S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Amelie 01/10/2022

Me encantei com esse livro pela completude da obra, desenvolvimento do personagem principal e a perfeita conexão com o contexto da época, além da pitada de humor e ironia em alguns momentos. Gostei muito, apesar de no início eu pensar que seria uma leitura chata e etc
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Sailorluquinhas 24/09/2020

É interessante, mostra como o caráter humano é quebrado pela riqueza e quando alguém tenta avisar ele simplesmente a destrói
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Vivian210 21/01/2023

S. Bernardo
Durante toda a história o autor deixa claro que Paulo Honório é um mau-caráter, e honestamente, em praticamente todo o livro eu senti ódio dele, mas é inegável que retrata de forma coesa como a sociedade e principalmente os homens agiam em 1930, o que evidencia que em alguns assuntos o país não evoluiu muito, o livro vale muito a pena ser lido.
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Stefânea 11/09/2021

A culpa é dessa vida agreste que me fez ser um porre
Mais um releitura pra minha curta lista de releituras, e juro que pra essa entrei de cabeça erguida e peito aberto, mas nada mudou.

A leitura em conjunto com o resto da turma de literatura brasileira IV ajudou bastante a abrir meus olhos e minha percepção sobre várias coisas que eu não tinha visto antes. Até porque dois anos amadurecem qualquer leitora, né?

Porém de jeitos diferentes, terminei o livro com a mesma sensação de cansaço e tristeza. Paulo Honório é um porre e no final eu só queria que ele tivesse sido feliz. Não com tudo perfeito, mas sei lá. A coisa toda me pareceu muito um "da merda veio e à merda voltará".

Uma leitura fluída, que por acaba realmente antes de 50% do livro, pois o resto são leituras de apoio. A história de uma vida sendo contada sem rodeios, quase de forma escrachada.

Eu não consigo odiar Paulo Honório e queria mais de Capitu em Madalena. De certa forma, termino essa leitura sentindo sem sentir, e por não conseguir ir além, acho esse um livro pouco memorável pra mim. Esquecível e nada marcante. Porém, dessa vez consegui rir mais, então fica aí o meu carinho.
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Rodolfo.Barbosa 25/08/2022

Uma obra de arte nacional
" A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. "

Tô Impactado com esse livro. Um obra de arte Brasileira.

S. Bernardo nós mostra o nordeste cru, o verdadeiro nordeste de 1920. A vida sofrida, precária e desumana das pessoas que ali viviam. E conta a estória de Paulo Honório. Humilde Nordestino do sertão, vai construindo sua vida com dificuldade, mas a vida sofrida lhe torna alguém que ele mesmo, se arrependeria depois...

A escrita é espetacular, Graciliano usa uma escrita informal daquela época, o que faz você adentrar no Nordeste/Brasil de 1920. A linguagem é muito semelhante a linguagens dos nossos avós e bisavós, é bonito de se ler.

Com várias passagens que te colocam em reflexões com o personagem principal; muitas vezes nos colocamos no lugar do personagem, sentimos sua dor.

A estória traz reflexões, como superação, jornada, arrependimento...

10, nota 10.
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Elaine 19/06/2013

Um homem de alma agreste
Esse talvez foi um dos livros mais sinceros que já li. Isto porque o protagonista e narrador, Paulo Honório, desfia sua vida de modo direto e duro, sem se ater a descrições minuciosas. São digressões de um homem forçado a escrever, para quem sabe entender-se.

Depois de tentar construir o livro com uma divisão de trabalho entre ele e seus amigos, o que não traz resultados satisfatórios, Paulo Honório ouve o pio de uma coruja e decide recomeçar a escrita, levado por uma força quase mística.

"Tenciono contar a minha história. Difícil. Talvez deixe de mencionar particularidades úteis, que me pareçam acessórias e dispensáveis.(...) De resto isto vai se arranjando sem nenhuma ordem, como se vê."

(pág. 11 e 12)

Assim, Paulo Honório nos conta sua vida. Ele teve uma infância e adolescência difícil, trabalhando no eito. Seu único desejo era se apossar da fazenda S. Bernardo, o que conseguiu à base de algumas trapaças. Até certa parte do livro, ele narra como conseguiu a fazenda, sua luta para cultivar as terras e as discussões políticas da época.

