O Sincronicídio

O Sincronicídio Shiva




Resenhas - O Sincronicídio


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Fabio Shiva 01/12/2021

só para quem gosta de sexo, morte e revelações transcendentais…
Em agosto deste ano participei de um podcast da Editora Caligo, celebrando os 8 anos de lançamento do livro “O Sincronicídio: sexo, morte & revelações transcendentais” (https://youtu.be/S-abB--K-u8). Foi uma conversa muito divertida, que rendeu boas risadas, mas lá pelas tantas a querida Bia Machado, editora da Caligo, resolveu me chamar na chincha, cobrando a entrega (inúmeras vezes adiada) da versão digital do livro. Sou muito grato por essa carinhosa chamada, que me fez tomar tenência e finalmente dar conta do recado. Como todo escritor bem sabe, tem certas coisas que só saem sob pressão…

Uma vez que eu teria que encarar as mais de 500 páginas repletas de figuras do livro físico para convertê-las em um e-book, resolvi fazer logo o serviço completo, aproveitando para revisar mais uma vez o texto. Desde que finalizei a primeira redação do livro em 2011, essa deve ter sido a enésima segunda revisão que fiz em “O Sincronicídio” (sendo que a anterior foi feita por volta de 2015, ou seja, há cerca de 6 anos). Não me surpreendi em encontrar, aqui ou ali, algo que senti vontade de modificar. Estranho seria ler um texto escrito por mim sem querer mexer em nada. O que me causou surpresa mesmo foi o tanto de novas reflexões e descobertas que essa leitura me proporcionou. São esses pensamentos que quero compartilhar aqui, por acreditar que podem ser úteis não só a outros escritores, como a todos que se interessam pelos bastidores da literatura.

Um grande romance policial… só que não!

Desde que “O Sincronicídio” foi lançado, em 2013, graças a Deus já perdi a conta das vezes em que falei do livro em entrevistas, palestras, lives e em qualquer outra oportunidade, cabível ou não. Em todas essas ocasiões eu sempre repetia, com pequenas variações, uma determinada fala que era mais ou menos assim: “o livro presta uma grande homenagem ao romance policial, fazendo referência aos principais estilos do gênero, desde o ‘whodunit’ da história clássica de mistério até a escatologia dos romances mais modernos, passando pela pancadaria e sensualidade do ‘noir’.” Pois acredite quem quiser, mas só agora me dei conta do quanto essa é uma definição pobre e fundamentalmente traidora de meu próprio livro.

“O Sincronicídio” é realmente a deliberada mistura das muitas nuances do romance policial, gênero que amo de paixão desde meus 11 anos, quando fui traumatizado irreversivelmente pela leitura de “O Caso dos Dez Negrinhos”, de Agatha Christie (fiquei uma semana sem dormir direito, tremendo de medo debaixo do lençol). Um dos referenciais icônicos que fiquei especialmente orgulhoso de ter conseguido inserir em minha história foi o chamado “mistério do quarto fechado”, muito em voga durante a era dourada do romance policial, chegando a existir um escritor especializado nesse tipo de narrativa: John Dickson-Carr.

Contudo “O Sincronicídio” é bem mais que uma história policial, apresentando muitos outros elementos, sendo que alguns deles seguramente seriam considerados transgressões às famosas “regras do romance de mistério”. Lembro que cheguei a cunhar um mote para me nortear na concepção da trama:

“As bodas alquímicas entre Isaac e Agatha, com as bençãos de Padre Hermann.”

Ou seja, esse livro nasceu com a proposta de ser uma mescla de ficção científica (simbolizada pelo noivo Isaac Asimov) e romance policial (representada pela noiva Agatha Christie), com toques de espiritualidade (aqui entram as bençãos de Hermann Hesse). Seria exaustivo listar aqui, mas coloquei no livro incontáveis referências mais ou menos explícitas a essa trindade Asimov-Christie-Hesse.

Fora isso, de cara temos a estrututura dos capítulos, que surgiu a partir da aplicação de um problema clássico de xadrez, o “Passeio do Cavalo” (como fazer a peça do Cavalo percorrer todas as 64 casas do tabuleiro de xadrez sem repetir nenhuma?) aos 64 hexagramas do “I Ching”, o milenar oráculo chinês. O “Livro das Mutações”, aliás, é outra de minhas (muitas) obsessões, que antes do livro inspirou também a concepção do jogo multimídia inserido como faixa bônus na ópera rock “VIDA: The Play of Change”, da banda Imago Mortis (https://youtu.be/1sUIUyCTLnk).

Só por essa doideira de misturar xadrez com I Ching não daria para chamar esse livro simplesmente de romance policial. Mas ainda tem muito mais: viagens no tempo, seres reptilianos, uma corporação secreta empenhada em dominar o mundo… além de uma tal de moedinha invisível que é colada na base da coluna vertebral, transformando as pessoas em autênticos robôs (escravos, na acepção original da palavra “robôs”). Isso para não falar das mais bizarras cenas de sexo que fui capaz de imaginar, e que até hoje me fazem corar de vergonha quando fico sabendo que determinada senhorinha ou outra pessoa “respeitável” está lendo o livro!

(Aliás, para quem se escandalizou com tanta putaria da grossa, fica aqui a chave do enigma: todas as cenas de assassinato foram escritas com a sensualidade associada a cenas eróticas, enquanto as cenas de sexo receberam o narrativa brutal normalmente reservada à descrição dos crimes de morte.)

Mas o que será que estava passando pela minha cabeça quando decidi rotular “O Sincronicídio” como um romance policial?


Como publicar seu primeiro livro no Brasil

Calma, que eu explico! Levei quatro anos escrevendo e dois anos tentando publicar “O Sincronicídio”. Esse tempo todo que gastei na escrita é devido a um simples motivo: por ser o meu primeiro livro, eu queria fazer algo sensacional. Não por uma questão de vaidade (sinceramente), mas de vocação: queria descobrir, como Chico Buarque antes de mim, “se nasci pra enfrentar o mar ou faroleiro”. Eu desejava saber, de todo coração, se havia ou não em mim o material de que são feitos os escritores. Foi por isso que caprichei tanto nesse primeiro livro.

E foi justamente esse capricho todo que me fez passar os dois anos seguintes batendo de porta em porta em busca de uma editora. Pois a cada negativa que eu recebia, fui aos poucos entendendo o que estava dificultando a publicação:

– Seu livro tem páginas demais.
– A trama é muito complexa.
– Esse negócio de xadrez, de I Ching, isso assusta os leitores.
– Onde já se viu, anunciar desde o primeiro capítulo que o herói morre no fim?
– Não tem um livro mais fininho, não?

É por essas e outras que sinto gratidão imorredoura pela coragem de Bia Machado, que fez de “O Sincronicídio” o primeiro livro publicado pela Caligo Editora. E por todo apoio e incentivo de minha querida amiga Elda Araujo, que não me deixou desacreditar de mim.

