O Coletor de Almas

O Coletor de Almas Douglas MCT




Resenhas - O Coletor de Almas


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Acad. Literária 29/10/2013

Resenha - O coletor de almas

Larval, o Coletor de Almas, desempenha o importante papel de recolher as almas dos mortos e devolve-las ao seio de Yggdrasil, a Árvore-Mãe que sustenta a vida e a realidade da Terra Oca. Ceifador é um assassino que obstinadamente percorre todos os reinos matando reis e decepando suas cabeças, colecionando-as como troféus para um propósito sombrio. Vasilisa Prekrasnaya, ou apena Lisa, é uma jovem bruxa recém-saída de seu treinamento, portadora da Lanterna das Bruxas e conhecedora de um poema sobre o fim do mundo – o Ragnarok – que profetiza que ela terá a decisão sobre o destino de tudo e de todos. Quando as almas dos mortos e mesmo os antigos fantasmas começam a desaparecer sem explicação, Larval e seu ajudante Bog (um fantasma) partirão em busca de respostas. Lisa, perseguida por praticar bruxaria, também partirá. E o Ceifador continuará sua jornada de reino em reino em busca das cabeças coroadas. Os três, mesmo sem se conhecerem, terão seus destinos entrelaçados e terão papeis fundamentais nos eventos que levarão ao fim inevitável (ou não?) e, numa jornada rumo ao fim de tudo, descobrirão muito de si mesmos.
“O Coletor de Almas” é o primeiro livro da hexalogia intitulada As viagens da peregrina do tempo e da terra, uma série que explora o gênero Dark Fantasy. Neste primeiro volume, a trama aborda os eventos que levarão ao fim da Terra Oca, um mundo habitado por humanos, vampiros, fantasmas e deuses; um mundo sustentado pela Árvore-Mãe Yggdrasil; um mundo onde magia e ciência coexistem e se aliam. Diferentemente das histórias apocalípticas habituais, aqui o Ragnarok – a versão do Apocalipse segundo a mitologia nórdica – não poderá ser evitado. A finitude é certa e irreversível e as muitas personagens da trama a conhecem e se preparam para ela. Saindo do lugar comum, está história não propõe uma tentativa de salvação. Ela propõe uma busca por explicação, por entendimento. Os três protagonistas – Larval, Ceifador e Lisa –, cada um a seu modo, estão em busca de respostas. O trio tem papel fundamental nos eventos que se desenrolam e nos razões pelas quais tudo acontece, embora somente Lisa, uma adolescente recém-saída da infância, tenha plena (ou quase plena) consciência de sua função. E embora o desfecho culmine no já esperado e anunciado fim da Terra Oca, o desenrolar dos acontecimentos, as voltas e reviravoltas da trama até o desfecho são surpreendentes. E o ápice narrativo desponta um pouco antes do fim, quando tudo é explicado e quando as peças do enorme quebra-cabeça se encaixam.
O modo como a trama é construída; o modo como os fragmentos se entrelaçam e se repelem tecendo a história fazem da alegoria do quebra-cabeça uma imagem mais que perfeita para ilustrar a complexidade desta obra. Apesar de utilizar capítulos curtos com linguagem simples, beirando o coloquial, a narrativa é intrincada e densa. O enredo é denso. A essência da história é densa. E, portanto, é um livro que, apesar de curto (143 páginas) e dinâmico, requer mais de uma leitura para ser compreendido em sua plenitude. Há ainda uma peculiaridade que contribui com essa característica: o autor abdica propositalmente de descrições e explicações mais detalhadas, delineado a narrativa em terceira pessoa com foco nas ações dos personagens. Há ainda que se ressaltar a atmosfera sombria e a relação das personagens e do autor com a morte. Essa miscelânea de características evidencia que o autor foi beber na fonte dos quadrinhos adultos para criar o seu “O Coletor de Almas”. A maior e autodeclarada inspiração é o sombrio “Hellboy”, de Mike Mignola. Mas muito se vê de outros representantes do gênero, como os famosos “Sandman” (Neil Gaiman) e “Watchmen” (Alan Moore).
“O Coletor de Almas” é o segundo romance de Douglas MCT, paulista da cidade de Socorro, atualmente residente na capital do estado. Formado em Criação e Produção Audiovisual, trabalhou por uma década como designer gráfico. Redator e roteirista de games, quadrinhos, animações, filmes e seriados, tem em seu currículo as HQs da Turma da Mônica e as animações da Galera Animal. Como escritor, já publicou contos em várias coletâneas e lançou três livros. Suas histórias tem uma pegada mais sombria, investindo no gênero Dark Fantasy. “O Coletor de Almas” – e as demais obras de Douglas – é um prato cheio para quem gosta de narrativas mais densas com tramas que escapam ao óbvio.

