Leite derramado

Leite derramado Chico Buarque




Resenhas - Leite derramado


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Fabrícia 15/08/2009

Chico Buarque me surpreendeu. É o primeiro livro que leio dele e adorei. Escrito em primeira pessoa, a história é contada por um idoso no hospital, tentando resgatar sua vida. Muito de realidade e fantasia, presente e passado, felicidade e sofrimento se misturam. Um pensamento leva a outro, sem sequência cronológica ou de história, mas é isso que encanta. Se a história do livro fosse escrita conforme aconteceu, explicando a verdade e a ilusão, com certeza não seria tão bom.
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Juliana @julianaaf 05/07/2020

O livros nos apresenta o monólogo de um homem em seu leito de morte, revivendo o passado e o presente de uma maneira em que não consegue separar as camadas. Em suas narrativas percebemos um homem enfadonho, que por possui uma família com bens no passado, acha que no presente todos devem servi-lo e ponto.

"Se soubesse como gosto das suas cheganças, você chegaria correndo todos os dias"

A escrita de Chico é muito rica e cheia de poesia entrelinhas. Demorei um pouco pra ler o livro por ter outras prioridades na frente e por não ter me prendido o suficiente, um bom livro, mas me faltou o encanto que Budapeste me proporcionou.
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Lina 25/02/2010

Achei a idéia para a história maravilhosa, mas a leitura bem cansativa. Essa coisa de ir e voltar na memória, tantas vezes, não me agradou. Me esforcei para terminar a leitura. Mas não desistirei dos livros do Chico, pretendo fazer mais uma tentativa...
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Cris @cristinadaitx 10/07/2022

Meu primeiro contato com a escrita do autor, a qual traz um personagem que revive as memórias de sua vida enquanto está no hospital vivendo seus últimos dias de vida. A sensibilidade da escrita me surpreendeu e, com certeza, vou querer conhecer mais de sua escrita.
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Gabriel.Tadeu 10/06/2022

Me lembrou cem anos de solidão
Em um monólogo cabisbaixo, Chico Buarque conta a história de Eulálio, que nos seus mais de 100 anos viveu diversos momentos da história do Brasil.
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Iago 16/08/2022

Decadência e orgulho.
Um personagem idoso relembra sua vida enquanto definha em seu leito de morte. Algo que poderia carecer de originalidade, mas a forma que Chico Buarque nos oferece essa narrativa, direta dos lábios e de uma memória moribundos, sentimos mais pelos sofrimentos de nosso narrador. De uma família tradicionalíssima, segundo ele mesmo, se vê diante da ruína de sua família e de seu nome, o qual não mais abre portas. Tocante.
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Heidi Gisele Borges 10/09/2010

Nunca tinha lido nada de Chico Buarque além das letras das músicas, mas a oportunidade surgiu quando, no Clube do Livro que participo com alguns amigos, foi sugerida a leitura de Leite Derramado. Todos aceitaram.

Trata-se de um homem, em seu leito, no hospital, com sua história, mas ninguém parece querer ouvir, ou simplesmente todos têm algo a fazer, qualquer coisa era melhor do que parar para ouvir um velho. Percebe-se ai a solidão e o isolamento que os idosos sentem, todos estão muito ocupados para partilhar das experiências alheias. As pessoas hoje estão muito individualistas. Então não somente os idosos têm problemas em serem ouvidos, mas também todas as pessoas, mas todos querem dizer algo, nem sempre relevante.

Confesso que este tipo de leitura não me agrada. É uma história que não evolui. Quando estava na metade, pensava qual o motivo de insistir na leitura? Mas lembrava da discussão que teríamos e segui em frente.

Os amigos do Clube do Livro gostaram. Eu não.

*****
Mundo de Fantas no mundo dos livros
www.mundodefantas.blogspot.com

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Felipe Albiero 16/01/2010minha estante
Concordo plenamente, Celly.




Filipe 06/12/2023

Com uma narrativa intensa e, ao mesmo tempo, delicada, Chico Buarque nos presenteia com esta que é uma obra-prima da literatura brasileira. Há aqui um claro retrato de uma das mais comuns leituras da sociedade brasileira, algo que explora a psique de um tradicional ?cidadão de bem?.

Por quase 200 páginas, mergulhamos nos delírios saudosistas de uma figura decadente que clama as glórias e derrotas do passado de uma maneira imponente. Não temos aqui um narrador-personagem simples, embora a leitura o seja. Temos aqui uma figura complexa, que fala mais do que acredita dizer.

Chico é certamente o meu autor nacional favorito, com um talento que emociona.
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Nat K 15/07/2009

"Leite Derramado" apresenta uma boa e envolvente estrutura narrativa, oferecendo ao leitor um belo passeio pela consciência falida de uma sociedade (ou seria a consciência de uma sociedade falida?). O personagem, cuja memória pouco confiável imbrica o leitor em um verdadeiro labirinto, retrata como poucos a história do Brasil -parcial e recheada de preconceitos - e sua historiografia, pois reiventada, reinterpretada a cada página. Mais consistente do que "Budapeste", com certeza nos faz esperar pelos próximos livros para, finalmente, podermos firmar ao lado do nome de Chico também mais uma qualidade: a de competente romancista.
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MCRA 15/01/2023

Meu romance favorito de Chico.
"Se soubesse como gosto das suas cheganças, você chegaria correndo todo dia".
Ah, Chico
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Luc1l 10/07/2023

Nunca havia lido nada do Chico e comecei esse sem informação alguma, mas como chegou em mim comecei a ler na maciota e é uma narrativa bem humorada, muito irônica e elegante, contando a saga da família Assumpção desde a chegada da corte portuguesa no Brasil sob a perspectiva de um centenário que está num leito de hospital.
E agora vou atrás de ler os novos livros do Chico!
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Monique 11/04/2010

Surpreendente
Nunca fui fã do Chico, nem de suas músicas, nem de seus romances. Cheguei a Leite Derramado por uma indicação e me surpreendi com o que vi.