Mas todas essas rejeições acabaram me deixando meio cabreiro, achando que o leitor era um bicho mais assustadiço que um camundongo, mais medroso que um coelhinho e mais preguiçoso que… bem, que um bicho-preguiça! Fiquei firmemente convencido de que ao menor sinal de desafio ou esforço intelectual, meus leitores em perspectiva fugiriam espavoridos, abandonando-me à triste sina de autor que ninguém lê.

E foi por isso que fui deliberadamente ocultando a exuberância de meu livro, simplificando e resumindo, de forma a fazer a obra caber no relativamente inofensivo epíteto de “romance policial”. Só me dei conta disso agora, e finalmente entendi uma fala do querido amigo escritor Sergio Carmach, que futuramente iniciaria a linda aventura da Verlidelas Editora, onde tive a ventura de publicar meu segundo romance, “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), entre outros. Conheci Sergio justamente em 2013, quando estava lançando “O Sincronicídio”. Ao ver o book trailer (https://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA) do lançamento, ele comentou: “Ficou muito bom, mas não faz jus ao livro”.

Por fim, a redenção!

E hoje, então, percebi que eu mesmo também não fiz jus a “O Sincronicídio”. Tentando tornar meu primeiro filho agradável ao gosto mediano das pessoas, fui injusto com ele, negando a sua principal virtude: a originalidade. Hoje, 8 anos depois, já guardo em meu coração a resposta à pergunta existencial de Chico: sim, nasci pra enfrentar o mar. Graças a Deus, sei que sou um escritor em cada célula de meu ser. Continuo almejando ser lido e entendido, que é uma das alegrias mais sublimes que pude experimentar nesta vida. Mas agora sei que agradar ao leitor acima de tudo nunca poderia ser a meta principal de um escritor com meu tipo específico de vocação. Escrevo para descobrir, em mim mesmo, tudo o que há de ruim e que não presta. Assim espero me tornar, pela escrita, uma pessoa melhor. Com um pouco de habilidade e muita sorte, o leitor também se beneficia desse processo de iluminar sombras. Mas isso depende, em larga medida, da disposição de quem lê (ou não).

E é por isso que hoje me permito essa redenção com meu primogênito. Se o livro é bom ou ruim, não me cabe dizer (embora eu continue achando ótimo!). Mas posso encher a boca para dizer, com todas as letras: “O Sincronicídio” é um livro único, diferente de todos os outros.

Gratidão por isso.


O SINCRONICÍCIO (e-book):
https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J

O SINCRONICÍCIO (livro físico):
https://caligo.lojaintegrada.com.br/o-sincronicidio-fabio-shiva


https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/12/so-para-quem-gosta-de-sexo-morte-e.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Fê Gaia 18/02/2012

O Transcendental e o Carnal juntos num ótimo policial
Excelente obra de estreia de um escritor talentoso e criativo. Se vc quer se prender totalmente a uma história, este é o livro certo. Se, além disso, vc deseja conhecer e refletir sobre temas e conceitos pouco conhecidos (ao menos pelo mundo ocidental), este livro torna-se ainda mais indicado. Trata-se de um romance policial cheio de reviravoltas, o que é típico da literatura do gênero. Por outro lado, a complexidade e o grande número de temas interessantes/não-convencionais que são abordados têm o poder de retirar a obra do clichê.

A escrita é simples e extremamente envolvente, sendo cada capítulo uma pequena peça necessária a montagem do quebra-cabeça. Admirável o empenho e a atenção que o autor dedicou a cada detalhe. A relação que o escritor faz entre o jogo de xadrez e o I Ching, criando uma numeração de capítulos inusitada, dão um charme a mais à obra. O livro está repleto de cenas de sexo, mas estas não são gratuitas, estando presentes para ilustrar o quanto uma busca puramente hedonista pode acabar corrompendo o espírito (ou o caráter, para quem prefere o termo).

Não há pontas soltas na história, apenas lacunas propositais criadas para serem preenchidas pela imaginação do leitor. E, acredite, esse livro realmente dá asas à imaginação! rsrs Recomendo e muito a obra, acho quase impossível que alguém saia indiferente da leitura da mesma.
Renata CCS 22/05/2013minha estante
Gostei de sua resenha! Instigante!




Léia Viana 23/08/2011

Xeque-mate no leitor!

“E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”

Eu sou aquele tipo de leitora que adora a criatividade e a inteligência de um escritor ao desenvolver uma história. Independente do estilo narrado. Acredito que um bom livro tem como missão entreter e enriquecer o mundo literário de quem o lê, e, foi exatamente isso que senti com esse romance policial incrível e surpreendente. A começar pela maneira como os capítulos são apresentados, com cartas do jogo do I Ching e o jogo do xadrez, o que aguça ainda mais a curiosidade do leitor, sem deixá-lo perdido ou confuso por não ser um conhecedor desses jogos, tornando assim a obra tão original e única que me arrisco a afirmar que nunca, nenhum escritor, foi tão inventivo e sagaz ao pensar no jogo do xadrez e nas cartas de I Ching, juntas ou separadas, como um bom chamariz para uma história inteligente como está.

“O Sincronicídio” é um romance policial diferente e inovador, não somente pela maneira incomum de iniciar os capítulos, mas pelo desenvolvimento da história em si. No começo da leitura, acreditei que o autor fosse conduzi-la pela filosofia e até me fez lembrar um dos livros de Josein Gaarder: “O Mundo de Sofia”, no entanto, à medida que a leitura avançava descobri que a trama que se tecia a cada linha lida tinha um toque de ficção cientifica: pelo submundo do sexo e do poder quase que se é criada uma sociedade a parte.

“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”

O inspetor Alberto Teixeira, começa a investigar uma série de crimes, que acaba levando-o a conhecer “os gêmeos”, exatamente quando os dois resolvem colocar em pratica o Sincronicídio. Um dos únicos sobrevivente dos jovens universitários que formavam o grupo “Os Olimpianos” é quem é o inventor da Fábrica, do qual, é um dos grandes responsáveis pela distribuição das moedas implantadas no final da coluna das pessoas selecionadas por ele e pelos gêmeos. Essas moedas, que podem ser de cobre, prata ou ouro, são capazes de alterar todo um comportamento humano.

Neste universo, giram o poder e o sexo como prazeres absolutos de uma vida.

O que é possível nesta leitura, e, que em minha opinião tornou-se uma grande sacada do autor, é as múltiplas interpretações que se pode dar à narrativa, pois, se nas primeiras linhas acreditei ser conduzida pela filosofia, descobri que além de ser de fato uma trama policial recheada de suspense, com doses de ficção cientifica, o tempo todo o autor me levava a decifrar de várias maneiras o enredo da história, sem, contudo conseguir chegar ao desfecho final correto. Acabei sendo surpreendida diversas vezes.

Fiquei muito orgulhosa por ser um escritor brasileiro o responsável por construir uma obra magnífica como esta. Creio, que está mais do que na hora das editoras abrirem as portas para os novos escritores nacionais nos brindarem com suas obras.

