Leite derramado

Leite derramado Chico Buarque




Resenhas - Leite derramado


261 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


rfalessandra 05/05/2022

Derramou-se
Não se deve abandonar Leite Derramado pela metade. Do meio para o fim é que nos acostumamos com as fragmentações e nos deliciamos com a graça-irônica do Chico.
A narrativa é bem humorada e elegante, da saga da família Assumpção desde a chegada da corte portuguesa no Brasil. Contada por Eulálio D' Assumpção, um senhor de 100 anos em um leito de hospital que brada suas memórias a quem quiser ouvir, seu amor e seu ciúme obsessivo por sua esposa Matilde, e os tortuosos negócios da influente família, as ligações com integrantes do governo, intelectuais, rainhas e chupins de baixo calão.
O livro não segue ordem cronológica, o reflexo das confusas memórias de Eulálio dão um bom toque de humor, o livro é dividido por breves capítulos tornando assim a leitura gostosa e ótima para quem lê em breves espaços de tempo, na loucura do dia-à-dia.
comentários(0)comente



Marcos Bassini 16/04/2009

Panos
Existem, entre outras, inúmeras, duas tramas inesquecíveis sendo tecidas ao longo deste romance que é, não sem razão, um deleite até para a crítica.

Uma é o próprio enredo do livro, um velho num leito de hospital, narrando, através de caducas reminiscências, a história da sua família, usando como pano de fundo a história do país com sua política, seus costumes e suas mazelas (fingindo aqui não estarem aquelas contidas nesta).

A outra, como já insinuei no parágrafo acima (você se recorda?), é a mecânica da memória, estes panos pingando lá do alto, que nunca conseguimos agarrar, apenas puxar de cada um deles um fio que, enredando-o a outros, guardados onde não sabemos, transformamos em panos que jogamos lá embaixo para nós mesmos.

Chico Buarque, agora com pleno domínio da narrativa, planejando o segundo exato de conceder ao leitor uma nova informação (ou dúvida), conseguiu de mim o mesmo que nos seus shows: a sede de bis quando as cortinas se fecham e o pano cai como uma chapa de leite negro derramando-se no palco.
Samyta 14/04/2009minha estante
Brilhante resenha, Marcos!

Fiquei instigada a ler...



caramelim 17/04/2009minha estante
inspirado, hein!

uhuuuuu!


Aryana 24/04/2009minha estante
Acho que discrepamo um pouco. Fiz uma resenha também, pequenina, na outra edição!


Nessa Gagliardi 19/08/2010minha estante
Linda resenha!!!


Agatha 15/11/2011minha estante
A melhor resenha das que li. Pena que poucos compreenderam o livro da forma que você fez.


Ninha Machado 26/06/2014minha estante
Linda resenha! Fiquei com mais vontade ainda de ler


Bianca 10/01/2018minha estante
UAU! Excelente resenha.


Narrilla 10/02/2021minha estante
Uma resenha é uma resenha.




Everton Vidal 26/10/2022

Você já deve ter lido que Leite Derramado é mais do que um livro, é o Chico Buarque escritor sendo tão genial quanto o compositor. Foi lançado cinco anos depois de Budapeste, e representa um salto em relação a ele, no mínimo em termos clareza e leveza.
É a história contada pelo centenário Eulálio Montenegro d'Assumpção, que acamado pela idade vai divagando sobre os acontecimentos de sua vida e de seus ancestrais, tecendo uma trama fascinante que alcança mais de dois séculos de história do Brasil.
O livro tem um agradável senso de humor que, aliado à forma particular do Chico de se comunicar, inclusive com outros autores (tem muito de Machado nele, por exemplo) faz desse um romance hipnótico, gostoso de ler, e que abrange de tudo, de sensualidade a ternura, do riso ao trágico, um raio-x da solidão, que definitivamente consagrou o autor como um dos escritores mais importantes da língua portuguesa.
comentários(0)comente



Jim do Pango 06/07/2010

Um leve espírito
Leite Derramado faz jus às alusões unanimemente positivas que recebeu da crítica literária: é, de fato, extraordinário. É belíssimo.

