Casa de Pensão

Casa de Pensão Aluísio Azevedo




Resenhas - Casa de pensão


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Clio0 06/08/2022

Ninguém presta neste livro. Não por serem vilões maléficos ao estilo Disney, mas por não terem a mais simples decência humana.

Azevedo sempre se esmerou em expor as hipocrisias sociais e o que se considera como o verdadeiro caráter brasileiro. Assim, seus personagens lutam para evitar a miséria, isso é o que define suas motivações: enriquecer é não passar necessidades. E para isso vale tudo, perda da honra, enganar o próximo, conchavos e conluios, aquelas pequenas corrupções do dia-a-dia de quem tem que contar moedas para comprar o pão.

Isso tudo seria perdoável... porém o personagem principal, Amâncio, é aquele típico "filho d'algo" que devido a abusos na infância, sejam eles pela violência ou pela carência, enxerga as pessoas - principalmente as mulheres e os pobres - como algo próximo a gado, a animais. Ali para satisfazer suas necessidades físicas e nem um pouco merecedor de estima ou respeito.

Essas duas naturezas entram em conflito na casa de pensão que é o título. Uma história que é feita de puro desprezo e fofoca.
Lelouch_ph 09/08/2022minha estante
Um o cortiço escrito de outra forma?


Clio0 10/08/2022minha estante
Não exatamente. Casa de Pensão tem um personagem e trama principais, diferente de O Cortiço em que as histórias se entrecruzam.


Lelouch_ph 10/08/2022minha estante
Entendo, thanks.




Diego 05/04/2021

A exposição da hipocrisia
Gostei muito do livro, no qual o autor expõe as hipocrisias, a falsidade o interesse e diversos outros aspectos da sociedade da então capital do país e sede da corte, que se aplicam muito bem, em sua grande maioria, à nossa realidade atual.
Gostei muito da edição também - apesar de um que outro erro de digitação - desde a gravura da capa.
Recomendo a leitura!
raradigo 05/05/2021minha estante
Um clássico né? Li quando estava no ENSINO MÉDIO...


Diego 05/05/2021minha estante
Sim.




Carolina.Gomes 15/11/2023

Desventuras de um sedutor
Essa leitura não estava na minha TBR, mas, a partir de um video da Isa, fiquei curiosa.

A partir de um crime que ocorreu em 1876, no Rio de Janeiro, o autor construiu esse romance.

Eu sabia apenas que o fato foi de grande notoriedade na cidade e causou comoção pública, mas optei por não pesquisar nada a respeito. Descobri recentemente, que Machado se inspirou no fato para escrever um conto: Histórias de quinze dias.

Foi babado!

Amancio é o protagonista da história: Um rapaz provinciano, mas muito rico, que se desloca do Maranhão para o Rio de Janeiro, então capital da República, a pretexto de estudar.

Muito empolgado com nova vida no Rio de Janeiro, bolso cheio de dinheiro, mulherengo e gastão, não demorou a atrair os olhares cobiçosos das caça dotes e colegas aproveitadores.

Embora o objetivo da viagem fosse, em tese, estudar, tudo o que Amancio menos fazia era dedicar-se aos livros. Seu empenho era em seduzir as mulheres, sem se importar com o estado civil destas. A conquista era o divertimento preferido do rapaz. E quem com muitas pedras bole, na cabeça uma lhe dá. Já dizia minha avó?

Como todo malandro pensa que pode passar incólume, não contava ele com a astúcia de um colega de faculdade e as artimanhas para extrair-lhe o máximo de dinheiro, usando como isca, a irmã.

A escrita é muito boa, Aluísio descreve bem o cenário, os personagens e suas características, trazendo verossimilhança à sua narrativa.

Cheguei a achar que tinha desvendado o tal crime, mas eu estava enganada. Não totalmente, mas o desdobramento foi inesperado.

Fui pesquisar o evento infausto e verifiquei que não transcorreu como no livro, servindo apenas como inspiração livre. Aluísio abusa do sarcasmo, para desmistificar a pose da sociedade carioca da época.

Achei, em alguns momentos, que certos personagens e eventos nada agregaram à trama, mas isso não comprometeu a narrativa.

Foi uma boa leitura, mas não diria que é indispensável.