Leitura recomendada!
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Renata CCS 04/11/2013

“O homem superior é aquele que penetra o portal das coincidências e devassa em sua própria consciência a cambiante Mão do Destino em ação.” (p.15)

A connecting principle / Linked to the invisible / Almost imperceptible / Something inexpressible / Science insusceptible / Logic so inflexible / Causally connectable / Yet nothing is invincible (Synchronicity – The Police)

A sincronicidade, termo cunhado por Carl Gustav Jung, é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Para Jung, tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, ou seja, as duas coisas (o evento físico e o psíquico) ocorrem ao mesmo tempo e a ligação entre eles não é causal.

Se no mundo da psicologia, a grande “sacada” de Jung foi colocar a sincronicidade como algo abrangente do todo, e não de um mero evento, a do mundo da música foi a banda The Police inspirar-se nesta teoria e produzir o excelente álbum Synchronicity, e a do mundo da literatura o talentoso escritor Fábio Shiva nos presentear com o ótimo livro O SINCRONICÍDIO. Coincidência? Não! É sincronicidade.

O SINCRONICÍDIO (assassinatos em sincronia) é um livro criativo e inovador, tanto no desenvolvimento da trama como na inusitada forma de numeração dos capítulos, pois são apresentados fora da ordem (começa no 51 e termina no 24) porque cada um representa um dos 64 hexagramas do I Ching.

Tecnicamente, a obra é um romance policial de suspense investigativo, com uma história originalíssima, narrada em primeira pessoa por um personagem inicialmente não identificado, centrada no protagonista, o inspetor de polícia Alberto Teixeira, em uma história que mistura o jogo de xadrez, I Ching e crimes aparentemente sem conexão entre si, mas desencadeados com um único propósito. O que decorre daí por diante, nas 524 páginas do livro, é um verdadeiro caleidoscópio de intuição e instinto policial que o protagonista destila como nenhum outro, em um emaranhado de eventos não convencionais e cheio de reviravoltas que faz o leitor não querer largar o livro, até o desfecho surpreendente!

Fábio Shiva captura a nossa atenção com uma narrativa simples, enxuta, precisa, instigante, carregada de um suspense crescente e contínuo. Nada de palavreados rebuscados, clichês ou divagações fora de contexto. Gostei muito de seu estilo e ficarei imensamente feliz se Shiva não parar por aí.

Recomendado a todos os que procuram algo a mais no gênero policial. Ótimo ritmo, ótimos personagens e um desenrolar que vai deixar você preso até o final. Leiam e se surpreendam!
Fabio Shiva 18/11/2013minha estante
Oi Renata! Que alegria imensa ler sua linda resenha!Sou muito grato!


Renata CCS 06/12/2013minha estante
Parabéns pelo bebê Fábio! Espero que ele ganhe irmãozinhos (rs). Grande abraço!


Helder 02/06/2017minha estante
Oi Renata. O que seria do verde se todos gostassem do amarelo, né? Desta vez acho que lemos livros diferentes. Foi difícil chegar ao final.




Fabio Shiva 18/11/2013

auto resenha
Que não seja motivo de estranheza eu aqui fazendo a resenha de meu próprio livro! É que já vão uns anos adquiri o feliz hábito de resenhar cada livro que leio, e não vou resolver parar agora, justamente nesse, tão especial para mim. Não é todo dia que se lê o seu primeiro livro, finalmente pronto!

A terceira melhor surpresa foi chegar em casa e me deparar com as pilhas de caixas do Sincronicídio, pois só esperava o livro para dali a uma semana, no mínimo. Meu sobrinho Luan foi quem viu que no mesmo dia recebemos a visita de uma borboleta branca, cinza e preta, que minha imaginação e memória só evocam como a borboleta no logo da Caligo Editora. Viva a sincronicidade!

E como o livro ficou bonito! Como é natural, logo caí de amores pelo bebê, com suas páginas estalando e exalando aquele cheirinho bom de livro novo. E como nasceu parrudo, o moleque! Mais de 600 g, um tijolo! Eu já esperava ficar babando, mas a realidade concreta do livro superou todas as minhas expectativas. Uma edição primorosa, com uma capa instigante e muito bonita, bem o tipo de livro que atrairia a minha curiosidade em uma estante de livraria.

Nesse momento tomei consciência de que estava ali realizando um grande sonho. E então deslizei por um tobogã da memória até meus 11 anos, eu contemplando minha modesta mas tão amada coleção de livros: Agatha Christie, José de Alencar, as aventuras de Sherlock Holmes, a série Vaga-lume, a coleção Perry Rhodan. Creio que foi exatamente nesse momento de solene contemplação, que eu agora relembrava de forma tão vívida, que nasceu em mim o sonho de ser escritor. E agora o círculo se completava. Jai Guru!

Ofereci o primeiro exemplar, com gratidão comovida, no altar de minha devoção. Fui feliz em poder presentear algumas pessoas com exemplares do livro, e a mim mesmo dentre elas. E comecei a ler, com uma fome!

A segunda melhor surpresa foi descobrir como é mesmo muito mais fácil ler no papel que no computador! Tomei um susto ao perceber que eu já havia chegado a um ponto da história que, nas incontáveis revisões feitas no computador, eu havia associado ao início do fim: o capítulo 36 Obscurecimento.

E essa foi a melhor surpresa de todas! Pois não é que me vi capturado pelo texto, fiquei entretido pela história, ri das piadas, fiquei angustiado em algumas cenas, me irritei em outras, e também me encantei, e afinal chegou a última página, deixando uma sensação estranha, mas de modo algum desagradável. Sou muito grato por essa linda experiência, de ter viajado tanto na história que eu mesmo escrevi!

E é claro que também encontrei erros, todos meus, alguns realmente incríveis, mas felizmente nada grave. Apenas lembretes para eu procure me aprimorar sempre, sempre com humildade! Sou grato por ter esses detalhes a melhorar. Estranho e inquietante teria sido não encontrar erro algum a corrigir.

Como muitos de meus alunos adolescentes manifestaram interesse pelo livro, preciso dizer que não recomendo a leitura para menores de 16 anos, pois contém muitas cenas fortes.

Agradeço à vida por esse momento, que compartilho com os amigos junto com essa sublime certeza: nunca desista de seus sonhos. Se você acredita, o universo inteiro conspira para que aconteça. O simples fato de ver o livro impresso fez fazer cada segundo dos quatro anos que passei escrevendo, mais dois procurando editora. Sou muito grato!

E junto com essa imensa gratidão, experimento também um grande senso de responsabilidade. Desejo de coração que esse livro possa somar algo na vida de cada um de seus leitores!

***
Conheça O SINCRONICÍDIO:
http://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA
http://www.caligoeditora.com.br/osincronicidio/


LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
http://www.mensageirosdovento.com.br/Manifesto.html


Venha conhecer também a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
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http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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site: http://www.caligoeditora.com.br/osincronicidio/
Renata CCS 19/11/2013minha estante
Parabéns pelo bebê Fábio! Com certeza, este garotão vai crescer lindo e saudável.
Grande abraço e sucesso!


