Conan:

Conan: Robert E. Howard




Resenhas - Conan, O Bárbaro


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Daubian 29/10/2021

Bárbaro
Conan é um caso curioso. Eu sei que é clichê, mas o livro é muito diferente do filme. Dos filmes. Se lá o foco é a maior quantidade de testosterona que poderia ainda ser "medieval", nos livros é bem mais. Não me entendam mal, Conan é muito sobre está fantasia de máximo masculino que vai do Superman ao 007. Ele sempre vai ser muito forte e levar todas as garotas. Mas o Conan é mais inteligente, sarcástico, pacificador, diplomático... Tem aqui um caso curioso dessa literatura de "capa-e-espada" que o Conan encara a magia como um retrocesso, que é tão falível quanto os humanos que a empregam e que não é invencível. Este toque cético e racional não é o que eu esperava do livro. O que é ótimo. Não dá pra ignorar que os tempos eram outros. Sim, o autor é racista. E ele até tenta não ser, mas é. Orientalismo é até passavel diante de algumas coisas. Tudo que é ruim e perverso é de tribos e povos afastados com pele escura. Com referências pouco óbvias como os bobos do "Afghulistão", os canibais da savana e os malignos povos da terra com pirâmides. Mas curiosamente o livro discute isso porque o Conan é ele mesmo de uma tribo "bárbara" mas ele se orgulha disso embora seus opositores não o respeitem como civilizado o suficiente. A construção de mundo é excelente e a história principal é envolvente. A trama do rei caído é quase sheaskperiana o suficiente. Para quem curte fantasia no seu sentido clássico, Conan é surpreendentemente bom. Base para muita coisa boa. E é melhor do que adaptam. Ele e sua escrita são brutos, irracionais, simplistas e problemáticos. Mas bem curiosos. Conan é... bárbaro. Nos dois sentidos do termo
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José Leandro 07/06/2021

A trama é boa, mas...
O autor construiu um universo muito bom, o protagonista é único, Conan é mitológico. Mas em pleno 2020 é difícil ignorar o racismo e os mais variados tipos de preconceitos e estereótipos.
Recomendo mas com essa ressalva, é preciso filtrar a magia e as lições meio a um texto infelizmente preconceituoso em muitos momentos.
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Danilo Palma 05/01/2021

Nessa edição você encontra o único romance do Howard
Robert E. Howard foi o criador do personagem Conan e tambe?m do subge?nero de fantasia ?Espada e Feiticaria? ou ?Sword and Sorcery? como preferir.
Esse meu volume lanc?ado aqui no Brasil pelo selo Generale conte?m o u?nico romance (A Hora do Draga?o) escrito pelo autor, mas tambe?m traz os contos: Ale?m do Rio Negro, As Negras Noites de Zamboula e Os profetas do Circulo Negro.
Um o?timo livro pra quem quer se aventurar num mundo de fantasia, feitic?aria e batalhas.
Conan e? um marco no ge?nero, recomendadi?ssimo!
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Eclipsenamadrugada 08/11/2020

Assim como no primeiro filme "Conan O Bárbero" Excelente realmente 5 estrelas.
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Bruno G. Guimarães 06/06/2020

