Aparelhos Ideológicos de Estado

Aparelhos Ideológicos de Estado Louis Althusser




Resenhas - Aparelhos Ideológicos de Estado


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Myilena 23/06/2012

Sob a verve marxista, a noção althusseriana de sujeito (1970, apud Zizek 1996: 131) se baseia em duas teses: “(I) não existe prática, a não ser através de uma ideologia, e dentro dela; (II) não existe ideologia, exceto pelo sujeito e para sujeitos”, sendo base para os preceitos de Pechêux e, sendo este visto como o fundador de tal estudo, da análise do discurso.
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David Ribeiro 01/03/2024

Alguns conceitos
O filósofos francês Louis Althusser, trás um aprofundamento sobre o controle do Estado e das classes dominantes sobre os trabalhadores.
Alguns conceitos:
Produção: ela sobrevive pela reprodução da produção, ou seja, ela acontece fora da empresa, e usa como material, o salário. Sendo ele (salário) fundamental para restaurar a força de trabalho. Nesse contexto, ele se torna indispensável para adquirir sustento, moradia, vestimenta...
Força de trabalho: além dela se reproduzir, é necessário que a mesma saiba manusear máquinas e equipamentos da empresa, por exemplo. Esta qualificação ocorre através do sistema escolar de estado. Na escola além do básico (ler e escrever) aprende-se as regras de bom comportamento em sociedade e com isso, os operários se tornam também submissos a ordem vigente e a ideologia dominante. Outros exemplos de aparelhos ideológicos do estado, são as Igrejas, Exercito.
Aparelho do estado: quem detém o poder do estado, usa o aparelho do estado em benefício de sua classe.
Aparelhos repressivos do estado (ARE): utilizam-se de argumentos repressivos e coercitivos para chegarem ao seu objetivo. Tem como característica ser público.
Aparelhos ideológico do estado (AIE): utilizam predominantemente a ideologia para se manter no poder e manter sua dominação. Tem como característica privada e em alguns casos, públicas também.
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Rafael.Longo 13/03/2023

Nesse livro, Althusser nos guia pelas diferentes formas de exercitar a ideologia dominante, em especial por meio dos aparelhos do estado, ora repressivos, ora ideológicos.
Considero-a uma leitura necessária para entender o papel de instituições como a família, a igreja e a polícia, no que se diz de luta de classes.
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ana :) 08/12/2023

As ideias da classe dominante são as ideias dominantes (Marx)
É uma leitura muito agregadora para entender os aparelhos estatais visíveis e invisíveis que agem e cooptam nossa forma de viver. Louis Althusser explana especificamente sobre os Aparelhos Ideológicos de Estado, aquelas ideologias que estão infiltradas na família, na escola, nos partidos políticos e que conduzem as pessoas para comportamentos úteis à classe dominante. Importante reflexão sobre como os sujeitos já são ideológicos, e, assim, materializam a ideologia. aspectos ideológicos, trazidos pelos aparelhos do Estado, são vivenciados e reproduzidos conscientemente pelos sujeitos, ou seja, não cabe a ideia de "massa alienada". É possível perceber clara influência de Karl Marx sobre as ideologias dominantes serem os pensamentos da classe dominante. A leitura da parte do Althusser é boa, senti que fluiu bem, isso porque é “cativante” a maneira como isso apenas se perpetua na atualidade. Contudo, confesso não ter terminado a introdução do Albuquerque por dificuldade de ir pra frente, um dia eu volto.

“Então, é representado na ideologia não o sistema das relações reais que governam a existência dos homens, mas a relação imaginária desses indivíduos com as relações reais sob as quais eles vivem.” (p. 98)
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lucaismaia 31/12/2023

Adorei, fácil de ser lido (apesar da introdução crítica ser bem complicada), Althusser explica tudo bem!
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Vânia 17/03/2009

"Ideologia, eu quero uma pra viver..." (Cazuza)
Escola, igreja, polícia, justiça, família...Todos esses nos moldam. Uns mais, outros menos, mas não conseguimos ficar imunes. Resta-nos apenas encontrar o equilíbrio.
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Chilly_shady 19/05/2011

