A redoma de vidro

A redoma de vidro Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


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Madu 21/03/2024

Difícil
Eu nunca tinha me deparado com um narrativa sobre saúde mental tão realista, tão perspicaz, por muitas vezes me identifiquei com a personagem, eu consegui sentir a dor dela, é uma leitura difícil mas incrivelmente boa
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Jullia.Castilho 21/03/2024

Esther Greenwood, a sonhadora.
Em todos os momentos do livro, eu sempre enxerguei Esther Greenwood como uma menina muito inteligente, obstinada e sonhadora, ou será que essa era a antiga versão dela?
Durante o livro, tudo o que eu sentia era que a Esther era uma flor que estava aprisionada em sua doença.
Eu sabia que a leitura iria ser incrível mas muito pesada, em alguns momentos pensei que não conseguiria seguir em frente por conseguir tatear todo o desespero da personagem principal.
Desde o início fica perceptível os sinais de que ela não está bem, ela está vivendo algo que sempre sonhou mas não consegue aproveitar e se dedicar e quando volta para casa se sente mal por tudo que deixou de realizar e sente que todo o esforço e dedicação de uma vida inteira não valeu de nada, sente que desperdiçou todas as oportunidades e que tudo que conseguiu e vai conseguir na vida são diplomas mas os seus sonhos na vida adulta e "real" foram por água abaixo pelo simples motivo de não ter capacidade.
No momento em que Esther retorna para sua casa, a gente se depara com um momento extremo de como a doença a sufoca e desespera a mãe, que muitas das vezes não lida da melhor forma.
Para mim, foi muito desesperador ler e sentir o desespero dela de forma tão crua e real, principalmente em todas as suas tentativas de acabar com sua própria vida. E nesses momentos mais do que nunca, eu consegui ver de perto a dor dela, a dor, que para ela, nunca passaria, nunca teria cura.
Não sei se esse meu ponto de vista está certo, mas simplesmente não conseguia acreditar muito em nenhum dos médicos, sentia que todos apesar de suas profissões pensavam em Esther com a cabeça daquela época, enxergavam-na como louca e que a única cura viria de um tratamento doloroso.
Senti-me em algumas passagens como Esther, com dúvidas sobre o futuro, com arrependimentos e me colocando em uma caixinha que só me permite ser um tipo de pessoa. Mas a vida é assim mesmo, a gente não sabe nada e sempre vai fazer algo que se arrepende e tudo bem, só é muito duro ver o quanto esses pensamentos e sentimentos podem ser sufocantes.
"...-fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc- estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado."
Silvia Plath tem uma escrita incrível e te transporta para dentro da história, fazendo você sentir e se identificar com Esther, em muitos momentos.
Foi muito especial a leitura mas muito triste por saber que aquilo é mais real do que gostaríamos que fosse.
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Tuts 21/03/2024

24\7 Sylvia Plath
O belíssimo livro de Sylvia Plath é sobre a Esther, uma jovem mulher que aparentemente vive uma vida normal, indo para um novo emprego numa revista de moda, mas o conflito da trama ocorre quando a personagem começa a desenvolver uma forte depressão, e o livro se centra nisso e como a personagem lida com esses sentimentos.

Com uma escrita que beira o impecável, Plath traduz os próprios sentimentos e se projeta na Esther, uma vez que o livro foi publicado semanas antes da autora cometer suicídio. Utilizando uma narrativa que centra nos pensamentos e impressões da protagonista, a autora consegue trazer de maneira intimista os anseios de Esther, sob diferentes perspectivas, utilizando-se de um lirismo impecável.

Um exemplo que considero emblemático é quando Esther resolve ir na praia, e pensa, ao observar o mar, o seguinte :

"A umidade parecia se desprender do próprio fundo do mar, onde peixes brancos e cegos atravessavam o frio polar se guiando pela própria luz. Vi dentes de tubarões e ossos de baleia espalhados lá embaixo como sepulturas."