Sensacional!
O livro contém a história "A Hora do Dragão" e outros contos do bárbaro. É primorosa a maneira com que o autor trata os detalhes da história, narrativa e ambientação. Conan, ao contrário do que muitos podem pensar, não é um brutamontes descerebrado que resolve tudo na porrada. Ele é, inteligente, astuto, sagaz e um líder nato. Isso é algo que me incomoda um pouco, ele é bom demais! O cara já foi corsário, contrabandista, soldado, mercenário, líder de grupos de bandidos, REI! Em todos os papeis que desempenhou, foi extraordinário, superando qualquer um. É notório como o melhor pirata, o melhor guerreiro, o melhor tudo! Acho que isso acabou soando um pouco falso. Mas continua sendo sensacional vê-lo "descendo a porrada" e conquistando suas vitórias.
O universo criado é primoroso em seus detalhes. Reinos, cidades, religiões e crenças, comércio naval e terrestre, tudo muito bem estruturado e com suas peculiaridades. Gosto muito como a magia é retratada. Além de ter sido o primeiro autor a misturar magia com espadas, a própria magina não é algo solto, um "abracadabra" barato, mas todo misticismo é relacionado com as diversas religiões e deuses.
Muitos podem argumentar que há um tom considerável de racismo nas histórias. Isso, na minha opinião, é fruto de um anacronismo errado. A história se passa na época dos bárbaros. Mesmo que seja um mundo fantástico, é uma ambientação pré-medieval, por assim dizer. Não podemos criticar uma coisa comum na época ou no universo retratado por sentimentos pessoais e atuais. Não me levem a mal, abomino racismo e qualquer adepto disso. A questão é que, também abomino violência. Nem por isso, vou criticar o livro ou deixar de ler porque um infeliz é aberto e praticamente dividido em 2 com um golpe de machado ou desmembrado, dilacerado ou coisa parecida. Muita coisa que é abominável no mundo real e atual, pode ser retratado na fantasia, sem necessariamente fazer apologia.
Em resumo, é uma obra fantástica e me diverti demais com a leitura. Esse livro fez reascender a "chama Conan". Até reassisti os filmes.
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samedi 14/03/2020

O racismo do autor atrapalha a diversão e mancha a obra.
Nos últimos anos soube que os livros do Conan que eu tinha lido na infância eram versões modificadas pelo Lyon Sprague de Camp, um cara q dizia ter os direitos sobre o personagem.

Resolvi então ir atrás dos contos originais, eu sabia que o autor era machista, no Conan sempre tem mulheres nuas em perigo prontas para serem salvas 🙄... Porém eu fiquei surpreso ao ver como o Robert Howard era RACISTA 😮

Eu não sei se nos contos modificados o racismo tinha sido amenizado ou na adolescência eu não reparei nesta questão ou se simplesmente neste livro da editora Generale eles trouxeram os contos com maior teor racista. Sei que as pessoas negras são tratadas como menos q gente, até mesmo pelo próprio autor. Por exemplo, um guarda branco é chamado pelo narrador por seu nome, caso o tenha, ou pela sua profissão, guarda. Um guarda asiático é chamado de guarda, agora um guarda negro, quase nunca tem nome e mesmo se tiver, sempre vai ser chamado de negro. Um homem branco é descrito como "o homem" um homem negro é "o negro*. Não importa o que o personagem negro faça da vida, ele não tem nem o direito de ser descrito pela sua profissão, sempre será o negro.

No romance a Hora do dragão tem um capitulo bem constrangedor onde o Conan liberta uns escravos em um navio e posa de "branco salvador", os escravos idolatram Conan mesmo q ele os trate com total falta de respeito.

O conto Além do Rio Negro é legal, mas tem aquela pegada de Homem branco civilizado querendo dominar um território selvagem na africa ou no USA, eles contam com a ajuda do Conan que é o mercenário que faz a ponte entre o selvagem e a civilização. Os vilões são os nativos Pictos, q segundo o autor, apesar de serem brancos não são considerados pessoas...

O conto Profetas do Circulo Negro é o meu favorito deste livro, se passa numa região estilo oriente médio, tem bastante magia, varias reviravoltas, é bem legal. Não tem racismo, mas tem mocinha q é sequestrada pelo Conan mas se apaixona por ele e depois é resgatada por ele... Mesmo assim é bem divertido.

Por fim o conto As Negras de Zamboula é o pior q já li do Conan até agora, extremamente racista, nem mesmo as pessoas como eu, filhos da mistura de branco com negro, escapam do preconceito do personagem e do autor. Seguem alguns trechos deste conto:

"Nesta maldita cidade que os stígios construíram e mais tarde os hirkanianos governaram, onde gente branca, marrom e negra se mistura constantemente, produzindo híbridos de toda classe, cor e condição, não há ninguém capaz de distinguir quem é um homem e quem é um diabo disfarçado" (velho no deserto)

"Os sacerdotes de Set o temem. É um mestiço, que governa graças ao medo e à superstição. Eu rendo culto a Set e os turanianos adoram a Erlik, mas Totrasmek realiza sacrifícios diante de Hanumán, o maldito. Os nobres turanianos temem sua magia negra e o poder que exerce sobre a população mestiça, e por isso o odeiam." (bailarina Zabibi)

"— Assim como você é o cão dele. — exclamou Conan — Bem, pois maldita
seja sua pele marrom, Baal-Pteor."

