Marcia 25/01/2012
"O mundo é grande, mas a amizade é imensa"
Terminei o livro sem palavras suficientes para descrevê-lo. Me deixou de queixo caído literalmente, estava com saudades de um livro assim, que desperta um turbilhão de emoções em tão poucas páginas.
Foi o terceiro livro de Marc Levy que li e ele absolutamente deu show nesse livro. Nem em meus sonhos mais loucos iria descobrir o que havia dentro daquela caixa entregue na casa de Júlia um dia após a morte do pai, e por mais surreal que posso parecer a viagem do autor, foi fascinante!
No meio do reencontro entre um pai ausente e uma filha rebelde, acompanhamos uma relação conflituosa, cheia de culpas, palavras não ditas, e podemos viver um pouco do ponto de vista de ambos os lados.
Com humor, muito humor e lágrimas (sem melodrama), ora em Nova York, Montreal, Paris ou Berlim, acontecia uma aventura cheia de reviravoltas, de encontros e desencontros, falando de um amor do passado, de um tempo perdido e a necessidade de enxergar o valor que a vida tem.
O final deixou algumas dúvidas, algumas pontas soltas a critério da imaginação do leitor. Só queria que tivesse mais páginas, algum epílogo, senti falta de mais.
E o destaque para Stanley o melhor amigo (gay) super sincero, que toda mulher precisava ter!!
Terminei com vontade de ler de novo, não preciso dizer mais nada né? leitura obrigatória!
Alguns trechos que vale a pena registrar:
“A memória é uma artista estranha, refaz as cores da vida, apaga o medíocre, guarda só os traços bonitos, as linhas mais tocantes.”
“ A gente encontra um monte de bons motivos para não amar, medo de sofrer, de ser abandonado um dia. No entanto, amamos a vida, mesmo sabendo que ela vai nos deixar um dia.”
- “...dizem que o amor dura sete anos (...) Você seria capaz, por sete anos, de se oferecer a alguém sem reservas, sem se conter, sem apreensão nem dúvida, sabendo que essa pessoa que você ama mais do que qualquer outra coisa no mundo vai esquecer quase tudo do que vocês viveram juntos? (...) Mesmo sabendo que tudo isso é inevitável, teria ainda força para se levantar no meio da noite se a pessoa amada estivesse com sede ou simplesmente tivesse tido um pesadelo? Vai ter vontade de diariamente, pela manhã, preparar o café para essa pessoa, se esforçar para estar presente no dia dela, diverti-la, contar histórias se ela se entediar, cantar para ela, sair para que ela tome um pouco de ar, mesmo que lá fora faça um frio glacial, e depois, à noite, ignoraria o cansaço, viria à cama dela para sossegá-la falar de um futura que ela necessariamente vai viver longe de você? Se a resposta para cada uma dessas perguntas for afirmativa (...) você realmente sabe o que é amar.
- É da mamãe que você está falando?
- Não querida, é de você.