Os personagens secundários aparecem constantemente, mas não têm uma grande importância. A história gira em torno de Paulo Honório, de S. Bernardo e dos pensamentos do protagonista. E, como ele próprio explica, há fatos suprimidos, pois Paulo escreve o que acha interessante.

Na outra parte do livro, conhecemos mais a fundo sua rotina familiar. Paulo casa-se com Madalena, uma professora, com o intuito de formar uma família. Ela, uma mulher inteligente, logo vê as injustiças sofridas pelos empregados da fazenda. Quando Madalena tenta mudar a situação, seu marido não entende. Ele não aceita mudanças, seu meio sempre foi aquele: o patrão sempre pôde tudo. Sua rudeza foi causada pelo ambiente.

Tudo piora ainda mais quando Paulo Honório começa a desconfiar que Madalena o trai. A dúvida (imaginária) passa a atormentar a ambos e as pessoas que os rodeiam. Nesse período nasce seu filho, por quem ele não sente absolutamente nada.

Paulo Honório afasta todos e termina sozinho, o pio da coruja a acompanhá-lo. O retrato que traça de si é triste. A ironia é que ele, que sempre achou os livros desnecessários, escreve para poder acabar com a solidão dos 50 anos. E quando revê sua existência e todos os seus erros, percebe que só restou um vazio.

"O que estou é velho. (...) Cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada."

(pág. 216)

Arsenio Meira 02/05/2014minha estante
Perfeito Elaine. A compreensão do romance do mestre Graciliano, que se vivo fosse, exultaria (mesmo que de modo contido), com a percepção tão aguda e sensível de uma jovem e sagaz leitora.
Parabéns!




THALES76 21/04/2023

O orgulho pode te lavar para muito longe, entretanto lhe deixará lá sozinho.
Diria que o livro é resumido já na primeira página, pois o autor nos apresenta quem é de fato Paulo Honório; um homem simples e ambicioso que torna-se fazendeiro e com a pretensão de ter um herdeiro decide casar-se com Madalena.
A trama é vista a partir da ótica de Honório, isto é, praticamente uma história autobiográfica. Nela, ele revela que deseja publicar o livro na forma de pseudônimo, e nesse momento percebo uma certa semelhança entre nós, porque ambos desejamos o anonimato, preferimos a invisibilidade ao invés de estar na vitrine.
Uma curiosidade é que Paulo não tem o hábito da leitura, portanto não desenvolveu bem a escrita; por isso escreve o livro de forma despretensiosa, sendo movido apenas pelo anseio de colocar pra fora seus sentimentos, da mesma forma que se faz num diário.
Como mencionei no segundo parágrafo, Paulo é uma pessoa muito ambiciosa e busca mais do que tudo a ascensão financeira, deixando como secundário o objetivo sexual. Sendo assim, sua prioridade é subir de vida e não casar-se.
Para o protagonista os fins justificam os meios, por isso entende-se que ele é uma pessoa polêmica. Apesar disso, não conseguimos defini-lo como bom o mal, visto que ajuda com suas ações ajuda no desenvolvimento da cidade, mas por outro lado é um patrão muito duro com seus empregados. Portanto nos deixa com esse sentimento ambíguo.
Sobre o casal protagonista é importante observar que os dois são pessoas espertas, mas que o conhecimento de ambos foi adquirido de formas diferentes; Madalena aprendeu lendo livros, por isso tem um aprendizado mais teórico; já Paulo Honório aprendeu com a vida, experenciando na pele tudo o que sabe, logo seu conhecimento é empírico.
Madalena, era a única pessoa que confrontava Honório. Por ser uma mulher de pensamento independente, assombrou muito seu marido que era deveras machista e acostumado a mandar em todo mundo. Assim, ele se viu muito confuso ao ser questionado várias vezes por sua esposa a respeito de suas atitudes.
Queria abrir aqui espaço para falar de um personagem que pode passar despercebido para a maioria das pessoas, um coadjuvante que chamou minha atenção. Seu Ribeiro, um major muito respeitado em sua cidade, um misantropo, igual a Heatchiclif. Ele não gosta de ninguém e nem por isso sai hostilizando os demais.
No fim Honório acaba sozinho, transformando-se numa pessoa insípida e amargurada. Tenho certo apreço pela melancolia, então o desfecho do livro me agradou.
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Lucas 14/04/2023

O que fazer e o que não fazer: para Graciliano Ramos, a maturidade literária chegou cedo
Pessoalmente como leitor, é difícil para este que vos escreve falar sobre o alagoano Graciliano Ramos de Oliveira (1892-1953): ele possui tantos predicados como escritor e como homem que fica complicado esquecer a sua história particular para falar de sua obra. Acima de tudo, um sobrevivente de uma trajetória de vida com muitos traços dramáticos, Graciliano Ramos é um dos meus portos seguros em termos de literatura. Ter um livro dele nas mãos parece transmitir uma certeza de que a frustração passará longe de suas linhas.

