O filho de mil homens

O filho de mil homens Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Filho de Mil Homens


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Cris 11/12/2022

um livro sobre o amor
A escrita do Valter Hugo Mãe me encanta demais por ser tão poética. Ele escreve um romance desenhando cada linha com as palavras. O filho de mil homens é um livro que nos ensina muito sobre o amor, sobre esperar e não desistir de buscar aquilo que quer e principalmente de não deixar que o preconceito limite um sentimento tão bonito.
É o segundo livro que leio dele e fiquei apaixonada!

Acho que a maior dificuldade que tive e por isso tirei meia estrela foi com o português de portugal mesmo. algumas palavras que não fazem parte do nosso contexto apareciam e eu simplesmente pulava e tá tudo bem hahahah mas isso não impede a compreensão do todo.
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Mariane Bach 10/01/2022

O livro mais bonito do mundo

Este é o livro mais bonito do mundo. Certamente alguém dirá: "E você já leu quantos livros para afirmar isso, minha caríssima? Por acasou visitou Cervantes, Shakespeare, Saramago e a China toda?". E eu, pacientemente, responderei, que não é preciso ler mais que um único livro para saber que é o livro mais bonito do mundo, pois não se trata de uma pesquisa ou análise, mas de um sentimento. Eu mesma, sendo devota de Calvino e García Márquez, já li alguns vários livros e a cada vez fui capaz de concluir de forma indubitável que se tratava do livro mais bonito do mundo.

Eu li "O filho de mil homens" e eu não queria que acabasse, queria que continuasse para sempre, mas não havia mais páginas para virar. E agora eu tenho que dizer para todas as pessoas do mundo que todas as pessoas do mundo precisam ler esse livro.

Em "O filho de mil homens" Valter Hugo Mãe narra a história de personagens cujas vidas se entrelaçam pela solidão e pelo amor, na invenção de uma nova família, pouco convencional. A história inicia com Crisóstomo, um homem que chega aos 40 anos e se vê triste por não ter um filho. Sua vida começa a mudar quando ele adota Camilo, orfão de uma anã. A partir daí conhecemos as dores, os conflitos e os desejos de muitos personagens: Isaura, Matilde, Antonino, Rosinha, Gemúndio e outros.

Na simplicidade do cotidiano desses personagens mora a beleza da escrita de Mãe, em que cada frase é construida como se carregasse em si a poesia e o encanto para um vida inteira.

O leitor e a leitora de literatura sabem que ler livros não se trata somente de conhecer uma história, pois, se assim fosse, os resumos nos bastariam. Ler é uma experiência que passa pelo cuidado com a linguagem, em que não importa apenas o que é dito, mas como é dito. Ler é um ato de suprema humanidade, já que apenas nós podemos fazê-lo. O ser humano mora na palavra. Então, penso que uma casa bonita (daquelas com janelas grandes, cores vibrantes, varanda aconchegante e teto sólido) se constrói com poesia.

site: https://demorar-se.blogspot.com/
Vitor.Montanet 10/01/2022minha estante
Uau! Depois desse relato, vou adicionar ele na minha lista de leituras!




Mari Moraes 27/05/2021

Tem que insistir
Confesso que foi um pouquinho difícil pra mim ler esse livro. No começo, os personagens mais virtuosos e vítimas do próprio destino são masculinos, as personagens femininas acabavam sempre caindo em desgraça ou tendo alguma característica moral muito ruim, que nos impedia de gostar delas. Tenho dificuldade com livros assim.
Porém, à medida que o livro avançava, as personagens femininas ganhavam um pouquinho mais de espaço e simpatia (porém o livro é focado em homens!)
Demorei meses pra ler, passei outras leituras na frente, mas quando fui chegando no final, o livro finalmente me prendeu e parece que ganhou uma sensibilidade enorme, fiquei com vontade de voltar a leitura lá no começo
e ir degustando aos pouquinhos, mas aí lembrei que minha antipatia inicial também não foi à toa, rs.