Do autor, sigo preferindo O cortiço e O mulato, nesta ordem.
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Bibs 01/05/2022

Clássico brasileiro???
Não é um bicho de 7 cabeças! O começo é um pouco maçante mas depois que Amâncio conhece João Coqueiro a história toma um rumo! Personagens caricatos e sem heróis?Ninguém presta mas tentam manter as aparências! Foi ótimo estudar naturalismo e ler esta obra, amei!!!
Recomendo MUITO para começar a ler clássicos! (Tem plot-twist no final?)
Tatynobre.Almeida 01/05/2022minha estante
Está na minha tbr de maio


Tatynobre.Almeida 01/05/2022minha estante
Está na minha tbr de maio




Matheus 12/07/2010

Crítica a sociedade
Acho que, se não fosse pela escola, não leria esse livro. Após ler, acabei me surpreendendo. A história é boa e gostei da forma que Aluísio Azevedo narrou a narrou, pois nunca tinha lido um livro dele até o momento.

Com uma história simples e com várias críticas a sociedade em que vivemos, ao caráter das pessoas, o livro narra uma teia de mentiras e trapaças que o ser humano é capaz de fazer para conseguir aquilo que mais deseja, passando até por cima de outras.

É um livro que recomendo aos fãs da literatura brasileira, e até para aqueles que não gostam ou nunca tiveram a oportunidade de ler. Vale a pena.
Mayra Dias 30/09/2010minha estante
Ah, vou incluí-lo em minha lista de leituras.
^^


Roseli Camargo 24/11/2010minha estante
Achei legal a resenha, mas se é tão legal e vale a pena, pq duas estrelas ?( regular )


Maleno Maia 27/11/2017minha estante
O livro é bom sim, mas por que só duas estrelas?


Allan Rodrigues Lima 11/12/2017minha estante
Só duas estrelas?




Jorge Luiz da Silva 09/12/2023

Envolvido com pessoas erradas
Amâncio tinha dinheiro e patrimônio recebidos por herança... Tinha uma vida inteira pela frente, mas se envolveu com as pessoas erradas...
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Renato 22/12/2023

Um mergulho na sociedade brasileira do século XIX
Jovem de família rica do Maranhão muda-se para o Rio, então capital do império, para estudar medicina. Seu interesse pelos estudos é quase nenhum, tendo por outro lado uma sede obsessiva por mulheres, farras com amigos e noitadas. No fundo não passa de um riquinho pretensioso, iludido e sem muito discernimento, quase sempre explorado por amigos, interesseiros e, principalmente, por interesseiras.

São fantásticos os personagens que compõem esse universo, hoje desaparecido, das casas de pensão, onde se misturavam uma classe relativamente bem posicionada, dividindo como inquilinos o espaço em casarões ou sobrados que já haviam vivido dias mais nobres. Desfilam pelas páginas figuras que não demonstram nenhum caráter ou ética, manobrando de forma mesquinha apenas em busca de vantagens pessoais.

Aluizio Azevedo desenvolve como mestre as facetas dos personagens, suas tramas, seus escândalos, nos fazendo avançar com interesse pela leitura. Como clássico, este é um livro infalível nas listas de leituras escolares, mas pode e deve ser lido apenas pelo prazer da boa leitura.
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Daniel Andrade 28/09/2021

Livro legal, personagens nem tanto
Clássico bacana, apesar de todos os personagens serem desprezíveis. Amélia e João Coqueiro são as pessoas mais nojentas do livro. Amâncio(!), por incrível que pareça, foi o personagem mais decente da história. Enfim, vale a leitura (que é bem tranquila por sinal).
Aquela que tá olhando pro céu 28/09/2021minha estante
Vai ver o objetivo era esse mesmo


yas 30/09/2021minha estante
Nossa e o pai dele ??????


Daniel Andrade 30/09/2021minha estante
Simm, o pai dele é tenebroso




melz0ca 30/07/2022

Melhor do que pensei
Li pois era obrigatório do vestibular e até que gostei. Não é muito meu estilo de leitura, mas foi interessante para adquirir conhecimento sobre os clássicos.

Eu achei ele massante e enrolado, mas me prendi na história algumas vezes, ri e também me surpreendi com as fofoquinhas que tinham.

No fim, pensei que ia ser uma leitura chata e foi até que divertida.
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Brenda.Cristine.Silva 28/04/2022

Um clássico brasileiro!
O que eu mais gosto em Casa de Pensão além da escrita que flui é o romance ser baseado em uma história real, conhecida como Questão Capistrano. Que é representado pelos personagens Amâncio e João Coqueiro.
Eu só li esse livro, por conta do vestibular, mas não foi de todo uma leitura ruim. Apesar de no início ser uma leitura bem arrastada, quando chega na metade do livro a coisa toda flui, porém o que a escrita é boa, os personagens são o oposto. O autor deixou claro e realista como as pessoas agem na sociedade desde aquela época até a atualidade.
Todos os personagens são insuportáveis de suas formas, os únicos que queriam realmente o bem de Amâncio era o Campos e a mãe dele (que foi a mais injustiçada na história e que não mereceu o final que teve)
Acho que foi justo o final que Amâncio teve (mesmo tendo sido uma vítima no fim das contas), ele exclusivamente foi o personagem que mais me irritou no decorrer da história, e pode parecer estranho mas os irmãos Coqueiro e Amélia foram personagens que eu não consegui odiar kkk.
Enfim, planejo ler mais de Aluísio Azevedo e definitivamente passar mais raiva.
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Paulo Victor 30/09/2015

