O amor dá uma segunda chance

O amor dá uma segunda chance Juliana Ferreira




Resenhas - O amor dá uma segunda chance


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Marcia Luisa 20/09/2011

A vida é mais que sapatos...
O Amor Dá Uma 2° Chance – Juliana Ferreira

Ailli perdeu seu primeiro namorado, seu primeiro amor, na jovem idade de 18 anos. Oliver, o rapaz que lhe ensinou que a vida é bem mais que sapatos, perfumes importados e status sociais.
Oliver que a amou mais que tudo e a apresentou à igreja e as glórias do Senhor.
Oliver que morreu, deixando Ailli perdida, sem saber o que fazer agora que já não tinha mais a quem amar... Deixando Ailli perturbada, confusa... Assombrada.
Como viver uma vida que não quer viver?
Pois é isso que eu pensei de Ailli, 20 anos, enquanto lia ao livro: A linda ruiva de olhos verdes não queria mais viver.
Simplesmente pensava que não fazia mais sentido, que o mundo era injusto e que Deus é um sádico por lhe deixar provar do mais doce amor apenas para arrancá-lo à força logo depois.

Se mudando da capital da Irlanda – sim, o livro é banhado de paisagens lindas – para o interior com seus pais que querem uma folga do incessante trabalho no mundo da moda, Ailli se depara com o que ela esteve perdendo durante seus dois anos de um luto choroso:
Amizades, amor, felicidade... Vida.
Os pais de Ailli são os opostos: Trevor, o ex-chefe de cozinha que largou a carreira que tanto amava para seguir sua amada esposa num mundo de luxo e intriga: A moda.
Ele é um pai que todas as meninas deveriam ter: atencioso, preocupado, um cara que quando pergunta “você está bem?”, quer realmente ouvir sua resposta.
Sem ele não sei o que seria de Ailli... Já que sua mãe...
Allin é o tipo de personagem/pessoa que você odeia: mesquinha, egoísta, fútil e arrogante.
Sim. Eu odiei a mãe de Ailli o LIVRO TODO.
Allin não aprovava o namoro de sua filha com Oliver por, adivinhem, ele ser pobre!
Sim, ela é esse tipo de pessoa... E ainda diz que a morte dele foi um alívio para que Ailli pudesse encontrar uma pessoa “a sua altura”.
Quase que matei essa mulher no decorrer do livro.
Não sei dizer se a autora deu uma exagerada nessa questão. Tá, eu sei que existem pessoas assim por aí, mas tãão assim... Não sei.
Não chegou a ser forçado... Só IRRITANTE DEMAIS.

A primeira pessoa que Ailli conhece na cidade nova é o Reverendo Tomas. O que ela odeia. Já que diz a todos que é ateia.
Mesmo a gente sabendo que ela não é. Ela apenas está com raiva de Deus...
Pelo menos é o que Tomas e seus fieis acreditam.
Ailli tem essa coisa... Esse pavor de igreja... De quererem fazê-la acreditar em algo que ela não quer... Quando isso acontece, ela deixa para lá seus 20 anos, parece ter 13, bate o pé e sai correndo bufando.
Não é ruim... Tem muita gente que é assim, que não suporta mesmo ouvir alguém falar sobre igreja ou algo relacionado à religião...
E Ailli é exatamente assim: uma pessoa que não quer mesmo saber dessa coisa toda. De Deus.

Então Ailli conhece Ava... Uma menina tão fofa e alegre que todos querem ter como amiga.
Quando eu já estava ficando encafifada por que uma menina como ela dizia “não ter amigos” ou “nunca tive uma amiga você”, a autora vem e nos conta o passado da loirinha e faz com que a gente diga “aaah, tadinha. É, faz sentido”.
Só achei a amizade delas meio repentina demais, mas acho que é isso mesmo... Como Ava mesmo disse: Deus que colocou uma no caminho da outra quando elas mais precisavam.

Então conhecemos Peter, um dos amigos de infância de Ab e um fiel de Tomas...
Peter que é um cara engraçadinho e faz piada de tudo. Ailli o ODEIA e eu não entendi por que.
Primeiro: ela é suuuper grossa com ele sem sentido.
Segundo: ela vive falando mal dele... Não entendo isso.
Acho Peter um carinha bem legal. Não sei por que essa implicância da Ailli com ele.
Tá, eu e quem lê vai perceber que ela “tá meio por fora” dessa coisa de amizade e convívio social, desde que Oliver se foi, ela tem se escondido dentro de si e quando tenta sair, dá confusão e fica tachada como “esquisita”. O que ela é mesmo.
Mas eu consigo entendê-la. Ela simplesmente não sabe mais como agir com as pessoas. Não quer que sintam pena dela, não quer que a consolam, não quer que venham falar de Deus pra cima dela... Ela simplesmente não sabe o que quer das pessoas.
Acho que ela não quer nada mesmo. Não precisa de ninguém, já que não tem mais Oliver.