O livro é a narrativa das memórias de um velho centenário. Eulálio Montenegro D'Assumpção, nascido em 1907, vem uma linhagem antiga de figurões importantes da elite brasileira, que remonta a príncipes europeus. O pai havia sido um senador da República Velha e bastava dizer seu nome para que as portas da política carioca e brasileira se abrissem aos seus. Eulálio nasceu e cresceu em meio a isso, frequentando a alta sociedade e, mesmo que sem o brilho de Eulálio Pai, se valeu muito dos privilégios herdados da importância política familiar. Sua mãe falava francês em casa e estava acostumada a promover banquetes no palacete da família.

Entretanto, quando conhecemos Eulálio, ele já está velho, deitado num leito de hospital e se queixando de dores. O livro é narrado todo em primeira pessoa por ele, conforme conta a quem quiser ouvir os episódios de sua infância e idade adulta. Tudo é descrito como a memória de um velho delirante, que se lembra claramente dos episódios passados há mais de 80 anos, mas por vezes não reconhece nem os próprios netos. Pelo mesmo motivo, as memórias não são lineares, como se elas se atropelassem na mente do velho, que ao falar da mulher Matilde, por vezes confunde episódios reais com desejos não realizados, por exemplo de que ela voltasse para casa um dia.

As informações são apresentadas em capítulos curtos, de forma concisa, alternando presente e passado na mesma ideia, sendo que às vezes seja preciso avançar páginas e páginas até entendermos exatamente do que o narrador falava lá atrás. A memória é cheia de buracos e, conforme vamos avançando, alguns deles vão sendo preenchidos, mas outros são simplesmente substituídos por novas informações que tornam tudo ainda mais confuso. É o caso de Matilde, a esposa de Eulálio. A personagem aparece durante todo o romance, mas a verdade é que até o final as informações a respeito dela são bastante contraditórias.

Outra parte legal é rumo que toma a descendência de Eulálio. Conforme o narrador conta a saga de sua família, caminhamos pela decadência dos Assumpção, que de moradores de palacetes perdem um pouco de cada vez até chegar a um barraco de um cômodo só em uma favela carioca qualquer e ao leito de hospital público.

O livro é realmente MUITO BOM. O que tem de melhor é o estilo da narrativa guiada pela inconstância do velho e pela sua memória imperfeita e contraditória. A ironia de seu discurso também é algo muito refinado, o que me fez dar mais de um risinho ao longo da leitura. Para não falar da própria história da família em si, que deixaria a pobre mãe de Eulálio xingando em francês se tivesse vivido para ver. Foi uma leitura surpreendente, que conquista o leitor de mansinho, que é confusa demais em alguns momentos, mas cheia de subentendidos em outros.

Vale super a pena.

Texto completo: http://oaragornehlindo.blogspot.com/2010/03/review-leite-derramado-chico-buarque.html
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Alyne80 16/02/2023

Chico Buarque é o rei da historia realista!
Simplesmente perfeito, chico sempre consegue me conquistar, em cada frase ou verso de canção, já peguei sabendo que seria um favorito, o protagonista não é um babaca genérico como muitos outro no mundo da literatura.
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pampamcviana 07/06/2022

Bom
Livro muito bem escrito. É como se eu tivesse conversando com meu avô, ou um senhor qualquer que realmente existe. Por diversas vezes me peguei viajando pelas lembranças do personagem, em alguns momentos as tomei como minhas. Mas, não sei se foi a grande expectativa que colocaram em mim, achei super estimado. É uma história boa, de leitura fácil, ótima para passar o tempo. Não acrescentará nada em sua vida. Como se realmente fosse uma conversa com alguém delirante. Porém é boa.

Indico.
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aquelesuin 27/11/2009

Brilhante!!
Ao terminar de ler “Leite Derramado”, o romance do genial compositor, cantor e autor Chico Buarque, posso afirmar que, mesmo não sendo, é um livro cuja leitura se faz imprescindível. Lembro que comentei tanto acerca do mesmo por aqui antes de ler e, posso dizer em bom português que realmente valeu a pena. O li em apenas três dias.

A estrutura narrativa soa extremamente original com sua ordem lógica e cronologica mesmo sendo em alguns momentos repetitivos por lapsos de memórias do ancião, como quando ele repete incontáveis vezes sobre como conheceu sua mulher. E passamos por vários fatos históricos, história da arte, marcas famosas da época e ect. e tal.

A história de Chico Buarque é mais do que uma metáfora de que não adianta chorar pelo leite derramado, é um ensaio dedicado à solidão. É o tipo de livro que nos faz pensar no modo como queremos guiar nossa vida antes que seja tarde demais. É sobre a certeza de que devemos aproveitar cada chance e que o tempo não retrocede jamais. E aí, irmão, não adianta mesmo chorar pelo leite que já derramou.
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