John Constantine / Hellblazer: Origens, Vol. 1

John Constantine / Hellblazer: Origens, Vol. 1 Jamie Delano




Resenhas - John Constantine, Hellblazer - Origens, Volume 1


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Art 08/03/2024

O inferno de Constantine é a nossa própria realidade
Essa foi a primeira vez que tenho contato com o anti-herói Constantine nos quadrinhos. Há um tempo, tinha visto o filme e não curti tanto. Já na leitura...foi paixão a primeira vista. A edição traz 5 ou 6 histórias bem macabras e extremamente políticas. Desde um mercado de especulação de almas humanas que aqui se tornaram ações da bolsa de valores, onde os apostadores demoníacos apoiam a vitória do partido conservador nas eleições para que seus lucros aumentem (olha que curioso), até a satirização de grupos hooligans neonazistas: a obra é mais sobre a nossa sociedade do que sobre o inferno. Se for analisado, tudo aqui fala explicitamente sobre temas da realidade à época do Reino Unido, mas que infelizmente continuam como problemas atuais: o crescente neoliberalismo querendo vender sua alma, o fanatismo religioso cegando e incentivando ao ódio e a desumanização do outro em pró do imperialismo (na hq isso é representado por uma história sobre a guerra do Vietnã e agora, dentro inúmeros exemplos, pelo genocídio na Palestina). A obra toca diretamente em feridas abertas e cutucam justamente o que há de pior na escória humana. E é claro que o protagonista dessa realidade não tão alternativa assim não poderia ser outra pessoa senão um anti-herói como John Constantine.
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Ralle 27/02/2024

Membrana Mucosa
Hellblazer: Origens ? Pecado Original é o título do primeiro arco de histórias da série "Hellblazer", publicado pela DC Comics sob o selo Vertigo. Escrito por Jamie Delano e com arte de John Ridgway, este volume introduz o personagem John Constantine, um detetive ocultista cínico e carismático com uma profunda compreensão do sobrenatural.Nesta história, os leitores são apresentados a Constantine retornando a Londres após uma longa ausência, encontrando-se imediatamente envolvido em uma série de eventos sobrenaturais. Ele enfrenta demônios, fantasmas e outras entidades enquanto lida com temas de isolamento, culpa e redenção. O arco "Pecado Original" destaca a habilidade de Constantine em navegar pelo oculto, mas também explora suas falhas pessoais e os custos de suas escolhas.A narrativa mistura horror, magia e crítica social,estabelecendo o tom sombrio e complexo que caracterizaria toda a série "Hellblazer". John Constantine, com seu cinismo, moralidade ambígua e conhecimento oculto, rapidamente se tornou um dos personagens mais icônicos e duradouros da Vertigo, influenciando não apenas futuras histórias em quadrinhos, mas também adaptado para filmes, séries de televisão e animações.

Hellblazer: Origens ? Pecado Original faz uma crítica social incisiva através de sua narrativa, explorando temas como a marginalização, a corrupção, o impacto do neoliberalismo e as falhas dos sistemas políticos e sociais. Jamie Delano usa o personagem John Constantine e os enredos sobrenaturais como metáforas para abordar questões reais da sociedade contemporânea dos anos 80 e 90, período em que a obra foi publicada.A série não se esquiva de explorar as sombras da sociedade britânica, incluindo o desemprego, a crise habitacional, o aumento das desigualdades sociais e a erosão dos serviços públicos, refletindo o clima político e social sob o governo Thatcher no Reino Unido. Constantine, com sua origem de classe trabalhadora e sua atitude cínica, serve como um comentarista social, criticando frequentemente as injustiças e a hipocrisia das instituições de poder.Além disso, Hellblazer aborda questões de saúde mental, vício e a complexidade das relações humanas, oferecendo uma representação crua e muitas vezes perturbadora da realidade. A série também é pioneira em tratar abertamente de sexualidade, incluindo personagens LGBTQ+ em uma época em que isso era menos comum nas histórias em quadrinhos mainstream.Em suma, "Hellblazer: Origens ? Pecado Original" é uma obra que utiliza o gênero do horror e do fantástico para fazer uma crítica social aguda, explorando as profundezas da condição humana e os vícios da sociedade, tornando-se não apenas uma leitura envolvente, mas também um comentário relevante sobre os tempos em que foi criada.
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d4rk1night 07/10/2023