site: http://academialiterariadf.blogspot.com.br/2013/10/resenha-o-coletor-de-almas-douglas-mct.html
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Cristiano Rosa 13/07/2012

Diário CT: O Coletor de Almas
Fisicamente, O Coletor de Almas é um livro leve, macio e com uma capa muito bonita. Internamente, com sua diagramação simples, as 144 páginas dão espaço aos 30 capítulos, entre um prólogo e um epílogo, com 2 interlúdios. Ah, e um glossário – e eu sempre achei livro com glossário chato, porque pressuponho que a história não fala por si só. Bom, essas foram as primeiras impressões da última obra publicada de Douglas MCT, pela Editora Gutenberg.

A obra foi escrita em capítulos curtos, com uma linguagem simples, porém com uso demasiado de nomes e palavras estranhas aos leitor. Aí vem a justificativa do glossário, claro! Como disse, isso me incomoda, mas me propus a acostumar com o vocabulário e fazer algumas anotações para o bom entendimento da trama.

A narrativa ao longo dos capítulos se alterna, separando-se com foco em três personagens centrais: a Lisa, o Larval e o Ceifeiro. A história de cada um é contada e muitos acontecimentos que vivem, até o momento do encontro deles. Estão à beira do fim do mundo e juntos descobrem como pará-lo; mas nem todos querem isso.

Apesar de ser uma obra curta e de rápida leitura, não se apresenta simples. A complexidade da trama encanta, as relações do que ocorre, lendas, flashbacks e outros recursos que o autor utiliza para compor a obra envolvem o leitor, que fica mais atento ainda para não perder os detalhes, já que são muitos, e no decorrer da história não se sabe quais serão fundamentais para a compreensão final ou não.

As descrições são na medida certa, imagens aparecem em nossa mente ao ler sobre as criaturas e lugares. Valores são resgatados e críticas são realizadas, sobre o mundo, as pessoas e suas atitudes. A história faz referências à mitologia e à história da humanidade, e mesmo com a presença de animais comuns que falam e interagem com os personagens, isso não torna a obra menos interessante. A aventura, o drama, o suspense e até mesmo o humor foram bem mesclados.

Sobre os nomes estranhos de personagens e lugares, afirmo que não atrapalharam nem um pouco a leitura, e foi até engraçado de constatar como memorizamos rápido o vocabulário do livro. Douglas criou um universo – o da Terra Oca – com criaturas, objetos, seres e lugares, todos com suas definições e justificativas. Percebe-se a importância de se contextualizar para oferecer algo de qualidade.

A trama paralelamente contada entre um e outro capítulo dá uma sensação de curiosidade para saber onde tudo aquilo vai se unir e qual será a razão e resultado da fusão de personagens e acontecimentos. Quando isso ocorre, mais explicações surgem e o ritmo na narrativa se intensifica, até o desfecho da obra. Brigas, lutas, mortes e muito sangue é derramado. E no final, nem tão feliz para todos, tem poucos sobreviventes.

Ainda sobre o término do livro, normalmente em obras fantásticas há uma missão ao personagem, e esta deve ser realizada para que ele retorne ao seu mundo com mais sabedoria – a chamada Jornada do Herói. Porém em O Coletor de Almas, depois de muitas descobertas e revelações, o sobrevivente principal ganha uma missão ao final de tudo, o que surpreende e faz sentido a quem lê.

O autor afirma que a narrativa seguiu mais uma linguagem dos quadrinhos, por isso a rapidez e o pouco aprofundamento, mas isso não me incomodou. Como primeiro volume da série As Viagens da Peregrina do Tempo e da Terra, é preciso conhecer a continuação para uma avaliação completa. Por fim, não é somente um livro sobre a morte. Pode servir de entretenimento ou reflexão, depende muito do leitor e suas expectativas sobre a obra.

