O filho de mil homens

O filho de mil homens Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Filho de Mil Homens


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Andrus ( @andrus05 ) 22/04/2021

Uma grande surpresa
Que história linda. Cheia de encontros e reencontros. Escrita poética. Sem palavras pra surpresa que foi esse livro.
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Renata 30/04/2021

Sensacional
Primeira vez lendo uma obra do Valter Hugo Mãe e simplesmente adorei.Ele aborda vários temas com uma sensibilidade incrível.Na história um pescador sábio e solitário está à procura de amor.No decorrer da leitura conheceremos outros personagens e os conflitos que eles vivem e o que buscam.Esclarecedor e lindo.Todos deveriam ler.
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Monroe 01/02/2024

De repente, uma vontade de viver
Meu primeiro contato com a escrita do Valter Hugo Mãe e mesmo com as expectativas nas alturas, não foi nem por um momento decepcionante. Em “O Filho de Mil Homens” Valter Hugo Mãe escreve sobre pessoas, na melhor e na pior versão delas, nos melhores e piores momentos. Dizer que ele faz isso com maestria, é pouco! Personagens humanos e reais, com seus sentimentos complexos, seus amores, seus preconceitos, suas maldades e suas liberdades. Para mim, o ponto alto nesse livro é a forma que a empatia e o amor são personificados tão bem, em um personagem central, chamado Crisóstomo. Crisóstomo é aquele tipo de personagem que você lê com receio de encontrá-lo em sofrimento na página seguinte. O sentimento que ficou após o fim da leitura é de que vale a pena viver, vale a pena não desistir de encontrar as cores da vida nos momentos difíceis e o principal, acreditar nas pessoas, acreditar na vida.
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Jaqueline 15/04/2021

“O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós”. (Valter Hugo Mãe)

Não sei dizer se esse é o melhor trecho do livro porque existem várias passagens memoráveis, entretanto foi a que mais me marcou. Talvez pela poeticidade das palavras, talvez pelo significado pessoal atribuído, talvez por ser um bom resumo de tudo o que aconteceu no livro, ou talvez por ser um ensinamento para a vida. São muitos “talvez”, mas o que esperar? Vivemos numa profunda incerteza sobre os próximos eventos da nossa vida, dos próximos encontros que teremos. E este livro é exatamente sobre isso: sobre encontros. Alguns esperados, alguns não esperados. Sobre a solidão de não se sentir completo e a alegria do preenchimento e completude. O livro é sobre o amor, sobre aceitação, sobre como pensamentos preconceituosos fortemente enraizados e estabelecidos em uma sociedade podem sim ser transformados.

Valter Hugo Mãe nos coloca como irmãos uns dos outros, pois ao sermos filhos de mil pais e mil mães, nossos caminhos probabilisticamente se cruzam em algum ponto. Ser mãe e pai vai além do biológico, pois ainda não há ciência que explique um amor que só aguarda alguém para vir e toma-lo para si.
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Dan 16/07/2020

Se houver algum sentido na vida, deve haver no sofrimento também .
Eu diria um compilado de pequenas tragédias mas que conseguem se interligar por algo muito bonito específico em cada uma.
Dentro de uma diretriz universalista, o sofrimento deve ser lembrado com um certo respeito pq além de guiar ao limite da vida secular suportável, sempre trás um aprendizado de autoaperfeiçoamento.

Pelas linhas tortas que a vida se faz, Crisóstomo e Isaura não são afirmações de destinos determinados a se cruzarem, mas, reunião de acasos como os pássaros nos ombros de São Francisco de Assis. Ligados por um fim vital: A DOR ! nada mais verdadeiro. Em loco, as chagas existenciais de ambos se afagam e os sinos se dobram.
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Yara 26/11/2021

O filho de mil homens
O melhor livro que li desse autor até agora. Que história delicada (um fluxo gentil), cheia de passeios entre o amor, a família e o mar. Vale demais a leitura.
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oipedro 24/04/2022