Fabio Shiva 02/02/2014minha estante
Valeu por esse carinho lindo e pela maravilhosa resenha, Renata!!! Muito muito grato!!!
beijos e muita música!!!




Euflauzino 18/11/2013

Um mergulho no lago negro do ser humano
Tenho comigo o livro de Fabio Shiva há séculos, porém como sou fotofóbico, tinha dificuldades em lê-lo no computador, mas conhecendo o autor como conheço (parece ser há séculos também, tamanha identificação) sabia que ali havia coisa boa, muito boa. Eu queria sentar com Fabio e conversar por horas sobre o livro, sobre a vida, sobre “noir” e religião, sobre filosofia e sociologia, porém temo que minha capacidade intelectual seja limitada para um bate-papo dessa envergadura.

Agora em minhas mãos tenho também a versão impressa, o rebento de Fabio, com capa e diagramação belíssima. O sincronicídio (Caligo, 520 páginas), conta a história do último dia do inspetor Alberto Teixeira, e quem seria ele?

“Era o corpo desnudo que dava o testemunho do homem de ação. Enfiado em algum dos ternos baratos aos quais estava acostumado, sempre um número acima, não deixava notar os músculos rijos, bem delineados, habituados à fadiga e ao esforço, cultivados por exercícios. Era o corpo sem roupas que revelava também suas histórias de batalha, crivadas em cada cicatriz.”

Pronto, fomos apresentados assim de forma crua, sem delongas ao personagem principal. Um cara altamente sexy, bem ao estilo feminino e tremendamente bruto, além de ter como uma de suas características um falo avantajado. Dessa forma, Fabio já abre o jogo e cabe-nos procurar o assassino e qual sua motivação, um clássico “whodunit” saborosíssimo.
Alberto é enviado a um motel em busca de evidências de um duplo homicídio ali cometido. O autor é detalhista e extremamente descritivo, gosto demais:

“... parou diante do Le Barde. Durante o dia, com o letreiro em neon apagado, a fachada mostrava bem a espelunca que era o motel. À noite, a sujeira incrustada na fachada era menos visível, e os amantes afoitos não reparavam ou não se importavam com baratas passeando pelos corredores ou com lençóis que eram trocados somente na lua cheia.”

O casal encontra-se na banheira e é aí que o autor nos brinda com frases fortes, além de um grande apelo para o “gore”:

“Teixeira patinou pelo chão viscoso, banhado em vômito. Afinal chegou perto da banheira o suficiente para empurrar o interruptor na parede. O ronco do motor da hidromassagem parou de imediato, com um estalo seco. O borbulhar na banheira também cessou, levando a ilusão de que os corpos se mexiam. A morte pareceu mais definitiva, agora que o som e o movimento, atributos dos vivos, não mais acrescentavam seu grotesco toque de zombaria à cena.”

Coincidentemente ele se depara com características semelhantes a um outro crime não elucidado e rememora o dia em que conheceu um falecido figurão, homem envolto em mistérios e que alterou o curso de sua história para sempre. Perceba a sutileza (loucura) da teoria escrita no livro “La coincidenza” do tal figurão:

“Uma mistura de filosofia quântica, matemática aplicada, misticismo oriental e autoajuda nazifascista... suas ideias eram malucas e potencialmente perigosas."

Nesse ínterim, Alberto Teixeira se envolve com várias mulheres, todas elas loucas para provar um pouco da masculinidade do inspetor. O sexo está presente e se faz extremamente necessário na obra, intrinsecamente ligado à trama, sem subterfúgios:

“O beijo havia chegado àquele ponto em que se transforma em uma dança de línguas... Todas as contradições haviam sido revogadas, ainda que só pelo momento. O imperativo categórico do sexo vencia mais uma vez.”

“Varlene passou a língua provocante pelos lábios. Seu comportamento tornava-se cada vez menos o de uma psicóloga cara, e mais o de uma prostituta barata. ‘Eu prometo que não vai doer nadinha.’”

Enquanto o sexo flui, Alberto relembra passagens que seria melhor que fossem bloqueadas no porão de sua memória. Mas aí já não quero estragar a surpresa. Não esperem pela obra de um autor estreante, “O sincronicídio” é livro de um autor maduro e seguro de seu ofício, caminha fácil pelo “noir”, alguém que cozinhou sua obra por anos, sem apelos, para que pudéssemos saborear o melhor. Bia Machado (ela também escritora e agora editora) enlaça as mãos do autor e a seu lado, corajosamente, embarca na aventura, certa de sua qualidade. Não há como não obter sucesso.

site: Leia mais em: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/11/resenha-o-sincronicidio-um-mergulho-no.html
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Sergio Carmach 10/02/2014

Certos livros, quando terminados, deixam o leitor em um estranho estado de euforia, como se ele precisasse alardear aos quatro ventos o quanto gostou da história. Senti isso algumas vezes, em especial após ler Cem Anos de Solidão, livro com uma trama fantástica e um final incrível. O Sincronicídio fez brotar mais uma vez essa impressão em meu espírito de leitor; e me fez refletir: o que, afinal, têm em comum os autores capazes de despertar uma forte sensação com seus textos?

Ao autor não basta conhecimento para estruturar uma boa história (alguns simplesmente esparramam sua bagagem cultural pelo texto em nome de um egocentrismo vazio). Ele precisa saber integrá-lo à trama de forma sutil, relevante e sagaz, o que não é nada fácil. A tarefa se torna ainda mais difícil quando o escritor se aventura a misturar matérias aparentemente díspares entre si. Shiva não só consegue promover essa química improvável, mas também nos presentear com um texto cuja melodia se faz linda e evidente, uma verdadeira sinfonia de palavras. Ele mescla fatos reais (alguns desconhecidos do público em geral), verdades esotéricas, cultura geral (incluindo cultura alternativa), filosofia, tecnologia, conceitos trazidos por outros autores (como a psico-história, uma ciência fictícia para prever o futuro apresentada por Isaac Asimov e arguciosamente usada por Shiva), sexo (não se engane: toda a desbragada luxúria em O Sincronicídio tem real relevância para a trama; não há apelação), xadrez, I Ching etc., criando um universo absolutamente original e – por mais incrível que pareça – absurdo e crível ao mesmo tempo. É preciso certa dose de brilhantismo para bolar, sem furos, uma trama como essa; e ainda uma dose extra para contá-la de forma tão coerente e palatável. É de dar inveja... Respondendo enfim à pergunta no primeiro parágrafo: autores são capazes de causar êxtase quando criam histórias que unem conhecimento, originalidade e inteligência; e nisso Shiva mostrou ser mestre.