Essa ideia sofre um certo abalo, entretanto, quando se está diante de S. Bernardo, obra lançada em 1934 e o segundo trabalho literário do autor. Espera-se, diante disso, um estilo mais "verde" e não tão profundo quanto o desenvolvido posteriormente por Graciliano Ramos no espetacular e atemporal Vidas Secas (1938). Felizmente, o escritor não passou por esse problema, pois a obra já tem o nível de maturidade que se espera de um livro escrito por ele.

O enredo é simples: S. Bernardo é escrito em primeira pessoa por Paulo Honório, um alagoano do interior típico do final do século XIX. Os relatos dos seus primeiros anos são ignorados, mas ele possui pais desconhecidos e vivia vagando pelo mundo, com exceção de alguns momentos onde era amparado por Margarida, uma doceira que desenvolve com Paulo uma relação fora dos padrões do seu posterior comportamento. Quando criança, o protagonista era guia de um cego e ajudava a vender doces para sobreviver. Mas na idade adulta acontece algo que, se não é tão focado pela narrativa, acaba sendo fundamental para o caráter de Paulo Honório: ele, por ciúmes, esfaqueia um homem.

Este ato é o prelúdio da personalidade do protagonista-narrador: explosivo, trabalhador e determinado, ele aglutina para si características por vezes conflitantes, mas que denotam uma grande complexidade em sua construção (é o maior traço da maturidade literária precoce de Graciliano Ramos). Ao ser preso pelo esfaqueamento, ele aprende na reclusão a ler e a escrever, o que é a influência literal que o ato causa ao personagem, que nunca tinha sido (e nunca foi, de fato) muito ligado às letras.

Ao invés de pavimentar um caminho eventualmente diferente, a obtenção do alfabetismo despertou um espírito voraz em Paulo Honório. Ele regressa à Viçosa, sua cidade-natal (e que existe de fato, próxima de Maceió) e passa a contemplar a fazenda São Bernardo, local onde ele já havia trabalhado quando adolescente. A propriedade, então decadente, era gerida por Luis Padilha, indivíduo ocioso que acaba caindo numa armadilha mercantil proposta por Honório. De mãos atadas, Padilha acaba vendendo a propriedade a Paulo Honório, que prospera usando métodos bem questionáveis.

Neste e em vários outros momentos, Graciliano deixa nas linhas uma sutil crítica ao desenfreado espírito capitalista, que não pondera esforços ou escrúpulos em busca de um objetivo material. Travestido de um discurso individualista, de que tudo pode ser justificado ou avalizado se obtido com trabalho duro, esta marca que Graciliano Ramos usa para construir seu protagonista de S. Bernardo pode ter a ver com o seu futuro dentro do Partido Comunista Brasileiro (o autor chegou a ser preso pela ditadura de Getúlio Vargas em 1936), mas, se tomada num sentido menos político, ela inegavelmente conduz a várias reflexões válidas.

A que preço se vence na vida nesse aspecto mais material? A trajetória final de Paulo Honório responde esse dilema de forma magistral. Mas a sua secura e rigidez com relação aos seus "valores" sucumbem diante de Madalena, professora pela qual ele se encanta (não se apaixona por ela, isso parece inconcebível para Honório). Ao trazer tanta doçura e altruísmo diante de um mundo tão fechado, a secura e rigidez ressurgem com uma nova capa: a do ciúme doentio. Nem mesmo o filho do casal ameniza essa paranoia e ela arrasta todos os personagens do livro para um acontecimento impactante ocorrido no final da obra.