Antes desse livro, o escrito Chico Buarque não havia me despertado grande interesse. Por nenhum motivo específico, naturalmente. É que Se chega a uma fase da vida em que você descobre que (infelizmente) não vai conseguir ler tudo o que quer, então é natural que haja uma seleção maior das obras e escritores. Não bastasse, é justo nessa fase que também se descobre que é preciso volver à algumas obras do passado, que são sempre representadas por uma vasto acervo, cada vez mais vasto à medida que os anos se acumulam. Por essas e outras razões permanecia ignorando o Chico Buarque.

Foi então que, depois de ouvir e ler um pouco a respeito desse livro específico, de repente, ele começou a ganhar forma em minha estante. Ele se materializou ainda mais e quase ficou palpável ao lado daquele meu velho Alexandre Dumas quando chegou uma indicação da pessoa mais sensível que conheço (minha namorada). Esse último acontecimento já me dera motivos suficientes para o Chico Buarque tomasse a dianteira na ordem de leitores que me aguardam na estante, porém, faltava ainda uma última cartada para que o livro fosse parar em minhas mãos (e não estou me referindo ao fato de tê-lo ganho justamente de presente no dia nos namorados, isso naturalmente ajudou, e muito, mas não foi isso); essa última cartada de que faltava, que para atingir o mesmo efeito posso bem nomear de uma última ponte que me ligaria ao romance, veio de um curto raciocínio lógico, que tento reproduzir agora:

Pensei em “Tanto Mar”, a belíssima canção em que o Chico Buarque trata da Revolução dos Cravos. Refleti que é espantoso o fato de o Chico conseguir dizer tanto sobre um evento histórico tão importante em tão poucas linhas, em tão poucos versos e ainda emocionar. Foi a partir dessa premissa que me questionei: o que alguém como o Chico – que consegue em um verso de uma canção registrar tanta coisa bonita e passar tanta emoção – faria escrevendo um livro?

A resposta, agora me parece ainda mais evidente, já estava presente na aceitação da obra pela crítica especializada. A resposta estava ali e foi exato o que pude confirmar nas pouco menos de duzentas páginas em que o velho senhor Eulálio Montenegro D’Assumpção narra suas memórias.

E ele fez esse livro que faz sorrir em muitos momentos e, portanto, diverte.

Fez esse livro que desperta certa melancolia em outros e, portanto, emociona.

O protagonista em dado momento diz que a sua Matilde tinha “um espírito leve”, como a dizer que ela não guardava rancores por muito tempo, mas é o próprio protagonista que revela o espírito mais leve desse romance na maneira estóica com que narra as agruras de sua família.

Ademais, são tantos e tão precisos os relatos de um tempo que já não existe, e que o próprio autor não viveu, que deixa a forte impressão que a obra tem bases sólidas, erigidas em detida e séria pesquisa.

O curioso é que, antes do fim, voltei a pensar em “Tanto Mar” quando vi o Eulálio dizer: “[...] O bar fechava ao amanhecer, e eu ia dormir um pouco mareado. Vedava a escotilha do meu camarote de popa, para não ver o acúmulo de oceano que mais e mais me afastava da minha mulher.” (p. 58).

Esse “acúmulo de oceano” me soou como: “Sei que há léguas a nos separar: tanto mar, tanto mar; sei também quanto é preciso, pá, navegar, navegar.”

Li o livro de um só golpe, como sua composição exige. Antes de voltar a ele, irei atrás de outros títulos do escritor Chico Buarque, é evidente, mas fato é que pretendo voltar e reler. E Dessa vez, pretendo fazer como se deve: com vigor e vagar.
Carla Macedo 05/10/2010minha estante
Carteaux.
Muito boa sua resenha. Quem convive com pessoas mais velhas e/ou tem sensibilidade suficiente e sabe olhar o outro, percebe a poesia deste livro. O li pouco tempo após ter assistido ao filme "O estranho caso de Benjamin Button" e uma conversa sobre velhice em um evento familiar. Então minha cabeça estava cheia de reflexões a esse respeito. Quando o livro chegou em minhas mãos aconteceu como você mesmo disse, e bem dito,o li EM UM SÓ GOLPE!(rs) Dei muita risada quando, perto do final do livro, Chico nos prega uma peça com o lápso de memória da personagem que achei que era eu quem tinha me atrapalhado na leitura. Se terminasse alí seria perfeito!




