Bárbara 24/10/2011Alta Tensão, Harlan CobenPensem num personagem engraçado. Pensaram? Então vamos conhecer o Myron Bolitar.
Enquanto ainda não tinha recebido o livro, ficava imaginando o Myron como um cara parecido com o Poirot (aquele personagem da Agatha Christie, nossa rainha do crime), mas me enganei completamente. E isso eu percebi logo nos primeiros capítulos do livro.
Myron não é igual o Poirot em nenhum quesito. Enquanto Poirot entrevista pessoas, senta e pensa para desvendar um crime, Myron nem detetive é. Ele, na verdade, é um ex jogador de basquete, que teve de parar de jogar por causa de um problema no joelho, e um atual agente de alguns artistas, formado em Direito em Harvard.
Em Alta Tensão, Myron tem que lidar com a maior mentira da sua vida. Ele encara um emaranhado de problemas por causa de apenas um comentário anônimo postado na página do facebook de sua amiga Suzze T., que é agenciada por ele, assim como seu marido, Lex Ryder, que costumava ser um dos líderes de uma banda de Rock, a HorsePower ao lado de Gabriel Wire. Neste comentário, com apenas 3 palavras, tem o que poderia acabar com o casamento de Suzze e Lex. E é isso o que acontece. Lex, ao ver o comentário, sai de casa, deixando para traz a sua esposa, grávida de 8 meses. Suzze, desesperada, pede ajuda a Myron. Pede a ele que encontre seu marido e que diga para ele voltar para casa.
Quando Myron vai ajudar, procurando por Lex em uma boate, acaba encontrando a cunhada, Kitty, que havia ido embora há 16 anos por causa de alguns problemas que envolveram Myron, seu irmão Brad e Kitty.
Mas o que Myron não esperava, em momento algum, era que as duas histórias, da volta de Kitty e da saída de Lex de casa, pudessem se juntar em apenas um problema.
Contando com a ajuda de seus amigos Win, BigCindy e Esperanza, Myron começa a investigar os acontecimentos, a ligar uma história na outra, e a procurar a resolução para tudo.
Este é o segundo livro do Harlan que eu leio e, pelo que li neste e em Cilada, parece-me que o estilo dele é bem próprio mesmo. Harlan narrou perfeitamente as duas histórias. Nenhuma delas eu consegui adivinhar o final e, claro, me deparei comigo mesma de boca aberta por causa de toda a situação. Outra coisa que achei bem típica do Coben foi a quantidade de personagens que ele consegue colocar numa história sem se perder em momento algum.
Adorei!