O maldito senhor de todas as malditas moscas
A leitura te deixa vidrado, te emociona, te faz rir, te abala e te recupera. Mas, acima de tudo, como uma boa história de John Constantine, te faz te fé e empatia no mago mais safado da vertigo (algo que, você não deveria fazer). As paranóias do mago que ri te fazem entende-lo, tão humano que faz até mesmo entidades agirem como tal, falho e inconsequente, outrora preocupado e melancólico, mas sempre sendo um personagem f?da pra cacete!
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Lucas1894 07/03/2023

Excelente início do personagem
Histórias com o contexto politico-social da época com demônios e viciados em drogas.
Jamie Delano mostra que é um bom roteirista, diferente do desenhista que eu achei muitas vezes irregular..
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Matheus.Soares 28/01/2023

Hellblazer na veia
Estou fazendo a releitura e tinha me esquecido como são boas as histórias do Constantine. Ótimo início de fase do Jamie Delano, apresentando conceitos que definiriam o personagem para sempre.
Ótima abordagem também de temas sociais e políticos, e é incrível perceber que tais temas, abordados em 1988, são atuais até os dias de hoje.
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Caroline 17/01/2023

Conhecendo Constantine
Quadrinho genial! Não gosto muito de Constantine, mas ele é muito ?real?. Um retrato interessante dos anos 80, com uma forte crítica político-social, muito bem desenvolvida através da história!
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Izanio Martins 12/09/2021

JOHN CONSTANTINE I HELLBLAZER I ORIGENS VOL 1 I PECADOS ORIGINAIS I #2011 I Resenha + Opinião.
JOHN CONSTANTINE I HELLBLAZER I ORIGENS VOL 1 I PECADOS ORIGINAIS I #fantasia I #sobrenatural I #ficção I 176 páginas I #2011 I Skoob 4,4 I Resenha + Opinião.

JOHN CONSTANTINE I HELLBLAZER I ORIGENS VOL 1, lançado neste formato no mercado nacional em 2011, contém as publicações referentes aos seis primeiros volumes de histórias solo deste personagem. Personagem que originalmente apareceu como coadjuvante nas histórias do Monstro do pântano escritas por Alan Moore nos anos 80. E não que eu seja um grande conhecedor dos quadrinhos, mas estas são informações que podem ser encontradas logo que você abre a revista, antes de você mergulhar em suas 176 páginas.

Esta série de encadernações com o subtítulo Origens pelo selo da panini no Brasil tem por objetivo resgatar e trazer ao mercado nacional, as origens do mago inglês reunindo toda a fase de histórias do roteirista Jamie Delano com algumas das histórias mais marcantes deste anti-herói.

Nestas suas primeiras histórias solo, eventos fortes e marcantes, John Constantine salva Nova York de uma possessão demoníaca aterradora, enfrenta demônios yuppies, resgata sua sobrinha das mãos de um sombrio assassino, testemunha o massacre de uma cidade nas mãos de soldados fantasmas e confronta um hooligan de quatro cabeças.

E não se deixe enganar pela primeira impressão em relação aos temas das histórias, pois tais elementos fantásticos, sobrenaturais, são costurados com muitos pontos de vista políticos e comentários sociais em seu texto, elementos que contextualização as histórias ao momento histórico do mundo real, em especial, ao seu tempo de lançamento lá nos anos 80.

Nessas primeiras histórias solo de Constantine, Delano vai além das referências político-sociais e constrói boas situações de terror e suspense, num ritmo veloz de acontecimentos. Aqui são apresentadas as linhas gerais do estilo do protagonista: o humor ácido, o cinismo e a total ausência de escrúpulos, entremeado com uma culpa pesadíssima, cujos elementos definidores são revelados aos poucos ao longo das tramas.

Na leitura dos quadrinhos, a soma dos elementos do texto com a elaboração das imagens constitui uma fórmula interessante e imersiva. É necessário que exista uma sintonia fina entre quem escreve e quem desenha para que a história seja bem contada. Aqui, o texto do Jamie Delano ajuda a construir toda uma atmosfera pesada, sufocante e veloz que se conecta de forma fantástica a arte de traços sujos, poluída e sombria de John Ridway, como a arte perfeita para dar forma às histórias.

