spoiler visualizarorionnoceu 10/05/2023
A escrita do autor é extremamente cativante, a forma que ele conta a história e te seduz através das narrativas é excepcional. O Kvothe é um dos poucos personagens masculinos que me conquistam dessa forma, a sua doçura, ternura, mais o contraste com seu fogo interior e sua força. Eu me identifico bastante com a Denna, sua inconstância, sagacidade e delicadeza também. É bonito ver como o amor dos dois é inocente e verdadeiro, eles se encontram, brigam, conversam, riem, passam por sufocos juntos. E tudo que não foi dito por palavras, foi descrito nas pequenas ações, os olhares, toques singelos, etc. Adoro os amigos que o Kvothe fez, o carinho que ele tem com a Auri, me lembra muito minha amizade com o Abrahão. Um carinho incondicional sem precisar ter conotação sexual. Outra coisa, no primeiro livro (O Nome do Vento) eu pontuei o aspecto da pobreza na hora de representar as mulheres, nesse segundo livro fui totalmente compensada com figuras feminina fortes, destemidas, donas de si e da sua sexualidade, líderes e extremamente sábias. Vê o Kvothe se curvar de certa forma a elas como uma forma de reverência foi emocionante. A minha nota foi de 6,5 do primeiro livro para 8,5 em grande parte por causa disso.
Enfim, o autor é tão sensível aos detalhes, por isso eu perdoo o tamanho do livro, pois ao todo a sua obra prima compensa.