Fonte: http://www.blogcriandotestralios.com/?p=17268
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Mari 20/03/2012

''O Coletor de Almas'', conta a história de três personagens distintos, no mundo fantástico de Terra Oca, com elementos da mitologia nórdica e etrusca.

Larval é um Coletor de Almas, encarregado de sustentar a árvore-mãe, Yggdrasil, que é o sustento de seu mundo; Lisa é uma menina bruxa que, após presenciar algo que não devia, passa a ser perseguida por um enorme exército. O Ceifador é uma figura que decepa cabeças de reis para seus objetivos obscuros.

A história é contada sob vários pontos de vista, e em alguns capítulos, temos apenas a visão de um dos personagens, o que me deixou morrendo de vontade de saber o que aconteceu com o outro personagem do fim do capítulo anterior! É um romance instigante, que sempre deixa uma certa ansiedade no leitor.

Há toda sorte de criaturas sobrenaturais em Terra Oca, o que me deixou satisfeita, pois é difícil ler uma história na qual haja tantas criaturas, que tenham um papel importante na trama.

A única coisa que não gostei foi o tamanho do livro, é pequeno, mas por isso mesmo permite uma leitura rápida e fluida; eu não conseguia parar de ler por um minuto e quando acabei, fiquei ansiando por mais.

O final é muito bem construído, dá margem a discussões e me deixou ansiosa para o próximo volume! Se você gosta de mitologia e Dark Fantasy, recomendo a leitura.
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Erica 05/04/2012

Terra oca repleta de almas
A novela O Coletor de Almas é uma dark fantasy ambientada em um mundo denominado Terra Oca. A aventura parte do pressuposto de que o mundo irá acabar. A bruxa Lisa pode evitar o fim de tudo. Larval, o coletor de almas, e o ceifador cruzam seus caminhos com a bruxa, mas eles têm uma história diferente. Mais personagens aparecem, um vampiro que quer recolonizar a terra oca, reis e rainhas, rainha do submundo,um lobo, seres mortais e imortais.

Para construir esse universo, o escritor se baseia na mitologia nórdica, mas ele cria sua história segundo sua própria intuição, dando origem a um cenário diferente.

Eu gostei bastante da história. A linguagem é ágil e muito visual, parecendo com a dos quadrinhos. É criativa, cheia de ação, aventura e uma pincelada de envolvimento amoroso.

Senti falta, porém, de um aprofundamento maior nas personagens. Elas são caracterizadas muito rapidamente, e seguem a trama cheia de ação quase sem questionamentos. Sei que em uma narrativa épica, como essa, é muito difícil não criar várias personagens (essa também é a crítica que eu recebi em minha obra), mas há de se ter mais envolvimento com elas. POr exemplo, eu, particularmente, adoro bruxas. Gostaria, por exemplo, de sentir mais a bruxa Lisa. Vê-la se desenvolvendo. Ah, e também acho que há desmaios demais. Sabe, mulheres não desmaiam tanto assim. Eu sei, já tentei, sem sucesso.

O Coletor de Almas é uma leitura que indico.
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Yorsh 24/06/2012

O início de uma série sombria. Espero que os volumes seguintes sejam melhores...
O coletor de Almas conta a história de três protagonistas (ilustrados na capa): A bruxa, O Coletor de Almas e O Ceifador.

Misturando Elementos da mitologia nórdica com outros próprios do autor, Douglas nos apresenta o começo de uma série que, ao meu ver, será bem interessante.

Apesar dos três personagens serem os "protagonistas" a bruxa Lisa. Se destaca mais, pessoalmente a achei a mais carismática. Larval, o coletor de almas, aparece tanto quanto ela, no entanto não foi um personagem que me cativou tanto quanto a garota. Ele se torna mais interessante perto do fim do livro.
O Ceifador, ao qual só descobrimos o nome no fim do livro, é um assassino frio, mas que possue um objetivo muito interessante. É o que menos aparece.

