Alvo noturno

Alvo noturno Ricardo Piglia




Resenhas - Alvo Noturno


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Pedro.Torres 12/09/2020

Alvo Noturno
Piglia é um monstro da literatura argentina.
Este livro especialmente, que se desenrola como um thriller, é uma obra prima. Fantástico como o autor sabe explorar o íntimo de suas personagens.
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Biblioteca Álvaro Guerra 10/02/2022

" Ricardo Piglia ocupa um posto muito alto na literatura. Herdou de Borges a inteligência, o entusiasmo pela exploração infindável da literatura e atração por profundezas secretas. A ficção de Piglia constrói parábolas inventivas sobre os acontecimentos tenebrosos do passado de seu país." Jason Wilson, The Independent


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535919172
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Thiago 14/04/2017

Livro: Alvo Noturno
Autor: Ricardo Piglia
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 256

Um romance policial que desconstrói o gênero. O livro conta a história do assassinato de Tony Durán, e toda a rede de intrigas e interesses que envolvem uma cidadezinha rural do interior da Argentina. As pessoas são caipiras, e todas têm algo a esconder. O melhor do livro, é que nem todo o mistério é desvendado. Há coisas mais complexas do que as "soluções definitivas" propostas pelos detetives dos clássicos literários. O autor analisa o gênero dentro do próprio livro. O policial, é o instrumento, e nada escapa a seus olhos, mas muito não é contado. Ficando em suspenso, como a neblina da noite fria no vilarejo.

Além disso, o autor faz um estudo de caso com Luca, um personagem peculiar que após o trauma de ser traído pelo pai e pelo irmão, se isola na fábrica que ajudou a construir, e mantém lá dentro o trabalho em suas invenções e sonhos. Ele tem uma relação interessante de amor e ódio pela vida. Mas um senso de justiça rígido, que não combina com o restante do povoado. Por isso o isolamento, e por isso o desfecho trágico para seu personagem. Alguém que não se encaixa no meio em que vive. Uma seleção natural pela imoralidade. Luca é pilar sólido da lisura, mas que por fim acaba se quebrando.

Um livro que começa meio lento, mas que ganha corpo e fôlego, até um final digno.
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Bruna.Patti 03/06/2018

Alvo Noturno
Resenha
Livro: Alvo Noturno
Autor: Ricardo Piglia
Lançamento : 2011
Ricardo Piglia foi um escritor argentino, nascido em 1941, que morreu no ano de 2017 em consequência da doença que descobriu em 2014: esclerose lateral amniotrófica. Autor de cinco romances, dentre eles Alvo Noturno , Dinheiro Queimado e inúmeros ensaios. Pelo livro Alvo Noturno recebeu o prêmio literário venezuelano Romulo Gallegos, já concedido a Gabriel García Marquez, Roberto Bolaños entre outros, além do prêmio Dashiel Hammet.
Alvo Noturno é um livro de narrativa policial na superfície, mas que possui muitas camadas a serem desvendadas. Faz parte da literatura noir, que se caracteriza por histórias que misturam terror, mistério e elementos policiais, mas que vai além da investigação policial. Assim faz Piglia nesse romance: temos um crime, que já é apresentado nas primeiras páginas. Em um povoado no interior é assassinado Tony Durán, um porto riquenho negro, morador de Nova Jersey, que chega ao interior da Argentina com muito dinheiro. Tony teve um caso com as gêmeas Belladona, filhas de um dos mandachuvas daquele local.
Emilio Renzi, alter ego de Piglia, já presente em outras obras, é enviado de Buenos Aires para o povoado para investigar a morte, mas seu principal objetivo é traçar um painel social daquele local. Essa obra é muito mais que um romance policial usual, visto que o mais importante não é conhecermos o assassino, o responsável pela morte. O crime fica na superfície. O autor está mais preocupado que consigamos conhecer um pouco mais sobre a sociedade argentina retratada na época.
O livro se passa na década de 1970, a mesma época da ditadura na Argentina. Temos personagens usuais de romances policiais, como o Croce, o comissário investigador, que possui métodos nada comuns para solucionar seus casos de crime, se internando em manicômios ou indo para a cadeia de vez em quando para pensar, adota métodos indutivos e não dedutivos, um excêntrico em sua essência.
Ricardo Piglia narra com êxito o processo de desconcentração industrial que ocorreu na Argentina, assim como suas consequências. Os desmandos e crueldades do capitalismo ficam bem evidentes ao longo de toda a trama. Também podemos perceber por que a chegada de Durán em povoado do interior causa tanto espanto: ele era um negro, com dinheiro. Quase não existem negros na Argentina, pois foram exterminados, como fica bem evidenciado no romance.
Podemos observar a extrema concentração fundiária que existe no meio rural argentino, onde temos uma pequena parcela da população possuindo muitas propriedades de terra, enquanto a maior parte fica relegada ser empregada dessa minoria rica, sem nenhuma perspectiva de melhoria, pois os possuidores de terra já herdam a mesma, por ocasião de nascimento.
O estilo noir, o fato da revelação da identidade do criminoso não ser o ponto principal do livro, se constituindo, mais do que isso, em um painel da sociedade argentina da época, me lembra muito a prosa de Leonardo Padura, escritor cubano, autor de romances policiais nada convencionais também, onde, assim como em Alvo Noturno, o principal é conseguirmos conhecer um pouco mais sobre as complexas sociedades, de Piglia, a argentina e de Padura, a de Cuba. Adoro livros nesse estilo e fiquei extremamente feliz em poder conhecer mais um autor latino-americano que contemple esse tipo de escrita. A América Latina é muita rica em literatura, basta sabermos procurar.

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: http://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/2018/06/alvo-noturno.html
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