Sobre o formato: No começo parece ser um livro de contos, e as histórias acabam se entrelaçando de uma maneira muito bonita, gosto de livros nesse formato.
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Vania.Evangelista 25/04/2021

Uma narrativa simples, porém com uma mensagem valiosa. Valter Hugo apresenta nessa obra personagens que são excluídos socialmente por diversos motivos, como o nanismo e a homossexualidade. Crisóstomo é o personagem principal e também o elemento integrador, sua busca por um filho levará a encontrar uma família, uma família fraternal. Assim, aos poucos, o livro constrói um elo entre os personagens ímpares, todos enjeitados, de alguma forma, que acabam entrelaçados em uma família.
Todos passam pelo processo de exclusão social, estes personagem recebem o peso de não pertencer aos moldes pré-determinados da vida, do qual o conservadorismo e a desvalorização do que é diferente é implícito na personalidade de grande parte dos moradores da vila (local onde passa a narração dos acontecimentos). A vila representa o arcaico, conservadorismo, preconceituosa e a não aceitação da alteridade, no qual os rótulos se tornam um fardo que os moradores devem carregar pelo resto da vida.
O texto deste livro é harmônico e poético, capaz de trazer a violência dos nossos desafetos e preconceitos, assim como a sensibilidade da dor e da alegria. O narrador assume uma fala social, uma prática de dialogismo.
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Laura.Bianchini 25/08/2020

A necessidade da família
''Nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. O miúdo perguntou: porque dizes isso, pai. O pescador respondeu: porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és. Amo-te muito, filho.''
Não sei nem como explicar o que esse livro me causou, nele vemos o encontro de diversos personagens, cada um com as suas dores e pecados, que se completam, que se tornam absolutos.
Como o meu primeiro contato com o autor, fiquei muito impressionada com a forma de escrita, que é muito mais poética e que exige maior atenção, pois tudo é tratado com uma profundidade impressionante.
Cada personagem me tocou de uma forma diferente: o Crisóstomo e o seu desejo de se tornar completo, a Isaura com as dores de uma mulher criada em uma sociedade patriarcal, o Antônio e o sofrimento por ser gay, entre muitos outros.
Esse é uma leitura que da uma sensação de plenitude, como se os personagens também representassem um pouquinho do nosso coração. Com certeza é uma obra que representa a importância da família, não necessariamente aquela na qual nascemos, mas sim aquela que construímos, que inventamos.
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Jan... 10/10/2020

O filho de mil homens foi o primeiro livro do Valter Hugo Mãe que eu li. Escritor português de origem angolana, seus textos são escritos na forma de prosa poética. Sua linguagem é simples, com muitas palavras bonitas. A história gira em torno de pessoas humildes de um vilarejo e inicia pelo pescador Crisostomo que " estava sozinho, os seus amores haviam falhado e sentia que tudo lhe faltava pela metade".
É uma história sobre a busca pelo amor e pelo pertencimento. Mas também sobre a esperança de que é possível um ser humano melhor. Fiquei maravilhada com sua escrita, com sua linguagem poética, que nos faz lembrar o quanto a língua portuguesa é linda. E, finalmente, com sua humanidade e sensibilidade. ??
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Marina 11/03/2022

Lirismo em prosa
A forma de escrever de VHM é absolutamente enebriante! A colocação de palavras, o lirismo do cotidiano, o livro reveste-se de absoluta beleza e poesia. No meio de uma página qualquer, encontra-se uma frase magnífica, e isso torna a acontecer ao longo do livro.

Acho que o texto do VHM não é fácil e por vezes precisei repetir a leitura de determinados parágrafos, para entender melhor o que estava acontecendo.

E o que estava acontecendo era a formação de uma família verdadeiramente ligada por laços de amor ?
A saga de um leitor 11/03/2022minha estante
Eu amoooooooo




RaquelC_Torres 28/04/2021

era como aproveitar o amor possível. o amor dos infelizes
esse foi certamente um dos livros mais sensíveis que li esse ano. conta-se a história de várias pessoas solitárias e julgadas pela sociedade. pessoas que carregam suas próprias e singulares dores e que possuem uma consciência errônea de seus valores.

de alguma forma essas vidas se conectam ao longo da narrativa, e o leitor vê uma curiosa e especial configuração familiar. personagens cujas únicas características em comum são a solidão e a dor, juntam-se e percebem que o amor pode ser maior.
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Taissa 30/12/2020

Só amor!
Este foi o primeiro livro de VHM que li e fiquei encantada! A escrita dele é poética! A obra é permeada de amor na sua forma mais simples e legítima. Que livro maravilhoso!
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Ju Abreu 28/03/2021

Que livro LINDO!
?Nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. O miúdo perguntou: porque dizes isso, pai. O pescador respondeu: porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és?