Mas... É possível escrever uma história tão rica e complexa sem parecer soberbo aos olhos do leitor? Sim, caso o autor conheça a melhor acepção da palavra simplicidade e saiba aplicá-la em sua escrita. Fabio, pela forma de redigir, demonstrou saber. Simplicidade não significa arremessar palavras a esmo no papel, como alguns parecem acreditar. A simplicidade – para ser qualidade, e não defeito – precisa ser moldada pelo talento. Simplicidade é ter elegância sem ser arrogante; é ser arrojado sem ser empolado; é ser claro e direto sem prejudicar a densidade do conteúdo; é despir-se de dogmas gramaticais sem, no entanto, agredir o idioma... Em suma – como bem nos ensina Shiva – simplicidade não é simploriedade.

Talvez seja falho classificar O Sincronicídio puramente como um romance policial, pois o texto vai além desse estilo; talvez também seja temerário apresentar uma sinopse muito abrangente da obra, pois resumir uma trama com tantas complexidades pode entediar o leitor. Eu, então, sintetizaria assim o livro de Fabio: “um romance que narra o último dia na vida do inspetor Teixeira, quando ele precisa desvendar assassinatos misteriosos que escondem uma realidade inacreditável, sui generis.” O book trailer oficial da obra optou por outra abordagem (infelizmente, na minha opinião) e começa afirmando: “Uma horrenda série de assassinatos revela um plano secreto para dominar o mundo.” A meu ver, o espírito da obra passa longe dessa frase, que limita o leitor a um aspecto menor do livro. Eu diria que o book trailer, a despeito de seu incrível visual, não faz jus ao texto de Shiva (o vídeo pode ser conferido mais abaixo).

O Sincronicídio é um livro primoroso em todos os aspectos: a qualidade gráfica é impecável, o conteúdo une intelectualidade e entretenimento, a forma é inteligentemente simples... Como eu já havia dito anteriormente, muitas passagens dessa inebriante obra são como um murro no estômago do leitor e, ao mesmo tempo, um bálsamo para a mente. E é com essa ideia que finalizo a resenha, utilizando uma frase encontrada no próprio livro: “a melhor maneira de transcender é transgredir” (p. 364).

http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-sincronicidio.html
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Juan 13/06/2023

Quem nesse livro não foi enrabado ou deixou de enrabar alguém? Assim, é um bom livro no geral, mas minha impressão é que ele começou sério mas a tensão foi suavizando no meio e em algumas partes ele ficou até meio tosco. O final não me desce, o último capítulo me fez questionar pq eu li todas essas páginas do livro pra chegar naquele desfecho sem sentido. Enfim, apesar de tudo, o autor escreve bem e tem um bom ritmo pra narrativa; inclusive, ele, o Fábio Shiva, me adicionou como amigo aqui no Skoob e eu li o livro por curiosidade do que vi na página dele.
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bardo 15/10/2011

O Sincronícidio
Talvez o ponto que mais surpreenda no "O Sincronícidio" seja sua aparente simplicidade, sim porque a história começa enganadoramente simples, o narrador nos apresenta nosso herói nas primeiras horas da manhã, a semelhança de um herói grego clássico, nu em pelo, descansando após o embate com sua já esperada donzela. E já aqui o autor brinca com sentidos secretos, com lendas intrincadas onde um evento num lugar se faz sentir muito longe. É tal a quantidade de pistas "escondidas" que numa releitura percebe-se que muita coisa já havia sido contada já no inicio da história, ou pelo menos insinuada. Apresenta-se a dicotomia que permeara toda a obra, dia e noite, braço e preto, e subentende-se também, luz e trevas isso transposto a um imenso tabuleiro, onde cada personagem é uma peça. Ideia original de estilo? De início isso mais intriga-nos, capricho do autor, ledo engano. Voltemos ao nosso herói, o narrador nos apresenta o inspetor Teixeira, e de pronto já nos diz que aquele será o relato de um dia de sua vida, o último. Inicia-se o dia de forma dramática: “E o dia começou com um trovão.”
Segue-se uma reflexão e uma série de fatos que nos parecem sem sentido... De novo, a semelhança da teoria do caos, a borboletinha que muito longe trouxe tempestade e morte. Voltamos a Teixeira, seu dia segue até que normal, a rotina normal de um inspetor, só esperamos o crime, o mistério. Um moço morre fulminado por um raio, mas e daí?Estranho mas possível, mas sabemos nós... Uma pequena piadinha sobre os gostos musicais doidos da “molecada” de hoje. É envolvente, mas ainda não nos espanta, nem quando sabemos que o inspetor tem uma consulta com a sensual e misteriosa Dra Varlene, um misterioso tratamento psicológico. Um pouco antes, entretanto nosso narrador se apresenta, afinal ele é de suma importância, sabemos que Teixeira esta caminhando para a morte, mas não sabemos como nem porque, quem é afinal esse narrador onipresente e onisciente? Nada menos que o assassino do inspetor Teixeira. Voltamos à misteriosa Varlene, diabolicamente sensual, nosso herói como já foi demonstrado apreciador e um amante do “belo sexo”. Temos a sessão e apesar de algumas estranhezas, bem nos parece que vamos embarcar num romance policial futurista, bem original não?
Após a sessão Teixeira e enviado a um motel resolver um caso de assassinato, típico, advirto, entretanto que o autor se superou na descrição de uma cena macabra e que um leitor mais sensível e imaginativo talvez tenha pesadelos com ela. Para apimentar a coisa um exemplar de Romeu e Julieta, bem como um cartão, que Teixeira misteriosamente esconde.
Precisamente aqui, bem voltamos no tempo, conhecemos os dois personagens mais terríveis e diabólicos da trama, os gêmeos. Pergunto-me como alguém criou dois personagens tão complexos, é impossível não admirá-los e ao mesmo tempo se escandalizar com eles.
Não poderia deixar de comentar a habilidade com que o autor brinca com os opostos, luz e trevas, branco e preto, Yin e Yang; isso é marcante no caso dos gêmeos, macho e fêmea, ativo e reativo, e aqui o autor é tremendamente irônico, as polaridades estão trocadas, é patente que Julia é o masculino, o Yang, o ativo e Kim é o feminino, o Yin, o receptivo. Numa cartada genial ainda Kim é o incompleto, a irmã o supera em tudo, ele artificialmente tenta se igualar a ela, porém sem sucesso. A única marca de sua masculinidade que saiu, digamos “mais que perfeita” ele a usa para destruir a “masculinidade” nos outros, é patente o sadismo nele. O ódio a tudo o que ele não é. Uma mensagem velada ao preconceito? Odiamos o que não temos? A ideia fica no ar.
Daqui pra frente à história vai se voltando dentro de si mesma,Quando você pensa que entendeu, não entendeu nada. Em certo ponto, e aqui quando pensamos que já tinha se esgotado as surpresas damos uma pausa para o vilão contar sua história; embarcamos de cabeça no esoterismo, na profundidade do jogo de xadrez e do I Ching, começamos a entender os ideogramas a direita de cada página, e fato cada um deles tem relação com o capitulo, tudo dentro de um simbolismo que somente um leitor atento vai notar. Aqui se explica sobre as misteriosas “moedas”, uma para cada elemento alias certo que a última o elemento não poderia Sr usado por um humano... (sic) extraterrestres? Fica no ar, só muito mais para frente vamos ter uma ideia de quem seriam os misteriosos portadores da moeda corresponde ao fogo.
Segue-se o dramático encontro de Teixeira com seu algoz, pelo menos é o que pensamos, mas nada é o que parece, e a trama é tão complexa que ficamos pasmados. Aqui superabundam a referências e a complexidade da trama, não se engane quem pensar que somente está sendo citados mitos, percebe-se que existe uma intencionalidade uma história dentro da história e um grave alerta. A despeito dos pontos mais escatológicos o Sincronícidio em si é perfeitamente possível, se é que não ocorre com certa freqüência. A forma como o autor vai desenvolvendo o conceito até sua definição final, bem dá o que pensar, dá muito que pensar.
Enfim chegamos ao final, surpreendente e tão estranho, que podemos dizer que o autor não poupou esforços para surpreender o leitor.
Como comentei a “simplicidade” e a fluidez da história enganam O Sincronícidio é uma história extremamente complexa, e emersa nela existe um ou vários alertas contra a degradação da alma humana. Não chega a ser moralista, até porque não é essa intenção aqui, porém fica evidente que ninguém está alheio ao seu papel nesse grande jogo que jogamos e que nossas escolhas podem ser fatais num nível muito maior que o físico. Talvez a qualidade mais admirável no inspetor Teixeira seja sua integridade o único motivo que no fundo o salvou. Mas ele morre... Existem coisas piores que a morte fica implícito na trama.

