Resenhas - Castelo de Cartas

Retalhos e Prefácios 28/06/2018

Leitura prazerosa!
Quando "Castelo de Cartas" chegou, no iniciozinho de janeiro (como mostrei nos instastories do Blog, se ainda não nos segue, aproveita: siga-nos. Lá a gente mostra tudo em tempo real), eu fiz um esforço enorme para esperar mais uns dias para lê-lo. Estava terminando algumas leituras e não queria começar mais um junto.

Poucos dias depois embarquei na vida de Beatrice e a família com quem vive. Não ter buscado mais informações prévias sobre a história foi uma experiência incrível. Eu fui descobrindo tudo junto da adolescente que, aos cinco anos de idade, foi encontrada sozinha do lado de fora de uma casa em chamas.

Sua nova família, com rotinas atípicas, a criaram cercada de amor, cuidado... e segredos! Segredos esses que lhe são revelados quando necessários com a dose de suspense adequada, sem aquela "enrolação" que algumas tramas utilizam e acabam pecando pelo excesso. Tudo aqui é na medida certa.

Só não li em um dia por conta de alguns afazeres que surgiram no dia, mas foram dois dias com o livro na mão e olhos vidrados. A narrativa de Camila nos hipnotiza em sua fluidez. Ela vai desenvolvendo a rotina dos personagens e, tudo em seu tempo, construindo o presente de nossa protagonista para amarrar, com muito sentido e perspicácia, passado e o futuro que já se aproxima.

Os personagens da família central são de fácil apego: carismáticos, leves, os diálogos são - muitas vezes - divertidos, e a personalidade de cada um é bem traçada pela autora.

Temos Dássia, uma mãe bem carinhosa, que vive na cozinha preparando as refeições de Bea. Essa simples ação nos passa a imagem de zelo, de cuidadora... E, quando os mistérios começam a ser revelados, achei interessante perceber essa personagem que não tem grande destaque na história mas, o pouco que tem vem com, sem dúvidas, a incumbência mais importante dentre todos: a maternal.

Há ainda o pai e o irmão de Bea. Ambos dividem-se bem no papel masculino, porém, é Griff - o irmão - quem mais se destaca.

Esse é o tipo de resenha que qualquer palavra colocada fora do lugar pode estragar sua experiência de leitor, transformando-se em um grande spoiler. Estou tomando cuidado com tudo o que estou escrevendo, justamente, para que você possa apreciar da mesma forma que eu.

"Castelo de Cartas" é aquele livro que vai te atrair no início pelo seu suspense, te sugar para a leitura por toda a trama construída e te deixar querendo muito mais! Quando solicitei este livro, passeando pelo catálogo da Coletivo Editorial, pude descobrir que trata-se do primeiro de uma trilogia e, sim, eu estou enlouquecida para saber como tudo irá se encaminhar.

As pontas soltas deixadas pela autora são essenciais para que a leitura não se torne cansativa e crie a expectativa para o próximo livro. Neste primeiro, saberemos por quem Beatrice foi encontrada, como veio parar nesta família, o que sua família atual tem de diferente dos demais e muitas outras surpresas. Tudo isso em apenas 182 páginas. O que só mesmo uma escrita muito bem desenvolvida permite que nada fique evasivo, nem acelerado. Como já mencionado, o tempo é o melhor amigo de Camila neste livro, pois, ela é certeira nele.

Tanto o ambiente físico, quanto a estrutura emocional da vida de uma adolescente - com pinceladas de infância e pré-adolescência - são bem introduzidos. Preciso dizer que ficaram poucos vazios em momentos específicos da trajetória que, em minha opinião extremamente pessoal de leitora, poderia já ter sido aprofundada. No entanto, como já relatei, a história apresentada em seu geral não deixa a desejar, pelo contrário, deixa vontade de continuar!!!

Consegui criar detalhes de cada cenário e personagem em minha mente, mesmo quando não havia detalhes descritivos para tanto. Aprecio muito quando o autor não subestima o leitor e permite que a gente preencha certas lacunas com nossa imaginação e teorias. E é exatamente isso que foi despertado em mim nesse livro de estreia de Camila Loricchio.

Indico a todos que curtem um mistério sem as já - infelizmente - famosas "encheção de linguiça", com uma narrativa muito bem fluída mas sei deixar que percamos a identidade de uma adolescente e suas várias descobertas. Momentos e reviravoltas bem inesperados para quem (como eu) corre de spoilers. Leitura prazerosa, angustiante quando deve ser, empolgante, e com muito gosto de "quero mais"!

Confiram a publicação completa no Blog!


site: http://www.aquelaepifania.com.br/2018/01/resenha-castelo-de-cartas-valete-camila.html

Debb Cabral 16/02/2015

O Gato leu: Castelo de Cartas – Valete
Gosto de conhecer novos autores e adoro que sejam autores nacionais. Dessa maneira, esse livro foi uma surpresa muito boa.