Não é a toa que Robert Howard e Lovecraft eram grandes amigos, tinham mt em comum, incluindo os preconceitos q tanto influenciaram suas obras.
samedi 15/03/2020minha estante
O nome d um dos contos é "As Negras Noites de Zamboula"* digitei errado na resenha.




Guilherme 06/12/2019

Um livro que o meu eu adolescente adoraria, tem tudo que eu buscava em histórias naquela idade, um guerreiro infalível, alto e forte, com um instinto assassino, que nunca tem dúvidas quando o assunto é batalha; enredos não muito complicados, onde um vilão quer fazer suas vilanices, mas o herói invariavelmente resolve tudo; e mulheres, que estão na maior parte do tempo nuas, ou quase isso. Infelizmente agora eu não consigo deixar despercebidos cetos detalhes que não me incomodariam antigamente,como as dificuldades que Conan encontra e são resolvidas quase como por toque de mágica; Conan precisa encontrar algum rei? sem problema, o rei praticamente pula na frente dele, e vários outros exemplos. Principalmente na história 'A Hora do Dragão', Conan mais parece um idiota do qualquer espécie de líder guerreiro. Além do mais a prosa de Howard é muito cansativa em vários momentos, em que personagens sem sal simplesmente explicam o que está acontecendo em diálogos imensos. Eu esperava uma história muito mais envolvente, fluída e cheia de ação, como qualquer filme de brucutu dos anos 80, ou como em Hokuto no Ken, mas Conan levou uma eternidade pra terminar e me deixou com sono.
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Peter L. Price 31/08/2019

A Hora de Howard!
O estadunidense Robert Ervin Howard é um dos pioneiros do gênero "Espada e Fantasia", gênero que ganhou robustez nas mãos de outros autores, tendo continuado ou reinventado o que o senhor Howard criou. Com a criação de Conan, Robert Howard deu ao mundo um dos maiores mitos da cultura pop de todos os tempos, tão famoso quanto Sherlock Holmes ou Drácula ou Tarzan, entre outros. Mesmo com algumas tristes frases racistas em alguns de seus contos, Conan continua aceitável em nossa cultura nerd devido ao alto grau de sofisticação em seus textos, testemunho inegável da genialidade de seu "pai".
"A Hora do Dragão", com sabem seus fãs, é o único romance que Howard escreveu para Conan e ele nos legou um pilar da literatura Fantástica. Uma trama bem elaborada, devidamente temperada em suas várias fases, carregada de emoção, reviravoltas, personagens misteriosos, mostra-nos o quão habilidoso e artesão da palavra era o escritor texano, criador memorável não apenas de Conan, mas de Solomon Kane, Red Sonja, etc.
Fica registrado o meu agradecimento a este magnífico esteta da arte literária e seu icônico Gigante de Bronze.
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Mr. Jonas 03/02/2018

Conan, O Bárbaro
Com vinte e dois capítulos, complementados por três contos, este livro se passa em um mundo fantástico. O romance 'A Hora do Dragão' traz Conan como rei da Aquilônia, reino cobiçado e disputado. Para tentar derrubar o guerreiro, alguns articuladores ressuscitam o maldoso feiticeiro Xaltotun, morto há três mil anos. A partir daí, se desenvolve uma história no mundo da magia com monstros, seres fantasmagóricos e criaturas dimensionais, que são enfrentadas por Conan, um mestre no combate com espadas. Nos contos, Conan é mostrado em diferentes momentos de sua vida, a fim de montar um panorama do personagem.
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Bruno1041 29/11/2017

