Camis 13/02/2013Chris, Alê e Isa são melhores amigas inseparáveis, daquele tipo que protegem umas as outras em qualquer situação, mesmo tendo personalidades tão diferentes. E elas precisam mesmo se protegerem, uma vez que Bu Campelo, com a ajuda de seu grupinho de seguidores, está preparada para fazer da vida dessas garotas um inferno.
Na bela cidade do Rio de Janeiro, as garotas que fazem parte da elite acabaram de retornar às aulas e já encontraram problemas típicos da adolescência: o aluno novo que chama a atenção de uma delas, mas que é tímido demais pra tomar uma atitude; um namoro problemático que está desmoronando enquanto que o ex se torna um perseguidor de primeira categoria; e sem falar na piranha-popular do colégio que tem prazer em fazer as garotas passarem por situações embaraçosas e humilhantes.
Mas Alê, Isa e Chris estão cansadas de ficarem caladas, dessa vez elas querem contra-atacar, e vão precisar de um plano bastante elaborado pra fazer Bu Campelo, a queridinha de todos, pagar pelo que fez e finalmente deixar sua máscara cair. Claro, vão fazem isso vestindo belas roupas e sapatos caros.
Pra começar, as personagens foram muito bem caracterizadas: Isa é a garota tímida e insegura, com alguns problemas relacionados a garotos, enquanto que Alê tem um relacionamento apelidado de “namoro sanfona”: vai e volta, vai e volta, vai e... Já Chris, que na minha opinião é a mais centrada da turma, apresentasse como uma líder pouco destacada que surge com os planos de ataque e contra-ataque.
O livro lembra bastante a série Gossip Girl, se você for analisar a quantidade de fofoca e drama adolescente que As Bem Resolvidas abrange, mas em versão abrasileirada. Mas, diferente de GG, o livro não apresenta amigas que traem amigas e seus namorados, mas sim jovens garotas unidas como irmãs que estão dispostas a tudo umas pelas outras.
O interessante do enredo foi a forma como o autor soube apresentar a elite do Rio de Janeiro não somente como um grupo poderoso e de bem com a vida, mas também os problemas de ser rico e filho de pais importantes, como a superproteção, o problema em namorar alguém em uma classe social inferior, ou ainda a ignorância de um pai perante os problemas da filha.
Em certos momentos do livro achei que o autor pudesse ter desenvolvido mais o tema, deixado uma situação mais enriquecida de mistério, mas no geral eu gostei da leitura e da forma como a narrativa foi conduzida: rápida, mas completa. Sem mencionar o ótimo trabalho de revisão e diagramação realizado pela Vermelho Marinho. Pra quem curti um bom drama adolescente, ou um livro leve e curto, As Bem Revolvidas: Quem manda aqui sou eu (?) é uma bela pedida!
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