A redoma de vidro

A redoma de vidro Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


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Giovanna398 08/09/2023

Poético e arrebatador.
Sylvia Plath traduz aqui sentimentos inerentes à experiência feminina. É um relato sensível, real e cru sobre a depressão e sobre ser mulher em uma sociedade estruturada no machismo. É uma leitura fluída, mas muito densa.
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Lah 01/09/2022

Sobre " A redoma de vidro " de Sylvia Plath
As palavras de Plath atravessaram-me de maneira íntima, particular. Tudo remexeu em mim, tudo foi tocado. Ao exprimir o indizível - aquilo que jaz sob mistério, estigma, incompreensão e preconceito -, a autora nos impele a uma experiência de leitura singular: " despida [ a obra ] de verniz lírico, porque imersa na crueza dos sentimentos mais profundos ".
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Este fora o único romance da poetisa norte-americana Sylvia Plath. Sem pormenorizar, a trama se desenrola nos idos de 1963 e narra a estória de Esther Greenwood, jovem inteligente, promissora e privilegiada para os padrões de seu tempo, mas que sente profunda desconexão com sua realidade, se percebe absorta num sem-sentido da vida.
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Seja pela similitude nalgum nível entre a experiência de Esther e a sua própria, seja por incitar um sentimento de profunda condolência, esta obra arrebatá-lo-á: não há como se manter apático face aos seus flertes com a morte que se dão tanto de modo inconspícuo (comparecendo, no texto, de forma sutil, profunda e poética), como de modo brutal e patente ( irrompendo como uma força desesperada).
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O enredo abarca questões emergentes do feminismo da época: os ditames sociais vinculados aos papéis de gênero e as angústias e incertezas daí redundantes, sexualidade, as aspirações profissionais, a recusa ao projeto patriarcal de família, a nascente pílula contraceptiva, discussões em torno do aborto...
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O texto toca tbm, sensivelmente, no tema da luta antimanicomial. A condição de Esther se deteriora com o tempo. Não há política pública de atenção à saúde. Á contragosto, Esther é levada a um hospital psiquiátrico e submetida a terapia eletroconvulsiva - método de tratamento a depressão pela psiquiatria ateórica e organicista do séc.XX. A reclusão, a eletroconvulsoterapia ... refletem a tendência no capitalismo de construção de subjetividades patológicas com o fim de controle - por meio de políticas higienistas ou pela coerção escancarada - das " anomias sociais ", as quais obstaculizam a produção do capital e a reprodução social. Tudo isto encontra-se subjacente a narração.
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Sobre os fenômenos do sofrimento psíquico e seu ponto culminante, o suicídio - em torno dos quais a trama de desenrola -, me parece cirúrgica a definição de Rubens Enderle, tradutor de " Sobre o suicídio " de Karl Marx ( leitura que fiz em paralelo): " ato extremo da multifacetada alienação do homem sob o capital, o suicídio possuí, em Marx e em Peuchet, o alcance de uma renúncia do indivíduo a uma existência inautêntica, apertada do gênero humano. Suas raízes não se encontram, portanto, em nenhuma individualidade ou sociedade cristalizadas, mas sim no âmago daquele vivo e sempre mutável complexo de categorias que chamamos de ser social ".
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Sylvia Plath teve uma vida fugaz, uma morte precoce: com a cabeça no forno á gás se suicida, aos 30 anos, deixando dois filhos. Ademais do "Redoma de Vidro", consta entre seus escritos um livro de Poemas ( Ariel - 1965 ) e um diário robusto póstumo ( 2000 ) que corrobora a fusão entre as histórias da protagonista e sua autora. O livro ora resenhado trata-se de uma obra ficcional com forte conteúdo autobiográfico. Plath é uma autora genial e sensível que renuncia a uma vida " estranhada " e desumanizante que asfixiou sua potencialidade humana e criativa.
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Bia 19/01/2023

Eu não via motivo para me levantar. Eu não ansiava por nada.
"Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse ? fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc ?, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado."

Coloquei muita expectativa, achei uma escrita monótona, porém é um bom livro que com certeza vale a leitura, muito melancólico já que adentramos dentro dos pensamentos de uma pessoa com depressão, e fica mais triste depois de saber oq aconteceu com a própria Sylvia Plath depois da publicação.

(Não recomendaria para alguém que não está 100%)
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Thai lendo 27/09/2023

Vidro. vidro por todo lado. poetas. poetisas. escrita???
Vamos lá. O único romance da autora. Um dos livros mais recomendados quando se trata de personagens femininas complicadas. Literalmente um clássico, e mesmo assim, não conseguiu me agradar muito bem.