As histórias neste primeiro volume são em grande parte, marcantes, talvez apenas uma não seja assim tão boa, no caso, a chamada “Correndo atrás” que tem um roteiro mais lento e menos interessante, porém, preciso destacar a história “A espera do homem”. Esta é a história em que Constantine resgata sua sobrinha das mãos de um sombrio assassino. E que roteiro fantástico! Exploração de vínculos familiares, elementos sombrios e verossímeis, dentro deste universo, claro, com um ritmo resfolegante. O tipo de história que ajuda a definir bem a personalidade de anti-herói do Constantine.

Anos depois de ter lido esta história, lembro-me de ter assistido a um episódio do seriado da NBC lá de 2014 que representava justamente estes mesmos eventos. Tudo muito bom! Infelizmente, o seriado não teve a audiência esperada e acabou sendo cancelado. Aquele era um excelente John Constantine. E não que eu não goste do filme de 2005 com o Keanu Reeves, gosto muito inclusive, mas este só não me parecia o velho Constantine dos quadrinhos ao qual eu estava acostumado.

Voltando para a conclusão desta edição da revista, ao final, temos uma galeria com as capas originais dos respectivos seis volumes encontrados aqui e algumas páginas com textos imersivos que expandem o universo do personagem e nos ajudam a mergulhar mais profundo em sua personalidade e história.

site: https://youtu.be/pXKKz9zO6mE
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Greyheart 21/04/2021

Síntese
O poder de síntese do roteiro - partindo até da escolha das palavras - me deixa até envergonhada. Já sabia que eu era prolixa mas agora me percebo em proporções assombrosas.
Caio 08/07/2022minha estante
nossa o jamie delano realmente virou um mago das palavras aqui. Até mesmo no humor:

"Eu penso nos últimos dias de Roma. Sou a favor da decadência... Mas isso aqui não é saudável."




Milena300 20/04/2021

procurei a HQ por curiosidade, pois amo o filme demais. Mas achei totalmente diferente kkk e prefiro a adaptação.
mesmo assim eu gostei, Constantine é MUITO sarcástico e e engraçado e eu gosto demais nele isso. só que não tive mta inclinação pra ir pro segundo, não sei.. quem sabe bem mais pra frente
Davi.Felipe 08/05/2021minha estante
O filme foi uma adaptação leve de Hábitos Perigosos, visto em Hellblazer Infernal Volume 1. Recomendo a leitura!


Milena300 08/05/2021minha estante
vou dar uma olhada




Tizzo 08/11/2020

Cigarros e Terra Molhada
A história já começa mostrando o quanto o protagonista gosta de reclamar, mas logo você entende que é mais um mecanismo de defesa para se contrapor a esse mundo frio, úmido e obscuro em que ele vive, apesar de demonstrar desinteresse ele tentar ajudar seus amigos, mesmo que as vezes não dê certo. O protagonista está sempre fumando, para mim uma tentativa de manter pelo menos um coisa sob o controle dele dentro dessa vida caótica. O clima da história é sempre sombria e frígida, mesmo quando ele está no meio do Sudão. O vilão dessa edição não é apenas um demônio, é uma crítica social explícita que não pode ser ignorada. Enfim, para mim esse quadrinho tem cheiro de cigarros e terra molhada.
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Marcos.Santos 06/06/2020

Uma hq recheada de mistério, magia e muita crítica social. Um ótimo quadrinho, sem dúvidas.
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Rudolf 25/05/2020

O Início
Excelente trabalho da Panini, organizando com carinho todo o início da saga de John Constantine. Este primeiro encadernado compreende as 5 primeiras publicações, onde podemos perceber principalmente como é o caráter do mago inglês, por vezes deixando o leitor o amaldiçoando, mas também entendendo o porquê de suas atitudes, por mais revoltantes que possam ser.
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Priscila 19/05/2020

Origens é uma introdução a John Constantine como personagem ao mundo - reais, imaginados e pessoais - que ele deve enfrentar.A jornada de John Constantine neste volume foi cheia de angústia e culpa mental.
Sendo, sincera já li outros materiais de Hellblazer, e Origens já é minha terceira releitura, mas não consigo me envolver na história, não flui é uma leitura que me cansa. E nunca passo dos primeiros volumes :(
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