Resenha descritiva da obra “Aparelhos Ideológicos de Estado” de Louis Althusser.
O texto “Aparelhos Ideológicos de Estado” escrito por Louis Althusser e a sua introdução dada por J. A. Guilhon Albuquerque, dividido em uma longa introdução e outros dezesseis subtítulos aborda o tema dos “Aparelhos Ideológicos de estado”. Trata de como esse mecanismo afeta a nossa sociedade de consumo e como é responsável pelos modos de produção materiais tão importantes nesse tipo de sociedade. Ainda comenta como cada aparelho ideológico (de ideologias) reproduz esses modos de produção material na sociedade.
Na introdução feita por J. A. Guilhon Albuquerque, o autor diz que seguirá passo a passo o texto de Louis Althusser. No começo Guilhon separa o texto de Althusser em quatro linhas de pensamento: 1- A que não é no campo das ideias que as ideologias existem, as ideologias são materiais. 2- A divisão do trabalho é implicada através das relações de produção, assignando assim um lugar na produção. 3- O reconhecimento do lugar, onde a ideologia leva através de mecanismos. 4- Existência de um conjunto de práticas que auxilia as ideias na sujeição. O autor fala que o texto de Althusser trata da ideologia na infra-estrutura e na superestrutura, ou seja, na questão da reprodução social. Diz que nos próprios mecanismos ideológicos estão vivos dentro da reprodução das forças produtivas de trabalho. A qualificação é de suma importância para a reprodução e desenvolvimento das forças produtivas de trabalho. Althusser diz que “toda formação social para existir, ao mesmo tempo em que produz, e para poder produzir, deve reproduzir as condições de sua produção.” Ou seja, reproduzir as forças produtivas e as relações de produção. Em seguida o autor começa a narrar os tipos de reprodução das condições de produção que estão inseridas no contexto do Estado.
O autor segue dizendo que é impossível haver produção sem a reprodução dos meios de produção. Renovação de matéria-prima, instalações, etc. Althusser menciona o mecanismo que é necessário para a produção e reprodução, capital movendo-se rapidamente pelo globo, no qual ele nomeia de “fio sem fim”. Em seguida é mencionada a reprodução da força de trabalho, movida pelo salário, que segundo o autor, não representa a quantidade de força de trabalho exercida pelo trabalhador e sim a quantia indispensável para que haja continuidade na reprodução de trabalho suprindo as necessidades básicas do trabalhador (alimentação, vestuário, etc).
Na próxima parte da obra, o autor volta a tratar sobre o que é sociedade e enuncia Infra-estrutura e superestrutura. Infra-estrutura é a “unidade” de forças e relações de produção. A superestrutura engloba duas “instancias” ou “níveis” segundo o autor, o jurídico político e a ideológica. O próximo passo do autor é analisar a ideologia por trás do Estado e do Direito. O autor classifica o estado como uma “maquina” utilizada pelas classes dominantes sobre as classes operárias. Também diz que segundo teorias Marxistas o Estado é antes de tudo um aparelho de Estado, regido por inúmeros fatores que se completam. O autor ainda menciona a importância na separação do que é Estado e o que é aparelho do Estado. O autor entra finalmente na questão de o que são esses Aparelhos Ideológicos de estado. Deixa claro que são “realidades apresentadas sob a forma de instituições distintas e especializadas”, por exemplo: Igrejas, escolas públicas ou/e privadas, a família, o jurídico, a imprensa, a cultura.
Em vários momentos Althusser comenta as diferenças entre os Aparelhos Ideológicos de Estado e os Aparelhos de Estado (repressivos). Menciona que os AIE são na sua maioria de domínio privado e os AE são de domínio público. A principal diferença entre os dois, segundo o autor é que os AE agem por meio da violência e os AIE agem por meio da ideologia. Os Aparelhos de Estado são regidos pela repressão (secundariamente também são regidos pela ideologia, pois nenhum aparelho é totalmente repressivo, até mesmo o exército conta com ideologias incluídas).
Depois da leitura e reflexão das ideias de Althusser sobre o estado, é impossível não pensar na questão escola. Segundo Pesce (2008, pág. 36) a escola é vista como um espaço de reprodução cultural em que o ensino garante a reprodução da estrutura das relações de poder. Ou seja, a escola é o mais poderoso aparelho ideológico do Estado, pois nela estão incluídos todos os outros aparelhos ideológicos, família, igreja, jurídico e até as divisões de poder para melhor reproduzir e classificar a reprodução da força e da produção de trabalho.


