Vou cuspir no seu túmulo

Vou cuspir no seu túmulo Boris Vian




Resenhas - Vou Cuspir no Seu Túmulo


7 encontrados | exibindo 1 a 7


yomaeli 20/03/2020

Um dos meus livros favoritos. Leio sempre que posso. Diz muito sobre vingança, blues e desigualdade.
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Antonio Maluco 03/09/2017

Emocão a 1000
legal as histórias do personagens do livro
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Adriana Scarpin 14/07/2017

O que mais salta aos olhos aqui é o fato deste livro ter vindo do mesmo autor de L'Écume des jours, que são basicamente extremos opostos. Como nada me choca depois de ter lido as notícias sobre misoginia e racismo em qualquer jornal diário, certamente não são os terríveis acontecimentos ficticios desse livro que irão me chocar, mesmo porque nunca havia visto em livro toda a escrotidão perversa do ser humano de uma forma tão realista. É isso, folks, esse é o ser humano.
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Roseli 17/10/2013

http://www.nankin.com.br/imprensa/Releases/Realease-vian_avis-rara.htm
Os aeroportos culturais brasileiros recebem este ano um objeto voador muito pouco identificável. Está com pouso marcado no país para o início de março o trabalho de Boris Vian, uma das figuras mais originais da intelectualidade do século recém-terminado.
Nascido em 1920, no interior da França, Vian foi romancista, poeta, dramaturgo, trompetista, cantor, compositor, ensaísta, crítico musical, ator e "et ceras" afora. Emplacou até como profeta, ao anunciar na juventude que morreria antes dos 40 anos. O coração levou Vian aos 39 anos, três meses e alguns dias de vida.
Desde então, essa "avis rara", que só tinha projeção no céu do boêmio bairro parisiense Saint-Germain-des-Prés, onde fazia pares e trios com Sartre, Camus e Simone de Beauvoir, ganhou as alturas aqui e ali pelo planeta.
O próximo vôo tem escala no Brasil. Pela primeira vez será publicado no país um livro de poesias de Vian. "Poemas e Canções", lançamento da pequena e valente editora Nankin, chega acompanhado de um CD com versões brasileiras de composições do "faz-tudo" francês.
Livro e disco serão lançados com um espetáculo itinerante da cantora mineira Letícia Coura, responsável pela adaptação de oito canções em CD da gravadora Dabliú (leia abaixo). Também está no horizonte o lançamento de um dossiê sobre Vian na revista literária "Inimigo Rumor", publicação da editora 7 Letras.
Diante do projeto em curso da prestigiada editora francesa Fayard de lançar 16 volumes de 600 páginas com a obra completa do escritor, a armada "vianense" brasileira pode parecer insignificante. A iniciativa nacional tem, no entanto, a virtude de apresentar algumas das marcas mais fortes da produção de Vian, sobretudo seu "lirismo anárquico e humorado", como assinalam o tradutor e o editor das poesias, Ruy Proença e Fábio Weintraub.
Exemplo curto: o poema "Arte Poética". "É óbvio que o poeta escreve/Sob o bordão da inspiração/ Mas em muitos as bordoadas nada surtem." Além desse, o charmoso volume "Poemas e Canções" traz 31 poemas, também em suas versões originais. Faz parte do livro ainda o conjunto bilíngue das canções adaptadas por Coura. Um boa bibliografia e retratos do artista completam a edição.
"O que mais me atrai na obra de Vian é o humor, um humor sarcástico, associado a uma melancolia que vai se acentuando", exprime Proença. Engenheiro, assim como Vian, o poeta e tradutor também chama atenção tanto para o ecletismo do escritor ("ele vai do coloquial até o erudito") quanto para seu vanguardismo. "Vian antecipa um pouco o movimento beat. Ele prenuncia, de modo geral, os movimentos da contracultura dos anos 60", completa.
Bison Ravi (anagrama de Boris Vian, literalmente "bisão extasiado"), como o escritor assina nas suas primeiras publicações, definia essa espécie de pré-contracultura como "literatura infecta".
As autoridades francesas concordavam. Ele teve um romance proibido em 49, recebeu multa de 100 mil francos em 50 por ultraje aos bons costumes e foi condenado a 15 dias de prisão em 53 pela indecência de Vernon Sullivan.
E quem seria Sullivan? Boa parte da crítica francesa da época demorou para descobrir, mas esse era outro pseudônimo de Vian. Seu alter ego norte-americano nasceu quando recebeu a recusa de publicação de um dos seus muitos manuscritos.
"Quer um best seller?", perguntou ao editor Jean d'Halluim, em 1946. "Dê-me dez dias e fabrico um." Não conseguiu cumprir o prazo. Demorou 15 dias. Nascia o romance noir "Vou Cuspir no Seu Túmulo", o primeiro dos três "escritos" por Sullivan e "traduzidos" por Boris Vian.
Com o primeiro romance de codinome americano, Vian fez o "test drive" do sucesso. Não voltaria a pegar essa carona em vida, assim como não cumpriria (agora temos certeza) a sua promessa de ganhar o Nobel de Literatura de 2000. Os bons desempenhos em livrarias só viriam com a ressurreição editorial de um romance de 1947. "Onze de cada dez estudantes franceses hoje lêem "A Espuma dos Dias'", diz Proença.
O romance virou bolha no Brasil. Lançado nos anos 80, assim como "Vou Cuspir no Seu Túmulo", pela editora Nova Fronteira, "A Espuma dos Dias" é figurinha difícil até em sebos.
Evaporou assim como seu criador, que no fim da vida gostava de ser tratado como "sátrapa".
Esse "título", que alude ao modo como eram chamados líderes políticos na Pérsia Antiga, ele havia recebido no Colégio da Patafísica, extravagante academia inspirada na obra de Alfred "Ubu" Jarry da qual fizeram parte figuras como o comediante americano Groucho Marx e o dramaturgo romeno Eugène Ionesco.
Vian morreu dentro do cinema, assistindo à uma adaptação de "Vou Cuspir no Seu Túmulo". Não se tem notícias de cuspes em seu jazigo, em Paris.


