Resenhas - A Redoma de Vidro

sofia.soneca 16/04/2024

?eu sou, eu sou, eu sou.?
Redoma de vidro foi um dos melhores livros que eu já li. me senti dissecada pela autora ? assim como esther, passei pela angústia de se sentir presa em uma redoma ?, e cada frase de esther sobre seus relacionamentos com as pessoas e o mundo ao seu redor ratificava isso ainda mais.

PORÉM, preciso dizer que nem tudo é flores. assim como me identifiquei com greenwood, joan também é uma personagem de destaque. aparece principalmente perto do final, mas deixa uma impressão forte no leitor e na própria protagonista (que a conhece há mais tempo que nós). precisei me segurar com a notícia do fim, mas foi algo que trouxe coesão para o arco da personagem (diria que ela foi mais forte que eu, pois eu teria feito pior se estivesse na mesma situação).

no fim, é um livro que traz questões sobre o que é ?ser? ? especialmente como uma mulher na sociedade, e sylvia plath consegue transmitir o espaço clautrofóbico em que esther se encontra durante todo o livro. é uma ótima leitura, eu recomendo. :)

obs.: buddy willard, espero que você exploda.

leeknower 16/04/2024

A redoma sufocante
Acho que nunca li um livro que retratasse tão bem a depressão, principalmente pela analogia da redoma de vidro. além disso, é muito bem escrito, não por ter palavras difíceis, mas o leitor acompanha progressivamente a saúde mental de esther se deteriorando, isso é ainda mais difícil de digerir ao pensar que é um livro considerado autobiográfico. essa obra é um pedido de socorro de sylvia plath? fora isso, um ponto pouco discutido é o comportamento racista e homofóbico da personagem que também é um reflexo da mente da autora, o que só reforça esse livro como um retrato do feminismo branco do século XX.

Emanuela128 16/04/2024

Esse livro me pegou de surpresa, eu já sabia superficialmente a história da protagonista, porém, é um livro tão....imersivo, e quem possui transtornos mentais, tais como a depressão e ansiedade têm que ter bastante cuidado e pensar antes de ler este livro porque ele é cheio de gatilhos, digo isso pq tenho esses transtornos e me identifiquei 100% com a protagonista. A personagem é bastante complexa, o livro mexe muito com a gente, ainda mais com as pessoas sensíveis à esses tópicos. A história é bem fluída, de fácil leitura e nos prende nela, nota 5/5.

Carol Guimarães 16/04/2024

CONTÉM GATILHOS - suicídio e depressão

Uma obra com partes autobiográficas, aborda a vida de Esther, que tem depressão e é internada numa clinica após tentar suicídio.

A narrativa poética não me atrai, e o livro é assim.

Os fatos e as descrições e a cronologia são confusos, mas eu creio que isso é proposital já que ela quer mostrar o quanto a visão da protagonista das coisas ao redor dela estavam perturbadas.

E isso tudo não só fruto da criatividade da autora, mas experiência própria.

A descrição perturbadora de como algumas coisas são feitas para tratar a personagem nos deixam com o coração quebrado.

A dificuldade da família em aceitar e ajudar Esther também nos leva a refletir.

Recomendo a leitura desde que você esteja bem mentalmente pra ler esse tipo de assunto

Dk 16/04/2024

Eu dei cinco estrelas porque tenho comigo o conceito de que um livro com tamanha capacidade de me perturbar, foi muito bem escrito.
Ou isso ou realmente aconteceu de eu ter lido num momento de muitas identificações com a protagonista. Que leitura densa. Não pela linguagem, mas o conteúdo me fez pausar e respirar fundo algumas vezes, como se eu mesma estivesse sufocada dentro de minha redoma de vidro.

"Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim."

Lanny 16/04/2024

Eu sou, eu sou, eu sou.
Sempre tive uma vontade de ler mas acho que estava esperando o momento certo, e realmente foi agora.
Li aos poucos e fui realmente sentindo a história, como Esther sentia sua mente vazia, eu também senti.
Ainda to digerindo tudo, os pensamentos, a vida que ela invejava de outras que perdeu sentido de um capitulo para o outro. É tudo muito sensível, estou curiosa para pesquisar mais sobre a Sylvia.

Aswme 16/04/2024

Sobre Morte
A vida é um fardo, ter que se provar, escolher o que quer mas sem realmente escolher e sim se adequar a convenções sociais, ter um monte de oportunidades e ter capacidade mas nunca levar nada adiante porque aquilo tudo nunca vai realmente lhe trazer prazer algum. No final senti que ela morre sem morrer e renasce sem nada mudar.

