Os diários de Sylvia Plath

Os diários de Sylvia Plath Sylvia Plath
Karen V. Kukil




Resenhas - Os Diários de Sylvia Plath


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Alinne 20/03/2024

Sylvia, Sylvia?
?LONGE DE TI

XXXI

Longe de ti, se escuto, porventura,
Teu nome, que uma boca indiferente
Entre outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o pranto aos olhos, de repente?

Tal aquele, que, mísero, a tortura
Sofre de amargo exílio, e tristemente
A linguagem natal, maviosa e pura,
Ouve falada por estranha gente?

Porque teu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:

E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera?

- Olavo Bilac
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Leonardo Bezerra 26/12/2023

Queria que ela tivesse sido mais voraz ao descrever seus sentimentos porque em muitas passagens passou muito mais a imagem de garota mimada do que de alguém com uma depressão severa (e sabemos bem que o caso dela era este último). Me empolguei pensando que os diários seriam muito mais reflexivos e me deparei com muita coisa descritiva que faziam sentido para ela enquanto escritora do diário, mas pouco sentido para comercializar esses escritos.

A sensação que tive no final da leitura - infelizmente - foi de liberdade. A nota é pelas algumas ótimas passagens dos diários.
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Isabely139 24/08/2023

Eu gostava de sylvia... agora passei a amá-la
Foram dois meses totalmente imersa na mente de uma das minhas escritoras favoritas. foi uma experiência fantástica. diversos temas são abordados em seus diários, nas quase 800 páginas que relatam 13 anos da sua (ínfima) vida. sylvia discorre sobre namoros adolescentes, o sucesso inesperado na juventude e a dificuldade de mantê-lo na vida adulta, seu desejo ardente de prosperar na escrita, a dependência emocional ao marido (?) também poeta, sua época como professora, viagens pela europa, a passagem do tempo e efemeridade da vida, a perda do pai, um relacionamento conturbado com a mãe... enfim. muitas, muitas coisas. se engana quem espera encontrar meros relatos, no estilo "querido diario...". em minha experiência, esse livro trouxe diversas reflexões que me fizeram pensar: como eu, uma jovem adulta do século XXI, posso me identificar tanto com uma poeta americana dos anos 50? no final, acho que o que une a todas nós é a experiência de ser mulher. que benção (mas que dor, às vezes).

não é um livro fácil, nem sempre a leitura flui de forma leve. afinal de contas, se trata de um mulher depressiva, que não alcança seu final feliz. porém, pra quem gosta da sylv e quer aprender a amá-la, vale a pena.
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bruno 19/07/2023

Talvez eu nunca seja feliz, mas esta noite estou contente
Após 1 ano de leitura finalmente terminei esse livro, posso dizer que foi uma leitura que aproveitei cada momento, acho incrível a forma que em coisas cotidianas a sylvia conseguia tirar uma reflexão dela.

Uma coisa que nao me agradou foi a organização do livro, acho que o fato do apêndice ficar no final do livro e vc ter que ficar indo pra lá durante a leitura quebrava muito o ritmo e deixava tudo maçante e cansativo.

Acho que esse livro é indispensável pra quem gosta de outros trabalhos dela e quer se aprofundar mais em sua obra. Agora quero ler todos os poemas dela!!
skuser02844 20/07/2023minha estante
A RESENHA DO MAIOR


bruno 20/07/2023minha estante
foi nossa personalidade por muito tempooo




MMMAk 29/05/2023

Sylvia Plath não é lá uma das minhas personalidades favoritas do mundo da literatura, mas consegui me sensibilizar com ela lendo seus diários, a leitura é bem difícil emocionalmente falando, quando ela escreve sobre seus sentimentos não poupa palavras. Recomendo o livro pra quem quer se aprofundar mais na vida dela e pra quem quer ou já leu a redoma de vidro, pois da uma visão mais ampla da obra.
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Priscila Bennati Santana 13/05/2023

Lembro perfeitamente da primeira vez que ouvi falar de Sylvia Plath. Foi em uma nota sobre uma nova edição de A Redoma de Vidro em um edição da Veja, quando ainda era criança. A informação que ela se matara colocando a cabeça no forno e ter o mesmo nome de minha mãe fizeram com que eu nunca esquecesse de sua história. Já havia lido A Redoma de Vidro e A Mulher Calada, uma biografia dela, mas ler suas próprias palavras foi uma experiência fascinante. Tudo nela é poesia, cada linha que escreve. Parece em muitos momentos que ela leu a alma das mulheres e transcreveu em seus diários. Brilhante!
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suellen 08/05/2023