[RESENHA] CONAN - O BÁRBARO
CONAN, O BÁRBARO narra uma aventura do herói insano da fantasia. Com Conan você não pode esperar cenas diplomáticas, mata qualquer um que se meta em seu caminho quando decide destruir alguém.
Foi muito difícil concluir essa resenha pois o enredo me foi, por boa parte do tempo, incompreensível. Constatei que a obra não é para alguém que desconhece o cimério, é para os fãs que não possuíam suas aventuras em formato de livro aqui no Brasil. Perceber isso me causou um tremendo desconforto, fiquei sem saber a sua origem, o que fez Conan adotar sua atitude violenta e paranoica, tive que aceitar o que era mostrado, tive que tentar entrar no clima e me apegar as cenas presentes e esquecer o passado que não me foi entregue. 😓
Nessa obra topamos com um inimigo imortal que foi adormecido há 3 mil anos. O seu nome: Xaltotun.
Xaltotun foi acordado por um grupo de homens que querem usá-lo com o único fim de tomar o reino de Aquilônia que tem, lógico, como rei o Conan. Na história, é de compreensão geral que para se ter uma chance de destruir o cimério tem que apostar em magia, só assim para parar esse bárbaro que não tem medo de enfrentar ninguém e usa a vontade a sua força descomunal para esmagar qualquer cabeça!
A edição ainda nos delicia com outros dois contos desse bárbaro que eu torcia para que um deles contivesse a origem do cimério, mas infelizmente não têm, são outras aventuras a parte.
Para quem não sabia existem adaptações cinematográficas de Conan e a presente obra possui perto do seu fim cenas da película de 2011 que foi a que assisti anos atrás e que me deixou ciente da existência desse cimério valente.
Com páginas amareladas, a obra tem a capa do filme de 2011, capítulos relativamente grandes, e letras confortáveis para os olhos.
Recomendo a leitura para todos aqueles que já são fãs do rei de Aquilônia e buscam ter aventuras adicionais para a sua bagagem biográfica do herói. Caso queira conhecê-lo pela primeira vez sugiro que leia outras mídias, dê uma pesquisada no google e só depois se aventure nessa obra.
No início da trama temos um panorama geral da guerra da Nemédia contra os aquilonianos. É possível localizar Conan no contesto dessa guerra e qual papel ele tem na trama sangrenta que se arrasta faz anos.
Durante uma batalha Conan é acometido por um mal-estar e não pode lutar, o seu exército perde e todo o seu reino quebra. A partir dai começa a saga do cimério para esmagar silenciosamente todos aqueles que conspiraram para ter Aquilônia.

Não vou dizer que não gostei de Conan, com o seu temperamento forte e brutal pois ele me rendeu várias cenas sangrentas! A força dele foge da nossa realidade, nenhum ser humano pode ser assim, mas o autor tenta mostrar uma criação peculiar do personagem para justificar sua força inumana. Por debaixo de todos os músculos Conan possui um coração bom e isso se reflete ao salvar uma guria da morte e libertar escravos de uma embarcação.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/06/resenha-conan-o-barbaro.html
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Thalita Branco 14/03/2016

Resenha ~ Conan, O Bárbaro - Robert E. Howard
O livro é composto pelo único romance publicado sobre Conan mais três contos inéditos no Brasil. O bacana é que no romance Conan já é Rei da Aquilonia enquanto que nos contos ainda não. Gostei muito da oportunidade de ver o bárbaro em diferentes posições de poder e perceber que, sendo rei ou não, Conan mantem seus ideais.

No romance, chamado de “A Hora do Dragão”, Conan se prepara para a batalha quando é acometido por uma misteriosa paralisia. Temeroso sobre a reação da tropa, envia um sósia em seu lugar que infelizmente sucumbe em um desabamento de rochas. Quando a força retorna a seus membros é tarde demais. O exército se dissipou acreditando que o Rei estava morto. Conan é capturado e se vê cara a cara com Xaltogun, um poderoso feiticeiro trazido a vida por meio da pedra preciosa conhecida como Coração de Ahriman. O bárbaro então entra em uma alucinada busca pela pedra a fim de tentar destruir Xaltogun e reconquistar o seu reino.

Em “Além do Rio Negro” vemos a história da perspectiva de Balthus. O rapaz é salvo por Conan, que vasculha a floresta em busca de pictos. A tribo é uma ameaça as pessoas e a um forte próximo, portanto o cimério e seu novo amigo precisam protege-lo. No “As Negras Noites de Zamboula” Conan se vê em meio a um mistério. Viajantes somem quando pernoitam em uma determinada estalagem. Instigado a descobrir o que acontece, dá de cara com Zabini e resolve ajudar a bela moça. E por fim, em “Os Profetas do Círculo Negro”, o bárbaro precisa salvar sete companheiros e para tanto sequestra a Divina Yasmina a fim de usa-la como moeda de troca, até que se vê em uma encrenca maior do que imaginava.