M_Claralim_ 15/04/2024

A redoma sufocante de Sylvia Plath
Lembrar que esse livro é um pedido de socorro sa Sylvia dói. Dói pq não basta ir muito fundo na vida dela pra descobrir que na verdade ela é a Esther, apenas.
Ler esse livro é uma série de socos no estômago, a veracidade e a dureza de passar os fatos sem poesia, pq a vida é dura, então pq maquiar isto? Houve partes que me marcaram muito, e com certeza vou levar esse livro no meu coração, a Sylvia está no meu coração.
O livro termina sem nos dar certezas de nada, sem expectativas, pq a Esther não tinha expectativas, e a Sylvia só tinha uma: morrer.
Uma semana depois da publicação desse livro ela conseguiu o que tanto tentou, assim como a Esther também tentou.

O legado se Sylvia excede o tempo.

"Respirei fundo e ouvi meu coração, que insistia em bater.
Eu sou, eu sou, eu sou."

maria15781 15/04/2024

Não gostei mas também não odiei.
Eu simplesmente amei alguns trechos do livro. Me identifiquei bastante, principalmente com a analogia da figueira.
Apesar disso não posso deixar de comentar sobre diversos trechos que foram bastante preconceituosos (?) Não sei dizer se é o "jeito" da protagonista ou se é a autora que é meio lele mesmo. É até que um bom livro só que fiquei bem desconfortável com os comentários racista, gordofóbicos etc.

Rafaela Fernandes 15/04/2024

Não dei quatro estrelas por causa do final que fica em aberto. Me identifiquei muito com a personagem

Arylkitty 14/04/2024

A redoma de vidro
Uma leitura tocante, sensível, feminina e atemporal. Mesmo a obra retratando uma história que se passa em algum momento do século XX, ela não poderia ser mais atual. É uma obra feita para ser digerida aos poucos, principalmente se você está em um momento mais delicado da sua saúde mental. É muito fácil se identificar com a forma que Sylvia retrata os sentimentos de angústia, ansiedade e tristeza, e tive a sensação de que o texto colocou em palavras alguns sentimentos que não sabemos muito bem como descrever, ou até, sentimos constrangimento de expor. Além disso, sinto que essa leitura traz muito do que é o processo de tornar-se mulher dentro de nossa sociedade, retratando diversas questões com trabalho, estudos, saúde mental, relacionamentos e sexualidade que fazem parte da vivência feminina como um todo. É estranho pensar como todas nós compartilhamos dessas mesmas experiências, de maneira muito semelhante, mesmo com o passar dos anos e da evolução da sociedade como um todo.

Malphys 14/04/2024

Acredito não ter analogia melhor para a depressão do que uma Redoma de Vidro. Sylvia conseguiu colocar em palavras sentimentos e sensações que, muitas vezes, não são possíveis explicar.

Além de toda pressão social da época, e que ainda vivemos hoje mas de uma forma moderna, Esther precisava se formar, sair da pobreza e fazer, acima de tudo, um bom casamento. Tudo isso enquanto desejava experimentar a vida porque não sabia o que era viver.

E no meio de todo o processo social, ela foi sentindo a grande redoma de vidro prende-lá. E há como sair disso? O final fica em aberto para a personagem Esther, mas não para a autora Sylvia.

Nem sempre é possível escapar da redoma.

Priscilla154 12/04/2024

Um dos livros mais tristes e sensíveis que já li
Nossa, conhecer a Esther é simplesmente se reconhecer em alguns momentos da história.
O livro aborda assuntos extremamente necessários e pouco falados, mas com a visão de um ser humano. Em vários momentos da história você sente tudo que a Esther sente... Você está lendo e a escrita da Sylvia é tão envolvente que parece que é você lá, vivendo e sentindo e sendo...

Jessika.Lopes 12/04/2024

Apesar de ter uma escrita bem fluida, precisei de tempo entre um capítulo e outro. Foi agoniante acompanhar toda a progressão da ansiedade e depressão da personagem, principalmente sabendo que também é um pouco da história da Sylvia. A teoria da figueira foi a parte que mais me tocou: "Eu me vi sentada na bifurcação dos galhos desta figueira, morrendo de fome, só porque eu não conseguia me decidir de qual figo escolher. Eu queria cada um deles, mas escolher um significaria perder todo o resto, e, enquanto eu estava sentada ali, incapaz de me decidir, os figos começaram a se enrugar e ficarem pretos, e, um por um, eles caíram ao chão, aos meus pés". A Plath ficaria feliz em saber que seu romance foi um sucesso.

eduardo20 10/04/2024

Triste, mas lindo
Essa foi a segunda vez que eu li A Redoma de Vidro. É ótimo poder revisitar uma obra como essas, ainda mais 3 anos depois de ler pela última vez. Não lembrava de algumas partes mas senti que foi como refazer um caminho que você já conhece - você já tem a segurança, já conhece o caminho e pode se concentrar em olhar o que está acontecendo em volta. Por fim, a Redoma de Vidro acabou se consolidando como um dos meus livros favoritos.