Apesar da história possuir um conflito incrível e personagens que te levam do ódio (uma certa vampira, chamada Miliz) ao riso (a general Freya é muito... Bem, Foda). Considerei apenas três estrelas porque a história pareceu se seguir às pressas certos momentos. Já que os elementos nórdicos foram misturados a ideias próprias, senti falta de uma explicação mais calma. Alguns termos que não constam no glossário, podem confundir os mais leigos no assunto. As cenas de luta levavam cerca de um parágrafo mais ou menos. Ficava, de certa forma, difícil visualizar a cena na mente.

No entanto, considero sim um livro bom. Já que se trata de uma introdução à série: "As viagens da Peregrina do tempo e da Terra". Acredito que os volumes seguintes serão ainda melhores. Só espero que o decorrer da história dure mais. Assim poderemos aproveitar com mais calma a jornada do sobrevivente desse primeiro livro.
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beatriz 11/10/2022

dando 0.5 estrelas mas esse livro é 0
do início ao fim eu me perdia com tantos personagens sendo jogados e cada capítulo era um lugar diferente, não deu pra me habituar com o mundo e o plot dos personagens. sério, do início ao fim eu lia e ficava /???/. mas caramba uma das piores coisas aqui é o fato de todas as personagens femininas ser hipersexualizadas e até mesmo a protagonista de 13 anos, o autor fez ela ter um romance com um cara mais velho!! esse livro é péssimo em tudo
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Encanto Literários 24/02/2019

Resenha - O Coletor de Almas
|| RESENHA || - Resenhado por - Ingrid Sousa - [Título: O Coletor de Almas] - [Autor: Douglas MCT] - [Editora: Editora Gutenberg] - [Número de páginas: 140
- Números de capítulos: 30]
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|| Sinopse || - Lisa é uma aprendiz de bruxa que tem como missão enfrentar os problemas numa terra onde existe seres mágicos. O Coletor de Almas, é um imortal que tem como função para o equilíbrio do planeta e da Árvore-Mãe coletar as almas dos mortos e levar para a Árvore. O Ceifador também imortal, está caçando e decepando a cabeça dos Reis deste mundo para ter a sua alma mortal, liberta dessa maldição. A jornada de cada um deles parece distintas, mas no final todas se ligam e tem deveras importância para a estabilidade do planeta e seus habitantes.
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|| Impressões ||

* Eu me apaixonei pela personalidade “bruta” e ao mesmo tempo sensível do Coletor. Ele luta pelo que acredita, pelos seus ideais e por sua missão nessa terra.
* O Ceifador, confesso que me deu um pouco de raiva, principalmente, quando ele tentou matar o Rei Balor, ao qual me apeguei. No entanto ele é focado no seu objetivo e não se deixa abalar ante as dificuldades.
* O autor tem um jogada no final que fiquei boquiaberta. (Vocês tem que ler).
* A princípio tenho que confessar, não estava entendo nada. O motivo é que, como o livro tem uma ambientação diferente e por ter inspiração na mitologia Nórdica e Etrusca, os nomes não são normais e nem fáceis de se entender e pronunciar. O que dificultou um pouco ligar nomes a personagens. Mas o autor trabalha tão bem a ligação de cada personagem que é impossível não amar esse mundo e querer um livro dois.
* A estória e maravilhosa. O mundo e muito legal, incrível. Cada ação mesmo dos personagens secundários tem um propósito no final. Os personagens e suas personalidades fazem todo sentido para o livro. Adorei!

site: https://www.instagram.com/encanto_literarios/
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Kamila 05/03/2014

Uma leitura que vale a pena.
Livro com uma leitura muito dinâmica e legal de acompanhar, sem informações demais que muitas vezes acabam atrapalhando. Simples e direto o que me agradou muito. Apaixonei-me por alguns personagens, principalmente pelos ajudantes da pequena Lisa, poderiam ter aparecido mais, pois foram personagens lindos no livro. Grande livro com direito a Plot Twist e tudo! O sentimento de imersão é alto, no qual me peguei balbuciando na voz de Hella enquanto lia. Foram variadas emoções ao passar as páginas e acompanhar tudo. Mas acho que poderia ser maior, uma leitura tão boa, porém tão curta que me deixou com um “quero mais” quando terminei de ler a última página. É uma boa leitura que recomendarei com certeza. Pretendo ler mais obras do autor.
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aquamarinamelo 17/07/2012

Surpreendente
Já era leitora antiga de Douglas MCT, quando soube da publicação d'O Coletor de Almas. Não tinha ideia do que esperar deste livro, porém; apenas que seria uma dark fantasy e que alguém devia morrer. Pelo menos até ler a sinopse e ver a frase "a graça está justamente em adivinhar quem sobrevive no final". Opa.

