Resenhas - Saindo da Sarjeta

Lisa 05/01/2011

Biografia por si mesma
Acho que eu teria levado o livro mais a sério se o visse como uma ficção e não como uma autobiografia.

O problema da autobiografia é que a personagem é a própria narradora dos acontecimentos. O que eu acho válido na ficção, mas, incrivelmente parcial, quando se trata da vida de alguém.

Eu comprei esse livro porque vi uma crítica muito interessante na Playboy e estava em promoção na Bienal de 2008.

Quando comecei a ler, Charles Mingus, músico, jazz, fui fazer uma pesquisa sobre ele. Somente 2 amigos souberam me dizer quem foi ele. Nem mesmo as músicas dele, eu reconheci. Apesar dele ter algumas famosas, mas não sou uma grande entusiasta de jazz.

A narrativa do livro é muito esquisita porque Mingus se refere a si próprio em terceira pessoa. Não posso deixar de dizer que ele foi uma homem incrivelmente inteligente. Mas com as drogas, bebidas, dinheiro, e todo o contexto, fica difícil acreditar em tudo o que ele escreve, como ele mesmo fala sobre a opinião do psicanalista sobre suas aventuras.


O livro foi passado pra frente. Não era, nem passei a ser fã dele. Leitura recomendada para os fãs de jazz e de biografias. Nada mais.


JAN/2011