Paulo Honório era alguém rodeado de pessoas, como o capataz Casimiro Lopes, o padre Silvestre, o advogado Nogueira, o contador Ribeiro, o jornalista Azevedo Gondim, além dos já citados. Mas tudo, inclusive essas pessoas, se distanciam do protagonista... Algo natural na vida de todo mundo, mas que Graciliano Ramos não dramatiza, apenas naturaliza. O protagonista mesmo, é alguém que desperta certa aversão, mas não necessariamente ódio. Paulo Honório, que nunca foi um homem de fé ou um herói, encontra nas letras e na humildade da escrita das suas memórias um meio de encarar a vida após os seus cinquenta anos. Para alguém tão duro, teimoso e longe de ser uma pessoa correta, o peso da pena utilizada para escrever torna-se pesado e parece que, a medida que Paulo adentra nestas memórias, o peso parece ser ainda maior. Nota-se um personagem complexo, portanto, cheio de dilemas, eventuais arrependimentos e uma mente materialista em excesso, o que lhe traz muitas agruras.

S. Bernardo é um livro maravilhoso, é Graciliano Ramos no auge da sua forma já no seu segundo livro. Um enredo simples, duro e extremamente reflexivo, capaz de ensinar várias coisas, seja por meio de exemplos ativos (daquilo que se deve fazer) ou através de modelos de conduta imprópria, que ensinam aquilo que não se deve fazer ao se levar uma vida de muito trabalho e objetivos meramente materiais. Nesse choque, vemos uma narrativa direta e crua, que tal como a vida de nós todos, não é marcada somente com esplendores ou finais felizes.
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Katia.Borges 09/04/2023

Um livro com um personagem intenso e complexo.
São Bernardo é um livro de memórias.
- E para que serve um livro de memórias?
Serve para que os leitores se perguntem, afinal, por que teimamos em reencarnar no passado?
- Por distração. Para enganar o tédio das horas. Para nos punirmos. Isso é o que Pedro Honório responderia.

Pedro Honório é o personagem principal do livro ?São Bernardo?, escrito por Graciliano Ramos.
Madalena, D. Glória, Casimiro, Dr. Magalhães são os personagens criados por Pedro Honório para ajuda-lo a narrar sua trajetória de vida até os seus cinquenta anos.

O livro é um diálogo intenso e complexo sobre o que o personagem lembra e o que as suas memorias trazem a tona.

Assim, ao buscar nas lembranças fatos do seu passado, Pedro Honório vê a si mesmo como um homem ambicioso, bruto, insensível, confessa que tornou-se um assassino por acaso das circunstâncias, que não deseja casar por amor. Tendo uma origem muito pobre, orgulha-se do que conseguiu com os próprios esforços: a fazenda São Bernardo.
Por sua vez, nas linhas em que se entrega às reminiscências, Pedro Honório não passa de um homem inseguro, que tem tanto medo da morte quanto da solidão; não teve mãe ou pai, não conheceu irmãos. Ressente-se. Ao olhar-se no espelho da memória, ele se enxerga tão feio, tão sujo, tão maltratado que chega a duvidar se a própria mulher seria capaz de amá-lo.

Diante de um personagem tão ambivalente, o que concluir sobre Pedro Honório?
Não sei. O que posso afirmar a partir da minha experiência de leitura é que Graciliano Ramos construiu um dos personagens mais instigantes que conheço na literatura brasileira. Impossível não questionar o seu mau caráter e o que ele fez a Madalena. Mas se intento olhar para Pedro Honório, visto pelo avesso, como não me sensibilizar por suas perdas.

O que concluir sobre São Bernardo?
Um livro que deve ser lido por uma ótica atual, que nos fala acerca da capacidade que precisamos desenvolver para sabermos lidar com nossas memórias; e como ?as narrativas de si? podem nos levar a um conhecimento mais profundo acerca da nossa frágil condição humana.

Graciliano Ramos. Um gigante.
??????????
#gracilianoramos
#literatura
#saobernardo
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cinthia.alencar 27/03/2021

Graciliano retrata como poucos a alma humana
Tentando aqui achar uma boa palavra para definir o que senti lendo essa obra. Foi um misto de raiva, compaixão e um perturbador sentimento de identificação pelo lado humano complexo que todos temos, que vai muito além de ser bom ou ser mau.

Impressionante como Graciliano consegue exprimir o quanto seus personagens duros e brutalizados pelo meio amam e sofrem usando da linguagem igualmente crua e simples de homens como Fabiano, Paulo Honório e tantos outros. Só com muito domínio da arte da palavra e sensibilidade para compreender o outro.