Nunca estaremos sós
O livro conta a história do Crisóstomo, do Camilo, da Isaura, do Antonino, da Matilde e da Mininha; a história dos personagens é narrada através de pequenos casos que acontecem na vila onde moram e dos enlaces entre eles até tornarem-se uma família inventada.
E me pergunto, toda família não é inventada? Todos os dias inventamos nossos pais e mães, nossos irmãos, nossos entes queridos na tentativa de que o amor possa dar liga para todo o desarranjo familiar.
O livro traz, na sensibilidade da escrita, uma reflexão sobre o amor. De que amor falamos tanto? De qual amor se trata o encontro com outro? De que amor se fala quando inventamos nossa própria família?
Em diversos momentos Crisóstomo nos diz sobre o amor, ele que achou que nunca seria pai e que nunca encontraria uma esposa e que achou que viveria na solidão, fala do amor dos homens... Do amor que não se pode represar.
Além de amor, o livro fala de dor, de homofobia, de desassossego e de desencontro, tudo isso com uma sensibilidade que não havia experimentado ainda. Todo o livro é singular.
Encerro com um trecho que me abraçou numa segunda solitária no consultório:
"O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nós nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós".
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Ingrid_mayara 10/07/2017

Um dos melhores livros da minha vida
Primeiro livro que li do autor e já me apaixonei!
Não vou entrar em detalhes sobre a história do livro, porque o terminei com vontade de começar tudo de novo (vou esperar mais um tempo) e preciso organizar melhor minhas ideias. Já adianto que me deu vontade de indicá-lo a todas as pessoas e ao mesmo tempo sinto ciúmes, com vontade de tê-lo só para mim...
Confesso que demorei algumas páginas para "engrenar" a leitura, pois não via muito sentido no enredo. Eu lia cada parágrafo me esforçando para compreender a relação dos personagens, mas acabava tendo que reler (juro que li duas vezes cada parágrafo).
Cheguei à metade do livro e a história finalmente começou a fazer sentido, e eu me sentia como a primeira vez em que li Clarice Lispector (claro que os livros de Clarice e Valter Hugo Mãe são diferentes, só que notei certa semelhança no tipo de narrativa dos dois), algo como se eu estivesse lendo um poema, sentindo o ritmo das palavras, e precisasse reler para captar as informações.
Deixo aqui minha recomendação para quem gosta de assuntos pesados similares ao cotidiano de pessoas reais, do tipo "tapa na cara da sociedade", com uma escrita deveras peculiar. E por favor, não desista se no início parecer maçante; logo a leitura fica mais fluida e você vai perceber a grandiosidade da obra.

site: Se quiser me seguir no instagram: @ingrid.allebrandt
nayanebrito 11/07/2017minha estante
É muito bom! Analisei ele na faculdade e foi uma experiência ótima ^^


Ingrid_mayara 11/07/2017minha estante
Estou ansiosa para ler mais livros do autor!


Raquel Pedruzzi 28/07/2017minha estante
Esse tbm é um dos livros da minha vida! já no primeiro capítulo estava chorando...


Ingrid_mayara 31/07/2017minha estante
A escrita dele é tão poética...


Raquel Pedruzzi 31/07/2017minha estante
Vcs tem sugestão de outro livro dele que vcs tenham gostado?


Ingrid_mayara 01/08/2017minha estante
Oi, Raquel! Por enquanto só li O Filho de Mil Homens e estou de-ses-tru-tu-ra-da. Quero todos!




Jacque Spotto 14/07/2020

Tornou-se um dos meus favoritos!
Aquela leitura que eu fechava o livro a cada capítulo e falava: "Uau!". "O filho de mil homens" é aquele livro que nos dá uma ponta de esperança para tudo que passamos em nossas vidas, que nos faz sentir uma felicidade apesar de certos momentos acharmos que não terá mais jeito, que é só aceitar e pronto. Bem, pelo menos foi essa a sensação que tive, pode ser que para outras pessoas um sentimento diferente aflore na leitura, pois posso dizer que esse livro trata de tantos assuntos que meus marcadores acabaram porque marquei praticamente todo o livro rsrs.