Casa de Pensão é um romance que conta a história de Amâncio, um jovem maranhense de 20 anos, que foi para o Rio de Janeiro não apenas para estudar, já que seu verdadeiro propósito era desfrutar da boemia da corte, farrear e conhecer mulheres. Chegando ao Rio de Janeiro, hospedou-se na casa de Campos, um amigo de seus pais.
Incomodado com as regras e a monotonia da casa de família, resolveu aceitar o convite de ir morar numa casa de pensão comandada por João Coqueiro e sua mulher, Mme. Brizard. Estes, por saberem da fortuna de Amâncio, empurraram de todas as maneiras Amélia, irmã mais nova de Coqueiro, para cima do rapaz na esperança de que ele se casasse com ela.
Amâncio era um rapaz vagabundo, que não gostava de estudar e almejava ter o diploma apenas por status social. E não bastasse, tinha como característica uma libido aflorada, que fazia com que desejasse quase todas as mulheres que estavam ao seu redor e em consequência disso e da pressão da família Coqueiro, começou a manter relações com Amélia por um longo período.
Com o passar do tempo, Amâncio percebeu as verdadeiras intenções da família Coqueiro e que estava sendo explorado financeiramente. E juntando o útil ao agradável, resolveu voltar para o Maranhão no pretexto de visitar a mãe. Ao perceber suas intenções, João Coqueiro fez uma denúncia às autoridades acusando o rapaz de ter violentado sua irmã e estar fugindo da responsabilidade de casar-se com ela.
O jovem ficou preso por alguns meses, mas logo foi absolvido. Coqueiro e sua família passaram então a ser alvo de chacota da sociedade. Todos estavam a favor do estudante, condenando-os por suas ações. Revoltado, Coqueiro pega um revólver que herdou do pai e vai até ao hotel Paris, onde Amâncio estava hospedado e mata-o. A história termina com a mãe de Amâncio chegando ao Rio de Janeiro e descobrindo sobre o assassinato do filho.
Escrito por Aluísio Azevedo em 1884, o romance foi inspirado em um fato real denominado “Questão Capistrano”, um crime que chocou o Rio de Janeiro em 1877. Os instintos sexuais, as intrigas e as críticas sociais presentes no livro são características do naturalismo. Sem dúvidas, um dos melhores livros da época, representando de maneira estupenda a escola literária em que foi escrito.

Luiz.Felipe 13/09/2016minha estante
Concordo Plenamente.




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Mp28Rangel 09/08/2020

Excelente obra clássica!!!
Gostei muito deste livro! Acho que me identifiquei mais, principalmente, porque passo por determinados lugares onde o autor narra a história. Isso me faz imaginar aquelas ruas e casas que passo em frente, como se estivessem naquele mesmo tempo da narrativa do livro. :)
É uma obra incrível e muito bem escrita.
Clássico da literatura nacional.
Super indico!!! :o)
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@PinkLemonade 21/02/2021minha estante
Caio revoltz. Hahaha. Sobre a ausência de descrição de paisagens "bonitas", não é essa exatamente o propósito da escola da época? Mostrar um local que "espelhe" a própria bestialidade do homem?


caio.lobo. 21/02/2021minha estante
Achei a construção artificial por conta de parágrafos inteiros descrevendo garrafas quebradas, vômitos pisados, gente caída, paredes descascando. Acho que o autor erra querer mostrar a parte não civilizada do ser humano com objetos que são característicos da civilização decadente, faltou as descrições sensuais, e mesmo sexualizada, ainda assim bela como em O Cortiço. No geral ficou feia a descrição, meio ao estilo Lovecraft, sendo que Shakespeare mostrou o mais animalesco do ser humano de forma surpreendentemente fascinante de uma cena de canibalismo em Titus andronicus.


@PinkLemonade 22/02/2021minha estante
Hmm..
Entendi




Carol 09/10/2021

Não é dos melhores do Aluísio Azevedo
O livro não é ruim, mas também não é o melhor dele, apenas achei a história fraca, não consegui me apegar em nenhum personagem e nem me emocionar com algum capítulo.
Na verdade os personagens são bem irritantes.
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