REFERÊNCIAS
• ALTHUSSER, Louis “Aparelhos Ideológicos de Estado”, GRAAL, 1976.
• CAVASSIN Regina Back, MORAES Taiza Mara Rauen, (Orgs.) “ Letras, Reflexões e ações docentes.” Editora UNIVILLE, 2008.
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Eduardo634 26/03/2023

Mais concreto que piso de prédio
Um dos livros mais importantes (se não o mais importante) para se pensar a(s) Ideologia(s).

Reformula a teoria marxista do Estado, utilizando ideias como o Estado ampliado, de Gramsci e suas próprias críticas à maneira "topográfica" de explicação.

A tese principal, ao meu ver, não é a teoria do Estado, mas, como sugere o título, sua visão sobre o funcionamento da Ideologia. Não se trata de uma inversão da realidade, mas uma deformação; e não existe apenas na imaterialidade: a Ideologia é a estrutura na qual a vida em determinado modo de produção é construída e mantida. É a Ideologia que nos faz sujeitos.

Além disso, leva o conceito de materialismo a um novo ápice ao apontar que as ideologias (que diferem d'A Ideologia) não são imposições mentais, não se perpetuam através dos pensamentos dos sujeitos: num retorno a Spinoza, as crenças nascem das práticas. As ideologias se mantém através de rituais, e apenas estes internalizam as crenças.
Noany0 26/03/2023minha estante
o título KKKKKKKKK




Élida Mercês 13/04/2020

Em tempos de discussões sobre ideologia sob uma perspectiva pejorativa, este é um livro fundamental para esclarecer que somos - todos - seres ideológicos, por natureza.
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Su 15/12/2021

O amor por crítica contra o sistema capitalista
O livro é uma crítica a teoria de aparelhos Ideológicos e ideologia de Althusser que são teorias contraditórias e insustentáveis. Por exemplo: ele diz que a escola é um instrumento para se aprender a ideologia dominante, mas não necessariamente a produzir. Ou quando ele diz que cada aparelho específico reproduz uma determinada ideologia que são no final "costuradas" pela ideologia dominante.
Mas apesar desses pontos contraditórios e de seu determinismo, ele traz ideias e análises muito boas sobre ideologia e aparelhos ideológicos.
As ideologias existem não somente nas ideias, no abstrato, mas principalmente na materialidade, nas condições do dia a dia que enfrentamos, que aprendemos, que reproduzimos e que vivemos.
Isso reflete na relação de produção que é a necessidade que existe das pessoas exercerem e produzirem nos lugares que ocupam e essa reprodução é condicionada pela ideologia e pelos mecanismos ideológicos.
Já mecanismos ideológicos é o que te condiciona a viver como vive, a pensar como pensa, até mesmo sentir como se sente.
Esse mecanismo faz o indivíduo se sujeitar e sujeitar-se ao outro, no caso, esse sujeito é o estado, igreja, cultura, país e etc.
Essa sujeição ocorre através do mecanismo das ideias, do condicionamento material de práticas e rituais que surgem de decisões unificadas e conscientes, ou seja, vem da ideologia e dos aparelhos ideológicos do Estado.
Para ocorrer as reproduções sociais é necessário a reprodução da economia, mas ela não acontece sozinha, precisa da reprodução social, das condições econômicas,  políticas e da própria reprodução ideológica.
Já a reprodução da força do trabalho, segundo o autor, pouco tem haver com quantidade, mas principalmente por qualificação múltipla, daí entra o papel da escola. 
Logo, os aparelhos Ideológicos, os mecanismos e a ideologia condicionam a permanecer em determinados lugares, a escola entra em cena para que possa reproduzir essa condição social e não de fato, superá-la. Exemplificando: os ricos colocam seus filhos nas melhores universidades, nas melhores escolas e cursinhos para que seus filhos sejam os dirigentes das empresas, dos cargos políticos, etc, enquanto o pobre se esforça para colocar seu filho numa melhor escola (isso qnd a possibilidade), a classe média esforça para que seu filho faça medicina (mas veja, eles são da classe trabalhadora tanto quanto ao professor ou ao catador de reciclagem), logo, eles reproduzem as condições sociais. A escola tem função reprodutora desse esquema. Não sei se ficou claro.
Althusser fala sobre a alienação do trabalho e como o estabelecimento da ordem social, como a formação do trabalhador e a reprodução do trabalho não é apenas no viés econômico quantitativo da força do trabalho, mas também reprodutora social que se combina com a reprodução material que ocorre num diálogo de submissão do empregado e do reconhecimento da ordem social, ou seja, de saber qual seu suposto lugar.
O autor também diz que o estado não é um instrumento da classe dominante, mas é um lugar de disputa ideológica constantemente mais ou menos contraditória, ele usa exemplo do cabo de guerra, pois mesmo que mude todas as pessoas dentro do aparelho do Estado a guerra ideológica ainda estará lá. Ou seja: NAO HA NEUTRALIDADE NESSA [*****].
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Gladston Mamede 10/01/2018