Esse é o segundo livro que leio de Valter Hugo Mãe, o primeiro foi "O paraíso são os outros", e por aí ele já me ganhou pela escrita que é simples e ao mesmo tempo te toca de uma forma muito delicada e poética.

A história do livro tem como o personagem principal, um pescador chamado Crisóstomo, e sinceramente nem sei se posso classificá-lo como principal, pois há tantos personagens interessantes que permeiam pela vida desse pescador que chega a ser uma pequena injustiça somente ele ser o protagonista. Crisóstomo é um pescador, que mora na beira da praia, já com 40 anos não tem um amor e também nenhum filho, e essa falta de um filho que lhe deixa um grande vazio em sua vida. Ele percorre os lugares atrás de uma criança que ele possa cuidar, e um dia ele encontra, um garoto de 14 anos que perdeu seu avô e que era a sua única família, a partir desse momento a vida de Crisóstomo muda radicalmente, com o tempo outras pessoas também passam a fazer parte dela e de seu filho.

"O Crisóstomo começou a pensar que os filhos se perdiam, por vezes, na confusão do caminho. Imaginava crianças sozinhas como filhos à espera. Crianças que viviam como a demorarem-se na volta para casa por terem sido enganadas pela vida." p. 20

Nos primeiros capítulos há uma semelhança com um livro de contos pois praticamente cada capítulo tem uma história e personagens diferentes, mas logo esses personagens passam a se encontrar e a história de cada um se funde com as histórias dos outros personagens.

Há momentos na vida de cada um que o escritor retrata situações que certamente é muito comum, principalmente em locais mais interioranos. Não há uma época explícita em que a história se passa, o que também não é necessário para a sua compreensão. Cada personagem tem uma história de vida marcada por preconceitos, indiferença, solidão, e a que está evidente em todas: a falta de compreensão por parte da família sangüínea, vemos que quem realmente aceita o outro por suas atitudes, escolhas e por serem eles mesmos são os que não tem seu sangue, são as famílias por escolha e não por traços de linhagem.

Uma dessas personagens que transformam a vida de Crisóstomo é Isaura, filha única de um casal e desde adolescente prometida a um filho do vizinho de sua família, porém Isaura acaba que se deita com seu prometido ainda adolescente e seus pais descobrem, foi umas das situações mais humilhantes que li, toda a fúria e desprezo da mãe com ela e também a indiferença e descaso de seu namorado faz com que Isaura passe os anos perdendo o amor a si mesma, como se ela fosse apenas um ser sem a possibilidade de amar e ser amada.

"Enjeitada e diminuta, a Isaura envergonhava-se de ter um dia oferecido tudo ao amor, mesmo sabendo que o amor era longe de bom, mesmo sabendo que era sexo e espera, a Isaura sentia que esperara demasiado e por ilusão, por estupidez". p.59

O amor nas vidas de alguns personagens está associado ao sexo mas não como uma forma boa de cumplicidade e de entrega, mas como uma necessidade do outro, uma obrigação ou a sobra que lhe restou. Há uma demonização da sexualidade sentida pelas mulheres, como se fosse uma moeda de troca (casamento), ou algo que se deve ser feito apenas para o prazer do outro, como uma obrigação. Outra personagem também que sentiu esse peso do "amor dos infelizes", assim como elas dizem, foi a anã, uma mulher que morava sozinha e era vista por todos como uma criança, por sua estatura e que em certo momento se sentia solitária e começa a ter uma vida sexualmente ativa com alguns moradores de sua região, o que causa um alvoroço, principalmente das mulheres, todo aquele cuidado que elas tinham pela anã passa a ser de repulsa, ainda mais quando essa anã engravida e ela não sabe quem é o pai, pois poderiam ser 15 dos moradores, entre eles solteiros e casados.