O trecho é fenomenal, pois consagra a mentalidade mórbida da protagonista diante de sua depressão, que a autora já havia desenvolvido anteriormente, como o fato dela não ver mais sentido em nada, se sentir cansada o tempo inteiro e sem vontade de viver. Traduz também sua própria personalidade de escritora, poetisa e preocupação em não poder mais escrever.

Do meio pro final do livro, a melancolia é gritante como luz solar. O ápice disso se revela nas próximas passagens :

"Se a Sra Guinea tivesse me dado uma passagem para a Europa, ou uma volta ao mundo de cruzeiro, não teria feito diferença nenhuma, porque, onde quer que eu estivesse - no convés de um navio, num café em Paris ou em Bangcoc - eu sempre estaria dentro da mesma redoma de vidro, marinando no ar parado do meu hálito."

E numa cena, ela retrata isso num diálogo da protagonista com a mãe :

"Naquela tarde minha mãe tinha me levado as rosas.
-Guarda as rosas pro meu enterro - eu dissera.
O rosto da minha mãe se contraiu, e ela pareceu estar prestes a chorar.
-Mas, Esther, você não lembra que dia é hoje?
-Não.
Pensei em dizer Dia de São Valentim.
-É o seu aniversário"

E, quase como uma conclusão antecipada do romance, Plath nos impressiona com mais um soco no estômago :

"Vamos agir como se tudo isso tivesse sido um sonho ruim. Um sonho ruim. Para a pessoa que vive dentro da redoma de vidro, vazia e inerte como um bebê morto, o próprio mundo é um sonho ruim."

Em resumo, A Redoma de Vidro é uma livro excepcional, que aborda com uma visão poética e melancólica( e um pouco melodramática, também), a vida e os amálgamas de uma personagem que já não vê mais felicidade, nem esperança, em sua vida. Não poderia deixar de citar minha cantora favorita, Lana Del Rey, que tem Plath como uma de suas referências, já tendo explicitamente citado em sua música "hope is a dangerous thing for a woman like me to have - but i have it", uma música que tudo tem a ver com a atmosfera dessa obra :

I've been tearing around in my fucking nightgown
24/7 Sylvia Plath
Writing in blood on the walls
'Cause the ink in my pen don't work in my notepad
Don't ask if I'm happy, you know that I'm not
But, at best, I can say I'm not sad
'Cause hope is a dangerous thing for a woman like me to have
Hope is a dangerous thing for a woman like me to have

5 estrelas + favoritado
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maria15915 20/03/2024

The Bell jar
A redoma de vidro - Sylvia Plath

Um livro marcante e difícil de engolir, mostra o amadurecimento de uma jovem adulta e sua força de vontade como pessoa.

Esther greenwood é uma garota com muito sucesso, ganhou bolsa em uma universidade renomada, e é modelo em uma companhia importante. Toda vida foi muito cobrada por si mesma, tem uma vida "normal" apesar de lidar com transtornos alimentares de forma indireta devido a sua profissão.

Porém em um determinado tempo, onde ela se muda de cidade para cursar a faculdade, tem um quadro depressivo, onde ve sua vida desmoronar, onde é possível ver com clareza e naturalidade seus pensamentos suicidas.
Sua mãe começa a perceber como ela se sentia e a gravidade da situação, e ela é encaminhada para um psiquiatra e recebe tratamento de choque em um convênio particular, mas fica traumatizada com a experiência

"Eu me tranquei no banheiro, e enchi uma banheira de água quente, e peguei uma lâmina de Gillette."
Esther tenta cometer suicídio duas vezes, "Mas quando chegou a hora de fazer isso, a pele do meu pulso parecia tão branca e indefesa, que eu não pude fazer isso."

Esther segue recomendação do seu psiquiatra de ser internada em um hospital psiquiatrico, onde durante certo tempo iria a prevenir de tomar possíveis atitudes, e assim ela poderia focar no seu processo de recuperação, porém ela nunca de sente 'doente o suficiente'.
Quando é informada que ira mudar de ala, devido a sua grande melhora ela diz que nao deveria ser transferida; "Porque não estou pronta. Eu não estou bem o bastante.?
"Ou eu melhorava, ou caía, cada vez mais fundo, como uma estrela em chamas que queima até as cinzas"

É um livro com grandes reflexões, onde só poderam ser entendidas e questionadas após a leitura, e concerteza virou o meu livro favorito!