Que livro LINDO!!! Essa foi a primeira obra de Valter Hugo Mãe que li e estou tão feliz de ter decidido fazer essa leitura! O livro retrata de forma única as relações humanas em suas diversas formas e sentimentos.

São tantas mensagens lindas e reflexivas que nos deparamos a cada capítulo. No fim, acho que essa mensagem que copiei acima é exatamente a mensagem central do livro: o amor não pode ser limitado, ele não precisa de explicações nem de aceitação social. O amor genuíno, seja lá de que forma ele se dê, deve ser simplesmente sentido e valorizado.

Ao final do livro tudo que eu mais queria era dar um abraço em Antonino. Valter Hugo Mãe, de forma subliminar e poética, soube proporcionar ao leitor uma lição de compaixão e respeito pelo próximo. Simplesmente incrível!

Aos poucos o autor também nos traz uma linda mensagem sobre autoaceitação e autocompaixão. Terminei a leitura com essa reflexão: o quanto é importante respeitar sua própria história, seu próprio sofrimento e se orgulhar da felicidade construída mesmo com todos os percalços que se teve que percorrer. A autogentileza é realmente algo a ser aprendido e valorizado.

?Deve nutrir-se carinho por um sofrimento sobre o qual se soube construir felicidade. (...) Nunca cultivar a dor, mas lembrá-la com respeito, por ter sido indutora de uma melhoria, por melhorar quem se é?

Livro absolutamente imperdível! Virou um dos favoritos da vida!!
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DIRCE 13/02/2013

Leitura obrigatória. Leitura transformadora.
Quando eu cursava o primário ( ontem mesmo), não tínhamos acesso a livros e nossas leituras, que eram o terror dos alunos, para mim não passavam de puro deleite. Eu me deliciava com as falas daqueles animais que me passavam ensinamentos que carreguei ao longo da minha existência e que serviram para “moldar” a minha maneira de ser. Por que estou falando sobre isso? Porque na medida em que eu avançava na leitura consolidava-se a ideia do quão valioso seria se o livro O "Filho de Mil Homens" fosse leitura obrigatória nas escolas. O quão valioso seriam os aprendizados transmitidos por Crisóstomo, Camilo, Isaura e o filho da Matilde ( Antonino – o maricas) 4 retas paralelas que , malgrado - ou devido os meandros da vida -, se encontram neste livro do Valter Hugo Mãe, livro que na minha opinião, se resume em uma fábula, só que as personagens não são animais dotados de características humanas como as da minha infância, são sim são seres humanos – demasiadamente humanos (o Nietzsche deve estar virando no túmulo, agora).
“O Filho de Mil homens” é um livro que fala sobre ausências, mas essas ausências não são preenchidas por um laptop, por um celular de última geração ou por uma viagem à Disney, elas são preenchidas pelo afeto, pela presença humana.
O Filho de Mil Homens é um livro que fala sobre o nosso anseio primordial: encontrar um modo de ser feliz. Crisóstomo encontrou seu modo de ser feliz: por meio da doação. Na página 188 ele diz para o Camilo: “Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e gere um cuidado mútuo”. Uma frase tão profunda, tão bela, mas que vista por outro lado, é assustadora: somos filhos de mil homens, de mil histórias, de mil passados onde o preconceito imperava – somos filhos dos velhos Alfredos – que geraram uma sociedade preconceituosa ( velada, mas preconceituosa) a exemplo de Matilde que renegou Antonino por ele ser, na sua visão e das pessoas que o cercavam, diferente. Somos filhos de mil homens incapazes de enxergarem a beleza das pessoas pelos olhos da Isaura. No meu entendimento, se “O Filho de Mil Homens” fosse uma leitura obrigatória nas escolas haveria a esperança de um futuro com uma geração de mais Crisóstomos e Isauras e menos Alfredos, pois, sem dúvida, é uma leitura transformadora. Mas como tudo não passa de uma cogitação, de um devaneio meu, resta a esperança de que no mínimo não deixemos o respeito do lado e que não esqueçamos da regra básica de convivência: o meu direito termina onde começa o seu ( e vice-versa).
Para encerrar, “O Filho de Mil Homens” é um livro de apenas 204 páginas, mas apaixonante e transformador. Demorei muito para terminar a leitura – não me interessava o final da história - tudo o que eu queria era prolongar o máximo a leitura, absorver cada frase, esperando aprender, como Camilo aprendeu, a ver as pessoas com os olhos da Isaura . Claro que um livro que me levou a tantas reflexões não poderia ficar fora dos meus favoritos.