A ideia principal é relativamente boa, não tem nada demais, mas pode/poderia ser trabalhada de forma que ficasse interessante e legal de se ler, o que não aconteceu bem assim.

A personagem principal é muito bem feita, muito bem escrita, e talvez por esse mesmo motivo, ela também seja muito chata. Seus pensamentos são crus, sem filtro algum, mostrando todos seus preconceitos, angústias e egoísmo e acredite, ela tem muitos pensamentos assim (ou a autora né, já que realmente tem vários). A Esther não é fácil de agradar e nem agradável, ela foi criada para ter todas essas "qualidades" e a autora foi muito bem fazendo isso. Mas, ainda sim, não foi o suficiente para se prender na história.

São muitos monólogos intermináveis, muitas cenas descritas e com referências, muitos pensamentos soltos e memórias relembradas de página em página, e mesmo eu gostando muito da escrita (que é realmente muito boa), não vi nada muito bom nesse livro, não consegui me apegar a história, aos personagens, a tudo em geral.

Os únicos momentos que realmente me tiraram uma reação foram com diálogos tão rascistas e preconceituosos que tinha que parar um pouco e pensar: "eu realmente tô lendo isso?"

Esperava bem mais (bem mais!) desse livro, ainda mais que sempre vejo recomendações e sei que é praticamente um clássico, mas não curti tanto. Claro que não foi uma experiência toda ruim, afinal não parei de ler, mas também não chegou nem a ser boa. Um indiferente, talvez? E isso porque eu agora estou gostando de ler livros nesss vibe, e ai o principal de todos, eu não curto.

Enfim, não recomendo, mas como se trata de um muito famoso e também da opinião de leitor para leitor, talvez ler esse livro não seja tão ruim assim.

"Me vi sentada embaixo da árvore, morrendo de fome, simplesmente porque não conseguia decidir com qual figo eu ficaria. Eu queria todos eles, mas escolher um significava perder todo o resto, e enquanto eu ficava ali sentada, incapaz de tomar uma decisão, os figos começaram a encolher e ficar pretos e, um por um, desabaram no chão aos meus pés."
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Mayara945 12/06/2020

Eu sou, eu sou, eu sou
A redoma de vidro, um relato quase autobiográfico de Sylvia Plath, nos mostra quão dolorida pode ser a vida de quem sofre com depressão.

Sufocada em seu próprio ar, presa nessa redoma, a protagonista, Esther Greenwood, luta para descobrir o sentido de sua vida e seu lugar no mundo. É um relato muito verdadeiro, que apesar de relatar momentos difíceis, é envolvido por muita poesia.
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mirella.camargos 01/11/2022

perdeu 1estrela por ser racista, viu dona sylvia plath ?
a redoma de vidro é um auto-retrato cruel da depressão.
os primeiros capítulos são muito contidos e só mostram a vivência de esther no dia a dia. mas a partir do capítulo 11 tudo passa a ser dolorido, é impossível não sentir empatia, ou dor. sempre retratam a depressão como tristeza extrema, mas a minha visão pessoal (de convivência com isso) chega a ser muito mais próxima do que a esther descreve, do que o que é retratado pela mídia atualmente.
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Gabrieli 06/04/2022

Adorei (e chorei)!
Um livro de uma sensibilidade incrível e extremamente tocante. Crises existenciais são certeiras durante a leitura.
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Brenda 22/08/2023

Não poderia te me importado menos...
Comecei ler o livro com expectativas altíssimas, sabendo que se tratava de um clássico norte americano aclamadíssimo pelo grande público e também um sucesso em críticas, sendo inclusive considerado leitura "obrigatória", por tratar de temáticas sensíveis.

Já comecei o livro sabendo da história de vida pessoal da autora Sylvia Plath, de modo que já sabia que a personagem Ester tinham muitas semelhanças com a autora, tornando o livro quase autobiográfico. Assim como a Ester, Sylvia Plath também sofreu de depressão, tendo um final bem menos feliz na vida real do que a personagem do livro.

O livro aborda um tema sensível numa época em que esses assuntos não eram amplamente debatidos. Os tratamentos de depressão e demais problemas/transtornos psíquicos eram cruéis, de modo que qualquer pessoa que fosse acometida com esses problemas, eram pessoas tratadas às margens da sociedade, e por isso eu queria muito ter gostado.