Uma última palavra é que espero que o autor consiga logo uma editora, porque O Sincronícidio é um romance bom demais para ficar “na gaveta”, além de original sua mensagem é surpreendentemente atual e necessária. Mais do que nunca é hora de repensarmos nossos atos e a forma que interferimos no desenrolar dos acontecimentos.
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Susy Ramone 03/02/2014

O Sincronicídio é o livro mais doido e original que li nos últimos tempos. É narrado pelo vilão da história, que começa contando desde o início daquele dia da vida do inspetor Teixeira; o dia do Sincronicídio. Entretanto ele não se apresenta de imediato. Conta em detalhes sobre o dia do inspetor, que foi designado a investigar um crime ocorrido em um quarto de hotel. Através de uma pista encontrada na cena do crime, Teixeira lembra-se que há dois anos investigara um assassinato semelhante, também minuciosamente narrado pelo vilão em questão, o que deixa o leitor com a pulga atrás da orelha para descobrir como aquela terceira pessoa sabia tanto a respeito do inspetor.
Uma surpresa atrás da outra é o que o leitor encontrará neste livro. E quando pensamos que seria apenas uma história interessantíssima ao que se refere à resolução dos assassinatos é que vem o inesperado. Fatos totalmente inusitados e fantásticos vão se enredando na trama, caindo como bomba no leitor, que antes, apenas boquiaberto, começa a arregalar os olhos, incrédulo, mediante a originalidade do escritor Fabio Shiva.
Nada do que eu diga, poderia expressar exatamente o que senti ao ler a última página do Sincronicídio. É com muito orgulho que dou as boas-vindas a este escritor talentoso em nosso humilde grupo de autores nacionais e recomendo, sem ressalvas, a obra em questão.
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Stark or Snow 08/04/2014

http://vendedorderins.blogspot.com.br/2014/04/resenha-o-sincronicidio.html
O ultimo dia de um homem, essa é a proposta do livro O Sincronício de Fábio Shiva, um romance policial que desafia o leitor, logo de cara nas primeiras linhas você conhece o inspetor Alberto Teixeira que se apresenta em seu primeiro ato assim:

“Era um corpo desnudo que dava testemunho do homem em ação. Enfiado em um algum terno barato aos quais estava acostumado, sempre um numero acima, não deixava notar os músculos rijos, bem delineados, habituados a fadiga e ao esforço, cultivados por exercícios. Era o corpo sem roupas que revelava também as suas histórias de batalha, crivada em cada cicatriz” (pag 11)

De acordo seu dia vai se desenrolando, Alberto começa a ter insight de momentos passados e entra de cabeça no meio de um furação, misturando sexo, assassinato, psicologia, filosofia, teorias diversas e cultura antiga e popular.

Um livro instigante, acho que passei uma semana fazendo propaganda, de como o livro era bom, dando spoilers (o que não era legal), mas fiquei apaixonado pela história, pelo seu realismo na descrição dos personagens, nos seus mistérios, cada capítulo termina com uma pista, algo a desvendar, deixa o leitor cada vez mais instigado a buscar a verdade e saber o que acontece…

São 518 paginas de puro prazer, é um prato cheio pra quem gosta de um mistério bem realista, sem pudor, um livro no melhor estilo existencial, que te faz pensar e sorrir imaginando: “nossa eu faço isso todo dia de manhã’...

Com uma capa belíssima, rubro-negro, a estética do livro traz um xadrez, para que você possa fazer suas intervenções e interpretações das jogadas e dos capítulos, outro ponto que achei genial, é a numeração nos capítulos que faz um jogo bem legal com o que esta sendo lido, o xadrez e sua perspicácia.

Não sei bem como terminar essa resenha tenho muito para falar desse livro magnifico, mas ao mesmo tempo não quero estragar a surpresa do leitor, o que tenho a dizer é que não vai se arrepender de ler, que foi muito bem escrito, editado e publicado, que é impossível não se identificar com os personagens até com aqueles que vão deixar nauseados e ao mesmo tempo desnorteado, e vão se encantar com algumas passagens que são verdadeiros ensinamentos.

Quero agradecer a Fábio Shiva que com muito carinho autografou o meu livro e enviou junto com um CD contendo a sua historia, o primeiro capitulo em .pdf e a trilha sonora, o que torna o livro ainda mais interessante, ele já tem uma trilha sonora, com músicas muito boas, o que flui ainda mais a leitura, é isso ai pessoal vou colocar aqui o bookthriller pra você se viciar e querer ler o livro o quanto antes. Abraços!!
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Ben Oliveira 10/04/2014

Prazer e Qualidade Literária
Acabei de ler O Sincronicídio, do escritor Fabio Shiva. Me arrepiei na última página, só mais uma das doses de catarse que o leitor recebe ao longo do livro. A obra de 540 páginas foi publicada em 2013, pela Caligo Editora, de Campo Grande (MS). Com uma capa vermelha e preta e a imagem de uma peça de xadrez que por si só já são instigantes, a frase “Sexo, Morte e Revelações Transcendentais” são mais um convite para o leitor ter noção do que vem pela frente.

