Daniele Zanão 24/04/2020
Três Histórias Fantásticas
Três Histórias Fantásticas e um livro de contos escrito por Luiz Vilela, que conta com 61 páginas.
Confesso que comecei a ler esse livro pelo pior lado do leito, a aparência. Um dia eu olhei para ele e ele olhou para mim e eu pensei "por que não ler esse bebê de páginas coloridas, não e mesmo ?"
Mas bastou ler o primeiro conto para notar que a aparência não diz nada sobre a gente, o primeiro conto se chama "Imagem" e ele fala sobre um garoto que se torna obsessivo em tentar se entender olhando para a sua imagem, mas ninguém vive de aparências. Ele adoece por tentar se conhecer por algo tão superficial, "o exterior envenena o interior " foi a frase que me acompanhou ao decorrer desse conto, no início achei que esse conto seria meu favorito, isso mesmo Dani, lá vai você se enganar de novo.
O próximo conto se denomina "O Buraco " e ele conta a incrível história de um garoto que adora... cavar um buraco no jardim, sim isso mesmo, você deve estar pensando "nossa muito interessante" mas por incrível que pareça realmente e muito interessante. Quando eu li esse conto eu senti que era uma bela crítica ao nosso famoso comodismo, a gente se acostuma com o que e seguro, com o que e acolhedor, e nos perdemos e perdemos quem amamos por esse comodismo. Mesmo as vezes ficando com raiva do personagem por seu carinho pelo buraco, foi um dos personagens que eu mais entendi ao decorrer da história.
E chegamos no último conto, e definitivamente o que mais me chamou a atenção. E depois de competir com os meus dois favoritos ali em cima ganhou o título fixo de favorito, vamos, palmas ! Temos um vencedor. Brincadeiras a parte foi um conto muito interessante. O conto " O Fantasma " conta a história de um fantasma que tem medo dos seres vivos, foi o personagem que eu mais gostei, um ser que deveria ser assustador e mal ser o mais sensível e inocente do livro me despertou a vontade de abraçar o coitado e falar:" tudo bem, tudo bem o senhor e muito assustador "
" ? Não, obrigado. Cigarro dá câncer.
Como que se esforçando para manter uma conversa, perguntou-me se já haviam descoberto a cura do câncer.
? Sempre dizem que descobriram, mas parece que não descobriram ainda. Se empregassem nas pesquisas sobre o câncer o dinheiro que sempre empregam na fabricação de bombas, talvez já tivessem descoberto." Pg. 45
Termino esse livro com minhas expectativas muito bem alcançadas e fico imensamente feliz pela editora Novo Continente ter decidido publicar um livro assim.
Um ponto interessante e que no começo de todo conto temos uma ilustração do César Landucci que já dá um gostinho do que vem pela frente.
Obrigada por ler até aqui e desculpe por qualquer erro na resenha, essa e a primeira resenha que eu faço meio que obrigada pelo desafio do Skoob. Ksksk