Tá, Marcia, e aí? Cadê o lindo menino que vai mudar tudo isso, que vai fazer o coraçãozinho morto de Ailli bater novamente?

Calma, Abraham – não, não sei dizer esse nome, mesmo com a Jú me explicando como se lê – é uma história à parte.
EXISTE MENINO ASSIM? CADÊ QUE EU NÃO ACHO?
É dele o meu quote preferido do livro:
“–Você quer ajudar Ailli? – Vivian perguntou cruzando os braços na mesa. – Como?
– Fazendo com que ela sorria pelo menos dez vezes ao dia.”

Não é fofo demais?

Então, Ab – como eu apelidei, dá licença, Jú – tem 20 anos e há três vem sustentando sozinha sua família, que é apenas sua mãe e seu gatinho idoso, Dorr.
O pai dele morreu lhe deixando a fazenda, onde ele trabalha quase todo dia antes de ir para a cidade e cuidar de uma floricultura.
Ele ama as flores e Ailli ama violetas. *risos*
Ab se preocupa muuuito com sua mãe, Vivian, que ainda está de luto, em depressão, não querendo viver...
Muito parecida com a nossa protagonista.
É muito lindo isso... Ver um filho fazendo com que a mãe coma... Fazendo com que ela saia... Se divirta...
Ele e Peter são melhores amigos... Acho que a autora podia ter trabalhado mais nessa parte... Não sei, parece que ela não tem muita convivência com meninos e não sabem como eles agem quando estão sozinhos.
Amizade para os garotos é tudo... E Peter, apesar de ser muito fofinho e legal, meio que peca nesse aspecto. Ele pergunta para Ab sobre sua mãe, mas fica nisso. Sem piadinhas, sem mostrar que realmente, realmente quer ajudá-lo.

Tá, Ailli e Ab se conhecem porque Ava FORÇA *risos* a ruivinha sair com ela e seus amigos, Peter e Ab.
Ab parece muito interessado na menina, não aquela coisa física... Algo como “quero ajudá-la”, ela não merece ser assim... Viver assim...
E Ailli gosta dele também, mas acha que é errado. Como se estivesse traindo Oliver, seu namorado morto...

Sem “spoilear”, algo acontece e Ab se mostra verdadeiramente apaixonando por Ailli, nunca a abandonando, ficando sempre ao seu lado. Chorando por ela, orando – e muuuuito – por ela... Simplesmente estando ali, mesmo que ela não estivesse.
Essa parte do livro é emocionante, mas me encontrei querendo ler rápido para chegar “na parte boa” de uma vez...

Enfim... Gostei muuito de O Amor Dá Uma 2° Chance. De verdade.
Devem ter reparado que falei bastante de Deus e religião, o livro é banhado disso.
Porque Ab crê muito e Ele está presente em todas as páginas do livro.
A autora é cristã, mas isso não quer dizer que uma pessoa que não acredita em tudo aquilo não vá gostar do livro. Eu gostei e não tenho uma religião.
Talvez incomode um pouco quem não crê, ou incomode muito. Mas o livro é lindo e vale a pena ler mesmo assim.

Percebi que o Amor no título do livro não é sobre o amor de uma pessoa para com outra, como Ailli e Oliver ou Ailli e Ab... Não. É dar uma segunda chance para amar a Deus novamente.


O Amor Dá Uma 2° Chance é um livro lindo, que me fez chorar ao ler a dor de Ailli, principalmente quando lembrava de momentos com Oliver e sorrir com o final doce.

Alguns personagens poderiam sim ser mais trabalhados e utilizados, como Peter, Joshua – o irmão quase fantasma de Ava – e Daniel, o primo no início irritante, depois muito fofo de Ailli.
Queria saber mais sobre eles e um final mais... Detalhado sobre eles.
Queria saber como Vivian ficou... Como os pais de Ailli ficaram...

Esse é meu problema: me apegar aos personagens, torná-los pessoas presentes na minha vida, para depois querer ficar sabendo o que aconteceu com eles. Dá uma saudade.

Me sinto muito honrada em dizer que fui a primeira pessoa a ler o segundo livro de Juliana Ferreira e ainda gritar por aí que adorei.