Paro por aqui, porque uma resenha é muito pouco para um livro tão sensacional, tão cheio de camadas, tão completo.

Viva o mestre!

Ps.: Intrigada com a fascinação de G. Ramos em batizar os personagens caninos com animais marinhos. Tubarão, Baleia... ??
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Prissy021 19/07/2022

18. São Bernardo - Graciliano Ramos (2022 - Julho)
?[Romance]
? ?Palavras de arrependimento vieram-me à boca. Engoli-as, forçado por um orgulho estúpido. Muitas vezes por falta de um grito se perde uma boiada.?
? ? ? ?
Complexo; Leitura arrastada; Linguagem difícil; Interessante; Personagens bem construídos; Objetivo

Achei o livro com uma leitura um pouco arrastada e uma linguagem meio complicada por ter alguns termos que eu nunca tinha visto na vida, algumas vezes quis parar de ler mas mesmo assim continuei e valeu a pena.
Senti uma certa complexidade, pois, logo no comecinho da narrativa, o autor fala de alguns personagens e eu fiquei ???? por não fazer ideia de quem eram, mas, no decorrer do enredo, tudo foi se encaixando.
O livro despertou em mim vários sentimentos, sobretudo raiva devido a personalidade de Paulo Honório e seu jeito de tratar os outros, principalmente a sua mulher, mas, conforme os acontecimentos vão sendo apresentados, é possível entender as coisas que o provocaram a se tornar essa pessoa tão amarga e ver o quão bem esse personagem foi construído: aos poucos e de forma sútil.
No final fiquei um tanto paralisada, digerindo tudo o que tinha acabado de ler (sim, foi só no final que tudo fez sentido para mim) e em questão de segundos passei a amar o livro.
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leosperandix 04/01/2023

S. Bernardo
Para ser sincero, enquanto eu lia S. Bernardo não conseguia achar outra coisa se não um saco, estava achando chato demais e não conseguia me concentrar para ler, o que me motivou a continuar foram os capítulos curtos e velocidade com que a história acontece. Mesmo achando um porre, quando a personagem da Madelena entra na história o livro engrandece muito e deixa de ser sem graça, tanto que a leitura fluiu muito mais rápido e até me interessei pela história. S. Bernardo tem um começo maçante, mas que durante seu desenvolvimento desperta o interesse.
Klynton.Borges 04/01/2023minha estante
Já lestes ?Vidas Secas??


leosperandix 05/01/2023minha estante
Simm, e amei demais, por isso fiquei chateado quando comecei S. Bernardo e não estava gostando




Leandro257 03/09/2020

Graciliano sendo Graciliano
Uma das obras mais conhecidas do Graciliano Ramos e do Modernismo de 30, "São Bernardo" conta a história de Paulo Honório (sendo ele narrador-personagem), seu começo de vida, de como tornou-se dono da fazenda São Bernardo e os acontecimentos sucessores a partir desse feito que o fez chegar aonde se encontra (a narrativa, por vezes, transita entre o passado e o presente). Vale ressaltar o modo como Paulo resolveu contar sua história, usando palavras aproximadas da fala cotidiana (pois ele era pouco letrado) o que aproxima o texto do leitor.

Uma coisa que achei interessante foi o contraste entre essa obra e "Vidas Secas", pois nela vemos um retirante nordestino em condição miserável e aqui vemos o oposto, a vida de um fazendeiro nos anos 30.

A escrita do autor é de fácil compreensão, a não ser pelo regionalismo tão presente, mas nada que algumas consultas ao dicionário não resolvam.
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Sarah 14/01/2021

Revisitando S. Bernardo
Reli, após muitos anos, essa jóia. Devorei em apenas um dia: revisitando as memórias de Paulo, mergulhamos nas amplidões da fazenda, nas tensões políticas, nas desigualdades, nas culpas do narrador.
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oliveiralauras 15/08/2021

.
li este livro pois meu amigo precisava ler para a escola. gostei bastante da leitura apesar de ficar incomodada com alguns trechos.

agora que realmente consegui entender o significado por trás de muitas partes do livro mas, como disse, apenas tive mais certeza dos trechos preconceituosos e totalmente machistas, claro levando em consideração a época e o que o livro quer nos mostrar.
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