Ladyce 18/02/2013minha estante
Ótima resenha. Lá vai mais um da sua lista para a minha. Parece mesmo extraordinário... Orbigada, Dirce.


DIRCE 23/02/2013minha estante
Obrigada a ambos pelos comentários elogiosos.


Helder 17/04/2013minha estante
Poxa, que resenha!! Nunca li este autor. Acompanho os comentarios sobre ele meio de longe, mas depois de sua resenha, tenho que por na minha lista.


meleu 10/09/2013minha estante
Na minha opinião, nenhum livro, por mais excelente que seja, deveria ser obrigatório.


DIRCE 18/09/2013minha estante
Ok., Meleu.
Aceito o seu puxão de orelha - você tem razão. Obrigada por registrar sua opinião




sordeps 17/01/2021

?Nunca limites o amor, nunca por preconceito algum limites o amor.(...) Para onde eu vou, vai-me o coração também, que ainda não arranjei modo de o largar pelo chão.(...) Nunca queira se livrar do coração. Siga-o.?

?Somos o resultado de tanta gente, tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.?

Terceiro livro que leio do VHM e mais uma vez suas palavras me causam um turbilhão de sentimentos. Histórias tristes repletas de beleza e muitas mensagens importantes. Sempre nos lembrando que a vida é solidão e tristeza em demasia, e que o amor pode não ser a melhor coisa do mundo, porém, sem dúvidas, é importante para que sobrevivamos nossos dias de maneira mais amena.
Mylena Proença 17/01/2021minha estante
perfeito ?




Kamyla.Maciel 24/08/2020

Todos deveriam ter um pouco de Crisostomo
Todos deveriam ter a oportunidade de conhecer Valter Hugo Mãe.

Ele foi uma supresa maravilhosa nesse período de pandemia pra mim. Que escrita linda, poética e nada chata!

Nesse livro, ele fala de Crisóstomo, um homem que chegou aos 40 anos sem filhos e assim se sentia metade do que ele deveria ser. Mesmo diante da possibilidade de nunca ter esse filho, ele não desiste, é um personagem cheio de sabedoria, ternura e empatia com o outro.

É um livro sobre os encontros da vida, sobre o fim da solidão, sobre formar uma família com aqueles que dividem as mesmas dores, sobre preconceitos, machismo, homofobia, desconstrução. Mas, principalmente, um livro sobre AFETO.

Encantador!
Geórgia 25/08/2020minha estante
Entrou pra minha lista!


Kamyla.Maciel 26/08/2020minha estante
É lindo, suspeito que você vai amar! ??




Luna 24/07/2020

Encantador!!!
No início, o livro parece uma porção de contos independentes, mas ao passar as páginas as histórias vão se encontrando de modo que todos os envolvidos convergem para a se tornarem componentes de uma grande família.

Abordando temas como a solidão, a hipocrisia social, o "ser mulher", a homossexualidade, entre outros, o autor usa uma narrativa incrível, poética e cheia de profundidade - cada trecho é digno de nota! Ler com um marca-texto é essencial nesta aventura...

Várias frases se repetem, em contextos diferentes e com personagens também diferentes, e elas vão sendo ressignificadas ao longo da história... Como o trecho "para dentro do homem o homem caía", que ao final toma outra forma, assim como o amor e a felicidade que vão assumindo várias possibilidades... Nada mais justo, já que essas definições são subjetivas e individuais. É mágico!!!

Escolheria "resiliência" como palavra central para esse livro, tendo em vista que a felicidade é duramente apresentada como um estado de conformação com a realidade.... mas, de todo jeito, bela porque é possível.

TRECHO: "Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos só." (p. 205)
Adriele 24/07/2020minha estante
Quero tanto ler esse livro


Adriele 24/07/2020minha estante
Já está na minha lista


Luna 24/07/2020minha estante
Vale muito a pena!!! Vai com tudo ?




Marcianeysa 05/01/2021

Emocionante
Não é um livro com uma escrita comum, o que pode dificultar a leitura para alguns. São narradas as vidas de vários personagens cujas histórias se conectam em algum momento do livro. O autor consegue escrever como poesia, mas em prosa. Muito interessante.
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