É uma autora em ascensão que ainda vai nos emocionar muito.

Me vi em Ailli muitas vezes, claro, sem aquele drama da vida dela, mas na hora de demonstrar sentimentos. Em seu medo de perder pessoas que ama... Em seu medo de não agradar...
Em seu medo de viver.

Enfim, é um livro LINDO e ponto.

Juliana565 16/09/2011minha estante
A Márcia teve a minha confiança para ler a primeira versão do livro... Obrigada Mah por fazer essa resenha crítica tão carinhosamente, agradeço-te por ter lido meu livro, e por ter se identificado com a estória. Obrigada ?


Gisele Galindo 19/09/2011minha estante
Bela resenha, Marcinha!!!! Agora é torcer para que o livro chegue logo, né, Ju?
;)
bjão***


Juliana565 19/09/2011minha estante
Nem fale Gi... acho que logo teremos novidades rs




Lady 27/12/2012

Recebi o livro da Juliana como parte de uma book tour organizada por ela há alguns meses atrás. Já tinha lido o primeiro livro dela, Minhas Lembranças, e tinha uma boa expectativa pro seu segundo romance.
Assim como eu já tinha notado na sua primeira obra, percebi que o grande forte da escrita da Juliana está na sutileza do drama. Eu acredito que existe um tom certo pra se escrever certas cenas de tom dramático - e não me refiro a cenas épicas de morte, ou sei lá o quê. A gente percebe essas coisas nas cenas mais pessoais, mais íntimas dos personagens. Naquele diálogo interior, naquele trecho desavisado de alguma coisa que parece totalmente aleatória, mas é extremamente reflexiva. E a Juliana sabe dosar esse tom. Ela tem um jeito delicado, e ainda assim intenso de falar sobre a dor. Em mais de uma ocasião, me peguei arrepiada por alguma passagem extremamente simples. Como se o ar daquela cena de repente estivesse à minha volta. E saber mexer assim com o leitor requer talento.
Contudo, existe pra mim um defeito em O Amor dá uma Segunda Chance que eu já havia notado em Minhas Lembranças: o tempo.
[continue lendo em http://nossosromancesadolescentes.blogspot.com.br/2012/12/resenha-o-amor-da-uma-segunda-chance.html#more]
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Juliana565 01/08/2012

Novas chances.
Ailli é uma jovem aparentemente igual a todas, mas o que as pessoas não sabem, é que ela perdeu uma pessoa muito importante, uma pessoa que provou para ela que a vida têm coisas mais importantes do que um sapato de marca ou dinheiro. Oliver fez Ailli ver a vida de outra maneira, e talvez essa fosse sua única missão. E quando ele parte, ao invés dela aceitar o fato, seguir em frente, pôr em prática tudo o que ele lhe ensinara, ela simplesmente se fecha para o mundo, para as pessoas e talvez até para si mesma. Seu pai Trevor, ao contrário de sua mãe, sabe o que está acontecendo dia após dia, e então ele decide que está na hora de recomeçar, e quando a família Tecknovs se muda de Dublin para um condado da Irlanda, Ailli inicialmente acha que vai continuar na mesma situação, mas não é isso que acontece.
O livro é composto de apenas um tema "tempo", todo mundo precisa de tempo para se acostumar com as mudanças, e nem todo mundo age como todo mundo, algumas pessoas se fecham, outras aceitam com mais naturalidade, mas quando se trata de morte, da morte de alguém que amamos, o tempo que leva para tal pessoa se acostumar com a ausência daquela pessoa amada, varia muito. ''O amor dá uma segunda chance'' não é só para pessoas que perderam, mas para pessoas que não conseguem liberar o perdão, e apesar do tempo, uma hora, o perdão tem que ser liberado.
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Lina DC 01/09/2013