Depois de desfiar cada página e cada acontecimento de Necrópolis, primeira saga de Douglas, me senti confortável demais ao começar a ler esta nova saga. Não estava preparada para as novidades. O cenário da Terra Oca, as criaturas, os personagens, todos bastante explorados, todos muito peculiares. Uma história aparentemente simples (prematuramente julgada), que termina se mostrando grandiosa.

O Coletor de Almas se mostrou, para mim, como uma escrita mais realista, mais densa, mais crua que o primeiro volume de Necrópolis, a cujo estilo havia me habituado. Talvez tenha essa impressão devido a um ponto de vista totalmente meu. O Coletor tem um tom mais sombrio, melancólico, de aceitação do destino, a desesperança. Então, a reviravolta. Só achei as explicações finais um tanto corridas.

Foi uma experiência inusitada ler mais esta bela obra de Douglas MCT e recomendo a todos aqueles que apreciem o estilo.
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Assis 07/07/2012

Ragnarok
O coletor de Almas é um livro bacana, com uma história bem contada, personagens bem aproveitados e um desfecho interessante. Deixo aqui, meus parabéns ao Douglas MCT, pelo seu trabalho.

"O Coletor de Almas. Um livro sobre o fim do mundo, que realmente fala do fim do mundo!"
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Deb 28/04/2012

Nesse livro conta a história de três personagens, no mundo fantástico de Terra Oca, com elementos da mitologia nórdica e etrusca.
Larval é um Coletor de Almas, encarregado de sustentar a árvore-mãe, Yggdrasil, que é o sustento de seu mundo; Lisa é uma menina bruxa que, após presenciar algo que não devia, passa a ser perseguida por um enorme exército. O Ceifador é uma figura que decepa cabeças de reis para seus objetivos obscuros.
Adorei o livro, mas acho que poderia ter se aprofundado mais nas historias dos personagens, pois conta muito pouco deles.
A historia do livro ja começa com o fim do mundo proximo, e acaba muito rapido.

Gostei e recomendo...
Alan Roza 03/05/2012minha estante
Concordo contigo em quase tudo.
Quanto a questão de se aprofundar na história dos personagens. Acredito que a proposta do Douglas tenha sido exatamente essa, de não ter "enrolação" com partes irrelevantes das histórias dos personagens... basicamente a ideia de HQs mesmo. Quando você tem personagens previamente prontos, tendo que deduzir alguma coisa sobre eles a partir dos seus atos atuais.
Eu gostei bastante das surpresas que aparecem com o decorrer do livro. Principalmente com os personagens.
Um livro relativamente rápido de ler, que cabe muita estória encima da ideia e que desperta muita curiosidade com o que vêm a seguir. Gostei muito também.




Fabio Brust 07/05/2012

"O Coletor de Almas", de Douglas MCT
Douglas MCT é um velho conhecido meu. Nunca nos falamos muito, mas eu sempre fui um admirador quase anônimo de sua obra, tendo conhecimento dela há pelo menos seis anos - talvez sete, já que não sou muito bom com números -, através de uma comunidade no já quase extinto orkut. "O Escritor e Sua Sinopse" era o nome da comunidade, e ele era um dos participantes. Lá, o tópico sobre seu livro "Necrópolis" era bastante comentado, e eu me interessava muito. Ainda me interesso.

Recentemente, finalmente conheci o Douglas na I Odisseia da Literatura Fantástica, em Porto Alegre, e acabei comprando um de seus livros, o novo "O Coletor de Almas", lançado há pouco tempo pela Editora Gutenberg. Achei a capa bastante atraente, principalmente por seu aspecto de HQ, e a sinopse me interessou. Nunca tinha lido uma história de temática nórdica ou de dark-fantasy, então decidi experimentar.

No final das contas, a experiência foi boa. Douglas tem um dom de escrever de uma maneira ao mesmo tempo descontraída e pesada, usando palavras curiosas como, por exemplo, "cachola" (em alguma parte do livro, não me recordo qual), enquanto fala o tempo inteiro de morte e sangue e retaliação. É uma maneira diferente do usual de se contar uma história, mas que agrada.

