O Planeta do Exílio

O Planeta do Exílio Ursula K. Le Guin




Resenhas - O Planeta do Exílio


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Cris Lasaitis 30/09/2011

http://cristinalasaitis.wordpress.com/2009/02/01/leituras-janeiro2009/

O primeiro romance da série Ekumen (ou Ciclo Hainish, como preferir), também o último que me faltava ler. A história se passa no planeta Werel, ou Alterra, onde vivem as tribos nativas num estágio primitivo da civilização, e também uma colônia de humanos terrestres (os exilados), que foram literalmente esquecidos no planeta, deixados para trás por seus conterrâneos. Apesar de ambas raças serem descendentes da estirpe original de Hain, são dois tipos humanos distantes o suficiente para não poderem gerar híbridos entre si. Apesar disso, a alterrana Rolery se envolve com o terráqueo Jakob Agat, e juntos eles testemunham uma guerra sangrenta que mudará para sempre as relações entre as tribos de Alterra. Um detalhe bem sacado da obra é que em Alterra, graças ao período de translação longuíssimo do planeta, com duração média de uma vida humana, as tribos são estratificadas em gerações com faixas etárias bem definidas. Imagine que durante toda a sua vida um alterrano viverá um único e quase interminável inverno, verá uma primavera florescer por vinte anos e um verão terrível que transformará parte do planeta em deserto. A protagonista, Rolery, é uma garota temporã, nascida fora da época, que quando vier o período dos casamentos estará velha demais para conceber, e em razão disso torna-se uma espécie de pária de sua tribo.

Comparado aos outros livros da série, eu diria que Planeta de Exílio é um das mais fracas obras da Ursula K. Le Guin. Sendo que esse “fraco”, para os padrões leguinianos, significa “razoavelmente bom”.
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Timóteo 16/07/2017

Primeiro, e com certeza não o último contato com Ursula.
"'[...]Well, what it means is, we're made of slightly different stuff than you hilfs are.'
'So that you're dark-skinned and we light?'
'No, that's unimportant. Totally superficial variations, color and eye-structure and all that.'"

Meu primeiro contato com o trabalho da Ursula le Guin foi um dos primeiros trabalhos publicados do Ciclo Hainish, série que viria possuir mais tarde os aclamadíssimos vencedores do Nebula e Hugo "Mão Esquerda da Escuridão" e "Despossuídos". Gostei do conto, principalmente da construção de mundo e da forma como a Ursula conseguiu, em poucas páginas, desenvolver personagens profundos e um background convincente para abordar os temas sociais que ela escolheu para o livro.

Minha maior crítica a essa história é que, para o meu gosto, ela poderia ser maior e consequentemente tomar mais tempo para ser tecida. Veja bem, não é que ela faz isso de forma convincente com poucas páginas, mas eu particularmente gostaria mais que a história fosse tecida ao longo de mais páginas. Algumas coisas acontecem simplesmente rápido demais. Não sei se é o estilo dela ou se era alguma imposição editorial da época.

Mas com certeza lerei mais trabalhos dela (para ser sincero, a intenção inicial é ler a obra inteira. A mulher é uma lenda!).
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