Felipe Albiero 27/05/2011

Deveras cansativo.
Imagino que criei expectativa demais acerca deste livro. Decepcionei-me.

Um velho falastrão em pleno leito de morte, uma tagarelice sem fim. Estórias, histórias e o conteúdo? Nada muito proveitoso... Para quem busca sempre por algo de cunho mais reflexivo, passe longe deste livro. A medida que eu lia, pensava: "Espero que na próxima página a história ganhe fôlego e aconteça algo interessante".

Quando mais eu esperava que acontecesse algo, mais o velho falava, falava e falava - sem nada dizer, enveredando-se por um devaneio sem fim e tornando a obra cada vez mais obtusa. Até que fui fiel a mim mesmo e parei a leitura na página 40.

Acredito que um livro com conteúdo idêntico, porém escrito por "Astrogildo da Silva", não angariaria tantos fãs.

'Chico, devolve o jabuti!'


Grande abraço a todos.
Heidi Gisele Borges 16/01/2010minha estante
Também concordo com a sua resenha! Consegui ir até o fim, mas sinceramente foi um sacrifício absurdo. Não vi lógica na história ainda. ^.^


Sibele14 31/07/2010minha estante
Também não gostei muito do livro só li até o fim por uma questão de honra digamos assim, achei um livro chato, ilógico uma hora ele estava aqui no presente logo em seguida ele tava lá no início do século confuso demais.


Monique Pacheco 09/05/2012minha estante
Faço minhas suas palavras. Esse livro não me acrescentou em nada. Criei tanta expectativa por ser o Chico e me frustrei. Que ele devolva o Jabuti e se limite a compor apenas.
Esse livro me lembrou uma frase de Carlos Drummond de Andrade:
"Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante."


Cris 11/11/2014minha estante
Concordo com todos vcs!So fui ate o fim tb por questao de honra hahaha


Bernadete 17/04/2015minha estante
Concordo plenamente, coloquei expectativas demais, cansativo.




Luisa616 01/07/2023

Resenha ?Leite Derramado?, Chico Buarque
Eulálio de Assumpção com ?p? tem uma doença senil e está em uma cama de hospital, onde tem lembranças e devaneios. Ele confunde o espaço/tempo dos acontecimentos e isso, muitas vezes, faz a gente duvidar do que é real ou não durante a leitura. No meio de muitas confusões mentais e repetições, ele narra as lembranças que tem da vida e da família.
?? O livro é narrado em primeira pessoa por Eulálio.
? Curiosidade: todos os homens da família também se chamam Eulálio, porém quando ele tem uma filha mulher e a tradição parece ser rompida, ele dá o nome a ela de Maria Eulália.
comentários(0)comente



Pedro3598 16/01/2024

Neste livro " Leite Derramado" do Escritor Chico Buarque. O enredo é desenvolvido sobre um senhor, chamando Eulálio da Assumpção. Que está no leito de um hospital, onde têm várias lembranças e devaneios. As suas histórias são contadas para as enfermeiras e também para a sua filha, Maria Eulália.
Assim, no decorrer da leitura são apresentadas suas histórias, suas experiências de vida e de sua família, desde os tempos da sua adolescência até a decadência.
A leitura desse livro faz com que tenham-se reflexões sobre a realidade de envelhecer e de outras coisas. "Não importa quem você tenha sido , o corpo envelhece e sofre das mesmas mazelas que qualquer outro".
fontbooks 16/01/2024minha estante
oi pode curtir minha última publicação?