"Que ridícula soava a ideia de uma triste anã querer amar se o amor era um sentimento raro já para as pessoas normais. Para as pessoas". p. 33

Percebe-se a dificuldade das pessoas aceitarem os outros que soam diferentes do que elas eram acostumadas, e ditas como "normais", esse peso da indiferença recai sobre a anã, por sua diferença de porte dos demais, algo que acontece também comIsaura pela descoberta e experiência ruim com o sexo de modo não convencional (solteira), como também para Antonino, por ser homossexual e diferente do aceitável para se constituir uma família. Antonino assim como Isaura sentem o peso do desprezo por suas mães, mesmo sabendo que elas as amam, elas não os perdoam por suas atitudes ou simplesmente por eles serem como são. E assim como as pessoas que mais lhe deviam dar apoio, conselhos e confiança, elas também se sentem culpadas e indignas.

Matilde, mãe de Antonino é uma personagem que ao mesmo tempo que sofre por todos falarem de seu filho também sente ódio por ele ser assim, no decorrer do livro eles buscam um culpado ou um momento na criação do filho, uma desculpa pelo o que ele tenha se tornado.

"A Matilde, com o coração pequeno e a cabeça confusa a encher-se de ódio, achava que se o filho lhe morresse a vida estaria normal, porque ser mãe fora uma ilusão." p.97

"Disse-lhe que era um rapaz de pouco valor, mas que estava a habituar-se a valer pouco para não esperar nada da vida. Se não esperarmos nada, dizia ele, tudo quanto existe é já abundância." p. 139

A solidão é um dos sentimentos que mais entremeia na vida dos personagens, a falta de alguém para compartilhar suas histórias, suas vidas e sentimentos. Como se eles tivessem um grande amor para dividir mas as pessoas que eles tem por perto não os aceitam. O personagem mais aberto e sem amarras é Crisóstomo, compartilha sua vida com o filho, e tenta de várias formas poder amar Isaura que por todos os anos de depreciação do seu eu próprio não se vê digna de tal amor.

"Sentia-se lisonjeada com o interesse do pescador, mas era uma lisonja de recurso, como por desespero. A lisonja das prostitutas. Das que se contentavam com o interesse perverso dos homens porque não conseguiam um interesse limpo, amoroso, com decoro. A lisonja das infelizes." p. 85

Entre todos os personagens não tem como não admirar Crisóstomo com suas frases que marcam, não sei se foi coincidência, mas acredito que não, pois seu nome tem o adjetivo de eloquente, aquele que fala muito bem. E realmente ele tem esse forma bonita de se expressar, apesar de simples, ele é usa das palavras e de suas belas atitudes e consegue mudar a vida das várias pessoas ao seu redor, inclusive a sua. Crisóstomo demonstra uma grande admiração pela mulher em si, pelo dom de gerar um ser humano, algo que para um homem é impossível, esse dádiva tão pertencente a um ser. E o que remete muito neste livro é essa questão familiar, de estarmos conectados uns aos outros, de sermos não como estranhos mas como uma grande família.

"todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. ...como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós." p. 205

O que me fez lembrar de um artigo da Revista Galileu, onde dizia que somos parte de um todo, que queira ou não somos todos parentes:

"3 - Toda a vida na Terra tem um grau de parentesco
Quando olhamos para a exuberante biosfera que existe em nosso planeta, é difícil acreditar que, nos primórdios da vida, o único ser se resumia a um organismo unicelular. Ao longo de bilhões de anos de evolução, as espécies foram se diferenciando e se adaptando a diferentes ambientes. Mas, por mais distintas que pareçam, todas têm seu grau de parentesco uma com as outras, sem exceção. Todas tiveram um ancestral comum em algum momento."

Podemos pensar pelo lado científico, como citado acima, e até mesmo religioso se pensarmos nas escrituras cristãs que nos deixaram de que somos todos irmãos, de todas as formas tem um sentido profundo no modo de pensar de Crisóstomo, o que leva os personagens assim como vários outros que há no livro a se aceitarem como cada um é, a se confraternizarem e se sentirem completos por poder pertencer a algo, a um grupo que te acolhe. Que não há como se sentir solitário se nós não somos uma unidade, mas uma união de uma coisa só ou a criação de tudo.