Continuo com a mesma opinião de sempre que a Sylvia Plath era incrível demais para estar entre nós. Sou muito grata a pessoa que me mostrou quem ela era, e por conta disso me fez ler cada um de seus livros. A potência desses contos em pequenos fragmentos não tem explicação. Apenas leia, leia e sinta através de suas palavras cada pedaço do que foi seu dia a dia. Impecável!
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caspaeletrica 05/03/2023

9/10: Coletânea de fofocas e babados do dia-a-dia de Sisi
Finalmente terminei de ler esse livro e não me arrependo. Há tantos fragmentos lindos e belos nesse diário, que me fez até ter vergonha do meu próprio. Sylvia não traz aqui relatos diários e sim reflexões e frases poéticas escritas repentinamente na maior normalidade sem se esforçar, mostrando o quão especial ela era, se consolidando como provavelmente a melhor poetisa de todos os tempos, se eu me atrevo a dizer.

Confesso que a edição não me agradou muito e foi isso que me impediu de dar a nota máxima para esse livro, mas é muito ruim mesmo.

Desde suas mais profundas náuseas e processos de escrita até os seus inúmeros namoros juvenis, Sylvia mostra tudo da maneira mais bela o possível.
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Kael.Paulino 15/02/2023

Os diários de Sylvia Plath
Ler Sylvia Plath é transformador. Minha primeira experiência com a autora foi ouvindo uma música em que ela era citada. Fui pesquisando sobre e me interessando por sua vida, seus feitos, suas obras. Saber que Sylvia Plath, uma mulher que desde a juventude tinha sonhos, planos, desejos, idealizações futuras, suicidou-se é algo muito duro. Doloroso demais! E em seus diários o que é transmitido, muitas vezes, ao meu ponto de vista, é isso: planos, sonhos, idealizações se ruindo e acontecendo o que aconteceu. Sylvia Plath é uma autora com altíssima maestria, perspicaz demais e muito cirúrgica no que escreve. Direta ao ponto, sem rodeios, Sylvia Plath traduz e expõe sentimentos dilacerantes sobre suas crises, desespero, ansiedades, depressão, autossabotagem, acessos de raiva, fúria, ciúme, inveja, dependência emocional e, claro, o seu vazio em suas principais obras: ?A redoma de vidro?, ?Ariel? e ?Os diários de Sylvia Plath?. Seu diário, inclusive, é uma obra com tamanha potência: muitas vezes, lendo os diários sentia estar lendo um romance, um conto. Enfim, Sylvia Plath foi uma das maiores autoras do século XX e suas obras são a prova disso.
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Paulo 29/01/2023

Aproveitei o fim de semana para terminar os Diários... comecei há três semanas e posso dizer que "deslumbre" é a palavra que melhor define minha relação com este livro!! Quem me viu na faculdade, nos ônibus e na biblioteca esses últimos dias com certeza percebeu meu estado de imersão completa na obra.

Achei fascinante a forma como a SP captou os detalhes da vida e como ela o fez com o rigor e cuidado na escrita. As passagens da juventude, pessoalmente, foram as minhas preferidas porque refletem muito do que eu vivo hoje.

Acho que o grande momento dos diários foi o outono de 53, a partir do qual dá pra reconhecer a inspiração para A Redoma de Vidro. Quem gosta da interface literatura e psiquiatria/saúde mental com certeza vai ter muito no que mergulhar.

Achei interessante o cuidado que a SP teve com sua obra ao longo da vida. E gostei das descrições da rotina, dos dilemas, das frustrações e das esperanças da vida como escritora.
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Leka Britto 07/08/2022

Cansativo
Até onde li, achei muito arrastado e olha que são entradas do diário.Atualmente abandonei por esse motivo.Ainda não é pra mim.Mas, vou guardar pra futuramente e ver se rola.Resumindo achei arrastado e cansativo.(bendita redundância rs)
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Matt 25/07/2022

Sylvia Plath e seus diários
Mais de um ano foi o tempo que levei para finalizar "Os Diários de Sylvia Plath (1950-1962)". São diários densos, cheios de descrições acerca das emoções, das ideias, das pessoas, dos lugares... tudo isso feito por Plath com o intuito de capturar a vida e como uma forma de treinar as suas habilidades de escrita. Toda a existência de SP foi pautada na superação de si, das próprias capacidades enquanto pessoa e escritora, na descoberta de quem ela era e quem eram os outros através das suas palavras. Ela buscou viver e escrever bem sobre a vida. E conseguiu.