Desde o primeiro parágrafo do livro, o leitor já tem uma informação fundamental, o protagonista, o inspetor Alberto Teixeira irá morrer. “Ele dormia inteiramente nu, sem saber que era o seu último sono. Observando só o semblante adormecido, não seria fácil adivinhar a profissão de policial...”, só neste trecho inicial fui fisgado pelo autor e movido pela curiosidade: Quem é o policial? Por que ele vai morrer? Como ele vai morrer? Quando ele vai morrer?. Antes que o leitor da resenha se estresse, tenha calma, não é nenhum spoiler, a informação também é dada em sua sinopse e no texto da contracapa. Além das palavras iniciais, o primeiro capítulo de O Sincronicídio traz o número 51, “Trovão”, um trecho do I Ching, O Livro das Mutações, e a ilustração de um movimento das peças de Xadrez. Não se assuste se não entender, não é mera coincidência. Afinal, qual é a graça de descobrir tudo logo na primeira página?

Ainda na contracapa do livro, o leitor descobre que o livro se trata sobre uma série de assassinatos que acontecem na cidade de Rio Santo, localizada no Brasil. O protagonista, Alberto Teixeira é o herói, o único policial que poderá desvendar o mistério do Sincronicídio, e por isto ele está marcado para morrer. Para quem gosta dos livros da Agatha Christie, Edgar Allan Poe, Isaac Asimov, entre tantos outros autores, a obra do brasileiro Fabio Shiva impressiona com a criatividade.

Definir O Sincronicídio não é tarefa fácil. Ao longo das páginas do romance policial o leitor encontra suspense, erotismo e filosofia. Fabio Shiva dá um show no livro, mostrando como a boa literatura pode aliar o prazer sem ser superficial e sem se tornar maçante. A densidade da obra fez com que eu lutasse com dois sentimentos dentro de mim: a vontade de descobrir logo o que aconteceria e o alívio de saber que ainda faltavam muitas páginas para a revelação final. O escritor consegue, literalmente, introduzir o leitor no universo de O Sincronicídio e envolvê-lo com as cenas de ação, sexo, conflitos dramáticos, questões filosóficas, entretendo e promovendo a reflexão, em uma tentativa de fazê-lo encontrar uma lógica, do início ao fim do livro, surpreendendo a cada minuto de leitura. Me peguei pensando na história até mesmo no momento em que ia dormir. Minha mente hesitava em parar de funcionar, desesperada por qualquer pista, qualquer conexão.

Através da intertextualidade e da metalinguagem, o leitor, principalmente se for um amante da literatura, fica fissurado com a maneira que Fabio Shiva escreveu O Sincronicídio. Logo no primeiro capítulo do livro, o narrador já alerta que ele é o observador onisciente, ou seja, é ele quem está contando a história e ainda informa que é o antagonista, o vilão, a força igual e contrária à do protagonista. Narrativa dentro de narrativa, o leitor viaja e desvenda gradativamente alguns dos mistérios, para descobrir qual é a relação entre os assassinatos, o protagonista e o antagonista-narrador.

O Sincronicídio é uma boa aula de escrita literária para autores iniciantes. Fabio Shiva utiliza tantos recursos literários de maneira tão natural, que o leitor nem se dá conta dos artifícios e a leitura flui deliciosamente. Durante as 24 horas de vida do protagonista, o leitor viaja pelo tempo, descobrindo mais sobre os personagens principais, suas motivações, dramas e problemas. Quando o leitor menos espera, as frases, títulos e ilustrações ao longo do livro passam a fazer sentido, as sombras da ignorância dão lugar à luz do conhecimento. E a fome do conhecimento, assim como a fome de livros, é inesgotável e só aumenta com o desenvolvimento.

Além das inúmeras possibilidades de interpretação de O Sincronicídio, o livro de Fabio Shiva vem a contribuir para chamar a atenção para a literatura nacional e a necessidade de valorizarmos mais os autores brasileiros, já que podemos encontrar obras de tanta qualidade literária quanto às de literatura internacional que ainda são vistas como prioridades tanto para as editoras quanto para as livrarias e muitos leitores. Tiro o meu chapéu para a Caligo Editora que decidiu apostar em O Sincronicídio para ser o seu primeiro romance publicado. Uma estreia maravilhosa! Também não posso deixar de agradecer a editora Bia Machado pela cortesia enviada de O Sincronicídio e pela oportunidade de parceria com o Blog do Ben Oliveira – lembrando que os blogs parceiros não são obrigados a resenhar de forma positiva os livros e este texto reflete a minha opinião.

É difícil falar sobre um livro que você gostou sem contar informações que podem estragar a surpresa do leitor. Sabe quando sabemos um segredo e estamos tão inebriados que precisamos compartilhar com alguém ou vamos explodir? Pois é, fiz o possível para não fazer nenhum spoiler nesta resenha. Ficção científica, fantasia, romance policial, suspense, erotismo, filosofia, I Ching, Xadrez, misticismo, religião, ideologia, luxúria, prazer, sexo, tudo isso e muito mais em O Sincronicídio. Espero que gostem!

Para quem já leu o livro e ficou com vontade de mais, Fabio Shiva avisa nos agradecimentos que O Sincronicídio foi concebido como o primeiro volume de uma trilogia e a segunda parte deve se chamar A Mais Tocada de Todos os Tempos. Mal posso esperar pelo segundo livro.

Sobre o autor – Fabio Shiva nasceu em Salvador, Bahia. Desde a adolescência entrou em contato com a escrita de contos e poemas. Já trabalhou como ghost-writer em livros de astrologia, revisor, além de ter exercido diversas profissões. É co-autor do livro de literatura / filosofia MANIFESTO – Mensageiros do Vento. Publicou o romance policial O Sincronicídio: Sexo, Morte e Revelações Transcendentais, em 2013, pela Caligo Editora.

Sobre a editora – A Caligo Editora foi criada em 2013, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Atualmente o catálogo da editora conta com o romance “O Sincronicídio” (Fabio Shiva) e a antologia de contos fantásticos “!” (Organizado por Rubem Cabral e participação de vários autores). Até Agosto de 2014 serão lançados o livro RedRum: Contos de Crime e Morte, A Forma da Sombra e uma obra da escritora Bia Machado.


site: http://www.benoliveira.com/2014/04/resenha-o-sincronicidio-fabio-shiva.html
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Challis 31/12/2014

Uma série de assassinatos brutais intriga a polícia de Rio Santo. E meio a muito suspense, sexo e misticismo, apenas um homem mostra-se capaz de identificar um ponto em comum entre tantos crimes e desvendar o mistério por trás de O Sincronicídio. E é por isso que Alberto Teixeira, inspetor da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.
Entre tantos e tantos livros de suspense policial já publicados, não imaginava que ainda iria me surpreender em relação a originalidade de alguma obra. Mas foi justamente o que aconteceu com O Sincronicídio, livro de estreia do autor brasileiro Fabio Shiva. Não é apenas por causa do enredo cheio de mistérios e tensões bem enlaçadas, mas também pela forma como tudo isso foi entregue ao leitor.
A organização e edição da obra é realmente bem peculiar. No decorrer dos 64 capítulos o leitor também vai se aventurar por um "Passeio do Cavalo" através dos hexagramas do Livro das Mutações - I Ching.
Além disso, a linguagem fluida e bem esculpida torna a leitura muito mais leve. Considerando que o livro tem mais de 500 páginas e sua história se desenrola em apenas um dia (como Ulisses e Mrs. Dalloway), é de se surpreender que em nenhum momento percebi algo cansativo na narrativa.
Isso porque a obra foi escrita bem ao estilo dos folhetins: ao fim de cada capítulo, um novo mistério.

