Resenhas - O Filho de Mil Homens

Paula1735 06/12/2023

Uma experiência linda
É um dos livros mais bonitos que já li. Me fez pensar o tempo todo: "como pode algo tão bonito estar assim, tão bem expresso diante de mim?". A vontade era de grifar tudo, pois cada frase é uma experiência, é uma reflexão, te faz enxergar os sentimentos e as relações pelo o seu lado mais bonito e profundo. Te faz voltar as linhas, os parágrafos, só pra sentir aquilo de novo.

Um livro acolhedor, recomendo muito.

Leonardo Bezerra 05/12/2023

É sempre muito bem ver jovens descobrindo o mundo na literatura, mas é ainda mais especial quando são pessoas de idades e vivências completamente diversas não só descobrindo o mundo como também redescobrindo o amor e o prazer pela vida. A escrita de Valter Hugo Mãe é linda e impacta logo nas primeiras páginas, o suficiente para me despertar curiosidade sobre tudo que ele já tenha feito.

Mi_lendo23 04/12/2023

Uau!
A eterna busca do ser humano por pertencimento, por uma família, por um lar...

Esse é o tema do livro de Valter Hugo Mãe.

O livro inicia com Crisóstomo, pescador, pessoa humilde que, aos seus 40 anos se sente incompleto por não ser pai e sai à procura de um filho. Um filho já nascido que também buscasse por um pai.

A partir daí, entre um capítulo e outro, personagens que se entrelaçam, mostrando-nos seus mistérios e vivências.
Um livro cheio de poesia e emoção.

Logo no início me senti um pouco perdida tanto pela forma de narrativa do autor como pela história em si. Cheguei a achar que seria um livro de contos, mas qual não foi minha surpresa ao descobrir que todos os personagens se complementam e têm sua história para contar!

Caso você comece a ler (ou até já tenha começado) e esteja pensando em desistir da leitura, peço que dê mais uma chance ao autor assim como lhe dei. Surpreenda-se e emocione-se!

Mari 29/11/2023

Título estranho
Tinha grande expectativa com essa leitura mas, infelizmente, não fluiu pra mim.

Tem ótimos personagens, ótima trama, porém achei a linguagem do autor bem complexa, a falta de diálogos entre os personagens fez muita falta.

6/10

Camilla210 27/11/2023

?Somos o resultado de tanta gente?
O título do livro quer dizer que nunca estaremos sozinhos. No início dele vemos a angústia de Crisóstomo em sua solidão. Tudo o que ele mais queria era um filho, se pudesse gostaria de poder gestacionar como uma mãe. Porém, ao longo das sátiras da história vemos como desencontramos e encontramos companheiros ao longo do caminho. Ainda assim, vale a pena nos conectarmos com aqueles que serão significativos na nossa jornada, mesmo que não tenhamos certeza de quem serão essas pessoas.
Afinal, já dizia Alexander Supertramp: ?A felicidade só é real quando compartilhamos?.

Classificação indicativa: > 16 anos
Aviso de conteúdo: linguagem grosseira ou obscena.

manumoura18 22/11/2023

Destaques preferidos
"Nunca limite o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor."

"Ensinava-lhe que era uma pena a falta de leitura não se converter numa doença, algo como um mal que pusesse os preguiçosos a morrer."

"O passado é uma herança de que não se pode abdicar."

Júlia 22/11/2023

Esse livro fala sobre o amor nas suas diversas formas.

Demorei um pouco pra engatar, mas quando entendi a proposta, me apaixonei.

A escrita de Valter Hugo é linda, como se cada palavra fosse pensada. Com certeza quero ler outras obras do autor.

Nota: 8/10

Felipe.Moraes 21/11/2023

O filho de mil homens
Através do realismo mágico o autor conta uma história sobre vazios, afetos e relações humanas. Os personagens vão vivendo suas tristezas e de maneiras nem sempre convencionais vão encontrando a felicidade cada um a sua forma.