Gostei muito do personagem. Conan pode ser um bárbaro sanguinário e rude, mas sua conduta e ideais muitas vezes são superiores aos dos homens civilizados. Falando em sangue, o livro é perfeito para quem curte batalhas e aventura. O elemento fantasia é apresentado de forma natural tanto para o leitor quanto para os personagens no livro.

Mas a leitura não fluiu da forma que eu gostaria. O autor é extremamente detalhista e faz uso sem dó de adjetivos. As vezes leva um parágrafo inteiro para descrever algo que consumiria meia frase, o que deixa o texto desnecessariamente denso. Mas por outro lado a densidade da leitura dá brilho a obra. O que algumas passagens tem de cansativas outras tem de extremamente empolgantes, como por exemplo a tomada de um barco por Conan. Mais um pouco e eu estaria gritando Amra junto dos escravos!

A edição da Generale ficou muito bonita. As páginas do miolo tem boa impressão e são bastante grossas. No fim do livro existem algumas fotos coloridas e em ótima resolução do Conan interpretado pelo Jason Momoa. Falando no filme, assisti e gostei. Apesar de não se utilizar diretamente de nenhuma história do romance, contar com atuações razoaveis, alguns personagens caricatos demais e efeitos especiais medianos, o longa pega a essência do livro e entrega uma boa adaptação.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Paulo 03/04/2014

Excelente
Os quadrinhos beberam em ótima fonte. Excelente livro!
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Anderson Tiago 22/02/2014

[RESENHA] Conan, o Bárbaro - Robert E. Howard
Conan, o bárbaro da Ciméria, já se tornou um personagem cult da cultura pop. Desde sua criação em 1932 por Robert E. Howard, Conan foi adaptado em livros, quadrinhos, filmes, séries, desenhos animados, RPGs, vídeo games e outras mídias. É inegável, no entanto, que a maior contribuição para a popularidade do guerreiro veio através do filme Conan, O Bárbaro; de 1982, e sua continuação, O Destruidor, de 1984, ambos estrelados por Arnold Schwarzenegger. Após um hiato de 27 anos, Conan volta ao cinema, dessa vez interpretado por Jason Momoa, e por mais que o filme tenha recebido críticas, é ele o grande responsável pelo lançamento do livro aqui resenhado.

O livro, lançado aqui no Brasil homônimo aos filmes de 1982 e 2011, é composto por um romance, o único escrito por Robert E. Howard, e por mais três contos do mesmo autor. A Hora do Dragão, também conhecido como Conan, O Conquistador, é a história principal do livro. Escrita em 1934, mostra o bárbaro em sua maturidade e de posse da coroa da Aquilônia. Apesar de amado pelo seu povo, o Rei é temido e odiado pelos inimigos, que recorrem ao feiticeiro Xaltotun para depor Conan. Uma vez deposto, vemos o Rei retornar à condição de mercenário em busca de recuperar o trono perdido. O cimério parte, então, numa jornada através de meio mundo para localizar a única arma capaz de derrotar o bruxo. O clímax são as batalhas, onde a superioridade numérica não se sustenta frente à força e à habilidade atlética do guerreiro.


“A bandeira do Leão balança e cai nas trevas assombradas pelo horror. Um dragão escarlate, nascido dos ventos da ruína, sussurra. Os brilhantes cavaleiros estão amontoados onde as lanças pontiagudas irrompem, e nas montanhas arrepiantes os deuses perdidos da escuridão despertam. Mãos mortas apalpam nas sombras e estrelas empalidecem de pavor; pois esta é a Hora do Dragão – o triunfo do medo e da noite.”