?Eu não sei o que mulheres veem em outras mulheres,? eu disse à doutora Nolan na consulta do meio-dia. ?O que uma mulher vê em outra mulher e que não encontra em um homem??
Doutora Nolan fez uma pausa. E logo respondeu, ?Ternura.? Aquilo me calou.

A autora Sylvia Plath se suicidou 2 semanas após publicar o livro.
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Kelly.Hatada 20/03/2024

Li o livro influenciada pela história trágica da autora, mas não consegui me identificar com a personagem, nem mesmo nos momentos em que achei que teria algum grau de empatia.
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Gigioscaptain 19/03/2024

Já fazia um tempo que queria ler algo da Sylvia e acabei escolhendo esse livro, confesso q demorei mais do que estou acostumada.
Achei muito interessante a abordagem do tema, justamente por ser um tema delicado eu demorei um pouco pra "digerir" algumas partes e só fui arrastando a leitura
A escrita é de fácil compreensão, pra mim esse livro foi 3,5 é um bom livro
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v de vanisse 18/03/2024

LIVRO DE MULHER MALUCA ??
Eis o Declínio de um Homem para meninas.
O que mais me chamou atenção na história foi como as coisas foram de 0 a 100 do nada? ?do nada? também não, mas foi num estalo.

Não tenho muito o que dizer. Pra falar a verdade eu não gostei nada desse livro. Acontece, né? Vai de cada um. Pra quem já assistiu aquele filme Garota, Interrompida e gostou, esse livro é uma boa dica de leitura (nem preciso falar que é pesado, né?)
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fernanda.ribeir 17/03/2024

Relato sobre a depressão
O livro não é fácil de ler porque trata de um assunto muito sério, a depressão.
O romance conta a história de Esther, uma menina simples, mas que teve ótima educação, foi contemplada com uma bolsa de estudo na universidades e, ainda, está participando de um programa para jovens mulheres em Nova York - momento em que o livro começa. Ou seja, apesar de ter tudo que aparentemente lhe faria feliz, nada parece brilhar os olhos de Esther. Apesar do livro ser meio parado no começo, ele vai mostrando como, aos poucos, Esther perde energia para as atividades mais básicas do dia até ter que enfrentar o tratamento psiquiátrico.
Junto a esta trama, a autora Sylvia Plath traz críticas à função desempenhada pela mulher nos anos 50.
Alguns dizem ser o romance semiautobiográfico, considerando que a autora também passou pela depressão e acabou se suicidando com 30 anos.

?Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, mundo inteiro é um sonho ruim?
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Maria13835 17/03/2024

Para quem já se sentiu em uma redoma
Não é um livro fácil. Por diversas vezes tive que interromper a leitura devido ao peso emocional das cenas. Não pela escrita; esta é simples e muito crua. Mas o enredo é forte. Exige demais emocionalmente.

A redoma de vidro nada mais é do que uma metáfora para Esther descrever como se sente ? e por extensão, a Sylvia. Honestamente, uma analogia brilhante que faz muito sentido para qualquer um que já tenha passado por eventos traumáticos ou momentos asfixiantes na vida. A redoma preserva, isola, asfixia, torna impermeável. E Sylvia Plath foi sublime em dar palavra a algo tão indizível quanto essa sensação de desajuste.

Uma vez me disseram para ler esse livro imaginando o tempo todo a personagem principal sendo envolvida por essa redoma. Essa dimensão existencial faz toda a diferença.

Eu poderia falar sobre a potência do livro para a terceira onda do feminismo, o surgimento das pílulas anticoncepcionais, as terapias de eletrochoque, o "american way of life", os homens e seus desejos, as mulheres e seu castramento, o fardo dos casamentos, a elitização do serviço de saúde... Mas só queria relembrar que essa é uma história altamente autobiográfica.