"Aos quarenta anos, o Crisóstomo deitou-se sobre a areia e inventou que estava ligado a todas as pequenas e grandes coisas do mundo, como se lhes pertencesse por igual e cada pedaço de matéria fosse uma extensão longínqua de si."p. 199

A escrita de Valter Hugo Mãe chega a ser inspiradora de tão bem colocada e delicada, como também há algumas particularidades, como exemplo, ele não utiliza pontos de interrogação em suas frases, então em alguns momentos eu reli a frase ou parágrafo para entender se era um questionamento ou apenas uma afirmação, ou seja, ele foge totalmente das escritas tradicionais, lembrando o escritor José Saramago.

Também nos diálogos não há travessão e nesse livro específico, ele escreve como as pessoas da história falam, pode ser uma forma de prender o leitor também, damos mais atenção aquilo que nos soa diferente e para entender tendemos a prestar mais atenção, mas a partir do momento que nos acostumamos com a forma de escrita já nem ligamos mais se está faltando um ponto de interrogação ou travessão.

Não há um refinamento para estética do livro, o que pode ser uma forma do leitor se ater ao principal, que é a história. Outra particularidade que percebi é que em momentos que cita Deus ele é escrito em letra minúscula. Talvez como uma forma de aproximação do criador ao ser humano.

"a Matilde sentava-o ao colo e contava-lhe que o pai partira para cuidar deles à beira de deus." p. 124

Dá vontade de escrever mais e mais, pois tenho certeza que ainda faltou muito para descrever o quanto esse livro é magnífico e tocante, somente lendo para entender, já entrou para minha pequena lista de livros favoritos e com o tempo eu irei relê-lo para poder absorver ainda mais. Espero que tenha ajudado e recomendo que você leia esse livro! Não irá se arrepender!

Boa Leitura!

Artigo Citado: 7 fatos que provam que você e o cosmos estão intimamente conectados
Autor: André Jorge de Oliveira
Data: 10/07/2014
End. Digital: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2014/07/7-fatos-que-provam-que-voce-e-o-cosmos-estao-intimamente-conectados.html

O filho de mil homens
Escritor: Valter Hugo Mãe
Editora: Biblioteca Azul
2º edição - 2016

https://www.instagram.com/a_lusotopia

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andregynbr 16/03/2021

Prosa e poesia
Quando comecei a ler “O Filho de Mil Homens” pensei que fosse um livro de contos, não é, vai muito além e já surpreende logo nas primeiras linhas por uma narrativa que mistura uma prosa quase poética.

O livro entrelaça as histórias de diversas pessoas e trata de temas como preconceito, homossexualidade e principalmente família.

É um livro sensacional, impossível resumi-lo numa postagem com essa, fui surpreendido já nesta primeira obra que leio do autor.

Valter Hugo Mãe nasceu em Angola mas foi nacionalizado português. Já é um dos meus autores favoritos.
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Duda 11/01/2023

Essencial e único
A forma como Valter Hugo Mãe trata das relações humanas é única e extremamente preciosa. A leitura desse livro é essencial aos dias atuais por tratar da sensibilidade das pessoas e por mostrar que é possível ser feliz, mesmo após um longo histórico de infortúnios.
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Mariane Bach 10/01/2022

O livro mais bonito do mundo

Este é o livro mais bonito do mundo. Certamente alguém dirá: "E você já leu quantos livros para afirmar isso, minha caríssima? Por acasou visitou Cervantes, Shakespeare, Saramago e a China toda?". E eu, pacientemente, responderei, que não é preciso ler mais que um único livro para saber que é o livro mais bonito do mundo, pois não se trata de uma pesquisa ou análise, mas de um sentimento. Eu mesma, sendo devota de Calvino e García Márquez, já li alguns vários livros e a cada vez fui capaz de concluir de forma indubitável que se tratava do livro mais bonito do mundo.

Eu li "O filho de mil homens" e eu não queria que acabasse, queria que continuasse para sempre, mas não havia mais páginas para virar. E agora eu tenho que dizer para todas as pessoas do mundo que todas as pessoas do mundo precisam ler esse livro.