Além de A Hora do Dragão, a edição brasileira nos presenteia com três contos inéditos no Brasil. Além do Rio Negro, As Negras Noites de Zamboula e Os Profetas do Círculo Negro, são histórias anteriores à que dá ao início ao livro e se aproximam mais do Conan que conhecemos. Por esse motivo considero, que o grande atrativo dessa obra são exatamente esses contos. Neles, somos apresentados a um mais lado obscuro da Era Hiboriana criada por Howard, com seus demônios, feiticeiros, necromantes, sacrifícios humanos, canibalismo, o que faz com que considere o autor como um dos precursores da dark fantasy, estilo muito em voga hoje em dia.


“Seus olhos se afastaram dos olhares firmes de seus captores, e ele reprimiu um grito de horror. A poucos passos de distância, erguia-se uma pirâmide pequena e hedionda: era feita de cabeças humanas ensangüentadas. Olhos mortos miravam, vidrados, o céu negro. Entorpecido, ele reconheceu as feições que estavam voltadas em sua direção. Eram as cabeças dos homens que haviam seguido Conan para dentro da floresta. Ele não conseguia dizer se a cabeça do cimério estava entre elas. Só alguns rostos lhe eram visíveis. Parecia-lhe haver dez ou onze cabeças. Uma náusea mortal o atacou. Ele lutou contra a vontade de vomitar. Além das cabeças, jaziam os corpos de meia-dúzia de pictos, e ele sentiu uma exultação feroz àquela visão. Ao menos, os batedores da floresta haviam cobrado sua taxa.”


Uma característica do autor que não posso deixar de comentar é o evidente racismo. Os povos mais bárbaros, capazes das maiores atrocidades, são sempre descritos como negros ou escuros. Isso não é uma crítica ao autor, uma vez que ele se enquadra no que chamamos de “produto do seu tempo”, tendo nascido em 1906 no Texas. Depois de sua morte em 1936, Conan passou pelas mãos de outros tantos escritores, entre eles; Poul Anderson, Leonard Carpenter, Lin Carter, L. Sprague de Camp, Roland J. Green, John C. Hocking, Robert Jordan, Sean A. Moore, Björn Nyberg, Andrew J. Offutt, Steve Perry, John Maddox Roberts, Harry Turtledove, and Karl Edward Wagner.

Resenha assinada por mim para o site INtocados.



site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/136-resenha-conan-o-barbaro-robert-e-howard
cid 05/06/2015minha estante
Muito bom.




dricagallo 01/08/2013

Resenha - Conan, O Bárbaro
Conan é sem dúvida o personagem mais conhecido dos HQs, livros e principalmente no cinema. Recentemente Conan ganhou uma nova versão cinematográfica e provavelmente algum de vocês já devem ter visto o filme, onde no mesmo ele é caracterizado como "O Bárbaro", mais sem entrar já entrando no mérito do filme, foi graças a ele que pudemos ter o romance do caracterizado bárbaro publicado no Brasil, pela Editora Évora com o Selo Generale. E graças a mesma pude ter a oportunidade ler esse romance épico!

A história é bem fluente frente a leitura, só podemos perceber que estamos avançando quando paramos um pouco. Para os leitores que já se aventuram com histórias épicas como a de Guerra dos Tronos ou até mesmo Senhor dos Anéis não irá se arrepender da leitura desse clássico.

O bárbaro perde o seu trono de rei por uma armadilha feita por Xaltotun, fazendo com que o mesmo refaça o seu caminho de volta, reconquistando o seu antigo exército e tendo que descobrir uma maneira de derrotar a magia negra de seu inimigo para que possa voltar ao posto de rei da Aquilônia.

O trajeto do personagem já é bastante previsível, mais é bastante interessante ver como o bárbaro enfrenta as adversidades durante a narrativa. Se você procura uma narrativa sem a pegada épica de As Crônicas de Nárnia e de O Senhor dos Anéis, essa é uma boa pedida.

Durante o livro ainda são apresentados 3 contos inéditos sendo eles: Além do Rio Negro; As Negras Noites de Zamboula e Os Profetas do Círculo Negro. Adorei o livro e todo o trabalho da Editora, tanto com a capa como com a diagramação ótima! Super recomendo a leitura para amantes dos contos épicos citados anteriormente e para uma leitura fantástica.

site: http://umbestsellerchamardemeu.blogspot.com.br
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