Cada personagem existiu na realidade. Tudo isso aconteceu MESMO. Aconteceu a ALGUÉM. A garota agonizando na depressão e no peso da ambição era Sylvia. Há tantos temas latentes na narrativa. Mas, no fim, diria que essa história é sobre sobrevivência. E só.

Sylvia Plath cometeu suicídio logo depois da publicação desse livro. Diria que foi o exorcismo que faltava para ela ir. Chorei bastante. É isso.
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Gabs. A 17/03/2024

Reflexos de uma eterna inadequação.
Primeira parte do livro: Uma história triste, de uma mulher normal.

A
Normal.
Nunca a melhor.
Nunca a mais bonita.
Sempre a segunda opção menos interessante.
A que nunca ganhou o grande prêmio.
Não a princesinha.

A eternamente DECEPCIONADA.
A para sempre insatisfeita.
O eterno: vem aí!

"Eu me senti sem rumo, sem graça, cheia de visões despedaçadas. Tinha imaginado que o Buddy fosse se apaixonar por mim naquele fim de semana, e que eu não ia mais ter de me preocupar com o que fazer em nenhum sábado à noite pelo resto do ano."

Segunda parte do livro: Melancolia e um salve a todas as neuróticas & tristes.

Se faz necessário um certo mood pra entender e sentir esse livro.
Esse livro sou eu, e pode ser você em suas tantas camadas e profundezas depressivas.

Na segunda metade do livro, a coisa que estava cômica, começa a degringolar.
A Esther vai ficando cada vez mais deprimida e sua vontade de tirar a própria vida só piora.
Sua internação e os tratamentos de choque.
É muito difícil aceitar sua decisão, é bem assustador ao nos vermos refletidas em seus olhos.
Que mulher nunca sentiu tudo isso, e esse desejo avassalador de se acabar?
De colocar um fim nessa sensação de inadequadaçao?
Tudo fica muito triste, porque a gente entende o que ela está sentindo - O que a Sylvia sentiu também.
A depressão te deixa sínico e insosso, nada você sente, nada tem real valor ou sabor .
Um vazio profundo.

Sylvia foi uma mulher.
Não sei se ela foi forte ou fraca.
A gente apenas aceita a decisão que ela tomou, perante esse vazio, esse silêncio tão barulho que ela trazia na alma, como uma ferida que nunca se curava.
Mesmo assim... Sinto tristeza por essa mulher tão brilhante.

Em memória a todas nós.
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bobbob 15/03/2024

Surpreendente!
Em muitos momentos me coloquei no lugar da personagem sentindo exatamente as mesmas emoções e frustrações. É uma leitura que prende a atenção até o final e me fez torcer ao máximo pela Esther, desejando do fundo do coração que ela superasse todos os obstáculos e dificuldades. Não recomendo a leitura para pessoas muito sensíveis pois tem muitos gatilhos mas tirando isso é um livro incrivelmente memorável. Sylvia Plath nunca decepciona e não é atoa que é lembrada até os dias atuais!
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let 14/03/2024

?????
No começo eu estava achando chato, até um pouco pacato pois retratava uma jovem que estava vivendo seus dias de glórias, e ansiosa como eu estava com esse livro super comentado já queria sentir as partes tristes e chegar nesses momentos. Mas a autora (e eu descobri posteriormente que o livro em parte é real) traz muito bem essa mudança de cenários, onde a jovem Esther esta na cidade com grandes expectativas e cai em depressão, é muito sutil. A representação da Esther é tão realista que muitas jovem adultas atuais podem se sentir iguais a ela, com uma vida que muitos afirmariam é perfeita e que não tem pelo o que ela ficar daquela forma.

A leitura é corrida e você consegue ler em um dia se se sentir a vontade.
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Raquel.Brepohl 14/03/2024

Livro com gatilhos
A leitura não é leve. No começo achei massante, mas fui compreendendo o motivo no decorrer. Confesso que não sai desse livro com um bom sentimento, mas achei um retrato instigante sobre a temática da depressão. Outro ponto interessante é que a redoma de vidro não recai para um único tipo de pessoa, mas para todas as classes e fases da vida.
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