Caio Chaves 29/01/2014
Falar desse romance é praticamente descrever como surgiu a literatura romântica água como açúcar que conhecemos hoje em dia e claro, amamos. O mesmo modelo estrutural que escritores e empresas seguem desde 1927 e que continua atual e atraindo grande massa de leitores de todos os cantos do mundo e das mais diferentes culturas.
Primeiro o que seria o It?
Segundo a definição pouco precisa dado pela sua criadora após a publicação do livro é:
“O mistério e a qualidade que somente algumas pessoas tem e que possivelmente as tornam diferente dos demais”
Ahn? Pouco claro, não é?
Porém para um simples romance feminino da década de 20, o It rendeu bem mais que poderiam imaginar, sendo inclusive empregado desde aquela época até os dias atuais como o máximo de como ser cool, seja na moda, música, cinema, teatro, televisão e música. É imune não citarmos it girls.
A versão que eu tenho é bem antiga, o número 78 da coleção Biblioteca de Moças, que na verdade era o Sabrina/Júlia/ Bianca da década de 20 até 1960. Tendo a minha edição sendo de 1955!
A história foi para a época erótica e realmente, nas entrelinhas dá pra perceber muita coisa, ou seja um verdadeiro escândalo.
O livro segue a trajetória da Ava, uma espécie de socialite falida e de boa índole que para saldar as dívidas do irmão canalha(que perdeu no jogo de cartas as valiosas jóias que a mãe deixou para Ava, quando morreu) pede emprego ao homem a quem sua família deve, Jon Gaunt. Sendo que Jon a emprega e logo fica perdidamente apaixonado por ela, para não admitir isso começa a maltrá-la de todas as formas possíveis no escritório e Ava o provoca de todas as formas, brigando com ele de igual pra igual. Embora se gostem, não vão parar de discutir até o final.
E claramente Ava tem o famoso it, que a torna diferente de todas as mulheres. Ela é viva, inteligente, boa índole e não se faz de coitada, aceita seu destino e seu maior sonho é saldar as dívidas e recuperar a honra de sua família.
E Jon tenta dominá-la de todas as formas possíveis e simplesmente não consegue vencer aquela temperamental mulher.
Com esse clima de dominação, intriga e muita tensão sexual( é sério, se o livro hoje em dia continua tendo esse clima de sexo proibido, imagine na época de publicação) a história segue suas 136 paginas divertindo.
Vale muito a pena ler, claro que tem comentários machistas, é um romance datado sim, porém consegue seduzir e é um marco do gênero, além de eu adorar a Ava e Jon discutindo o tempo inteiro.
site: http://omeninoqueliaromancesdeamor.wordpress.com/2014/01/26/o-it-elinor-glyn/