CD inclui facas Ginsu e Copa de 98

A canção mais famosa de Boris Vian provavelmente é "Le Déserteur" (O Desertor), emblema maior do seu antimilitarismo, protestado mais tarde pela voz de Joan Baez.
Eis aí tudo o que não há da música do criador francês em "Letícia Coura Canta Boris Vian", CD que será lançado paralelamente ao livro "Poemas e Canções".
O segundo disco da cantora e compositora mineira presta tributo ao lado mais Boris Vian da música de Boris Vian.
A impressão é a de estar dentro de um cabaré. Acompanhada apenas pelo competente pianista Beba Zanettini, Coura desfia tresloucadas versões de oito das mais de 400 composições do "faz-tudo", além de cantar "Je Bois" (Eu Bebo) apenas no original.
O acento mais forte é o humorístico. Facas Ginsu, a revista "IstoÉ Gente" e a desastrada (para nós) final da Copa do Mundo de 98 entram em campo nas canções "vianenses".
"Foi quase uma necessidade de fazer liberdades poéticas. Ele mesmo foi tradutor e fazia isso sem nenhum stress. Não me senti desrespeitando Vian", diz a cantora e "transcriadora" de frases como "não sofro do fígado, acho muito antigo".
Outra marca é a de uma linguagem musical jazzística, e Vian, trompetista de jazz, conviveu com boa parte dos grandes nomes do gênero, como Miles Davis e Charlie Parker (dois músicos que ajudou a lançar na França quando trabalhou na gravadora Philips).
Não é a primeira vez que Letícia Coura grava Vian. Em "Bam Bam Bam", seu primeiro CD, ela havia adaptado "Fais-Moi Mal, Johnny" (ou "Bate em Mim").
Ali já estava a tônica das intepretações do novo trabalho, uma teatralidade que deixa com que se imagine até o gesticular da cantora durante a gravação.
A inspiração veio direto da fonte. "Vian não era um bom cantor, mas suas interpretações eram interessantes pelo aspecto teatral", diz Coura.
Entusiasta do músico e escritor desde o início dos anos 90, Coura já traduziu também alguns contos de Vian (não publicados) e tem "um projeto de vida" de traduzir algum de seus romances inéditos em português, "de preferência "Les Morts ont Tous la Même Peau'", o segundo assinado com o pseudônimo Vernon Sullivan.

Um poema

"Quero uma vida em forma de espinha
Num prato azul
Quero uma vida em forma de coisa
No fundo de um troço solitário
Quero uma vida em forma de areia nas mãos
Em forma de pão verde ou de moringa
Em forma de sapato velho
Em forma de tiroliroliro
De limpa-chaminés ou de lilás
De terra coberta de seixos
De cabeleireiro selvagem ou de edredom louco
Quero uma vida em forma de você
E a tenho, mas ainda não é o bastante
Nunca estou contente."
Boris Vian

Poema "Je Veux une Vie en Forme d'Arête" (Quero uma Vida em Forma de Espinha), traduzido por Ruy Proença para o livro "Boris Vian, Poemas e Canções" (Nankin)
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Debora696 02/10/2011

Cômico, divertido e extremamente cruel
Originalmente publicado na França em 1946 como uma tradução de Boris Vian de um suposto romance norte-americano de autoria de Vernon Sullivan, o livro transformou-se imediatamente num grande sucesso e escândalo. As doses de sangue, sexo e cinismo são generosas e sedutoras.
-- Tony Bellotto


O forasteiro era tudo o que os jovens de Buckton pediram ao diabo. Um sujeito amoral, sedutor e com idade para comprar todo o álcool do mundo. Para Lee Anderson, a nova cidade era o paraíso: muito blues, um emprego que lhe rendia alguns dólares e adolescentes de seios pontudos que transavam para matar o tédio. Mas como a ótima pulp-fiction de Boris Vian não trata apenas de sexo, apesar de fazê-lo deliciosamente bem, o sangue começa a jorrar de suas páginas quando Anderson declara suas reais intenções: "só há uma coisa que conta, se vingar, e se vingar da maneira mais completa possível."
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Tito 09/08/2011

Uma pulp-fiction absolutamente descarada.
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