio a muito suspense, sexo e misticismo, apenas um homem mostra-se capaz de identificar um ponto em comum entre tantos crimes e desvendar o mistério por trás de O Sincronicídio. E é por isso que Alberto Teixeira, inspetor da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.
Entre tantos e tantos livros de suspense policial já publicados, não imaginava que ainda iria me surpreender em relação a originalidade de alguma obra. Mas foi justamente o que aconteceu com O Sincronicídio, livro de estreia do autor brasileiro Fabio Shiva. Não é apenas por causa do enredo cheio de mistérios e tensões bem enlaçadas, mas também pela forma como tudo isso foi entregue ao leitor.
A organização e edição da obra é realmente bem peculiar. No decorrer dos 64 capítulos o leitor também vai se aventurar por um "Passeio do Cavalo" através dos hexagramas do Livro das Mutações - I Ching.
Além disso, a linguagem fluida e bem esculpida torna a leitura muito mais leve. Considerando que o livro tem mais de 500 páginas e sua história se desenrola em apenas um dia (como Ulisses e Mrs. Dalloway), é de se surpreender que em nenhum momento percebi algo cansativo na narrativa.
Isso porque a obra foi escrita bem ao estilo dos folhetins: ao fim de cada capítulo, um novo mistério.

"Hábitos podem ser perigosos. Podem tornar o comportamento de um homem previsível. E o que é possível prever é possível controlar." (pg 92)

Mas o que com certeza me chamou mais a atenção foi o apelo do autor para questões transcendentais, pois cada vez mais vemos escritores de suspenses abandonando características como essa e optanto por romances mais diretos e convencionais. Com isso, o livro ganhou ainda mais originalidade.

"A pior coisa a respeito do passado é que ele não muda. Às vezes, sequer fica mais distante. Talvez o homem pense tanto no que já aconteceu movido pela triste esperança de modificar o ontem. Mas querer mudar os fatos passados é tão inútil quanto tentar escapar deles. O passado é que nem uma sombra, quanto mais fugimos mais ele nos persegue." (pg 157)

Com seu primeiro livro publicado, Fabio Shiva já mostrou levar muito jeito para a literatura policial. Com um enredo bem estruturado e inusitado e uma linguagem sutil e convidativa, O Sincronicídio faz o leitor participar ativamente de cada novo mistério. Certamente esta foi uma das melhores leituras deste ano!

site: http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/10/resenha-o-sincronicidio-de-fabio-shiva.html
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Jean 17/01/2015

Uma releitura dos romances policiais clássicos.
Veja a resenha completa no link
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O livro de hoje, acho que me emociona falar um pouco dele e de quem escreveu, pelo fato de ser brasileiro e baiano (aewooo uehauehauhe). Sim, "O Sincronicidio - Sexo, morte e revelações Transcendentais", foi escrito pelo maravilhoso Fabio Shiva, que assim como eu é soteropolitano e músico (cof cof, sou quase), e tem o tema que amo de paixão: romance policial. E sem esquecer que ele se tornou um grande amigo e parceiro do blog.

A principio, achei estranho um romance policial ter 500 páginas, sim, o fato era que esse livro é diferente de tudo que li na vida, algo completamente novo, uma maneira de escrever totalmente diferente do convencional, por horas via o livro falando do próprio livro, e vice-versa, isso demonstrou tamanha genialidade do Fabio Shiva, que misturou o I Ching (um tipo de Horoscopo Chines), com xadrez e o padrão de folhetim.

Tendo como personagem principal o inspetor Alberto Teixeira, o livro viaja num verdadeiro jogo mortal. Jogo tão alucinante que me fez o ler em 7 dias (ou melhor, 7 madrugadas haha). Já a maneira que se discorre o enrendo, dá para perceber, que por momentos nada se parece com Sherlock Holmes (Arthur C. Doyle) ou Hugo Poirot (Aghata Christie), talvez lembrei um pouco de Dan Brown e seus momentos de tensões que nos faz sentir o livro na alma.

Sim, sobre os crimes, eles nunca deixam de ocorrer, porém o mais importante na história, não é o desvendamento do crime, e sim o próprio crime em si.


Não há meras coincidências.
Tudo é coincidência.

Coincidência ou não, esse livro me fez desprender um pouco dos meus gostos pessoais a respeito de temas, talvez pelo próprio mistério que causa o título, e talvez também, o fato de eu ter começado a ler, sem ter feito conclusões antecipadas, isso me fez admirar uma obra prima que poucos tiveram a oportunidade de ler. O Sincronicídio é um livro único.

site: http://blogpensamentosirreais.blogspot.com.br/2015/01/resenha-o-sincronicidio.html
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