Um livro que fala de recomeços, de perdão, de perdoar a si mesmo e seguir em frente. Ailli é uma jovem que perdeu seu primeiro amor de forma trágica. Um amor forte, verdadeiro e emocionante. Essa perda fez com que Ailli perdesse a fé e a vontade de seguir em frente. Quando se muda para essa pequena cidade ela começa a reencontrar indícios de um poder maior, através de pessoas incríveis.
O livro é repleto de personagens complexos e elaborados que orbitam em volta da Ailli para cada um deles ensinar uma lição diferente: perdoar ao próximo, seguir em frente, perdoar a si mesma, lidar com a perda de alguém amado e é claro, amar novamente.
Uma característica muito positiva da escrita da autora é a delicadeza ao escrever as cenas mais dramáticas. Até mesmo as cenas realmente perturbadoras da mãe de Ailli possuem um tom mais ameno, deixando o leitor absorver os sentimentos da protagonista. A única crítica que eu teria, se é que posso considerar uma crítica, é que eu preferiria que menos eventos acontecessem com a Ailli, para poder desenvolver cada um deles com mais detalhes.
É uma obra com um tom mais religioso, mas independente da crença do leitor, é uma bela história.
Em relação a revisão, diagramação e layout a editora pecou um pouquinho. Encontrei erros bobos de digitação e gramática, que não atrapalharam a leitura, mas que poderiam ser evitados.
A capa é linda, chama muito a atenção e combinou com a trama.

"A dor mantida em cativeiro é um ácido que corrói o coração, matando os sentimentos a cada dia que se passa. E Abraham via que a dor estava corroendo Ailli um pouco a cada dia que se passava". (p.158)
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Sâmella Raissa 24/11/2013

Resenha original para o blog SammySacional

Há um tempo atrás, o blog teve resenha do livro "Minhas Lembranças", da Juliana Ferreira. Foi um livro que acabou virando um dos meus favoritos devido a simplicidade na trama e nos personagens que a autora colocou, equilibrando com um romance lindo e alguns breves toques de sobrenatural. Foi uma leitura muito prazerosa, e desde então estou na torcida para ver mais livros da autora publicados. Nesse caso, apenas este e O Amor dá uma Segunda Chance - cuja resenha é esta - foram publicados, mas este segundo encontra-se esgotado, a Ju vendeu os últimos exemplares na Bienal do Rio, e não se sabe quanto teremos uma nova edição. A minha edição trata-se de uma versão revisada e reescrita para uma próxima publicação. Mas, com esta resenha, quero destacar que não só temos uma autora super simpáticae dedicada como também histórias leves e fofas para suspirar e nos fazer ver o lado bom da vida, focar e acreditar no que realmente importa, e eu estou realmente esperançosa para ver uma editora lançar de vez os demais livros dela, que você pode conferir as sinopses clicando aqui.

Mas, focando agora em O Amor dá uma Segunda Chance, somos então apresentados a Ailli Tecknovs, uma jovem de vinte anos que ainda se recupera da morte prematura do namorado, Oliver, quando tinha 18 anos. Fora Oliver quem fizera daquela garota mimada e fútil a mulher em quem ela então se transformou, fora ele quem ensinou-lhe o caminho de Deus e sobre dar valor as pequenas coisas da vida. Ailli se encontrava em um romance libertador, cheio de amor e esperança, mas que acabou por ser esmagado com a morte do rapaz; junto com este, porém, os sonhos, anseios e amor de Ailli também se foram, e há dois anos, desde então, ela reluta em falar de Deus, sentindo-se injustiçada por ter perdido alguém tão especial e encantador. Agora ela tem que encarar a realidade dos pais ausentes, em especial, uma mãe fútil que só pensa em si mesma e despreza as pessoas humildes. É quando ela se muda para Dublin, porém, que sua vida começa a modificar-se aos poucos, e então ela vai perceber que certas coisas não acontecem em vão e que existe um tempo certo para tudo.

Juliana Ferreira continua com sua narrativa leve e fluída, oras delicada, oras ágil. Desde o primeiro capítulo, é possível se emocionar com a história - e perda - de Ailli e é mais do que incrível sentir todas as emoções da protagonista durante a leitura. Até mais ou menos a metade do livro, somos apresentados a breves trechos de cenas entre Ailli e Oliver, e eu chegava a suspirar por ele, admirá-lo, torcer pelo romance, mas então me lembrava novamente do que havia acontecido. Todos sabemos o quão difícil é perder alguém que se ama, principalmente quando essa pessoa fez tanto por você, e não digo materialisticamente, mas emocional e esperançosamente. Uma pessoa que, apesar de não poder te dar luxo e riquezas, te deu o que era mais importante, sobre valores da vida e apresentou-lhe o amor de Deus. Mesmo não tendo passado por uma perda exatamente como a Ailli, eu sentia um aperto no coração durante vários momentos da leitura, mas, aos poucos, se percebe que, apesar das lamentações e tristezas, ela ainda consegue lutar e consegue se reerguer. Mas o caminho para chegar até essa reconstrução pessoal não foi individual.

Leia o resto da resenha em...

site: http://sammysacional.blogspot.com.br/2013/11/resenha-o-amor-da-uma-segunda-chance-de.html
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