Em "O filho de mil homens" Valter Hugo Mãe narra a história de personagens cujas vidas se entrelaçam pela solidão e pelo amor, na invenção de uma nova família, pouco convencional. A história inicia com Crisóstomo, um homem que chega aos 40 anos e se vê triste por não ter um filho. Sua vida começa a mudar quando ele adota Camilo, orfão de uma anã. A partir daí conhecemos as dores, os conflitos e os desejos de muitos personagens: Isaura, Matilde, Antonino, Rosinha, Gemúndio e outros.

Na simplicidade do cotidiano desses personagens mora a beleza da escrita de Mãe, em que cada frase é construida como se carregasse em si a poesia e o encanto para um vida inteira.

O leitor e a leitora de literatura sabem que ler livros não se trata somente de conhecer uma história, pois, se assim fosse, os resumos nos bastariam. Ler é uma experiência que passa pelo cuidado com a linguagem, em que não importa apenas o que é dito, mas como é dito. Ler é um ato de suprema humanidade, já que apenas nós podemos fazê-lo. O ser humano mora na palavra. Então, penso que uma casa bonita (daquelas com janelas grandes, cores vibrantes, varanda aconchegante e teto sólido) se constrói com poesia.

site: https://demorar-se.blogspot.com/
Vitor.Montanet 10/01/2022minha estante
Uau! Depois desse relato, vou adicionar ele na minha lista de leituras!




Marina 11/03/2022

Lirismo em prosa
A forma de escrever de VHM é absolutamente enebriante! A colocação de palavras, o lirismo do cotidiano, o livro reveste-se de absoluta beleza e poesia. No meio de uma página qualquer, encontra-se uma frase magnífica, e isso torna a acontecer ao longo do livro.

Acho que o texto do VHM não é fácil e por vezes precisei repetir a leitura de determinados parágrafos, para entender melhor o que estava acontecendo.

E o que estava acontecendo era a formação de uma família verdadeiramente ligada por laços de amor ?
A saga de um leitor 11/03/2022minha estante
Eu amoooooooo




Cris 11/12/2022

um livro sobre o amor
A escrita do Valter Hugo Mãe me encanta demais por ser tão poética. Ele escreve um romance desenhando cada linha com as palavras. O filho de mil homens é um livro que nos ensina muito sobre o amor, sobre esperar e não desistir de buscar aquilo que quer e principalmente de não deixar que o preconceito limite um sentimento tão bonito.
É o segundo livro que leio dele e fiquei apaixonada!

Acho que a maior dificuldade que tive e por isso tirei meia estrela foi com o português de portugal mesmo. algumas palavras que não fazem parte do nosso contexto apareciam e eu simplesmente pulava e tá tudo bem hahahah mas isso não impede a compreensão do todo.
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Vania.Evangelista 25/04/2021

Uma narrativa simples, porém com uma mensagem valiosa. Valter Hugo apresenta nessa obra personagens que são excluídos socialmente por diversos motivos, como o nanismo e a homossexualidade. Crisóstomo é o personagem principal e também o elemento integrador, sua busca por um filho levará a encontrar uma família, uma família fraternal. Assim, aos poucos, o livro constrói um elo entre os personagens ímpares, todos enjeitados, de alguma forma, que acabam entrelaçados em uma família.
Todos passam pelo processo de exclusão social, estes personagem recebem o peso de não pertencer aos moldes pré-determinados da vida, do qual o conservadorismo e a desvalorização do que é diferente é implícito na personalidade de grande parte dos moradores da vila (local onde passa a narração dos acontecimentos). A vila representa o arcaico, conservadorismo, preconceituosa e a não aceitação da alteridade, no qual os rótulos se tornam um fardo que os moradores devem carregar pelo resto da vida.
O texto deste livro é harmônico e poético, capaz de trazer a violência dos nossos desafetos e preconceitos, assim como a sensibilidade da dor e da alegria. O narrador assume uma fala social, uma prática de dialogismo.
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