Mas não gostei.

No começo estava interessada, mas há todo tempo o livro parecia que ia engrenar e depois não ia a lugar nenhum. Tentei levar em consideração que essa era exatamente a mente de uma pessoa deprimida que não ver atrativo em nada na vida, e se for isso, o livro é brilhante, mas o fato é que eu não consegui me interessar por nada.

Não consegui desenvolver empatia pela personagem mesmo nos momentos de sofrimento, não consegui me importar com ela, não gostei de nada e fiquei o tempo todo só querendo que o livro acabasse.

A escrita da Sylvia Plath não é rebuscada ou difícil de entender, e foi justamente pela escrita que dei 03 estrelas, mas isso não foi o suficiente para me deixar entretida ou mesmo gostar da história. Houve momentos, inclusive, que nem a escrita sustentou, já que a Sylvia Plath fazia comparações/metáforas que ao meu ver parecia que era apenas para florear o livro.

E, para finalizar, descobrir que na vida real a Sylvia Plath era racista, impactou ainda minha opinião sobre o livro. Isso porque tem uma cena já da metade pro final que me incomodou e saber que a autora era racista me fez entender o porque do meu incomodo lendo a cena.

Mesmo assim recomendo a leitura porque é um clássico fácil de ler e entender e trás contexto de como doenças psicológicas eram tratadas e vistas nas décadas passadas. Mas, acima de tudo, conseguimos ver como a doença atua nas pessoas.

No mais, não curti e não pretendo ler mais nada da Sylvia Plath. Esse livro me colocou numa ressaca literária terrível porque a leitura foi tão entendiante e desinteressante que eu não queria ler mais nada.
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Dani 24/01/2022

Melancolia
Nossa, eu devorei esse livro.
Conta a história de uma jovem promissora, Esther, que começa a desenvolver problemas mentais, como a depressão clínica.
Que escrita profunda e poética, dentro da mente depressiva da personagem.
Assuntos fáceis de se relacionar pra nós mulheres. Fala das expectativas e obrigações que temos, da pressão da sociedade e de como isso nos limita.
Mesmo sendo de 1963, várias pautas ainda são atuais.
Além disso, vai ficando cada vez mais cru e intimista a medida que avança, sofri junto com a protagonista.
Interessante a abordagem da autora numa época em que doenças mentais eram extremamente estigmatizadas.
E depois que eu soube um pouco mais sobre a autora deu pra entender como ela escreveu um retrato tão verdadeiro.
Vários gatilhos nessa leitura, mas recomendo muito que leiam essa obra.
ara 04/02/2022minha estante
Quero leeer


Dani 04/02/2022minha estante
Não vai se arrepender ?


ara 04/02/2022minha estante
?




yasmin.santtori 28/10/2021

Para mim é difícil fazer uma resenha sobre esse livro, muito porque houve vários momentos que eu me identifiquei com a protagonista e alguns de seus pensamentos. Mas eu gostei e recomendo muito.
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spoiler visualizar
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yoonluv 21/12/2023

A escrita é maravilhosa tão profunda e me enxerguei em cada frase sentimento e expressão da Sylvia, extremamente triste ler o final e saber que na vida real ela não resistiu, mas com certeza se tornou um dos meus fav
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Thauany 08/10/2023

I've been tearing in my fucking nightgown 24/7 Sylvia Plath
Um mergulho profundo na mente de uma pessoa depressiva, extremamente real e inquietante.
O final foi diferente do que eu esperava vendo as várias resenhas e sinopses por aí.
Com certeza vale a pena a leitura mas tem alguns gatilhos sobre temas sensíveis.

?Onde quer que eu estivesse ? fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc -, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado.?
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Beatriz3345 16/03/2020

Bem diferente
A única obra literária lançada pela autora dois anos antes de se suicidar.
Aqui acompanhamos o crescente enlouquecimento de uma jovem que poderia ser uma escritora promissora, diz-se que é uma obra autobiográfica.
Gostaria muito de ler outro romance da Sylvia Plath porém, infelizmente, não posso...
Aliás faz meses que não posto uma resenha, acho que perdi o jeito, me desculpem...
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Cris 12/10/2023

12.10.2023
Não gostei da narrativa. Toda vez que acabava um capítulo demorava para engrenar no próximo, pois não sabia em que momento da vida a personagem principal estava. Em que pese tratar de problemas psicológicos, depressão e suicídio, não consegui ter empatia.
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