Na história, há um mistério envolvendo a vida de Beatrice. A garota acha que tem uma vida normal, mas pequenos indícios dão a entender que há algo escondido.


site: Leia mais: https://gatoqueflutua.wordpress.com/2014/12/22/o-gato-leu-castelo-de-cartas-valete/

Milla 18/12/2012

www.amorporclassico.com
Beatrice foi encontrada num incêndio aos cinco anos e desde então mora com uma família incomum e cheia de segredos, mas cresce cercada de carinho e sequer sabe que não pertence biologicamente àquele grupo. Sua mãe, Dássia é sempre afetiva. Seu pai, Jeref é um pouco ausente no tempo, mas sempre presente em atenção. E seu irmão, Griff é super brincalhão, carinhoso e atencioso. Após uns incidentes, eles precisam contar a verdade e explicar algumas coisas obscuras do seu passado. Afinal, Beatrice precisará enfrentar um Julgamento que transformará sua vida.

Dei só uma breve explanada na história porque não quero soltar nenhum spoiler aqui, mas vou fazer umas observações críticas.
O livro é bom, mas poderia ser muito bom se a Camila não tivesse economizado palavras. Digamos que ela tinha um bom plano e explorou mal suas ideias ou não conseguiu conectá-las do início ao fim.
Isso, estamos falando de um livro que foi escrito em dois anos no período de adolescência da autora, é como se ela transmitisse para obra as suas próprias possíveis mudanças.
Por exemplo, no início vemos um suspense forçado pela narração de mini cenas que deixam uma grande interrogação, ao longo da trama percebemos o quanto a Camila amadureceu neste ponto, suas ideias vão ficando mais concisas e vamos nos prendendo porque a leitura está enfim interessante e não por mil dúvidas.
Aliás, falando em dúvidas, algumas coisas não foram explicadas no final do livro, foram mal explicadas ou tiveram explicações infundadas. E espero que isso seja um gancho para continuar a história em outros volumes.

Os personagens são cativantes. E Camila soube observar e criar uma inocência certa para a infância da Beatrice e depois detalhes que caracterizaram a adolescência.


E, olhando por fora da trama do livro, vemos o amadurecimento de uma garota como escritora.

Aione 20/01/2012

Um incêndio. Uma garotinha retirada da casa em chamas, não se sabe por quem. Beatrice foi encontrada por Jeref sentada na calçada, em frente à casa pegando fogo, quando tinha apenas 5 anos. Ele, sem conseguir deixá-la lá, mas sem ter chances de verificar se mais alguém estava na casa devido ao avanço do incêndio, leva-a consigo e a cria como se fosse sua filha e de sua esposa, Dássia. Griff, que morava com o casal, é tido como irmão da garota, que cresce sem saber os mistérios envolvendo sua amada família, inclusive sem saber sua verdadeira origem.


Escrito por Camila Loricchio, “Castelo de Cartas – Valete” é o primeiro livro de uma trilogia e, também, primeiro livro publicado da autora. Com uma narrativa fluída, bem estruturada, divertida e madura, somos conectados à história desde o início, ávidos por compreender os mistérios que a envolvem.
Todo o crescimento de Beatrice é narrado, mesmo que alguns anos não sejam descritos. Assim, vemos a menina em sua infância, pré-adolescência e, mais profundamente, em sua adolescência. Esse acompanhamento foi positivo por dois pontos: o primeiro foi a maior conexão com Bea e sua família. Como a acompanhamos desde pequena, é mais fácil de nos apegarmos a ela e compreendermos o laço com sua família, além de visualizarmos em que contexto ela cresceu: como foi educada, a que modos estava acostumada, entre outras características fundamentais ao desenvolvimento da história. O segundo motivo foi puramente pelo entretenimento da história: eu amei as cenas e os diálogos de Bea quando criança. São divertidos e dignos de uma garotinha esperta e curiosa, mas sem deixar de serem de uma criança.
Dentre as personagens, a que mais me agradou foi Griff. Gostei tanto de sua personalidade quanto da maneira com que trata Bea. Além disso, é uma das personagens mais misteriosas do livro e fiquei curiosíssima para saber o que a Camila tem em mente sobre a história dele, somente a ser revelada no segundo volume da série. Além disso, tive a impressão de a autora ter deixado no ar a insinuação de um romance envolvendo essa personagem e torço para que isso se concretize posteriormente.
Minha maior crítica à história diz respeito, paradoxalmente, ao seu suspense. Apesar de ele ter sido grande motivador da minha leitura, foi também o que me decepcionou um pouco. Os mistérios, em sua maioria, não nos foram revelados, tendo sido deixados para as continuações. Porém, como Bea tem conhecimento deles, ainda que nós não saibamos o que ela sabe, terminei o livro sem saber se eu que não havia entendido ou se a autora realmente não havia esclarecido. Ao conversar com ela, ela me explicou que foi sua intenção não revelá-los, deixando-os para o segundo livro. Porém, acho que tantos mistérios acabaram por deixar algumas passagens confusas.
De uma maneira geral, foi uma leitura agradável e que me cativou, além de ter me deixado com vontade de ler a continuação. Quero compreender o suspense e descobrir o que mais Camila está preparando para Bea e sua família. Se você gosta de mistérios e de uma narrativa sutilmente divertida, essa certamente é uma indicação.