Iasmin 21/11/2023

Oh livro lindo, nunca te esquecerei...
Esse livro foi meu guia nesses dias turbulentos de novembro, devido as angústias, eu nem sempre tinha cabeça para ler, mas todas as vezes que consegui folear esse livro, ele me ajudou de formas singulares. É um livro maravilhoso! É prosa, é poesia, e conversa direto com a alma da gente. Alguém me de mais um livro de Valter por favor, tô precisando urgente!

ana paula 20/11/2023

A ausência que nos consome e a presença que nos compõe
Sabe quando você lê algo tão belo, singelo e delicado que da vontade de CHORAR pois vc não consegue acreditar que é possível um ser humano ter tanta sensibilidade assim para escrever sobre questões da alma tão específicas e profundas? Então, essa é a exata sensação que eu estou sentindo agora ao terminar esse livro que com certeza foi uma das minhas melhores leituras esse ano, fazia tempo que eu não me sentia assim! Que escrita linda o Valter Hugo Mãe tem, cheia de simbolismos e significados, o retrato sobre a solidão, as ausências e feridas que todos carregamos consigo, a sensação de tamanho vazio e solidão a ponto de inventar historias, acreditar em nossas próprias ilusões. Querer transbordar para fora em busca de algo que nos complemente, viver um amor de restos, metades, qualquer coisa que supra o nada que nos consome. Valter escancara essa ferida aberta da alma mas ao mesmo tempo, ele trás em sua narrativa um bálsamo para a nossa existência, que é possível inventar uma família, viver a felicidade como os felizes mesmo, que podemos sim transbordar e ser pescador de pessoas, devoradores de horizontes, que somos compostos por todos que vieram antes e depois de nós, sendo assim, não estamos sozinhos, carregamos o mundo em nós. Eu também quero ser mãe de mil homens e mil mulheres, Valter.

Malphys 20/11/2023

Lindo, lindo e lindo! sem dúvidas um dos livros mais lindos que já li, de uma sensibilidade única. Os 4 personagens principais nos ensinam, a sua maneira, como a construção do amor, da felicidade e da tristeza são inerentes. não há felicidade sem tristeza. não há amor sem tristeza. não há amor sem felicidade. não há tristeza sem felicidade.

e só aqueles que caminham na vida de coração aberto, encontrando na tristeza um pouco de felicidade, são capazes de inventar a própria família, de encontrar corações que lhes cabem.

??

Nix 20/11/2023

Parece prosa mas é poesia
Um livro lindo sobre o que é família, o que é amor e o que é felicidade. Os personagens são fáceis de gostar e, mesmo quando não concordamos com eles, o autor nos faz ao menos entender da onde vem aquele sofrimento.
Chorei desde o primeiro capítulo.

Joao.Pedro 16/11/2023

O filho de mil homens
Esse não é bem o estilo de livro que eu costumo ler, mas confesso que me impressionou. No início eu achei meio confuso e me perdi um pouco com tantos personagens, mas o final é muito bom. São personagens que sofreram muito, mas que no fim conseguem criar uma linda família com muito amor

Juliana.Anzai 14/11/2023

Poético como sempre.
Não tenho muito o que falar sobre? acho a escrita dele meio difícil mas ao mesmo tempo acaba nos prendendo por ser poético e profundo.
Ele consegue transformar dor em poesia? gostei bastante e confesso que no começo achei q não iria gostar tanto assim.
Por ser uma escrita difícil, aconselho ler quando ter um tempo para apreciar as palavras.
Minha nota vai

8/10

milton_rocha 12/11/2023

A irmandade intrínseca da existência
Já havia recebido N recomendações para a leitura desse livro, tanto de amigos quanto de colegas. Resolvi encará-lo em um momento sem pretensões, sem olhar sobre o que se tratava e me permitindo conhecer um novo autor. Que prazer foi ler dessa maneira.

O livro me segurou e me abraçou desde as primeiras páginas, com uma história que no começo parece não fazer sentido mas que, de forma não linear, vai te dando as peças para construir um quebra-cabeças único com uma construção profunda de cada psique dos personagens, com belas descrições de paisagens e físicas sobre cada um dos participantes da trama.

Ler sobre a opinião tão polêmica e preconceituosa dos personagens sobre o Antonino ser construída e desconstruída durante a trama, com a quebra de paradigmas sociais e religiosos com Isaura, com a construção de uma família independente de linhagem sanguínea como a criada por Crisóstomo e com o nascimento e desenvolvimento de Camilo em uma vida tão conturbada só me fez notar a magnífica obra de VHM.

Gostei bastante de ser introduzido ao autor por esse livro. Diversos traços me remetem à uma escrita Saramaguiana mais leve, com mais pontuações e, por vezes, parágrafos mais curtos, mas as características são nítidas. Todos nós de fato somos filhos de mil homens e mil mulheres, somos somente a consolidação daqueles que vieram antes e conseguem, de certa forma, simplificar a existência complexa de modo à aceitarmos que podemos seguir mesmo sem fazer muito sentido, seguir sabendo que as coisas estão ruins mas que poderiam não ser, ter a noção de que a vida pode ser mais do que é e que, provavelmente, será, com a sua consciência.

"todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."