Não vou cadastrar outra edição, mas o li em 1989; era a edição de 1983. Não houve reedições, mas nova tiragens: o mesmo texto. Foi lido em ótima época: logo após ler "1984" (George Orwell) e "Admirável Mundo Novo" (Aldous Huxley), compondo um conjunto, embora seja necessário destacar que o marxismo extremado de Althusser tenha que ser levado em conta para calibrar o proveito da leitura. Para mim, foi um texto fundamental.
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Fidel 07/01/2019

Atualidade da obra
A obra de Louis Althusser Aparelhos ideológicos do Estado nos auxilia a entender o momento político que estamos vivendo. A analise marxista sobre o Estado e seus Aparelhos Ideológicos de Estado – AIE (denominada por Althusser) aparece nestes momentos de crise para referendas as posições dominantes. A justiça e o governo como parte importante do sistema de produção e elo fundamental do modelo de manutenção da ordem vigente.

Desta forma com ascensão de um governo de coalizão popular que começa a ocupar espaços institucionais e promover mudanças em setores estratégicos como Educação, Justiça e as forças produtivas têm seus dias contados.

Os aparelhos ideológicos do Estado – AIE são acionados para restaurar o poder sendo predominante as ações em consonância da justiça e dos demais aparelhos informativos. Nesta fase observa a atuação do juiz Sergio Moro não somente como figura da lei, mais como um herói da burguesia que irá moralizar o país através das suas ações. Verifica-se ai o papel pedagógico dos meios de comunicação que tem o serviço de desinformar o cidadão e cristalizar a figura do juiz.

Para que o processo tenha êxito surgi à atuação dos aparelhos repressivo do Estado.

Exército e a Policia funcionam também pela ideologia simultaneamente para assegurar a sua própria coesão e reprodução e pelos valores que projetam no exterior. Louis Althusser(1970).

O exército não tem somente a missão de resolver os problemas do Rio de Janeiro, mas também um papel de moralizar o Brasil. O exército, mais uma vez toma a cena em virtude da falta de personagens políticos com apelo popular. A completa incapacidade da burguesia nacional de construir um personagem que possa ser a síntese da moralidade. Nem Temer quanto menos Aécio. A solução seria a eleição de um ex-juiz como o Joaquim Barbosa, no entanto este não demostra interesse na politica. Desta forma resta o exército para realizar mais uma vez este papel.

site: thiagodageografia.wordpress.com
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thami 19/01/2023

"Dessa forma, a Escola, as Igrejas "moldam" por métodos próprios de sanções, exclusões, seleção etc. não apenas seus funcionários, mas também suas ovelhas. E assim a Família... Assim o AIE (aparelho ideológico de Estado) cultural (a censura)."

somos todos seres submetidos a ideologias de diferentes maneiras e de diferentes lugares como nossa família, igreja, escola, até em manifestações culturais.
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Aline.Armond 29/02/2024

O prefácio é mais difícil do que o livro em si, então tente conseguir passar dessa parte que depois melhora. É didático em explicar como a escola, por exemplo, é importante pra manter o status quo, dentre outros parelhos ideológicos que são necessário pra se manter o capitalismo.
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Guilherme.Parada 14/04/2024

Os aparelhos ideológicos do Estado
Segundo Althusser, o Estado se utiliza de métodos além da violência, para atingir os objetivos por ela estipulada. Os aparelhos ideológicos do Estado sao formados por: Escolas, Igrejas, policia, midia e a família
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