"Hábitos podem ser perigosos. Podem tornar o comportamento de um homem previsível. E o que é possível prever é possível controlar." (pg 92)

Mas o que com certeza me chamou mais a atenção foi o apelo do autor para questões transcendentais, pois cada vez mais vemos escritores de suspenses abandonando características como essa e optanto por romances mais diretos e convencionais. Com isso, o livro ganhou ainda mais originalidade.

"A pior coisa a respeito do passado é que ele não muda. Às vezes, sequer fica mais distante. Talvez o homem pense tanto no que já aconteceu movido pela triste esperança de modificar o ontem. Mas querer mudar os fatos passados é tão inútil quanto tentar escapar deles. O passado é que nem uma sombra, quanto mais fugimos mais ele nos persegue." (pg 157)

Com seu primeiro livro publicado, Fabio Shiva já mostrou levar muito jeito para a literatura policial. Com um enredo bem estruturado e inusitado e uma linguagem sutil e convidativa, O Sincronicídio faz o leitor participar ativamente de cada novo mistério. Certamente esta foi uma das melhores leituras deste ano!

site: http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/10/resenha-o-sincronicidio-de-fabio-shiva.html
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Helder 02/06/2017

Queria muito ter gostado, mas não rolou.
Fiquei muito interessado quando descobri este livro aqui pelo skoob. Um romance de suspense nacional com começo, meio e fim. Escrito e editado quase de maneira independente. Merece respeito, portanto fiz questão de comprar o livro para ler.
O início é muito interessante. O autor consegue criar cenas e climas, e a maneira não linear de narrar o livro também aguça nossa curiosidade, cheio dos estereótipos de um livro policial. Este é o livro 1, digamos assim.
Alberto é o policial bonzão que é chamado para investigar um crime muito estranho onde um casal é encontrado morto em um motel numa banheira cheia de excrementos. Em paralelo a isso, num restaurante acontece uma chacina. A cena do crime traz uma lembrança de um crime antigo não resolvido por Alberto e de repente aparece uma mulher fatal que se diz apaixonada por ele e lhe mostra um livro, onde toda a sua vida está descrita, com detalhes que somente nós leitores e o próprio podiam conhecer e com o título Alberto vai morrer
Até aí estava tudo muito bom e interessante, e a estória fluía com o pé no chão.
Até que acontece um novo crime relacionado a uma pessoa próxima ao nosso detetive e ele descobre uma moeda. Começa então o que chamo de livro 2.
Neste momento passamos a ler um outro livro, que aparentemente parece interessante, mas que infelizmente não chega a lugar nenhum, chegando a ser pedante diversas vezes. Tem livros onde os autores conseguem incluir conhecimentos e estes se amarram a narrativa, e até nos fazem querer ir ao google para pesquisar o que ali existe de verdade. Aqui, para mim, isto não ocorreu. Parecia simplesmente que o autor queria me mostrar que era erudito, e só me dava vontade de pular páginas e chegar ao que interessava. E me desculpe o caro autor do livro, mas haja baboseiras. O que era para ser sexy e instigante, me deu tedio. O livro que era policial, passa por um romance histórico de formação quando conta a vida dos amigos estudantes de Rogerio e de repente vira um livro de ficção cientifica com uma estória muito estapafúrdia, e foi aí que me perdeu como leitor, pois não consegui comprar a estória daquelas moedas de jeito nenhum.
Foi difícil chegar no final e confesso que isso me entristeceu. Queria muito ter gostado do livro.
Sobre a narrativa relacionada ao I-Ching ou ao Xadrez, ou os capítulos com numeração diferentes, não me agregaram nada. De repente não tenho o nível intelectual necessário para entender alguma destas citações. De repente eram só firulas mesmo para tudo ficar com cara de mais inteligente. Não precisava de nada disso. A estória estava seguindo bem.
Infelizmente, para mim, não foi desta vez que encontrei um livro brasileiro que tenha mexido comigo. Uma pena.
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Paulo Sérgio 17/12/2015

O livro que mais me marcou este ano!
A história é, basicamente, sobre o último dia do inspetor Alberto Teixeira. O narrador, que o conhece como ninguém, conta os últimos passos do inspetor que tenta desvendar uma série de assassinatos. E, ao longo dos acontecimentos, o leitor vai sendo conduzido até se dar conta de que o que interessa mesmo é a história do próprio narrador.

Assim como no jogo do xadrez, o livro tem muitas peças e muitas possibilidades. Já nas primeiras páginas, eu tive uma leve preocupação de que eu fosse me atrapalhar com os muitos personagens e lembranças. Aos poucos, o autor foi ganhando a minha confiança, pois a cada fato novo ele provava que sabia para onde conduzir as ideias. O que mais me surpreendeu depois foi perceber que a história inteira estava bem clara e simples na minha cabeça. De alguma forma, tudo fazia muito sentido e eu consegui pensar em todos os fatos em ordem cronológica, já que no livro eles não acontecem assim.

O Sincronicídio surpreende nas motivações dos personagens e é a grande sacada. É muito interessante descobrir como aconteceu a relação entre o personagem Bodoni e o narrador e as consequências de seus atos ambiciosos. Surgem, então, os gêmeos Júlia e Kim com um plano sinistro que espalha dor, acarreta em mortes e tem o intuito maior de provocar o caos.

O livro aprofunda questões da existência do homem e a sua capacidade de se tornar um ser superior. É interessante ver como a evolução da mente pode ser o início do fim, já que o homem se torna escravo do poder e é capaz de tudo para consegui-lo. Bom, sem querer dar spoiler, posso só dizer que um trovão fará os personagens refletir sobre isso por muitos e muitos e muitos tempos e que nada, absolutamente nada, é apenas coincidência. 😉

Que experiência incrível. Fábio é um autor cativante e original. Sua narrativa é extremamente simples e ao mesmo tempo cheia de significado. De maneira muito talentosa, amarra muito bem toda a história de O Sincronicídio e acabei aprendendo muito com ele. Indico o livro para quem gosta de ser desafiado a sair da zona de conforto. Não é um livro com mais do mesmo. Ele é forte candidato para ser uma das suas melhores leituras assim como foi pra mim.

Quando o Fabio Shiva ler esta resenha, quero que saiba que é merecedor de muito sucesso. Imagino o quão trabalhoso foi escrever esse livro. Li uma entrevista dele no blog do meu amigo Ben onde comenta que levou cerca de 4 anos pra finalizar. Imagina se não ia fazer algo muito bom!

site: http://www.paulosergiomoraes.com.br/blog/
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