Além de ter dedicado a vida à escrita, Sylvia também se dedicou ao amor e ao ensino, ambos frustrantes para ela que ricocheteava entre ser constantemente ativa e feliz e introspectivamente passiva e triste. Também foi difícil aceitar a impotência inerente ao humano: seria impossível, em sua vida, ler todos os livros; ser todas as pessoas que queria ser; desenvolver todas as aptidões; "viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência" (p. 59).

Geralmente, Sylvia escrevia quando estava triste e, por essa razão, boa parte dos seus diários trazem consigo certa dose de melancolia, bem como questões existenciais e questões acerca das dificuldades e preocupações da vida prática: cuidar da própria vida enquanto escritora, da casa, do marido e dos filhos. Temos acesso a 12 anos da vida de Plath e a sua luta constante contra o demônio da perfeição que habitava dentro dela mesma e, concomitantemente, contra o demônio que estava do lado de fora.

"Chega de me encolher, gemer, resmungar: a gente se acostuma com a dor. Isso machuca. Não ser perfeita machuca. Ter de me preocupar com trabalho para comer e ter uma casa dói. Grande coisa. Estava mais do que na hora. Este é o mês que encerra um quarto de século para mim, vivido sob a mesma sombra do medo: medo de que não chegarei à perfeição idealizada: sempre lutei, lutei & venci, sem perfeição, com a aceitação de mim mesma como alguém que tem o direito de viver em meus próprios termos humanos e falhos." (p. 712).

-- livro lido em novembro de 2021.
Bookgram: @mths.books
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zzzz 08/07/2022

marcante e inspirador
acho que descreveria esse diário com essas duas palavras acima. foi uma leitura demorada e intensa, mas sinto que valeu cada momento que li. ver a paixão que Sylvia sente pela escrita me tocou bastante, cada momento que ela retratava a necessidade que ela tinha em escrever só deixa claro o quão apaixonada ela era pelo que fazia. eu realmente sinto muito que ela não tenha vivido mais e escrito mais, no entanto as palavras que deixou sem dúvida alguma são a prova de seu talento e respeito pelas palavras.

"Minha vida, sinto, não será vivida até que haja livros e histórias que a revivam perpetuamente no tempo." (PLATH, 1957 p. 330)
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Jessiane.Kelly 16/03/2022

Aproveitei que o dia está uma melancolia só e terminei os diários de Sylvia Plath. Ler diários é algo tão íntimo e vejo que o dela foi o mais rico em detalhes que já li até agora. Ela era uma mulher bastante observadora de si e das pessoas que a rodeavam. Tamanho rigor descritivo aparece na qualidade de sua escrita. Por isso e por ter obras tão famosas, estranhei as inúmeras recusas de publicações que ela recebeu em vida e o quanto ela viveu na sombra do seu marido, Ted Hughes (que depois viveu à sombra dela). Agora, terminando o livro, só consigo sentir tristeza pelo fato da Sylvia não ter presenciado o quanto seu trabalho virou algo grandioso e importante para muitas pessoas. Mas os demônios que ela enfrentava eram grandes demais.

“Chega de me encolher, gemer, resmungar: a gente se acostuma com a dor. Isso machuca. Não ser perfeita machuca. Ter de me preocupar com trabalho para poder comer & ter uma casa dói. Grande coisa. Estava mais do que na hora. Este é o mês que encerra um quarto de século para mim, vivido sob a mesma sombra do medo: medo de que não chegarei à perfeição idealizada: sempre lutei, lutei & venci, sem perfeição, com a aceitação de mim mesma como alguém que tem o direito de viver em meus próprios termos humanos e falhos.”

Foi uma leitura difícil, de ritmo lento, mas que me fez muita companhia durante esses anos de pandemia.
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