Leite derramado

Leite derramado Chico Buarque




Resenhas - Leite derramado


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Ana Paula 17/05/2016

sociedade carioca em xeque
Neste livro pude mergulhar no lado "decadente com elegância" da sociedade carioca dos anos 50/60.
Mas prefiro as composições musicais de Chico Buarque.
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Simone.Kniphoff 24/04/2016

leite derramado
Ãtima representação de uma família burguesa em decadência no mundo contemporâneo.
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KB 27/03/2016

Leite derramado
Livro que embala fácil. No decorrer dos devaneios da personagem principal, um idoso em seu leito de morte, cheio de lembranças de uma vida pomposa vivida e gabada numa família nobre do Rio de Janeiro a partir dos anos 20, me fez pensar na minha própria futura velhice: no que caducarei? no que terei vergonha ou orgulho? além de me prender com o "mistério" do sumiço de sua desejada esposa e me fazer duvidar em que momento as lembranças se confundem com a imaginação ou caduquice!
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Tiago 14/11/2015

Vale a leitura
Me lembra Dom Casmurro.
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Kizzy 05/11/2015

Um texto maravilhoso para uma história entendiante
Essa é a minha segunda viagem pelo mundo literário do Chico Buarque. Havia lido "o irmão Alemão" , que para ser sincera gostei bem mais. Ainda assim termino essa segunda experiência com algumas semelhanças da primeira. E a primeira semelhança é o quanto o texto e a utilização da língua portuguesa são fáceis e perfeitas na mão do Chico.
O texto tem muita qualidade. A narrativa não linear é tão sutil e tão natural, e feita com um talento tão grande que você por vezes não percebe que numa mesma página você está visitando 3 ou 4 períodos da história da personagem sem esforço algum. A capacidade de descrição dos detalhes do quotidiano também é tão presente que o livro vira quase uma cena na sua cabeça. Quanto ao talento literário do autor, realmente não entendo porque as pessoas ainda criticam.
Porém, nesse caso em específico a narrativa é bem entediante. Não sei se era essa a intenção do livro, mas não passa de um monologo repetitivo sem nada de muito empolgante do começo ao fim. Relatos de um ex nobre e toda a superficialidade de suas relações nobres, o amor descontrolado por sua esposa que não era aceita pela nobreza, a visão deturbada de sua vida na pobreza depois de velho, alguma crítica ao racismo e à ditadura militar.
O livro só empolga um pouco quando ele fala da esposa Matilde e demonstra uma confusão de fatos e imaginação que faz lembrar Bentinho e Capitú, mas nem de longe é tão empolgante como eles.
Vale a leitura pelo rebuscamento do texto mesmo, pela construção da narrativa tão bem feita e que parece tão simples. É daqueles livros que você lê de uma vez, mas precisa querer pelo texto mesmo, porque não é empolgante e nem divertido. Se fosse para escolher eu leria outros dele, que tem igualmente um texto ótimo e com uma estória legal.

"Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortêz, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo mal fermenta."
PAULINHO VELOSO 16/03/2022minha estante
Gostando muito. Forma original!




Aline 28/09/2015

identificação
Senti uma identificação com a história apresentada no livro porque compreendi o quanto nos deparamos com situações na vida, que não podem ser explicadas ou simplesmente a explicação nunca terá o condão de esclarecer a motivação de determinadas ações humanas e suas consequências na vida das pessoas envolvidas.
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Cassionei 15/08/2015

Letras derramadas
“Estava à toa na vida, o meu amor me chamou” para ler Leite derramado, o romance de Chico Buarque (Companhia das Letras, 200 páginas), um dos vencedores do prêmio Jabuti deste ano. Por ser o maior compositor do Brasil, parte da crítica o considera um aventureiro na literatura, esquecendo que letra de música também pode ser poesia. “Sou um artista brasileiro”, diz o eu-lírico da música “Paratodos”. Os livros comprovam a versatilidade desse artista.

“Como beber dessa bebida amarga” que é a literatura do Chico? Se nas músicas vemos um homem romântico ou engajado, principalmente contra a ditadura, nos livros os temas são psicológicos, o mergulho é mais profundo na mente confusa de seus personagens. Desde Estorvo, seu primeiro romance, o ponto de vista é quase sempre o do protagonista (exceção de Benjamim, narrado em 3ª pessoa) e o leitor não sabe até que ponto pode confiar na sua personalidade conturbada.

“O que será que será” que podemos esperar de um livro do Chico? Pois não espere nada “com açúcar com afeto” ao ler Leite derramado. “Tijolo com tijolo num desenho mágico” ele vai desenvolvendo a história através do protagonista, Eulálio d'Assumpção, ancião de 100 anos, cuja fala fragmentada nos revela boa parte da história do Brasil dos tempos do Império, passando por todo o século XX, ditadura, “num tempo, página infeliz da nossa história”.

O romance parece ser uma releitura da canção “O velho”. Diz a letra, escrita em 1968: “O velho sem conselhos, de joelhos, de partida, carrega, com certeza, todo o peso de sua vida”. Em Leite derramado, Eulálio relembra fatos pessoais desses seus 100 anos de vida para uma mulher que, devido aos delírios provocados pelos medicamentos (aliás, há semelhanças com o romance Indignação, de Philip Roth), ora é sua filha ou sua neta, ora a enfermeira do hospital ou então Matilde, sua amada que morreu nos anos 30. Sim, as mulheres, não as de Atenas com “suas melenas”, mas as brasileiras, principalmente sua esposa, mulata que gostava de dançar maxixe, são presença marcante nessa narrativa. Pela fala de Eulálio vemos, também, a decadência de uma família tradicional brasileira, que começa com um barão do império e termina num garoto, o qual para o velho tudo indicava ter se tornado traficante.

“Ah, se já perdemos a noção da hora” é a sensação que temos ao ler a narrativa, daquelas que nos prendem e não conseguimos largar tão facilmente. “Joga pedra na Geni” quem nunca se deixou levar pela mão de um competente escritor, que nos carrega até os subterrâneos da alma de um personagem, na escuridão de seus pensamentos, até que gritemos “luz, quero luz”.

“Meu caro amigo, me perdoe, por favor”, mas Chico Buarque é um grande escritor.


site: http://cassionei.blogspot.com.br/2010/10/tracando-livros.html
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Helô 13/07/2015

Leite derramado: esse merece resenha!

Leite derramado traz embutido no título um provérbio popular chinês: “ Não adianta chorar pelo leite derramado.”. Ao interpretar esse provérbio percebe-se que nada pode ser feito diante de algo que já aconteceu .
Após análise do título nota-se uma narrativa que prende o leitor com revelações do passado e pendências do presente que o narrador não pode mudar. Resignado, e com sintomas de alzheimer, insiste em recontar várias vezes suas origens e vai despertando a curiosidade do leitor.
A narrativa remete o leitor ao Betinho, personagem de Dom casmurro- Machado de Assis, um fraco que vive à sombra da mãe e do seu passado.
Enfim, deleite-se com esse livro espetacular!
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Leiliane R. Falcão 12/07/2015

A memória é uma vasta ferida...
Terminei de ler Leite derramado do Chico Buarque hoje.
Não sei se foi o tom moribundo do narrador-personagem, ou se foi o mistério ao redor de sua companheira, Matilde, mas esse livro me lembrou Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. Particularmente, adorei esse sabor machadiano presente em toda a obra.
O teor social também me chamou atenção. Ao acompanharmos a árvore genealógica do Lalinho, vemos que o que existe de pior na nossa sociedade ( vulgo preconceito em todas suas formas possíveis) tem origens muito antigas. É triste perceber que estamos em 2015 e notar que ainda tem gente que pensa da mesma forma.
É um livro curto, mas em menos de 100 páginas Chico nos presenteia com pelo menos três gerações de personagens que nos levam do amor ao ódio.

O capítulo 18 me fez sorrir com a primeira frase, e me fez chorar na última.

Em resumo, esse livro é amor demais! Leia!
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Mavibarrinuevo 09/07/2015

Buarque-se
Isto não é uma resenha propriamente dita. Não resumirei este amontoado de páginas com capa chamativa de cor alaranjada escrito por Chico Buarque e ao fim do texto fazer algum comentário. Pretendo, somente, dizer o quão importante este livro é para mim e o quanto recomendo o mesmo. Um livro sem parágrafos narrado por Eulálio, um homem em sua fase derradeira, vivendo em um leito de hospital, contando apenas com sua filha Maria Eulália, uma enfermeira e suas memórias. Como pode um livro desses ser tão amável? Será que devo levar em conta quem o escreveu? Talvez seja o modo como o leitor entra na mente confusa e esquecida de Eulálio, ou então talvez seja pelos belos diálogos/pensamentos (há post-its em quase todas as páginas), eu não sei. Não sei exatamente o que me faz amar um livro como amo Leite derramado, todavia deixo apenas um recado a você: leia-o. Leia-o e delicia-te neste universo confuso, melancólico, puro e belo que é a mente de Eulálio. Leia-o e tenho certeza de que você não será mais o mesmo. Ah, também é uma leitura rápida.
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Rafa P. 06/04/2015

Lembranças, lembranças e lembranças...
Leite derramado conta a história de um homem idoso vivendo em um leito do hospital, que decide narrar sua história a enfermeiras, sua filha, ou a quem estiver disposto a ouvi-lo. Vindo de família tradicional do Rio de Janeiro , composta por figuras importantes do cenário politico da época , Eulálio , personagem principal, relembra com nostalgia, indiferença, saudade e tristeza seus tempos de juventude e sua atual situação.
A narrativa é bastante peculiar, já que se dá em forma de monólogo, o que me surpreendeu positivamente, pois jamais desconfiava que um monólogo poderia ser interessante e divertido de-se acompanhar. A narrativa é fluida, continua e apresenta um ótimo ritmo, alternando entre acontecimentos do passado e presente do personagem, sem se deixar arrastar ou tornar-se cansativa e enfadonha.
Outro ponto interessante, é a maneira como as lembranças vão surgindo na fala do personagem , que devido a avançada idade, narra de forma confusa e não linear os fatos. Esse elemento utilizado pelo autor é bastante eficaz na narrativa, e conduz o leitor a participar dos devaneios e confusões de um homem de 100 anos, o que estabelece uma finalidade imediata entre leitor e a história, pois o olhar do personagem sobre sua própria vida é muito sincera e realista.
Outro destaque positivo da obra é a personagem de Matilde, que se mostra cativante e encantadora, através da fala de Eulálio, mas que ao mesmo tempo, tem um lado sombrio e misterioso, que se arrasta por toda a narrativa e cria um ótimo suspense em torno de seu desfecho final, muito bem desenvolvido por sinal.
Um ponto negativo do livro, onde o autor deixa a desejar, é justamente ao explorar o universo da sociedade brasileira no qual o personagem perpassa sua vida toda. O autor não se aprofunda em temas como política, preconceito, corrupção, entre outros temas polêmicos desta época. Por vez, o autor preferiu focar no drama familiar e aventuras amorosas, o que não é ruim, só penso poderia ter dado um maior espaço para desenvolver e discutir outras questões pertinentes do cenário do personagem.
O livro Leite derramado é um bom livro, que mantem o leitor atento e interessado a maior parte do tempo. Não chega a ser uma obra genial, mas tem um ótima qualidade e merece ser lida. Recomendo.
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Geise @leiturasdageh 11/03/2015

Esse trecho que encontra-se na página 138 e 139 acho que resume muito bem o livro:
"São tantas as minhas lembranças, e lembranças de lembranças de lembranças, que já não sei em qual camada da memória eu estava agora."

Pois a princípio parece algo muito confuso de se ler, na mesma frase se mistura passado e futuro, e ás vezes você se sente perdido. Mas achei bem realista, pois o personagem principal tem lá seus 100 anos de idade e está relatando sua história a uma enfermeira, sua filha, em um leito um hospital. Eu simplesmente amei a leitura e me diverti com a história.
Eu achei bacana, porque mesmo, parecendo confuso, os relatos foram contados de forma natural e não cronológico.
O narrador é seu Eulálio Assumpção, filho de um senador, de família muito bem colocada, que vivia em meio a grandes luxos. Mas como toda família, tem seus altos e baixos.
Não é uma leitura de grandes aventuras, mistérios, suspenses, mas tem seu encanto.


site: http://transformandocomcriatividade.blogspot.com.br/2015/02/livro-leite-derramado-de-chico-buarque.html
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Breno Vince 26/01/2015

Livro para aprender a gostar de Ler
Um bom livro. Assim defino Leite Derramado. Uma boa história que é bem escrita, mas, ao meu ver, não é, nem de longe, genial. Sobre a história de um homem de idade avançada remexendo suas memórias, sobretudo de Matilde, a mulher da sua vida, que ele ora tem certeza absoluta de que o traía e ora a tem como santa, confesso que não achei original por ter me lembrado bastante Dom Casmurro, mas ainda assim vale a pena ser lido. Uma leitura fácil, rápida, que envolve (embora, ao meu ver, provavelmente não se torne o livro mais marcante que vá ler na vida) além de agregar conhecimento.
Rafa P. 01/04/2015minha estante
Breno foi a mesma impressão que tive lendo o livro, me lembrou Dom Casmurro.




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