angelodias 10/02/2012
Uma obra de arte sobre outra obra de arte.
Este livro surpreende até o mais assíduo leitor. A linguagem simples e fluida em que a entrevista com o autor de Maus, Art Spiegelman, é conduzida faz com que o leitor não consiga parar de ler.
Esta é uma obra para se fruir com intensidade. Tudo nela dá prazer ao que experimenta suas palavras: A capa com lombada de tecido, a diagramação moderna, a infinidade de figuras, fotos e quadrinhos, enfim, tudo o que o leitor precisa para ser atraído cada vez mais para seu conteúdo.
O mais importante, no entanto, é o que Spiegelman tem a dizer. Suas palavras fazem com que Maus se torne maior do que já é. As técnicas de desenho, o cuidado com o posicionamento dos quadros e a evidência de símbolos ocultos alegram o leitor simples, que só busca mais informações sobre Maus; o pesquisador, que usa o livro como instrumento; e o entusiasta da semiótica, que se fascina com a quantidade de coisas "nas entrelinhas" dos ratos, gatos e suásticas.
Se ao ler Maus nós ficamos boquiabertos, ao ler MetaMaus, ficamos apaixonados.