Ellen Rayane 31/10/2022

Esse livro é sobre nostalgia de um tempo que já passou, o narrador é um senhor de 100 anos que mistura suas lembranças e fica remoendo seus tempos de ouro...
Cansativo por ser repetitivo, mas acho que esse era o intuito por ser um livro de lembranças.
comentários(0)comente



Marcia 07/06/2023

Minhas
Literatura Brasileira!!
Diferente do livro "Budapeste" que não me agradou muito, esse eu já gostei.
A escrita é clara, leitura flui e o tema me agradou muito. O livro vai nos contar sobre a vida de um homem centenário que esta num hospital. O narrador é esse homem, sr Eulálio, que vai contando suas histórias, hora para enfermeira, hora para filha e hora para outro.
No decorrer da leitura vamos conhecendo as suas histórias, suas experiências de vida e a historia de sua família, desde os tempos prósperos até a decadência.
Junto com as histórias de Eulálio vamos também conhecendo um pouco do nosso Brasil, tanto episódios políticos como social e econômico. Tudo de forma leve, nos dando a impressão que estamos sentado ao lado dele.
Gostei muito dessa narrativa.
Esse livro eu não o escolhi. Ele chegou a mim através de uma amiga, junto com outros livros para depois seguir em frente, rumo a novos leitores. E assim será, em breve ele seguirá.
Valeu
comentários(0)comente



joaoggur 30/12/2022

Momentos se tornando memórias.
Tenho uma boa relação com os livros de Chico Buarque. Além de ser grande fã de sua carreira musical, também o admiro como escritor. Esse foi um dos trabalhos que menos me agradou.

Eulálio é um centenário que, em seu leito de morte, se recorda (ou pelo menos tenta lembrar, dado a sua memória falha) de grandes momentos em sua vida, tais quais sua relação com a esposa (Matilde) até o nascimento de seus descendentes.

Chico conseguiu perfeitamente dar uma personalidade a Eulálio. O personagem não é nada superficial ou robótico e sim muito verossímil a um homem nascido no início do século passado. Mas, talvez, o grande problema da leitura está nessa ponto: como a maioria das pessoas nascidas no início do século XX, Eulálio transmite falas e atos racistas, machistas e até antissemitas. A questão não é nem diretamente essa e sim o fato que, em decorrência disso, não conseguimos nos simpatizar por ele, o que faz a leitura ser monótona, cansativa e pouco interessante.

Não é o melhor trabalho de Chico Buarque, mas até que vale a leitura. Não recomendo para quem está saindo de ressaca literária.
comentários(0)comente



eduardabuainain 09/07/2020

Gostei demais
Tem livro que foi feito pra ser lido no idioma em que foi escrito mesmo. Fico pensando em como a genialidade da história e da linguagem devem se perder numa tradução dessa obra. Fala sobre a história do Brasil, sobre racismo, zomba da aristocracia, brinca com a linguagem de um jeito sensacional. Não achei nem um pouco monótono por ser um monólogo, e eu simplesmente ADOREI essas digressões desorganizadas e repetidas, como se realmente fosse o fluxo de memória do velho. Adoro o jeito que o Chico escreve!
comentários(0)comente



Camila.Nunes 19/01/2022

Síndrome de vira lata
Este é o segundo livro de Chico Buarque que leio. Gostei muito da narrativa. Na qual, um homem, membro de uma família tradicional brasileira, em que através de anos de privilégios históricos foi cada vez mais caindo em decadência. O livro é narrado pelo centenário enfermo em seu leito de hospital. Recontando toda a história de sua vida que também se mistura a história do país. Cheio de racismo, machismo, misoginia, superioridade e falta de reflexão sobre seus privilégios. O autor faz com que o leitor reflita sobre esses personagens que ainda habitam a nossa realidade.
Ricardo.Silvestre 29/01/2022minha estante
Se eu quisesse começar a ler algo de Chico Buarque, seria este livro uma boa opção?


Camila.Nunes 29/01/2022minha estante
Olha, eu só li dois livros dele até hoje. Esse e Budapeste. Não que Budapeste seja ruim. Mas esse é sensacional. Indico muito! Me prendeu do início ao fim. É fácil de ler, flui.