É principalmente o estilo do autor que faz com que "O Coletor de Almas" seja uma leitura interessante. A tal dark-fantasy funciona muito bem. O clima que todo o livro traz é sombrio e pessimista, dando o tom que se pretende. A ideia em si também é bastante funcional e interessante: o Ragnarok está prestes a acontecer e três personagens, separados fisicamente, mas não em suas missões, tentam sobreviver a ele e, de alguma forma, compreendê-lo. São eles o Coletor de Almas, Larval, o Ceifador, que vem colecionando cabeças de reis por um motivo misterioso, e Lisa, uma bruxa.

O grande problema é que não há como saber quem são eles, que não apenas isso. A falta de aprofundamento perpassa o livro inteiro, e é quase impossível identificar-se com qualquer personagem que seja. Sua criação é rasa e a que é melhor explorada é Lisa; mesmo assim, ela é superficial. Não se sabe de onde eles surgiram, como surgiram e por quê são da forma como são. Também não se sabe como foram parar onde estão e nem ao mesmo quem são eles.

A ação começa sem que haja qualquer tipo de introdução à história, ao mundo ou aos personagens. Você é apresentado, rapidamente, no primeiro capítulo, ao antigo coletor de almas, Faon (o que eu descobri só pela página 100), o novo, Larval, um fantasma, Bog (que consegue interagir com o mundo físico e não há explicação alguma sobre o porquê disso) e a mulher de Faon. O Ceifador é ainda mais misterioso, além dos reis que ele decapita. Há breves introduções aos reinos de onde vêm esses reis, mas é tudo muito rápido. Talvez se tenha prezado mais pela velocidade do livro do que pelas descrições, mas, em um mundo que o leitor não conhece, tratando-se de uma fantasia, seria interessante especificar um pouco mais.

O leitor é simplesmente lançado dentro da história, como se ele soubesse tudo a respeito de todos e dos acontecimentos. O quê é Yggdrasil? Como funciona aquele mundo? Ele tem três níveis, mas como isso funciona? Cada um tem um Sol? O glossário existente no final do livro não é o bastante. Quem são as nornas? O quê elas são, o quê elas significam e por que existe um interlúdio dedicado a elas?

Infelizmente os acontecimentos também não são muito aprofundados. Muitas das coisas simplesmente acontecem. Como é que o Ceifador estava com duas espadas nas mãos, tornando-as uma espécie de tesoura, prendendo-as para decapitar o rei, e errou? Como foi que ele errou o pescoço do rei e decapitou o conselheiro dele? E outra, como é que ocorre o romance de Lisa? Tudo bem que eles estão vivenciando o fim do mundo, mas isso não significa que um amor tão poderoso e profundo vá acontecer em poucos dias ou mesmo horas. Não há explicação para ela considerar ele "seu amado" tendo apenas vivido algumas poucas horas com o maldito.

Os personagens simplesmente vêm e vão, desaparecendo em um passe de mágica. E então, mais adiante, talvez reapareçam para tentar fazer um link com a primeira vez em que aparecem. Eles estão mortos no Ragnarok, o fim do mundo. É para ser algo dramático, mas como eu posso sentir pena ou tristeza pela morte de personagens que eu nem conhecia? Os nomes são tão complicados que eu não sabia mais quem era quem. Sim, o livro se baseava na mitologia nórdica, mas poderia haver mais explicações.

De fato, é isso que incomoda no livro. Um aprofundamento maior em praticamente tudo viria a calhar, mesmo que o tema, a história em si e o clima que ela passa para o leitor sejam bastante interessantes e condizentes com a proposta original. Talvez, se eu soubesse melhor quem são essas pessoas e o quê está acontecendo, as coisas fossem menos confusas.
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RoFolDo 21/08/2012

Uma jovem bruxa, um ceifador e um coletor de almas. O que eles têm em comum?
Encontre a resenha no blog Elhanor:
http://elhanor.blogspot.com.br/2012/08/resenha-o-coletor-de-almas.html
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AIL 24/08/2012

#resenha "O Coletor de Almas" agora no AIL
http://www.apenasimpressoesliterarias.com.br/2012/08/resenha-o-coletor-de-almas-de-douglas.html
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