Ricardo.Silvestre 29/01/2022minha estante
Obrigado Camila. Já está na estante dos livros que quero ler.




Lima Neto 13/04/2009

fraco
nunca tinha lido nada de Chico Buarque, e resolvi começar justamente por este, que é seu mais novo livro, tão elogiado pela crítica e público.
confesso que admiro muito Chico como cantor e compositor, e talvez por isso tenha me deixado levar a conhecer o Chico Buarque escritor, romancista. talvez tenha sido esse o meu erro: ter me deixado levar pelo nome do escritor, muito mais do que pelo desejo de conhece-lo propriamente dito.
já tinha ouvido algumas críticas não muito favoráveis ao escritor Chico Buarque, mas eu nada falava, afinal de contas, não tinha lido, até então, nada dele. mas agora posso falar: todas estas críticas tinham e têm fundamento, sim.
o livro, pelo menos o "leite derramado", é muito fraco. muito bem escrito, com um português perfeito, com descrições magníficas, com os diálogos, ou monólogos, muito bem produzidos, mas, de maneira geral, o livro é um fiasco. é muito disperso, um devaneio sem fim, muitas vezes sem pé nem cabeça, pouco linear.
a ideia central do livro é perfeita, a de um homem que, ao fim de sua vida, debilitado, em seus devaneios, resolve contar, muitas vezes a uma enfermeira que não o escuta, sua vida e a vida de seus familiares. mas, ao meu ver, a ideia não foi bem explorada, pois a narrativa, por ter sido muito dispersa, talvez, afaste um pouco o leitor o objetivo central, o faça sentir-se pouco propenso a se envolver com a historia.
eu, que já tinha um pé atrás quando o assunto era Chico Buarque como escritor, agora tenho os dois. melhor eu ficar a admira-lo como cantor e compositor.
Claudia Furtado 05/09/2009minha estante
Concordo plenamente!


uyara 27/02/2014minha estante
Talvez você tenha começado com a obra errada. Tente Budapeste. É excelente.
beijo.




felipe.gugel 29/01/2023

A escrita de Chico Buarque nessa obra é genial. Ela retrata bem a confusão de fatos e o sentimento de um idoso no fim da vida, muitas vezes até infantil. Assim, a forma do livro está entrelaçada aos seus efeitos no leitor com maestria.
felipe.gugel 30/01/2023minha estante
E claro, o livro demonstra a decadência da aristocracia. "Tu sabe com quem você está falando?" Demonstra como o personagem usava o sobrenome para sentir-se superior. E, ao passar do tempo, percebemos como o seu nome foi perdendo importância na proporção que a sociedade evoluía democraticamente.




Flavia 28/10/2010

“Se com a idade a gente dá para repetir casos antigos, palavra por palavra, não é por cansaço da alma, é por esmero. É para si próprio que um velho repete sempre a mesma história, como se assim tirasse cópias dela, para a hipótese de a história se extraviar.” (Frase dita por Eulálio no monólogo “Leite Derramado” de Chico Buarque)

Essa é a frase chave para descobrir se realmente quer embarcar nesta leitura. Imagine se um velhote desconhecido, com 100 anos de idade, virasse a você e começasse a despejar um monte de histórias da sua vida... sem tempos exatos, cheios de preconceitos, petulância, contradições e amores, vividos numa sociedade carioca decadente. O engraçado é que durante a leitura você começa a julgá-lo... No decorrer do texto é possível fazer leituras nas entrelinhas, pois o personagem deixa dúvidas e suspenses em sua fala. É preciso ter paciência e querer escutar o que o Sr. Eulálio tem a dizer desde os ancestrais portugueses até os tempos atuais... passando por dois séculos... entre idas e vindas. Se você não está “no clima” é melhor nem começar a ler.

Não é o meu tipo de leitura preferido (não sou fã de monólogos), mas achei interessante para uma análise social. É possível tirar várias características de uma sociedade carregada de aparências e machismos.
Monte Cristo 09/01/2012minha estante
Essa frase também me marcou!




261 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR